sexta-feira, 26 de junho de 2015

Todos nós temos algo de bom


Todos nós temos algo de bom. 
Por pior que alguém possa parecer, basta que lhe prestemos atenção para descobrirmos que ninguém é totalmente despido de bondade.
 Alguns se afeiçoam apenas aos animais, outros amam tão somente os filhos... 
Todo sentimento sincero, ainda que direcionado, revela a semente de bondade latente dentro de nós. 
Não existe no mundo quem não tenha praticado uma ação digna, por menor e mais insignificante que possa parecer. Não há aquele cujos pensamentos e sentimentos, por uma fração de segundo que seja, não tenha voltado para seu irmão com uma pontinha de piedade ou arrependimento. E isso, porque todos nós, sem exceção, somos dotados da centelha divina que nos acompanha desde a nossa criação.
 Alguns, mais ávidos e mais corajosos, aprendem com maior rapidez essa verdade e logo alcançam a paz interior, alçando planos mais elevados de compreensão.
 Outros, mais embrutecidos, teimam em persistir apegados a falsos valores de felicidade e se perdem nas vias do terror, infligindo-se sofrimentos que poderiam ser contornados. 
Mas todos estamos caminhando em direção ao mesmo objetivo. 
Todos almejamos crescer, aprender, ascender ao invisível de uma forma plena e segura, mais consciente, menos sofrida, mais verdadeira e amorosa. 
É para isso que lutamos, caímos, nos levantamos. É com esse objetivo que nos enveredamos pelo espinhoso caminho da descrença, da culpa, do orgulho, do desamor, da crueldade...Não são esses sentimentos aspectos negativos do caráter humano.
 São meras etapas necessárias à compreensão do verdadeiro amor. Muitas vezes é preciso conhecer o mal para que possamos valorizar o bem e aceitá-lo como verdade absoluta em nossos corações. 
Assim é a vida, desde seus primórdios. Em todos os tempos, todas as eras, todos os lugares, o homem vem travando furiosa batalha consigo mesmo, contra seus instintos, seus temores, seu orgulho. 
É uma luta constante, porque o maior inimigo do homem é ele mesmo, contra quem precisa constantemente lutar para impor, não pela força, mas pelo amor, a compreensão verdadeira da vida. 
É com esse sentimento que devemos entender as épocas mais negras da história, aquelas cujas lembranças nos causa arrepios e em que pensamos nada existir de bom. Em tudo na vida há um bem, ainda que só apareça o mal, porque o mal é mera ilusão. 
O que vulgarmente chamamos de mal não passa de uma falsa compreensão das verdades divinas. 
Quando realmente conseguirmos alcançar a magnitude dos desígnios de Deus, estaremos prontos para olhar o mal como algo que possamos realmente compreender o bem. Porque o bem nada mais é do que uma singela consolidação das leis da natureza.
 E, a natureza não erra nem é má, ela simplesmente existe, simplesmente acontece. Assim também é o bem, ele existe e está dentro de nós desde a nossa criação e está apenas à espera do momento em que o façamos acontecer. Deus está sempre conosco, ainda que não o desejemos, ainda que não acreditamos nele. P
orque é infinito e amor e sabedoria, em compreensão e benevolência, sabe de tudo o que necessitamos, antes mesmo que pensemos em lhe pedir.
 E sabe que não somos, em essência, nem maus, nem cruéis. Somos ignorantes e imaturos, mas inteligentes o bastante para reconhecermos quando é chegada a hora de abandonar a infância das trevas e aprender...

Reflexão Espírita (vídeo)


Mágoa

Na maioria das vezes nos magoamos por coisas fúteis. Por que nos magoamos? 
É o que tento explanar numa visão espírita… 
 Ninguém pode magoar você. 
Mesmo que alguém queira fazer isso, não pode, não tem esse poder. Quantas coisas você ouve e aceita? 
Quantas vezes lhe fizeram ou disseram coisas que outros não perdoariam e que você nem ligou?
 A mágoa não é uma ofensa externa que atinge alguém. 
Quem se magoa tem a mágoa dentro de si. 
A palavra mágoa vem do latim macula e tem o mesmo significado de mancha, nódoa. Tinha, originalmente, o sentido de impureza.
 Maria, mãe de Jesus, é chamada de Maria Imaculada, ou seja, sem mácula, sem mancha, pura.
 Querendo ou não querendo, concordando ou não concordando, o fato é que só nos deixamos atingir por aquilo que encontra eco dentro de nós mesmos.
 Só somos tocados por aquilo que sintoniza conosco.
 Se fôssemos suficientemente superiores, não nos magoaríamos nem ao sofrer uma injustiça de alguém muito querido. 
Procuraríamos, de imediato, a melhor maneira para esclarecer o mal entendido e faríamos de tudo para ajudar aquele que foi injusto conosco, porque compreenderíamos o seu erro e consequente sofrimento. 
Quando você acha que alguém o magoou, é você que se magoou. Alguém fez alguma coisa que o desagradou, que não correspondeu às suas expectativas, e você se magoou. 
Mas a mágoa não foi imposta por ele, a mágoa é sua, surgiu de você. Mágoa é mancha. Se você se bate, forma-se um hematoma. 
O hematoma é uma mancha. O que desencadeou o surgimento do hematoma foi o fato de você se bater em algum lugar, mas a mancha surgiu de você, é uma reação do seu corpo, o hematoma é seu. 
O objeto contra o qual você se bateu não acrescentou o hematoma a você. Foi você, foi o seu corpo que reagiu ao impacto formando um hematoma.
 A mágoa está em você e pode ser acionada. Quando alguém age de maneira grosseira, insensível, injusta com você, sua magoa é desencadeada. É verbo reflexivo: Magoar-se. Magoa-se a si mesmo. 
Cada vez que nos magoamos temos a oportunidade de estudar a nós mesmos para descobrir o que fez a mágoa subir à superfície. 
Por que você se magoa? 
Responder a isso rende um ótimo exercício de autoconhecimento. 
TEMOS QUE RECONHECER QUE NA MAIORIA DAS VEZES NOS MAGOAMOS POR COISAS FÚTEIS. Gostaríamos de ser mais considerados, respeitados, admirados, paparicados. Há espíritos que reencarnam próximos uns dos outros muitas vezes por conta de suas mágoas. Atribuem suas mágoas aos outros, deixam o rancor se alojar em seus íntimos, querem vinganças e perseguições. Muitos se perseguem uns aos outros durante o período de sono físico. 
Enquanto seus corpos repousam, aproveitam a relativa liberdade para dar vazão às suas mágoas e seus pensamentos baixos. 
Conforme avançamos em nossa reforma íntima, a tendência é que nossas mágoas diminuam. Nos tornamos menos suscetíveis à mágoa.
 Como a mágoa é algo que parte de nosso íntimo, ao nos reajustarmos fica mais fácil perceber, pelo menos em algumas áreas do sentimento, que não há motivos para magoar-se. 
 Sei que há pessoas que enfrentam experiências amargas, tendo que se submeter, mesmo que temporariamente, à grosseria e crueldade de pessoas próximas. Maridos, mães, irmãos. 
São situações que quase sempre têm sua origem em reencarnações passadas, e que são verdadeiros desafios a que são submetidos espíritos que anseiam por livrar-se do círculo vicioso que se forma entre vítimas e algozes. 
A única maneira de por fim a esse círculo vicioso é através do perdão e da tentativa de amor.
 Se amor ainda é algo muito grande para caber nessas situações, que haja ao menos a compreensão, a tolerância, a paciência. 
São todos derivados do amor. E todos são poderosos antídotos contra a mágoa.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Imunização espiritual


Se te decides, efetivamente, a imunizar o coração contra as influências do mal, é necessário te convenças: 
Que todo minuto é chamamento de Deus à nossa melhoria e renovação; 
Que toda pessoa se reveste de importância particular em nosso caminho;
 Que o melhor processo de receber auxílio é auxiliar em favor de alguém; 
Que a paciência é o principal ingrediente na solução de qualquer problema; 
Que sem amor não há base firme nas construções espirituais; Que o tempo gasto em queixa é furtado ao trabalho; 
Que desprezar a simpatia dos outros, em nossa tarefa, é o mesmo que pretender semear um campo sem cogitar de lavrá-lo; 
Que não existem pessoas perversas e, sim, criaturas doentes a nos requisitarem amparo e compaixão;
 Que o ressentimento é sempre foco de enfermidade e desequilíbrio; 
Que ninguém sabe sem aprender e ninguém aprende sem estudar; E que, em suma, não basta pedir aos céus, através da oração, para que baixem à Terra, mas também cooperar, através do serviço ao próximo, para que a Terra se eleve igualmente para o céus. 

 Emmanuel

O palavrão

 1 - Como você define o palavrão? 
Um eco das cavernas, o rosnar do troglodita que ainda existe no comportamento humano.

 2 - Conheço gente civilizada que diz palavrões. 
 Destempero verbal, civilidade superficial. 

3 - Seria uma educação de fachada? 
Sim. Não podemos confundir rótulo com conteúdo. É fácil cultivar urbanidade nos bons momentos. Mostramos quem somos quando nos pisam nos calos ou martelamos os dedos. 

4 - Não seria razoável considerar que em circunstâncias assim o palavrão é útil, exprimindo indignação ou amenizando a dor? 
Há quem diga que nessas situações ele é mais eficiente do que uma oração. Só que a oração nos liga ao Céu. O palavrão nos coloca à mercê das sombras.

 5 - Mas o que vale não é o sentimento, expresso na inflexão de voz?
 Posso fazer carinho com um palavrão ou agredir com palavras carinhosas. Não me parece do bom gosto demonstrar carinho com palavrões. Imagine-se dando uma paulada carinhosa em alguém. Além disso, há o problema vibratório.

 6 - As palavras têm peso vibratório específico? Intrinsecamente não. No entanto, revestem-se de magnetismo compatível com o uso que fazemos delas. Há uma vibração sublime, que nos edifica e emociona, a envolver o Sermão da Montanha. Quando o lemos contritos, sintonizamos com a vibração sublime de milhões de cristãos que ao longo dos séculos se debruçaram sobre seus conceitos sublimes, em gloriosas reflexões.

 7 - Considerando assim, imagino a carga deletéria que há no palavrão mais usado, em que “homenageamos” a mãe de nossos desafetos.
 Sem dúvida, além de nos colocar abaixo do comportamento do troglodita, já que este agredia seus desafetos, não a mãe deles. 

8 - Você há de Convir que é difícil abolir o palavrão inteiramente. Há todo um processo de Condicionamento, o ambiente. 
Lá em casa, por exemplo, ele corre solto. Isso é relativo. Venho de uma família de italianos da Calábria, um povo que cultua adoidado o palavrão. 
Alguns tios meus, em situação de irritação extrema, dirigiam impropérios a Deus. 
Desde cedo, vinculando-me ao Espiritismo, compreendi que esse tipo de linguajar não interessa ao bom relacionamento familiar e muito menos à nossa economia espiritual. 

Livro: Não pise na Bola

terça-feira, 2 de junho de 2015

A evolução da Terra

 Na obra de Deus reina a perfeição, nela tudo é útil e harmonioso, o Universo infinito é algo sublimado e transcendental, que jamais poderá ser descrito pela linguagem humana.  Já se eclipsou na voragem do tempo, a época em que se supunha ser a Terra o centro do Universo. 
 A teoria geocêntrica foi suplantada pela heliocêntrica e, após Galileu, as teologias terrenas tiveram que rever seus dogmas e seus conceitos, Jesus Cristo definiu esses mundos como sendo outras tantas moradas para o Espírito em sua escalada evolutiva rumo à perfeição. 
 A casa do Pai é o Universo todo, e as diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos estações apropriadas ao cumprimento de um prolongado processo evolutivo. 
 Os diversos mundos possuem condições muito diferentes uns dos outros, no tocante ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes, pois nem todos desfrutam do mesmo grau de progresso, existem mundos inferiores à Terra, tanto física como moralmente, outros estão no mesmo nível e outros lhe são mais, ou menos, superiores em todos os aspectos. 
 Os Espíritos, ao longo do seu processo evolutivo, habitam as diferentes moradas da Casa do Pai, tendo como ponto inicial o estado de simplicidade e ignorância; caminham através de uma escala bastante prolongada, possuindo como meta a angelitude, nos mundos que já atingiram um grau superior de evolução, as condições da vida moral são muito diferentes daquelas que se verificam na Terra. 
 O corpo nada tem da materialidade terrena e não está, por isso mesmo, sujeito às necessidades, às enfermidades e às deteriorações oriundas da prevalência da matéria, a menor densidade específica torna mais fácil a locomoção. 
 A Doutrina Espírita propicia aos homens uma visão bem mais clara e ampla do Universo, fazendo com que eles descortinem novos horizontes, animando-os da certeza da imortalidade da alma e do futuro radiante e grandioso que os aguarda. Embora seja tarefa sumamente difícil fazer uma classificação absoluta dos mundos, os Espíritos estabeleceram uma escala com cinco categorias distintas: 

 1. Mundo Primitivo: Onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana. 
 2. Mundo de Expiação e Provas: Onde o mal predomina. 
 3. Mundo de Regeneração: Onde as almas que ainda têm algo a expiar adquirem novas forças, repousando das fadigas da luta. 
 4. Mundos Felizes: Onde o bem predomina sobre o mal. 
 5. Mundos Divinos ou Celestes: Onde moram os Espíritos purificados e o bem reina plenamente. 

 A Terra está situada na faixa dos mundos de expiações e de provas, nela ainda predominando o mal; entretanto, afirmam os Espíritos Benfeitores que, futuramente, ela ascenderá à categoria de mundo de regeneração.
 Espíritos que habitam os mundos mais adiantados podem reencarnar na Terra para o desempenho de determinadas missões. 
 Os apóstolos de Jesus, sem sombra de dúvida, eram Espíritos de elevada hierarquia, que aqui vieram com a missão grandiosa de acompanhar o Mestre no seu sublime messiado.
 Espíritos elevados que eram, encarnaram num mundo denso, onde predominava a maldade; eles sentiram-se deslocados e por isso, Jesus lhes disse: "Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim", acrescentando logo a seguir: "Há muitas moradas na Casa de meu Pai, se assim não fosse eu vo-lo teria dito". (João 14:1-2) Como se pressentindo que aqueles homens se sentiriam desprotegidos e desamparados após a sua partida para as regiões celestiais, o Mestre lhes acenou com a afirmativa de que "Ele iria na frente para lhes preparar o lugar".
 Isso naturalmente, para lhes demonstrar que, dada a elevação de seus Espíritos, eles não eram deste mundo e a eles estavam reservadas moradas nas regiões mais sublimes, este ensinamento de Jesus não era exclusivamente destinado aos apóstolos, mas extensível a todas as criaturas.