Jesus vem recebendo, ao longo da história, incontáveis nomes dos que o têm como modelo moral e espiritual.
A partir daqueles que com ele viveram e dos que mais de perto receberam seus ensinamentos até os dias de hoje, tem-se buscado defini-lo com expressões ou cognomes que realce a sua grandeza como fiel mensageiro de Deus.
Acima das definições que possamos dar-lhe, o mais importante é como o sentimos.
O apóstolo Pedro, inspirado, definiu a natureza de Jesus, revelando que ela era “o Cristo, o Filho de Deus vivo” (Mt 13, 16-17).
Portanto, humano.
Não obstante as informações constantes dos Sinóticos e do evangelho de João, ainda existem os que insistem em afirmar que Jesus é Deus.
O próprio Mestre foi categórico e claro quanto à sua natureza. Abordado pelo moço rico que o chamou de “Bom”, retrucou: “Por que me chamas de bom?
Ninguém é bom senão só Deus” (Mc 10,17-18), dirimindo, assim, qualquer dúvida quanto a Jesus e Deus serem identidades distintas.
Nós, os espíritas, sabendo que Jesus não é Deus, mesmo assim temos dificuldade em compreendê-lo na sua plenitude e de assimilar os seus ensinamentos. Isto por ser Jesus um Espírito sublimado, cujo significado cósmico está acima da nossa mortal capacidade para apreender as coisas transcendentais.
E por sermos incapazes de limitá-lo com um mero nome ou expressão definidora, é que o Senhor da Vinha vem recebendo através dos séculos incontáveis cognomes, refletindo tal procedimento a nossa ansiedade de melhor conhecer aquele que foi “o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo”.
Caracteriza nosso estágio evolutivo essa impossibilidade de conceber e expressar as grandezas divinas.
Santo Agostinho dizia saber quem era Deus, mas se lhe perguntassem quem era, ele não sabia responder. O que Santo Agostinho pretendia esclarecer é que não encontrava recurso vocabular e raciocínio à altura para definir o Criador, já que definir é limitar.
E como limitar o infinito? O mesmo acontece conosco em relação a Jesus.
Como titulá-lo, defini-lo, chamá-lo, pois se não foi um homem comum?
A propósito, Joanna de Ângelis assegura que “Jesus é o mais notável Ser da Humanidade. A sua vida e a Sua Obra são as mais comentadas e discutidas dentre todas as que já passaram pela cultura e pela civilização através dos tempos.” E mais à frente o chama de Amigo Inconfundível e Terapeuta Excelente.
Busquemos agora nos seus contemporâneos, naqueles que o amaram de perto, que tiveram a felicidade de seguir os passos do Cristo durante sua estadia na Terra e após sua volta à verdadeira vida, saber o que pensavam, sentiam e o como o descreveram.
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