Aprender um pouco mais sobre as origens do conflito e como lidar com ele no âmbito da família é importante neste momento.
Precisamos nos conscientizar de que as pessoas, apesar de terem nascido numa mesma cultura e, às vezes, até do mesmo pai e da mesma mãe, diferem na maneira de perceber, pensar, sentir e agir, porque são Espíritos que têm sua trajetória própria, sua individualidade.
As diferenças individuais são inevitáveis, mas essas diferenças não são em si mesmas, boas ou más, e deveríamos considerá-las valiosas, porque propiciam maior riqueza à interação humana. Das diferenças, nascem às discussões, as tensões e insatisfações e os conflitos interpessoais.
A partir de ideias e percepções diferentes, as pessoas se desentendem. Os conflitos são, pois, inevitáveis na experiência dos seres encarnados em mundos de provas e expiações, mas não são patológicos, nem destrutivos.
Há muitos aspectos positivos no conflito. Podemos dizer que um conflito previne a estagnação e estimula o interesse, pois, quando ele se apresenta, instiga a nossa curiosidade em olhar para o outro, a fim de entender suas manifestações.
Queremos saber por que o outro pensa e sente de forma diferente.
O conflito é positivo também, porque descortina os problemas e, assim, possibilita encontrar soluções.
Tendemos a acreditar que a felicidade seria a ausência de conflitos, por isso tentamos lidar com eles de maneira inadequada e não aproveitamos as oportunidades de aprendizagem que nos oferece.
Não há fórmula mágica para se lidar com o conflito. É preciso compreender sua dinâmica, analisar a situação, porque cada caso é um caso.
O Espiritismo, Consolador prometido por Jesus, está no mundo para nos fazer reviver a religião cristã na sua pureza primitiva. Vem das fontes de ordem divina e se baseia nas próprias leis da Natureza, objetivando auxiliar-nos a desenvolver o potencial positivo que trazemos, para que nos tornemos cidadãos melhores e possamos criar leis mais compatíveis com a justiça.
O objetivo do Espiritismo é fazer com que o coração e o amor caminhem unidos à Ciência e isso representa uma revolução. Não revolução no sentido que entendem os homens, que sempre pensam na violência como recurso para garantir o equilíbrio nas relações sociais, mas uma revolução moral, determinando a cada um de nós uma missão, um trabalho em prol da realidade nova que deve ser construída na Terra.
A edificação da paz se fará pela melhoria moral de cada um. Precisamos tornar-nos agentes da paz, pelo esforço continuado no bem. Como convoca Fénelon: “Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, que não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para frente; a lei dos mundos é a do progresso”
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