Uma das causas que muito tem contribuído para lançar o descrédito sobre a Doutrina Espírita é a credulidade absoluta, a qual muitas pessoas dão às palavras dos Espíritos.
Essa credulidade irracional não deve, porém, existir.
E quem conhece a Doutrina no seu cerne e não pela rama, sabe bem disso.
Não deve haver crença na infalibilidade dos Espíritos em geral.
É preciso, primeiramente, saber a identidade do Espírito.
Se o homem espírita não procura racionar e deixa-se levar pelas errôneas ideias dos Espíritos de má fé ou ignorantes, arrisca-se a cometer muitos erros graves.
E assim acontece porque os Espíritos, como os homens, estão colocados em variados graus de evolução intelectual e moral.
E se uns têm condições de orientar seus semelhantes, outros – pelas suas limitações – dão palpites desarrazoados.
Na Terra, cada homem está habilitado a responder sobre a matéria da sua profissão. E os mais experientes podem dar conselhos sensatos sobre questões morais e sociais de alta relevância, uma vez que eles têm idade suficiente para possuírem a circunspeção necessária a homens de critério.
Se os dizeres de um Espírito não se enquadrarem nos princípios evangélicos, ou revelarem uma índole frívola ou interesseira, sem dúvida deve-se discordar do seu conselho e, até mesmo, refutá-lo.
Não há nisso desrespeito algum ou desconsideração.
Mas, se nos vem um conselho partido de um Espírito de categoria, que bem conheçamos, devemos segui-lo.
(Lenita)
Livro – Luz em Gotas
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