Convidou-nos a orar e como o fizemos com fervor!
Hilário, em seguida, iniciou uma preleção sobre João Batista:
- O precursor de Jesus, filho de Zacarias e Isabel, segundo palavras do próprio Cristo, era o Espírito, nascido de mulher, mais perfeito na face da Terra.
Nasceu seis meses antes de Jesus e se tomou profeta na Judéia, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestre no deserto.
Vestia-se toscamente com peles de camelo, pregando a vinda do Messias, o arrependimento através do batismo da água.
Sabemos que o Espírito errante tem de mergulhar num corpo carnal para cumprir sua etapa reencarnatória - é o batismo do arrependimento, pregado por João Batista.
Ao receber um corpo carnal, o Espírito está simbolicamente mergulhando no rio Jordão para propor a Deus uma renovação de atitudes.
O batismo se perdeu no passar dos anos, e hoje sabemos que o Espírito mais endividado é considerado cristão, porque alguém o batizou.
Entretanto, no início não era assim.
O batismo que João Batista pregava significava a reforma do homem.
João foi um personagem típico e original. Viveu numa época conturbada que produziu muitos pregadores itinerantes de ideias extremistas.
Ele mesmo tinha uma certa urgência e uma proposta especial, insistindo na iminência do advento do Messias e introduzindo a ideia do batismo pela água, como um passo para a salvação, querendo dizer que cada homem, ao chegar ao mundo, tinha por obrigação procurar matar o homem velho de ontem e sofrer uma limpeza perispiritual para ser digno de ser chamado filho de Deus.
João Batista já vinha abrindo o caminho do conhecimento desde sua encarnação como Moisés.
Portanto, Moisés foi precursor do Cristo, porque iniciou as primeiras pegadas do caminho estreito.
Como João Batista, apertou a mão do Messias, que tem a missão de levar a Humanidade até o Pai. Esses dois Espíritos - Jesus, o sublimado, e João Batista, Seu precursor - são dois baluartes na reforma da Humanidade.
Um, como Moisés, iniciou a conquista da Terra Prometida, e o Cristo, juntamente com o Consolador por Ele prometido, está convidando a todos para as bodas, a grande festa, quando receberá das mãos de Deus a Terra Prometida desde a época de Moisés: o Planeta regenerado.
Cada um de nós, os irmãos do Cristo, temos de nos preparar para este grande momento, que esperamos não demore muito.
Moisés recebeu os dez mandamentos e as leis morais.
O Cristo, como Mestre, como o Verbo de Deus, viveu os, pregando pelo exemplo. E o Consolador prometido por Jesus, que é a Doutrina Espírita, está chamando os homens para o batismo que se toma preciso: reforma interior e mudança de hábitos, transformando o homem velho, arraigado nos erros, para surgir, depois do batismo da carne, um novo ser.
João introduzira a ideia do batismo pela água como um passo para a salvação, que o Messias completara pelo batismo com o Espírito Santo.
João Batista abriu o caminho; o Mestre ensinou-nos a caminhar e o Consolador veio completar Sua obra.
Por isso, a um espírita não é dado olhar para trás, apresentando desculpas. Ele conhece o festim das bodas e sabe que há muito o Senhor nos está chamando: primeiro, com o precursor de Jesus - Moisés; depois, Moisés como João Batista e, mais além, o próprio Cristo, que desceu até os pecadores e disse em João CAPITULO 14, versículo 6: {eu sou o caminho, a verdade e a vida.}
E hoje com os Espíritos do Senhor, que compõem a plêiade de trabalhadores do Cristo e são chamados de {Espírito Santo.}
São as vozes que sopram nos ouvidos de toda a Humanidade, alertando-a para a urgente mudança de atitudes.
Chegou a hora do segundo batismo – o do fogo - quando cada alma terá de provar sua fé. Mesmo em lares contrários ao seu modo de pensar, o seguidor do Cristo tem de lutar pela própria perfeição.
Até hoje o Senhor está convidando Seus filhos para o grande momento, quando o nosso Cristo receberá das mãos de Deus a Terra regenerada.
Quer o Pai Celeste que todos nós já estejamos com as nossas vestes - o perispírito - reluzentes de pureza, porque Seus filhos rebeldes rasgaram a primeira carta que Deus lhes mandou, trazida pelo carteiro divino, chamado Moisés, e ainda jogaram fora esta carta viva, translúcida, brilhante de amor, chamada Jesus Cristo.
Agora, o que estão fazendo com a terceira e última carta, aquela que uma plêiade de Espíritos do Senhor trouxe à Humanidade - a Doutrina Espírita? O que os espíritas, estão fazendo com a terceira carta? Louvando os carteiros, ou lendo-a, procurando colocar em prática os ensinos de Deus, tentando fazer brilhar o trono de nossa consciência, onde estão gravadas as leis morais, tesouro divino que nossos erros fizeram com que fosse ignorado?
João Batista foi o precursor do Cristo e, em encarnação anterior, o nosso doce e dinâmico Moisés, conforme citações em Números Capítulo 12, versículo 3: Moisés era homem muito humilde, mais do que Qualquer pessoa sobre a face da terra; e em Eclesiástico CAPITULO 45, versículo 4: [referindo-se a Moisés] Por sua fidelidade e brandura o consagrou, e escolheu-o dentre todos os viventes.
Ele recebeu do Pai a primeira promessa de dar à Humanidade deste Planeta a Terra Prometida, isto é, a Terra regenerada.
Que tenhamos a humildade de transmitir alguma coisa boa aos nossos irmãos tão necessitados, como fizeram os carteiros de Deus.
Assim seja.
Trecho do Livro: Mais Além do Meu olhar
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