No cenário da vida, todas as criaturas são convocadas a contribuir para o progresso coletivo, cada um participando com o dom ou talento que lhe caracteriza.
Assim, é que uns contribuirão com sua voz, outros com sua inteligência, e outros ainda com sua boa vontade, de forma que, a harmonia universal é construída com o contributo de cada um.
Infelizmente, os vícios e imperfeições humanas não deixam que o homem perceba qual o seu real papel no cenário da vida.
Alguns há que, por orgulho ou timidez, que é uma forma velada de orgulho - na qual a criatura omite-se com receio de não brilhar como desejaria, ou de não ser tão eficiente quanto o parâmetro escolhido - recusam-se a participar, alegando falta de competência ou habilidade para tal. Outros, ao contrário, devido à omissão de muitos, participam além do desejável, desgastando-se e expondo-se além dos limites recomendados.
Aquele que não participa das construções grupais, sejam elas de que natureza forem, desde que sejam para o bem coletivo, em principio, já prejudica a coletividade por manter uma atitude egoística, gerada pelo orgulho ou inércia. Mais grave do que essa atitude, no entanto, só a daquele que, por detrás do mutismo e da aparente concordância, mantém o pensamento critico, mordaz ou destrutivo, impregnando o ambiente com as energias da desagregação e do insucesso.
Essas criaturas são seres aparentemente pacíficos e calmos que se infiltram nos grupos de boa vontade, mais pelo desejo de conferir suas potencialidades e comparar-se mentalmente com aqueles rotulados de excelentes, do que de servir e ajudar.
Certamente, que a caridade e a complacência recomendam-nos a tolerância e o acolhimento a todas as criaturas, mas ainda assim, é preciso primeiro zelar pelo bem da maioria e permanecer atento para detectar esse tipo de comportamento em cada um de nós.
Ao primeiro sinal de amuo, má vontade, inveja e competição nos trabalhos grupais, recolhamo-nos na oração, na reflexão, no pedido de ajuda sincero aos amigos bondosos da espiritualidade superior, para que o desejo de colaborar, participando, nos contagie, contagiando aos outros também.
Nunca retribuas maldade com vingança ou desforço. O homem mau encontra-se doente e ainda não sabe. Dá-lhe o remédio que minorará o seu aturdimento, não usando para com ele dos recursos infelizes de que ele se utiliza para contigo. Se alguém te ofende, o problema é dele. Quando és tu quem ofende, a questão muda de configuração e o problema passa a ser teu. O ofensor é sempre o mais infeliz. Conscientiza-te disso e segue tranquilo. Joanna de Ângelis
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