O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este partiu das de Moisés, é consequência direta da sua doutrina.
A ideia vaga da vida futura, acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos rodeia, povoa o espaço e levanta o véu que ocultava aos homens os mistérios do nascimento e da morte.
A primeira revelação teve a sua personificação em Moisés, a segunda no Cristo, a terceira em indivíduo algum. As duas primeiras foram individuais, a terceira coletiva; aí está um caráter essencial de grande importância.
Ninguém, por consequência, pode inculcar-se como seu profeta exclusivo; foi espalhada simultaneamente, por sobre a Terra, a milhões de pessoas, de todas as idades e condições, a fim de servir um dia a todos, de ponto de ligação.
Chegou numa época de emancecipação e maturidade intelectual, na qual o homem não aceita nada às cegas.
A revelação espírita é progressiva. O Espiritismo não tem dito a última palavra, mas tem aberto um campo amplo para o estudo e a observação.
Pela sua natureza possui duplo caráter, é ao mesmo tempo divina e humana. Divina porque provém da iniciativa dos Espíritos e humana porque é fruto do trabalho do homem.
Os ensinamentos dos Espíritos, por toda parte, nos mostram a unidade da lei. Em virtude dessa unidade, reinam na obra eterna a ordem e a harmonia.
Da obra: Doutrina Espírita para principiantes
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