Lembro-te, sábio amigo!...
A cultura te afaga...
Falas em teus salões...
Ouvintes às centenas...
Mas dos vasos de rosas e açucenas,
O perfume sutil em ondas se propaga...
Revejo-te a cautela, as mãos pequenas...
Ouço-te as preleções em que a fé se te apaga...
Noto homens cruéis, cujo porte me esmaga,
Que te compram, sorrindo, as jovens que envenenas.
Muda-te a morte o rumo... Estás entre os doentes,
Flagelam-te remorsos comburentes...
Suplicas o retorno à vida transitória...
Renasces...
E a servir, no século que avança,
Plantas obras de amor e parques de esperança,
Voltando, hoje, ao Além, num carro de vitória!...
Pelo Espírito Epiphabio Leite
Nenhum comentário:
Postar um comentário