segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Dez maneiras de ajudar com segurança

NÃO DISCUTA. Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete. 

NÃO CRITIQUE. Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance. 

NÃO RECLAME. Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas. 

NÃO CONDENE. Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal. 

NÃO EXIJA. Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras. 

NÃO FUJA. Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda. 

NÃO SE PRECIPITE. Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo. 

NÃO TEMA. Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma. 

NÃO SE ENGANE. Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho. 

NÃO SE ENTRISTEÇA. Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. 

Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo. 

Livro: Cartas no coração

Sexualidade na visão espírita (vídeo)


A espiritualidade...

... pode interferir em nossa vida terrena e nos ensina que as casualidades, sincronicidades e coincidências nada mais são do que a aplicação das leis cósmicas e perfeitas que Deus criou para nos auxiliar na trajetória da nossa evolução. 

A falta de conhecimento sobre a espiritualidade, no entanto, muitas vezes impede que tenhamos uma visão mais real da vida e do quanto ela é generosa, sempre favorecendo o nosso crescimento. 

Afinal, a vida colabora com nosso desenvolvimento, mas exige que cada um faça a sua parte.

Quando vc faz tudo que pode...

... a vida alarga suas possibilidades oferecendo novos conhecimentos. 

Por esse motivo, você sempre tem condições de fazer um pouco mais. 

No jogo da vida só perde quem se omite. 

Quem participa, só ganha. 

Errar ou acertar, dá experiência e experiência traz sabedoria. 

Nada que você faça pode mudar aquilo que é. 

Cabe-lhe só a interpretação e quanto mais positiva ela for, melhor será.

Para refletir...


Certa vez perguntaram ao Chico Xavier se um prato de sopa acabaria com a fome no mundo. 

Entao ele respondeu: O banho tb nao muda o problema de higiene no mundo, mas nem por isso podemos dispensa-lo. 

Entao, qdo vc tiver a oportunidade de ajudar alguem, nao deixe passar. 

Vc nao vai mudar o mundo, mas com certeza vai fazer a diferenca na vida de alguem...e sao esses pequenos gestos de solidariedade com o nosso proximo e os animais, que fazem toda a diferenca em nossa vida.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Não há milagres no Espiritismo

Certo cidadão da nossa política escreveu, há tempos, um artiguete, explicando as razões pelas quais não acreditava nos fenômenos espíritas.

 Perdera um filho na guerra e um amigo lhe havia informado que, segundo certa comunicação do Além, o rapaz estava ainda encarnado e bem de saúde.

 Efetivamente, era uma contradição. 

Semelhante fato, porém, não serve de argumento contra o Espiritismo. 

Se no mundo físico estamos sujeitos a ser enganados por pessoas brincalhonas ou mentirosas, o mesmo sucede no mundo espiritual, porque o fato de um Espírito deixar o invólucro carnal não lhe confere uma moralidade que ele não possuía antes, assim como também não lhe altera a personalidade. 

Lá, como cá, o Espírito está sujeito à educação, que pode dar resultados dentro de pouco ou de muito tempo. Tudo depende, evidentemente, do caráter em jogo. 

 O referido político, que é médico e já fez muitas vezes profissão de fé ateísta, não poderia mesmo aceitar o Espiritismo, como não aceita nenhuma outra doutrina religiosa. 

Portanto, o seu cepticismo já está encruado. 

 Há muita gente que vai para o Espiritismo à procura do maravilhoso. Quer "milagres", esquecida de que o privilégio milagreiro está com a Igreja. Está ou esteve, porque, hoje, com o progresso, com o avanço da Ciência, com a rapidez das comunicações, a indústria milagreira perdeu sua força e está desaparecida. 

Antigamente, qualquer coisa servia para embair a ingenuidade popular. Até um cometa que aparecia no céu era explorado pelos industriais do milagre. 

Hoje, entretanto, as coisas estão mudando. 

A Igreja, dotada de extraordinária faculdade mimética, vai-se adaptando depressa a situações que, antes, justificavam enérgicas reprimendas dos piedosos bonzos da Inquisição. 

Mesmo dentro da seara espírita, o trabalho educativo é cada vez mais necessário.

 Todos os dias o Espiritismo recebe novos adeptos e a maioria vem do Catolicismo, decepcionada porque a Igreja só lhes oferece quimeras, preocupando-se com o número dos que frequentam os templos e comparecem a certas exteriorizações festivas. 

Alguns chegam ao Espiritismo imbuídos das ideias adquiridas no credo que abandonaram. E intentam fazer reformas nas práticas espíritas. 

Querem santos, como se nós adotássemos ídolos em nossa crença. Procuram adaptar ritos que não são aceitos no Espiritismo. Daí o fato de certos confrades pouco esclarecidos pretenderem realizar "batismos", "casamentos", etc., como se o Espiritismo pudesse ser confundido com certas religiões que, para sobreviverem, tiveram de condescender com o paganismo, adotando-lhe métodos e sistemas. 

 Por isso, é importante que a Doutrina seja cada vez mais disseminada, não só pela palavra escrita como pela palavra falada. 

Doutrina, Doutrina, Doutrina e Doutrina. Os que assim procedem, da maneira a que nos referimos, merecem nossa paciência, mas não podemos com eles concordar, porque, se o fizermos estaremos concorrendo para a deturpação dos princípios e postulados divulgados por Allan Kardec.

 Não é a assiduidade a sessões fenomênicas que define o espírita, mas o seu conhecimento da Doutrina e o esforço que realiza por exemplificá-la em cada vinte e quatro horas de sua vida.

 Não nos interessam ritos, imagens, cânticos e demonstrações materiais de poder temporal, de pompa e vaidade. O que realmente nos interessa, e a quantos queiram permanecer fiéis à Doutrina Espírita, é a reforma íntima de cada um, a melhoria do homem, o apuramento moral, o estabelecimento da paz interior e exterior, o culto do bem, o combate ao mal pelo exercício da bondade, da caridade e do amor, porque isto, em última análise, é Cristianismo puro. 

 O espírita verdadeiro não estimula desarmonias, não dá curso à maledicência, não cede a impulsos egoístas, não dá mostras de intolerância, mas é firme em suas convicções, fiel à Doutrina e dotado de sólida determinação no cumprimento de seus deveres para com o Espiritismo. Estudemos as lições doutrinárias, diariamente, porque encontraremos sempre novos pontos de esclarecimento e de orientação. E, sobretudo, guiemos os novos, aqueles que estão começando a sua jornada espírita, fazendo que se esqueçam totalmente das fantasias que religiões falidas ou em vias de decomposição lhes inculcaram na alma. 

Uma das grandes tarefas do Espiritismo é reformar o homem, preparando-o para o Terceiro Milênio, já às nossas portas. 

 Túlio Tupinambá (Indalício Mendes) Reformador (FEB) Maio 1959

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Alguém precisa de você

 Você já se sentiu alguma vez como um zero à esquerda, ou seja, sem valor algum?

 Você pode responder que não, mas outras tantas pessoas já tiveram o seu dia de baixa autoestima.

 São aqueles dias em que a gente olha ao redor e não consegue ver nada em que possamos ser úteis. No entanto, e por essas mesmas razões, há sempre alguém que precisa de você. 

 Há pessoas caladas que precisam de alguém para conversar. 

Há pessoas tristes que precisam de alguém que as conforte. 

Há pessoas tímidas que precisam de alguém que as ajude a vencer a timidez. 

Há pessoas sozinhas que precisam de alguém para conversar. 

Há pessoas com medo que precisam de alguém para lhes dar a mão. 

Há pessoas fortes, mas que precisam de alguém que as faça pensar na melhor maneira de usar a sua força.

 Há pessoas habilidosas que precisam que alguém as ajude a descobrir a melhor maneira de usar sua habilidade. 

Há pessoas que julgam não saber fazer nada e que precisam de alguém que as ajude a descobrir o quanto podem fazer. 

Há pessoas apressadas que precisam de alguém que lhes mostre tudo o que não têm tempo para ver.

 Há pessoas impulsivas que precisam de alguém que as ajude a não magoar os outros. 

Há pessoas que se sentem perdidas e precisam de alguém que lhes mostre o caminho. 

Há pessoas que se julgam sem importância alguma e precisam de alguém que as ajude a descobrir como são valiosas.

 E você, que muitas vezes pensa não ter nenhuma utilidade, pode ser justamente a pessoa que alguém está precisando agora...

 É claro que você não precisa, nem pode ser a solução para todos os problemas, mas faça o melhor ao seu alcance. 

Se não puder ser uma árvore frondosa no topo da colina, seja um arbusto no vale - mas seja o melhor arbusto do vale. Se não puder ser um arbusto, seja um ramo - mas seja o ramo mais exuberante a enfeitar a paisagem.

 E se não puder ser um ramo, seja um pequeno tapete de relva para dar alegria a algum caminhante... 

Se deseja ser um lindo ramalhete de flores perfumadas, e não consegue, seja uma singela flor silvestre - mas seja a mais bela. 

E nesse esforço de ser útil a alguém que precisa de você, irá cada vez se tornando mais forte e mais confiante.

 E todos as alegrias que espalhar pelo caminho serão as mesmas alegrias que encontrará na própria estrada. 

Por mais difícil que esteja a situação, nunca deixe de lembrar que alguém precisa de você. 

E o mais importante: você pode ajudar alguém.

E a vida continua (filme completo)


sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

É sempre fácil...

É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco... 

 Mas enquanto nos distraimos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição.

 Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva... 

 Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!...

 Da obra: Caridade, de Chico Xavier

Bens da Vida


Embora possamos conceituar os Bens da Vida segundo as nossas concepções pessoais, definindo-os a nosso modo, a verdade é que eles têm qualificações e classificações próprias.

Sob a forma de patrimônio comum, encontramo-los espalhados por toda a parte, como expressão dadivosa da Natureza. 

Tudo quanto existe vale por manifestação de sua presença .

O ar que respiramos.  A água que bebemos. 
O Sol que nos aquece e vivifica. O dia que nos favorece com as suas horas. A noite que nos enleva com a magia do seu cenário e nos felicita com a bênção do repouso. O perfume que balsamiza a atmosfera. A flor que engalana o jardim. A árvore que enfeita a paisagem. O fruto que se ostenta na árvore. A brisa que ameniza o calor. O orvalho que se espalha na relva e resvala nas folhas e flores das plantas. O corpo de que se reveste o Espírito. As substâncias que vitalizam o organismo. O vento, a chuva, as riquezas do solo e do subsolo os minerais e vegetais, a força hidráulica, o magnetismo terrestre, as ondas hertzianas, as correntes marinhas, a eletricidade, as fontes térmicas e minerais, a fauna e a flora - tudo isto forma o majestoso conjunto de dádivas que o Pai Celestial põe à disposição de todos, sem que coisa alguma custe alguma coisa a alguém. 

 Estas são as naturais dotações da Criação ao Homem. 

 A par delas, porém; necessariamente deve haver as doações do Homem à Vida, que, ao contrário das primeiras, têm origem na natureza espiritual da criatura, procedem de dentro para fora. 

Toda e qualquer exteriorização construtiva significando esforço de realização a bem do próximo, equivale a uma projeção do espírito humano, no sentido da ampliação de suas possibilidades, mediante a aquisição de maiores bens e valores eternos, definindo-se e positivando-se cada vez mais para melhor.

 Portanto, não é só o que nos beneficia que são bens da Vida, mas também e principalmente quanto de benefício pudermos proporcionar aos outros, procurando fazê-los felizes para sermos felizes com eles, isto é, fazendo nossa a própria felicidade alheia. 

Poderemos caracterizar atitudes e situações que se enquadram nesta ordem de coisas, aferidas assim por um outro critério de valorização. 

O silêncio que fazemos em torno de acontecimentos isolados do conjunto, para não levarmos ao pelourinho da vergonha e da desonra seus protagonistas. 

A palavra que pomos a serviço da complacência, sempre pronta a defender e a amparar. A mensagem de estímulo e conforto que endereçamos aos flagelados do corpo e da alma. 

A prece que formulamos em favor de alguém. O passe que aplicamos com o sincero desejo de colaborar na recuperação do enfermo. 

O lar que fundamos em bases cristãs. A família que educamos nos princípios enobrecedores do pudor e da compostura, do trabalho e do estudo, da honradez e da dignidade. 

A escola que ajudamos a manter com o nosso esforço. Os favores desinteressados que prestamos a quem quer que seja. Os ensinos que ministramos aos menos favorecidos de conhecimentos. 

A mão que estendemos aos que precisam de levantar-se e caminhar. 

O aproveitamento das provas e expiações. Sob o aspecto de inspiração própria, de iniciativa individual, de cunho essencialmente íntimo, muita coisa podemos fazer e deixar de fazer, que resultará em bênçãos e luzes do nosso caminho, com tanto mais proveito para nós mesmos quanto maior for o benefício que pudermos proporcionar a outrem.

 Estes outros bens da Vida formam o patrimônio próprio de cada um de nós e perduram conosco por todo o sempre, porque são o tesouro que o ladrão não rouba, a traça não rói, a ferrugem não destrói e o tempo não consome. 

 Passos Lírio Reformador (FEB) Junho 1970