quarta-feira, 26 de junho de 2013

Não te canses

Quando o buril começou a ferir o bloco de mármore embrutecido, a pedra, em desespero, clamou contra o próprio destino, mas depois, ao se perceber admirada, encarnando uma das mais belas concepções artísticas do mundo, louvou o cinzel que a dilacerara.

 A lagarta arrastava-se com extrema dificuldade, e, vendo as flores tocadas de beleza e perfume, revoltava-se contra o corpo disforme; contudo, um dia, a massa viscosa em que se amargurava converteu-se nas asas de graciosa e ágil borboleta e, então, enalteceu o feio corpo com que a Natureza lhe preparara o vôo feliz.

 O ferro rubro, colocado na bigorna, espantou-se e sofreu, inconformado, todavia, quando se viu desempenhando importantes funções nas máquinas do progresso, sorriu reconhecidamente para o fogo que o purificara e engrandecera. 

 A semente lançada à cova escura chorou, atormentada, e indagou por que motivo era confiada, assim, ao extremo abandono; entretanto, em se vendo transformada em arbusto, avançou para o Sol e fez-se árvore respeitada e generosa, abençoando a terra que a isolara no seu seio. 

 Não te canses de fazer o bem.

 Quem hoje te não compreende a boa-vontade, amanhã te louvará o devotamento e o esforço.

 Jamais te desesperes, e auxilia sempre. 

 A perseverança é a base da vitória. Não olvidas que ceifarás, mais tarde, em tua lavoura de amor e luz, mas só alcançarás a divina colheita se caminhares para diante, entre o suor e a confiança, sem nunca desfaleceres.


Caridade


Nos caminhos claros da inteligência, muitas vezes as rosas da alegria incompleta produzem os espinhos da dor, mas, nas sendas luminosas da caridade, os espinhos da dor oferecem rosas de perfeita alegria.

 Onde a mão da caridade não passou, no campo da vida, as pedras e a erva daninha alimentam o deserto; e, enquanto não atinge o cérebro, elevando-se do sentimento ao raciocínio, a ciência é simples cálculo que a maldade inclina à destruição. 

  Indubitavelmente, a fé improvisa revolucionários, a instrução erige doutores, a técnica forma especialistas e a própria educação, venerável em seus fundamentos, burila gentilhomens para as manifestações do respeito recíproco e da solidariedade comum.

 Só a caridade, porém, edifica os apóstolos do bem que regeneram o mundo e lhe santificam os destinos.

  A investigação e a cultura erguerão universidades e academias, onde o pensamento se entronize vitorioso; entretanto, somente a caridade possui as chaves do coração humano para fazer a vida melhor. 

   Cristãos abnegados da era nova, uni-vos sob o estandarte da divina virtude!

 Não convertais o tesouro do Céu em motivo para indagações ociosas quando, ao redor de vossos passos, se agita a multidão atormentada.

 Multiplicai o pão da crença e do reconforto, à frente da turba aflita e esfaimada, porque o Senhor vos renovará os dons de auxiliar, toda vez que o cântaro de vosso esforço trouxer aos mananciais de cima o sublime sinal da caridade benfeitora. 

Estudai e meditai, monumentalizando as obras de benemerência pública e ensinando a verdade imperecível com que a Nova Revelação vos enriquece, mas não vos esqueçais de instalar no peito um coração fraterno e compadecido. 

  Instituições materiais primorosas, sem o selo íntimo da caridade, são frutos admiráveis sem sementes. Sem a compreensão, filha da piedade generosa e construtiva, nossa organização doutrinal seria um palácio em trevas. 

  Iluminemos a luta em torno, clareando a vida por dentro.

   Aspiremos ao paraíso, cooperando para que o bem alcance toda a Terra.

   Fora de Deus não há vida e fora da caridade, que é o Divino Amor, não há redenção.

 Francisco Cândido Xavier.
 Da obra: Caridade. 
Ditado pelo Espírito Thereza.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Aborto e rejeição

Em nossos estudos no Grupo Espírita levantou-se o fato que alguns espíritos se mantêm crianças mesmo tempos após o desencarne. 

Por outro lado - como sabemos -, não existem crianças em espírito. Cabia, pois, buscar subsídio na literatura espírita. 

Encontramos a resposta no texto abaixo, por si só auto-explicativo. “Enquanto se encontrava pensativa, os socorristas daquela clínica abortiva tudo faziam para que ela desistisse do crime. Os seus pensamentos estavam embaralhados. De repente, surgia uma criança linda, pedindo-lhe: "deixe-me viver! Não me mate!" Mas, se os socorristas lhe chamavam pelo coração, outros espíritos lhe aguçavam a vaidade. Era a luta entre o bem e o mal. 

Na hora em que Marina deu entrada na sala médica, o olhar dos socorristas foi de desespero. Mais um crime seria ali praticado, num matadouro de homens.

 O médico, Roberto, usando dos mais sofisticados métodos, em alguns minutos destruiu o trabalho de anos da espiritualidade. No momento da sucção, Marina sentiu seu coração doer. Era o filho que se desligava do seu corpo. 

Olhou os pedaços de carne atirados no lixo e pensou: "ainda bem que não tem vida". Ela, porém, não assistiu, do lado espiritual, a uma equipe médica entrar em ação e tentar, desesperadamente, impedir que o feto sofresse demais. 

Contudo, mesmo recebendo boa assistência do departamento encarnatório, o espírito não conseguia livrar-se da dor da rejeição e se contraiu de tal maneira, que o seu perispírito sofreu uma sobrecarga energética e continuou criança. 

Uns conseguem crescer aqui na Colônia, outros se vêem ora criança, ora adulto. 

Não é raro voltarem totalmente alucinados pela forma violenta do aborto. Esses são confiados a excelentes psicanalistas ou psiquiatras, tal o trauma que sofrem.

 Marina jogou o corpo do filho numa lata de lixo, corpo este que ela, com seu parceiro, compuseram num ato de amor. 

Marina deixou, naquela clínica, um pedaço do seu corpo e levou consigo um débito enorme. 

O grupo de socorristas sentia-se desolado; por mais que prestasse auxílio à criança, ela, bastante perturbada, retorcia-se nos braços dos enfermeiros e gritava sem parar.”

Mentores de cura

Os mentores de cura trabalham em diversas religiões, inclusive na Umbanda.

 São muito discretos em sua forma de se apresentar e trabalhar, e estas formas mudam de acordo com a religião ou local em que irão atuar.

 São espíritos de grande conhecimento, seriedade e elevação espiritual.

 Alguns deles não demonstram muito sentimento mas mesmo assim têm muita vontade de ajudar ao próximo, com o tempo tendem a evoluir também para um sentimento maior de amor ao próximo.

 São extremamente práticos, não aceitando conversas banais ou ficar se estendendo a assuntos que vão além de sua competência ou nos quais não podem interferir, pois não são guias de consulta no sentido ao qual as pessoas estão habituados na Umbanda. 

 Para se ter uma idéia melhor, sua consulta seria o pólo oposto à consulta com um Preto Velho. Normalmente os pretos velhos dão consultas longas, cheias de ensinamentos de histórias, apelando bem para o lado emocional. 

 Já os Mentores de Cura, se dirigem ao raciocínio, buscam fazer o encarnado compreender bem as causas de suas enfermidades e a necessidade de mudança nessas causas, bem como a necessidade de seguirem à risca os tratamentos indicados. 

Quando precisam passar algum ensinamento o fazem em frases curtas e cheias de significado, daquelas que dão margem à longas meditações. 

 São espíritos que quando encarnados foram: Médicos, Enfermeiros, Boticários, Orientais (que exercem sua própria medicina desde bem antes das civilizações ocidentais), Religiosos (monges, freis, padres, freiras, etc.), ou exerceram qualquer outra atividade ligada a cura das enfermidades dos seres humanos, seja por métodos físicos, científicos ou espirituais.

Esforço Pessoal

 As grandes conquistas da Humanidade têm começo no esforço pessoal de cada um.

 Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo, o homem consegue agigantar-se, logrando resultados expressivos e valiosos.

 Estas realizações, no entanto, têm início nele próprio. 

  E possível que não consigas descobrir novas terras, a fim de te tornares célebre. Todavia, poderás desvelar-te interiormente para o bem, fazendo-te elemento precioso no contexto social onde vives. 

   Certamente, não lograrás solucionar o problema da fome na Terra. Não obstante, poderás atender a algum esfaimado que defrontes, auxiliando a diminuir o problema geral. 

  Não terás como evitar os fenômenos sísmicos desastrosos que, periodicamente, abalam o planeta. Assim mesmo, dispões de recursos para que a onda de acidentes morais não dizime vidas preciosas ao teu lado. 

 De fato, não terás como impedir as enfermidades que ceifam as multidões que lhes tombam, inermes, ao contágio avassalador. Apesar disso, tens condições de oferecer as terapias preventivas do otimismo, da coragem e da esperança.

  Diante das ameaças de guerra, das lutas e do terrorismo existentes que matam e mutilam milhões de homens, te sentes sem recursos para fazê-los cessar, mudando-lhes o rumo para a paz. Entretanto, a tua conduta pacífica e os teus esforços de amor serão instrumentos para gerar alegria e tranqüilidade onde estejas e entre aqueles com os quais compartes as tuas horas.

   A violência urbana e a criminalidade reinantes não serão detidas ao preço dos teus mais sinceros desejos e tentativas honestas.

 Sem embargo, a tarefa de educação que desempenhes, modesta que seja, influenciará alguém em desalinho, evitando-lhe a queda no abismo da agressividade. 

   As sucessivas ondas de alienação mental e suicídios, que aparvalham a sociedade, não cessarão de imediato sob a ação da tua vontade. Muito embora, a tua paciência e bondade, a tua palavra de fé e de luz, conseguirão apaziguar aquele que as receba, oferecendo-lhe reajuste e renovação. 

Naturalmente, o teu empenho máximo não alterará o rumo das Leis de gravitação universal. Mas, se o desejares, contribuirás para o teu e o equilíbrio do teu próximo, em torno do Sol de Primeira Grandeza que é Jesus.

   Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução. 

 A inundação resulta da gota de água. A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam. 

A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica. Desta forma, faze a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á. 

 A sociedade, qual ocorre com o indivíduo, é o resultado de si mesma. Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade. E, partindo do teu empenho pessoal, para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada. 

 Divaldo Pereira Framco.
 Da obra: Momentos de Coragem. 
Ditado pelo Espírito: Joanna de Ângelis.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Prece para afastar maus espíritos (vídeo)


Desejos

 Desejo é realização antecipada. 

 Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos.

  Como você pensa, você crê, e como você crê, será. 

 Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje. 

  Campo de desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita.

  O tempo que o malfeitor gastou para agir em oposição à Lei, é igual ao tempo que o santo despendeu para trabalhar sublimando a vida.

 Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente.

 A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.

  O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objeto a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal. 

 A sentença de Jesus: "procura e achará" equivale a dizer: "encontrarás o que desejas".

Francisco Cândido Xavier.
 Da obra: Sinal Verde. 
Ditado pelo Espírito André Luiz. 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Existência de Deus

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho cada noite que, certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe perguntou: 

 - Por que oras com tanta fé? 
Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler? 

 O crente fiel respondeu:

 - Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele. 

 - Como assim? 
 indagou o chefe, admirado. 

 O servo humilde explicou-se: 

 - Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu? 

 - Pela letra. 

 - Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela?

 - Pela marca do ourives.

 - O empregado sorriu e acrescentou: 

 - Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi?

 - Pelos rastos... respondeu o chefe, surpreendido. 

 Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso: 

 - Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens! 

 Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.


segunda-feira, 17 de junho de 2013

A Umbanda e o Espiritismo

Algumas pessoas, por falta de esclarecimento e ignorância dos fatos, infelizmente classificam, erroneamente e de maneira pejorativa, a Umbanda como “baixo espiritismo” ou mesmo como parte do próprio espiritismo. 

Podemos afirmar que o que as duas doutrinas têm em comum é o desejo de ser útil ao mesmo Senhor, embora com formas de trabalhos que na experiência são diferentes, mas no fundo, se integram na ação fraterna.

 A Umbanda, em seus fundamentos, não tem nada a ver com o espiritismo, o que não é bem esclarecido nos meios umbandistas e espíritas. 

Começa aí a confusão, toma-se o nome “Espírita” como se ele designasse todas as expressões de mediunismo, e assim foi se descaracterizando muito a Umbanda. 

Por outro lado, Espíritos têm baixado ao mundo com a missão de esclarecer, e de certa forma, dar um corpo doutrinário a Umbanda, mas são ignorados por muitos adeptos.

 A Caridade é a Lei Universal, e quem trabalha nas searas umbandistas, devem ter nela um guia infalível para o desenvolvimento de suas atividades, assim como todos os Centros Espíritas que dizem adotar a codificação de Kardec não são, na realidade, espíritas, também muitas Tendas e Terreiros não representam os verdadeiros conceitos da Umbanda. 

 Podemos notar que muitos umbandistas permanecem ainda ignorantes das verdades e dos fundamentos de sua religião, baseados nisso temos que trabalhar unidos pelo bem e esperar, que o tempo haverá de corrigir todos os equívocos através da experiência que vivenciamos no dia-a-dia. 

 Há de se lembrar que o mundo espiritual é habitado pelos espíritos, seres inteligentes da criação, imateriais, que mantêm sua individualidade e assim têm formas de pensar diferentes, formando então, grupos de afins. 

Mesmo assim, podemos observar espíritos, de diversos grupos, trabalharem em conjunto, unidos nos trabalhos de cura e desobsessão, mas o fato de trabalharem juntos não os faz robôs, como já dissemos, eles não pensam de maneiras iguais, guardam sempre a sua opção íntima. 

Nisso está a verdadeira fraternidade, que nos amemos uns aos outros e respeitemos as convicções pessoais, pois se os métodos de trabalhos se multiplicam ao infinito, o senhor da vinha permanece um só, Jesus, ou como os umbandistas o chamam “Oxalá”. 

 O espiritismo é a doutrina codificada por Allan Kardec e inaugurada na Terra em 18 de abril de 1857, na França, e que tem o objetivo de estudar as Leis Espirituais que regem os dois mundos, e os princípios superiores da vida.

 Esse estudo forneceu a chave que explicou cientificamente, tanto a religião nativa quanto os cultos africanos, pois explicou a possessão como incorporação dos Espíritos em pessoas dotadas de tal faculdade mediúnica. 

 A Umbanda embora seja uma religião de caráter mediúnico, não é espiritismo, nem alto e muito menos baixo, assim como não podemos dizer que a Umbanda e o Candomblé sejam a mesma coisa, mesmo assim alguns umbandistas se denominam “Médiuns Espíritas tal” ou falam “Tenda Espírita tal”. 

Sabemos que a palavra “Espírita” ou “Espiritismo” foi criada por Kardec para designar a Doutrina Codificada pelos Espíritos, no entanto aqui no Brasil, talvez por falta de orientação, as pessoas tomaram emprestado o termo “Espírita” e passaram associá-lo e designá-lo a toda manifestação mediúnica, essa confusão se estabeleceu por causa da desinformação por parte do povo, que devida à divulgação da Doutrina Espírita, aproveitaram e tentaram unir as duas expressões “Umbanda” e “Espírita”, embora sejam distintas uma da outra.

 A Umbanda é uma religião sincrética, pois fundiu quatro culturas religiosas, criando uma quinta bem distinta, pois não podemos dizer que a Umbanda é “Culto de Nação”, ela também não é “Pajelança”, não é “Espiritismo” e tão pouco “Cristianismo”, é simplesmente Umbanda, é uma religião criada e arquitetada para combater o mau uso das forças negativas, a magia negra, e com bases sólidas na Caridade, esclarecer e instruir os homens, e para isso cultua e trabalha utilizando todos os recursos oferecidos pelas energias magnéticas das forças da natureza, personificadas e representadas através dos Orixás, seus médiuns utilizam roupas brancas, como uniformes, colares em alguns casos, banhos energéticos, e todo um instrumental para canalizar essas energias psíquicas em seus trabalhos.

 Embora trabalhem com expressões do mundo espiritual, seus métodos de trabalho se diferem, pois se baseiam em ensinamentos diferentes, mesmo que, algumas vezes, os umbandistas recomendem os livros espíritas, que servem somente para um esclarecimento sobre as questões do Mundo Espiritual e suas relações com o Mundo Material, suas doutrinas e bases são distintas, contudo, reina as Leis do Amor, do Respeito e da Caridade, as quais devem ser sempre a base para reger as relações entre a grande família espiritual.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Quantas vezes...

...vc se atormenta, recordando acontecimentos desagradáveis do dia a dia, que gostaria de esquecer? Mas que reaparecem como fantasmas interiores?

Somam-se a isso, os fatos mal resolvidos de vidas passadas, que continuam a influir no cotidiano, confundindo o presente.

Esquecer o passado infeliz é um alívio, deixar de cultivar sentimentos depressivos, culpa, ódio, insegurança e vingança e, sobretudo liberta-se dos tormentos e conquistar a paz.

Impossível esquecer o que está mal resolvido, porque a vida não deixa passar  aquilo que ainda está sem solução. Então, questionar-se passa a ser uma urgente necessidade: O que a vida quer de mim?

A inteligência da vida mostra qual atitude está ocasionando tais impasses. Se aceitar e promover sua melhora interior, então vencerá e os problemas farão parte do passado, e a liberdade o tornará mais lúcido e feliz.

sábado, 8 de junho de 2013

O povo e o evangelho


 A perseguição aos postulados do Cristianismo é de todos os tempos.

 Nos próprios dias do Mestre Divino, nos círculos carnais, já se exteriorizavam hostilidades de todos os matizes contra os movimentos da iluminação cristã.

 Em todas as ocasiões, no entanto, tem sido possível observar a gravitação do povo para Jesus. Entre Ele e a multidão, nunca se extinguiu o poderoso magnetismo da virtude e do amor.

 Debalde surgem medidas draconianas da ignorância e da crueldade, em vão aparecem os prejuízos eclesiásticos do sacerdócio, quando sem luz na missão sublime de orientar; cientistas presunçosos, demagogos subornados por interesses mesquinhos, clamam nas praças pela consagração de fantasias brilhantes.

 O povo, porém, inclina-se para o Cristo, com a mesma fascinação do primeiro dia. 

 Indiscutivelmente, considerados num todo, achamo-nos ainda longe da união com Jesus, em sentido integral.

 De quando em quando, a turba experimenta pavorosos desastres. Tormentas de sangue e lágrimas varrem-lhe os caminhos.

 A claridade do Mestre, contudo, acena-lhe a distância. Velhos e crianças identificam-lhe o brilho santificado.

 Os políticos do mundo formulam mil promessas ao espírito das massas; raras pessoas, entretanto, se interessam por semelhantes plataformas.

 Os enunciados do Senhor, todavia, em cada século se renovam, sempre mais altos para a mente popular, traduzindo consolações e apelos imortais.

 Francisco Cândido Xavier. 
Da obra: Vinha de Luz.
 Ditado pelo Espírito Emmanuel.

Linhas de Evolução

 Observando os companheiros a quem você deseja ajudar, seja breve na exposição e demorado no socorro. 

Sem o suor do exemplo, os mais belos comentários perdem a legitimidade.

  Utilize-se do poço do caminho, sem lhe tisnar a limpidez das águas. 
Mais tarde você poderá necessitar dele novamente. 

  Seu vestuário desvela para os outros suas íntimas inclinações.

 Use a roupa, sem a ela escravizar-se.

  Mantenha a higiene de seu corpo para preservar a saúde. 

No entanto, viver excessivamente preocupado com a limpeza é sintoma de desequilíbrio. 

  Cobiçando o melhor de cada dia, viva cada minuto nobremente, como se fosse o último a que você tivesse direito. 

O depois começa agora! 

 Pare para refletir, não obstante sabendo refletir para não parar.

 Quem avança, sem estacionar, pára sem forças para avançar.  

 Planifique, antes de agir, e demonstrará respeito pelo serviço. 

Evite, porém, planificar assoberbado de preocupações, pois que assim você jamais realizará algo. 

  Se você acredita em felicidade vivendo a sós, disponha-se para inquietantes aflições. 

A gota de orvalho no deserto reflete a glória de longínqua estrela, mas não dá vitalidade à terra onde se aquieta e consome, sem ajudar. 

  Em todas as conjunturas de sua vida, recorde-se da caridade primeiro, e da humildade, logo depois.

 "Caridade e humildade, tal a senda única da salvação." 

 Divaldo Pereira Frmaco.
 Da obra: Glossário Espírita-Cristão. 
Ditado pelo Espírito Marco Prisco. 

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O verdadeiro espírita

Ninguém deve procurar no Espiritismo senão o que possa concorrer para o seu progresso moral e intelectual, porque o objetivo supremo do Espiritismo é melhorar os homens, é promover a reforma moral da criatura humana.

 O verdadeiro espírita não é certamente aquele que crê nas manifestações, porém, aquele que se aproveita dos ensinos que os Espíritos nos têm dado, no sentido de praticar os velhos princípios cristãos, que agora, estão sendo restabelecidos nas mesmas bases em que Jesus Cristo os erigiu, naquela pureza primitiva, simples e divina, sem ídolos, dogmas e ritualismo, sem culto externo, nem atos litúrgicos. 

 A doutrina espírita não se impõe, não é intolerante, nem exclusivista. É, na realidade, a concretização perfeita do Cristianismo na pureza e humildade dos tempos de Jesus. 

Ela está triunfando evidentemente porque nasceu nos braços da ciência, que é a sua base fundamental, evolve com os princípios da mais espiritualizada filosofia e colima (observa por meio de um instrumento apropriado) necessariamente a religião primitiva de Jesus-Cristo, nosso divino Mestre, Senhor e Salvador. 

Ela, apoiada nesse fundamento, jamais estacionará, acompanhará naturalmente, como doutrina progressista que o é, a ciência, incorporando ao seu patrimônio doutrinário as descobertas e revelações científicas, combatendo sempre o milagre, a crendice, o maravilhoso, o sobrenatural, as superstições e defendendo, intransigentemente, o livre exame e a liberdade de pensamento e de consciência. 

Combate o erro e a má fé, a hipocrisia e o fanatismo. 

 O Espiritismo é a religião do foro íntimo, do culto das virtudes, cristãs; não tem ritos, sacramentos e cerimônias. Está fundado num princípio eterno: "Fora da caridade não há salvação".

 Conhecem-se os verdadeiros espíritas, que são sacerdotes da própria salvação, pelo constante empenho e viva preocupação de se fazerem cada vez melhores e se tornarem úteis e bons servidores dos seus semelhantes. 

Os que se dizem espíritas, mas não se esforçam para promover o seu aperfeiçoamento espiritual, podem ser considerados convencidos da doutrina, porém, nunca convertidos à doutrina.

 Os verdadeiros espíritas, os espíritas cristãos, não fazem jamais o mal e não perdem oportunidade de fazer o bem. Amam o amigo e muito mais ainda o inimigo. Aliás, devo observar que os espíritas não podem ter inimigos. São sempre amigos sinceros de todos, leais, desprendidos e desinteressados, porque não podem ser espíritas os que exploram ou enganam os seus semelhantes; os que se ocupam de cartomancia, sortilégios ou adivinhação para iludir e mistificar, atribuindo-se falsas faculdades para embair a boa fé dos ignorantes. 

Todo trabalho ou serviço prestado, em nome do Espiritismo, não deve absolutamente visar qualquer remuneração ou recompensa direta ou indireta, uma vez que sabemos que a caridade é a alma da nossa doutrina. Sejamos bons, humildes e virtuosos, façamos sempre o bem e nunca o mal e estaremos naturalmente caminhando para Jesus, nosso divino Senhor.

 Djalma Farias Reformador (FEB) Novembro 1947

terça-feira, 4 de junho de 2013

Sem fanatismo

Uma das causas que muito tem contribuído para lançar o descrédito sobre a Doutrina Espírita é a credulidade absoluta, a qual muitas pessoas dão às palavras dos Espíritos. 

Essa credulidade irracional não deve, porém, existir. E quem conhece a Doutrina no seu cerne e não pela rama, sabe bem disso. 

Não deve haver crença na infalibilidade dos Espíritos em geral. É preciso, primeiramente, saber a identidade do Espírito. 

Se o homem espírita não procura racionar e deixa-se levar pelas errôneas ideias dos Espíritos de má fé ou ignorantes, arrisca-se a cometer muitos erros graves.

 E assim acontece porque os Espíritos, como os homens, estão colocados em variados graus de evolução intelectual e moral. E se uns têm condições de orientar seus semelhantes, outros – pelas suas limitações – dão palpites desarrazoados. 

Na Terra, cada homem está habilitado a responder sobre a matéria da sua profissão. E os mais experientes podem dar conselhos sensatos sobre questões morais e sociais de alta relevância, uma vez que eles têm idade suficiente para possuírem a circunspeção necessária a homens de critério. 

Se os dizeres de um Espírito não se enquadrarem nos princípios evangélicos, ou revelarem uma índole frívola ou interesseira, sem dúvida deve-se discordar do seu conselho e, até mesmo, refutá-lo. 

Não há nisso desrespeito algum ou desconsideração. Mas, se nos vem um conselho partido de um Espírito de categoria, que bem conheçamos, devemos segui-lo.

domingo, 2 de junho de 2013

Sózinho? Parte 02 (vídeo)


Infelizmente muitas pessoas não tem noção do valor de uma prece.

Sózinho? Parte 01 (vídeo)




Acordemos

É sempre fácil examinar as consciências alheias, identificar os erros do próximo, opinar em questões que não nos dizem respeito, indicar as fraquezas dos semelhantes, educar os filhos dos vizinhos, reprovar as deficiências dos companheiros, corrigir os defeitos dos outros, aconselhar o caminho reto a quem passa, receitar paciência a quem sofre e retificar as más qualidades de quem segue conosco...

  Mas enquanto nos distraímos, em tais incursões a distância de nós mesmos, não passamos de aprendizes que fogem, levianos, à verdade e à lição. 

  Enquanto nos ausentamos do estudo de nossas próprias necessidades, olvidando a aplicação dos princípios superiores que abraçamos na fé viva, somos simplesmente cegos do mundo interior relegados à treva...

  Despertemos, a nós mesmos, acordemos nossas energias mais profundas para que o ensinamento do Cristo não seja para nós uma bênção que passa, sem proveito à nossa vida, porque o infortúnio maior de todos para a nossa alma eterna é aquele que nos infelicita quando a graça do Alto passa por nós em vão!...