terça-feira, 27 de junho de 2023

Façamos nossa Luz

"Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens." - Jesus. (MATEUS, capítulo 5, versículo 16.) 

Ante a glória dos mundos evolvidos, das esferas sublimes que povoam o Universo, o estreito campo em que nos agitamos, na Crosta Planetária, é limitado círculo de ação. Se o problema, no entanto, fosse apenas o de espaço, nada teríamos a lamentar. A casa pequena e humilde, iluminada de Sol e alegria, é paraíso de felicidade. A angústia de nosso plano procede da sombra. A escuridão invade os caminhos em todas as direções. Trevas que nascem da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas. Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e sentimentos. Em meio da grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar o caminho da libertação. Sem a irradiação brilhante de nosso próprio ser, não poderemos ser vistos com facilidade pelos Mensageiros Divinos, que ajudam em nome do Altíssimo, e nem auxiliaremos efetivamente a quem quer que seja. É indispensável organizar o santuário interior e iluminá-lo, a fim de que as trevas não nos dominem. É possível marchar, valendo-nos de luzes alheias. Todavia, sem claridade que nos seja própria, padeceremos constante ameaça de queda. Os proprie tários das lâmpadas acesas podem afastar-se de nós, convocados pelos montes de elevação que ainda não merecemos. Vale-te, pois, dos luzeiros do caminho, aplica o pavio da boa-vontade ao óleo do serviço e da humildade e acende o teu archote para a jornada. Agradece ao que te ilumina por uma hora, por alguns dias ou por muitos anos, mas não olvides tua candeia, se não desejas resvalar nos precipícios da estrada longa!... O problema fundamental da redenção, meu amigo, não se resume a palavras faladas ou escritas. É muito fácil pronunciar belos discursos e prestar excelentes informações, guardando, embora, a cegueira nos próprios olhos. Nossa necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de auto-educação, de conversão substancial do "eu" ao Reino de Deus. Podes falar maravilhosamente acerca da vida, argumentar com brilho sobre a fé, ensinar os valores da crença, comer o pão da consolação, exaltar a paz, recolher as flores do bem, aproveitar os frutos da generosidade alheia, conquistar a coroa efêmera do louvor fácil, amontoar títulos diversos que te exornem a personalidade em trânsito pelos vales do mundo... Tudo isso, em verdade, pode fazer o espírito que se demora, indefinidamente, em certos ângulos da estrada. Todavia, avançar sem luz é impossível. 

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 180.

Os mensageiros (Haroldo Dutra)


 

Reajuste

Ante a queda moral pela prática do aborto não se busca condenar ninguém. O que se pretende é evitar a execução de um grave erro, de conseqüências nefastas, tanto individual como socialmente, como também sua legalização. Como asseverou Jesus: "Eu também não te condeno; vai e não tornes a pecar". (João, 8:11.) A proposta de recuperação e reajuste que o Espiritismo oferece é de abandonar o culto ao remorso imobilizador, a culpa autodestrutiva e a ilusória busca de amparo na legislação humana, procurando a reparação, mediante reelaboração do conteúdo traumático e novo direcionamento na ação comportamental, o que promoverá a liberação da consciência, através do trabalho no bem, da prática da caridade e da dedicação ao próximo necessitado, capazes de edificar a vida em todas as suas dimensões. Proteger e dignificar a vida, seja do embrião, seja da mulher, é compromisso de todos os que despertaram para a compreensão maior da existência do ser. Agindo assim, evitam-se todas as conseqüências infelizes que o aborto desencadeia, mesmo acobertado por uma legalização ilusória. "O amor cobre a multidão de pecados", nos ensina o apóstolo 

Pedro (I Epístola, 4:8).

Saúde e Espiritualidade (vídeo)