sábado, 1 de junho de 2019

Dica do dia:


A disciplina do pensamento (palestra)


Quem serve, prossegue

“O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir.” Jesus. (Marcos, 10:45.) 

A Natureza, em toda parte, é um laboratório divino que elege o espírito de serviço por processo normal de evolução. Os olhos atilados observam a cooperação e o auxílio nas mais comezinhas manifestações dos reinos inferiores. A cova serve à semente. A semente enriquecerá o homem. O vento ajuda as flores, permutando-lhes os princípios de vida. As flores produzirão frutos abençoados. Os rios confiam-se ao mar. O mar faz a nuvem fecundante. Por manter a vida humana, no estágio em que se encontra, milhares de animais morrem na Terra, de hora a hora, dando carne e sangue a benefício dos homens. Infere-se de semelhante luta que o serviço é o preço da caminhada libertadora ou santificante. A pessoa que se habitua a ser invariavelmente servida em todas as situações, não sabe agir sozinha em situação alguma. A criatura que serve pelo prazer de ser útil progride sempre e encontra mil recursos dentro de si mesma, na solução de todos os problemas. A primeira cristaliza-se. A segunda desenvolve-se. Quem reclama excessivamente dos outros, por não estimar a movimentação própria na satisfação de necessidades comuns, acaba por escravizar-se aos servidores, estragando o dia quando não encontra alguém que lhe ponha a mesa. Quem aprende a servir, contudo, sabe reduzir todos os embaraços da senda, descobrindo trilhos novos. Aprendiz do Evangelho que não improvisa a alegria de auxiliar os semelhantes permanece muito longe do verdadeiro discipulado, porquanto, companheiro fiel da Boa Nova, está informado de que Jesus veio para servir e desvela-se, a benefício de todos, até ao fim da luta. Se há mais alegria em dar que em receber, há mais felicidade em servir que em ser servido. Quem serve, prossegue…

Como surgiu o Espiritismo?


O espiritismo surgiu em 1857, estudos e profundo trabalho de investigação desenvolvidos por Hippolyte Léon Denizard Rivail, que mais tarde passaria a utilizar o pseudônimo Allan Kardec. Allan Kardec era pedagogo, autor e tradutor de diversas obras dedicadas ao ensino. Homem culto, podia facilmente exprimir-se em francês, sua língua mãe e também em alemão, inglês, holandês, italiano e espanhol. Era bacharel em letras e em ciências. Como educador, lecionou Química, Matemática, Astronomia, Física, Fisiologia, Retórica, Anatomia Comparada e Francês. Dotado de poderoso senso crítico e espírito investigativo, dedicou-se ao estudo de fenômenos atualmente conhecidos como paranormais ou parapsíquicos. Inicialmente, empenhou sua atenção em um fenômeno conhecido como “Mesas Girantes”, que consistia no movimento involuntário de mesas e outros objetos pesados em torno dos quais reuniam-se várias pessoas. Tais fenômenos tornaram-se objeto de curiosidade e divertimento para a sociedade européia da época. Kardec concluiu que tais fenômenos possuíam origem inteligente e que eram provocados por seres humanos que viveram na terra, a quem chamamos “mortos” e que depois ele chamaria de “desencarnados”. Estes espíritos vivem em outras dimensões, fora do alcance de nossas percepções, que chamou de “Mundo dos Espíritos”. Verificou ainda que, para que estes espíritos pudessem se manifestar e atuar sobre a matéria, era necessária a presença de certas pessoas, que lhes serviam de intermediário. A estas pessoas Kardec chamou de médiuns. Através de seus estudos sobre manifestações conhecidas como psicografia ou escrita mediúnica, Allan Kardec dedicou-se à estruturação de uma proposta de compreensão da realidade baseada na orientação dos espíritos. Nascia então a Doutrina Espírita.

Vício (palestra)


Cultivar a paz

“E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz ; e, se não, ela voltará para vós.” Jesus. (LUCAS, 10:6.) 

Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança? Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo Intimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as íeis eternas. Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela. Exigem que a tranqüilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual. Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante. Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício. Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã, sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.

Quem foi Chico Xavier


Chico Xavier veio de uma humilde família católica do interior de Minas Gerais, onde passou a maior parte de sua vida. Sua infância foi conturbada e marcadas por abusos e reviravoltas, após o falecimento de sua mãe aos cinco anos de idade, apenas um ano após o pequeno Chico ter manifestado seus primeiros sinais de mediunidade. Com o trágico acontecimento, seu pai, um humilde vendedor de bilhetes de loteria encontrou dificuldades em criar Chico e seus outros nove irmão. Desse modo, seu pai tomou a difícil decisão de entregar as crianças a alguns familiares, ficando Francisco aos cuidados de sua madrinha, amiga de sua mãe; momento no qual se deu início um histórico de abusos.
Sob a tutela de sua madrinha, sofreu agressões diárias com a famosa vara de marmelo, chegando inclusive a vesti-lo com trajes femininos durante as agressões. Não o bastante, mais tarde a madrinha elevou o grau das agressões a “garfadas” em seu abdome, não permitindo que Francisco os retirasse até que lhe fosse ordenado. Segundo o próprio Chico Xavier, o que o mantia são eram as conversas espirituais que tinha com sua falecida mãe, a qual o aconselhava a ter fé e paciência. O histórico de abusos só foi reduzido após um episódio com o outro filho adotivo de sua madrinha. Conta-se que esse filho possuía uma ferida que jamais se curava em sua perna e em uma dada ocasião, sua madrinha foi aconselhada por uma benzedeira a tentar uma simpatia que consistia em pedir a outra criança, no caso Francisco, a lamber a tal ferida durante três sextas-feiras. Francisco se recusou de início mas, ao se aconselhar com o espirito de sua mãe, esta lhe disse para que o fizesse para apaziguar a ira de sua madrinha. Francisco então o fez de modo que a ferida realmente foi curada e sua madrinha também passou a trata-lo melhor. Alguns anos depois, o pai de Francisco veio a casar-se novamente e então ele e seus irmãos foram novamente reunidos, nesta altura com sete anos de idade. Apesar do espírito de sua mãe parar de se manifestar durante essa época, seus dons mediúnicos continuaram a colocá-lo em situações complicadas, visto que vinha de uma família católica e de pouca instrução. Na escola houveram diversos episódios onde sua mediunidade foi posta em cheque sendo inclusive desafiado a produzir textos com seus dons; desafio que cumpriu com excelência, tendo inclusive recebido um prêmio por um de seus textos. Preocupado com os dons de seu filho, o pai de Francisco o encaminhou para um padre, pensando até mesmo em interna-lo. O padre na ocasião disse que não era preciso e que tudo não passava de fantasias de crianças, aconselhando que o colocasse para trabalhar. Francisco foi levado a uma fábrica de tecidos, para atuar como operário, o que lhe deixou sequelas por toda a vida. Mais tarde, já com 16 anos de idade e ainda com manifestações mediúnicas porém seguindo os preceitos do catolicismo, veio seu contato mais profundo com o espiritismo. Nessa altura Francisco perdeu sua madrasta e teve de lidar com um caso de insanidade de sua irmã; foi então que se descobriu que a causa de tal insanidade tinha origem em uma obsessão espiritual e, aconselhado por um amigo, Chico iniciou-se nos estudos espíritas, abandonando o catolicismo e abraçando por completo a doutrina espírita. Aconselhado pelo espírito de sua mãe a conhecer as obras de Allan Kardec, ali se deu início seu relacionamento com os ensinamentos e uma extensa lista de obras literárias escritas pela alcunha de Chico Xavier. Foram mais de 450 livros psicografados, os quais venderam mais de 50 milhões de exemplares. Os direitos autorais de todo os livros foram cedidos em cartório pelo próprio Francisco Xavier para instituições de caridade. Ele é ainda hoje considerado um dos escritores brasileiros de maior sucesso comercial da história. Chico Xavier também ficou conhecido por suas inúmeras cartas psicografadas ao longo de sua vida; foram cerca de 10 mil cartas, pelas quais jamais cobrou algum valor. Ele já recebeu diversas homenagens em reconhecimento a sua obra e seu legado, tendo recebido em 2012 o título de “O Maior Brasileiro de Todos os Tempos” pelo SBT e pela BBC; em 1981 e 1982 chegou a concorrer na indicação pelo Prêmio Nobel da Paz. Seus ensinamentos extrapolam os conceitos do espiritismo e é considerado por muitos o maior líder espiritual do Brasil, principalmente pelo seu Estado natal, Minas Gerais, o qual instituiu como homenagem a Comenda da Paz Chico Xavier, premiação concedida à pessoas reconhecidas pelo seu trabalho em prol da paz e do bem estar social. 

A MORTE DE CHICO XAVIER 

Chico Xavier veio a falecer em 2002 aos 92 anos de idade de parada cardiorrespiratória. Em seu velório estavam presentes cerca de 120 mil pessoas. A data de seu falecimento também foi histórica pois, no mesmo dia de seu falecimento o Brasil comemorava a conquista da Copa do Mundo de futebol e, segundo relato de amigos, o próprio Francisco já havia afirmado que “desencarnaria” em um dia de festa para todos os brasileiros. Até as décadas anteriores à data de sua morte, Chico já havia fundado mais de 2 mil instituições de caridade, as quais mantinha graças aos direitos autorais de seus livros e campanhas promovidas pelo próprio; o que só colabora para seu reconhecimento como um grande filantropo brasileiro.

O nosso pensamento cria a vida que procuramos (palestra)


Parentela

“E disse-lhe: Sai de tua terra e dentre a tua parentela e dirige-te à terra que eu te mostrar.” (ATOS, capítulo 7, versículo 3.) 

Nos círculos da fé, vários candidatos à posição de discípulos de Jesus queixam-se da sistemática oposição dos parentes, com respeito aos princípios que esposaram para as aquisições de ordem religiosa. Nem sempre os laços de sangue reúnem as almas essencialmente afins. Freqüentemente, pelas imposições da consangüinidade, grandes inimigos são obrigados ao abraço diuturno, sob o mesmo teto. É razoável sugerir-se uma divisão entre os conceitos de “família” e “parentela”. O primeiro constituiria o símbolo dos laços eternos do amor, o segundo significaria o cadinho de lutas, por vezes acerbas, em que devemos diluir as imperfeições dos sentimentos, fundindo-os na liga divina do amor para a eternidade. A família não seria a parentela, mas a parentela converter-se-ia, mais tarde, nas santas expressões da família. Recordamos tais conceitos, a fim de acordar a vigilância dos companheiros menos avisados. A caminho de Jesus, será útil abandonar a esfera de maledicências e incompreensões da parentela e pautar os atos na execução do dever mais sublime, sem esmorecer na exemplificação, porqüanto, assim, o aprendiz fiel estará exortando-a, sem palavras, a participar dos direitos da família maior, que é a de Jesus-Cristo.