sábado, 26 de dezembro de 2020

O amor venceu (rádio novela)


 

Lar doce Lar (rádio novela)


 

Castelo de areia (rádio novela)




 

A morte do negro Tião (rádio novela)


 

Desiguais (rádio novela)


 

Voltar a viever (rádio novela)


 

A vitória do amor (rádio novela)


 

Inimigo de família (rádio novela)


 

Luz que não se apaga (rádio novela)


 

Jornada de Esperança (rádio novela)


 

Orgulho e Humildade (rádio novela)


 

O último adeus (rádio novela)


 

A Ladra (rádio novela)


 

O velho solar (rádio novela)


 

Entre dois mundos (rádio novela)


 

O bem e o mal (rádio novela)


 

A vida escreve (rádio novela)


 

Um Natal inesquecível (rádio novela)


 

É Natal (rádio novela)


 

Tudo tem o seu tempo (rádio novela)


 

O que se deve entender por Pobres de Espíritos

 

1 – Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos Céus (São Mateus, V: 3) 
2 – A incredulidade se diverte com esta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como com muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito, entretanto, Jesus não entende os tolos, mas os humildes, e diz que o Reino dos Céus é destes e não dos orgulhosos. Os homens cultos e inteligentes, segundo o mundo, fazem geralmente tão elevada opinião de si mesmos e de sua própria superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de sua atenção. Preocupados somente com eles mesmos, não podem elevar o pensamento a Deus. Essa tendência a se acreditarem superiores a tudo leva-os muito freqüentemente a negar o que, sendo-lhes superior, pudesse rebaixá-los, e a negar até mesmo a Divindade. E, se concordam em admiti-la, contestam-lhe um dos seus mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, convencidos de que são suficientes para bem governá-lo. Tomando sua inteligência como medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem admitir como possível aquilo que não compreendem. Quando se pronunciam sobre alguma coisa, seu julgamento é para eles inapelável. Se não admitem o mundo invisível e um poder extra humano, não é porque isso esteja fora do seu alcance, mas porque o seu orgulho se revolta à idéia de alguma coisa a que não possam sobrepor-se, e que os faria descer do seu pedestal. Eis porque só tem sorrisos de desdém por tudo o que não seja do mundo visível e tangível. Atribuem-se demasiada inteligência e muito conhecimento para acreditarem em coisas que, segundo pensam, são boas para os simples, considerando como pobres de espírito os que as levam a sério. Entretanto, digam o que quiserem, terão de entrar, como os outros, nesse mundo invisível que tanto ironizam. Então seus olhos se abrirão, e reconhecerão o erro. Mas Deus, que é justo, não pode receber da mesma maneira aquele que desconheceu o seu poder e aquele que humildemente se submeteu às suas leis, nem aquinhoá-los por igual. Ao dizer que o Reino dos Céus é para os simples. Jesus ensina que ninguém será nele admitido sem a simplicidade de coração e a humildade de espírito; que o ignorante que possui essas qualidades será preferido ao sábio que acreditar mais em si mesmo do que em Deus. Em todas as circunstâncias, ele coloca a humildade entre as virtudes que nos aproximam de Deus, e o orgulho entre os vícios que dele nos afastam. E isso por uma razão muito natural, pois a humildade é uma atitude de submissão a Deus, enquanto o orgulho é a revolta contra Ele. Mais vale, portanto, para a felicidade do homem, ser pobre de espírito, no sentido mundano, e rico de qualidades morais.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Moradores de rua


 

Transição Planetária e a Visão Espírita


 

Mundos Superiores e Inferiores

 

8 – A classificação de mundos inferiores e mundos superiores é antes relativa do que absoluta, pois um mundo é inferior ou superior em relação aos que se acham abaixo ou acima dele, na escala progressiva. Tomando a Terra como ponto de comparação, pode fazer-se uma idéia do estado de um mundo inferior, supondo os seus habitantes no grau evolutivo dos povos selvagens e das nações bárbaras que ainda se encontram em nosso planeta, como restos do seu estado primitivo. Nos mundos mais atrasados, os homens são de certo modo rudimentares. Possuem a forma humana, mas sem nenhuma beleza; seus instintos são temperados por nenhum sentimento de delicadeza ou benevolência, nem pelas noções do justo e do injusto; a força bruta é sua única lei. Sem indústrias, sem invenções, dedicam sua vida à conquista de alimentos. Não obstante, Deus não abandona nenhuma de suas criaturas. No fundo tenebroso dessas inteligências encontra-se, latente, a vaga intuição de um Ser Supremo, mais ou menos desenvolvida. Esse instinto é suficiente para que uns se tornem superiores aos outros, preparando-se para a eclosão de uma vida mais plena. Porque eles não são criaturas degradadas, mas crianças que crescem. Entre esses graus inferiores e mais elevados, há inumeráveis degraus, e entre os Espíritos puros, desmaterializados e resplandecentes de glória, é difícil reconhecer os que animaram os seres primitivos, da mesma maneira que, no homem adulto, é difícil reconhecer o antigo embrião. 
9 – Nos mundos que atingiram um grau superior de evolução, as condições da vida moral e material são muito diferentes das que encontramos na Terra. A forma dos corpos é sempre, como por toda parte, a humana, mas embelezada, aperfeiçoada, e sobretudo purificada. O corpo nada tem da materialidade terrena, e não está, por isso mesmo sujeito às necessidades, às doenças e às deteriorações decorrentes do predomínio da matéria. Os sentidos, mais sutis, têm percepções que a grosseria dos nossos órgãos sufoca. A leveza específica dos corpos torna a locomoção rápida e fácil. Em vez de se arrastarem penosamente sobre o solo, eles deslizam, por assim dizer, pela superfície ou pelo ar, pelo esforço apenas da vontade, à maneira das representações de anjos ou dos manes dos antigos nos Campos Elíseos. Os homens conservam à vontade os traços de suas existências passadas, e aparecem aos amigos em suas formas conhecidas, mas iluminadas por uma luz divina transfiguradas pelas impressões interiores, que são sempre elevadas. Em vez de rostos pálidos, arruinados pelos sofrimentos e as paixões, a inteligência e a vida esplendem, com esse brilho que os pintores traduziram pela auréola dos santos. A pouca resistência que a matéria oferece aos Espíritos já bastante adiantados, facilita o desenvolvimento dos corpos e abrevia ou quase anula o período de infância. A vida, isenta de cuidados e angústias, é proporcionalmente muito mais longa que a da Terra. Em princípio, a longevidade é proporcional ao grau de adiantamento dos mundos. A morte não tem nenhum dos horrores da decomposição, e longe de ser motivo de pavor, é considerada como uma transformação feliz, pois não existem dúvidas quanto ao futuro. Durante a vida, não estando à alma encerrada numa matéria compacta, irradia e goza de uma lucidez que a deixa num estado quase permanente de emancipação, permitindo a livre transmissão do pensamento. 10 – Nos mundos felizes, a relação de povo para povo, sempre amigáveis, jamais são perturbadas pelas ambições de dominação e pelas guerras que lhes são conseqüentes. Não existem senhores nem escravos, nem privilegiados de nascimentos. Só a superioridade moral e intelectual determina as diferentes condições e confere a supremacia. A autoridade é sempre respeitada, porque decorre unicamente do mérito e se exerce sempre com justiça. O homem não procura elevar-se sobre o seu semelhante, mas sobre si mesmo, aperfeiçoando-se. Seu objetivo é atingir a classe dos Espíritos puros, e esse desejo incessante não constitui um tormento, mas uma nobre ambição, que o faz estudar com ardor para os igualar. Todos os sentimentos ternos e elevados da natureza humana apresentam-se engrandecidos e purificados. Os ódios, as mesquinharias dos ciúmes, as baixas cobiças da inveja, são ali desconhecidos. Um sentimento de amor e fraternidade une a todos os homens e os mais fortes ajudam os mais fracos. Suas posses são correspondentes às possibilidades de aquisição de suas inteligências, mas ninguém sofre a falta do necessário, porque ninguém ali se encontra em expiação. Em uma palavra, o mal não existe.
11 – No vosso mundo, tendes necessidade do mal para sentir o bem, da noite para admirar a luz, da doença para apreciar a saúde. Lá, esses contrastes não são necessários. A eterna luz, a eterna bondade, a paz eterna da alma, proporcionam uma alegria eterna, que nem as angústias da vida material, nem os contatos dos maus, que ali não tem acesso, poderiam perturbar. Eis o que o Espírito humano só dificilmente compreende. Ele foi engenhoso para pintar os tormentos do inferno, mas jamais pôde representar as alegrias do céu. E isso por que? Porque, sendo inferior, só tem experimentado penas e misérias, e não pode entrever as claridades celestes. Ele não pode falar daquilo que não conhece. Mas, à medida que se eleva e se purifica, o seu horizonte se alarga e ele compreende o bem que está à sua frente, como compreendeu o mal que deixou para trás.
12 – Esses mundos afortunados, entretanto, não são mundos privilegiados. Porque Deus não usa de parcialidade para nenhum, de seus filhos. A todos os mesmos direitos e as mesmas facilidades para chegarem até lá. Fez que todos partissem do mesmo ponto, e não dota a uns mais do que os outros. Os primeiros lugares são acessíveis a todos: cabe-lhes conquistá-los pelo trabalho, atingi-los o mais cedo possível, ou abandonar-se durante séculos e séculos no meio da escória humana.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

O mandamento maior


 

Formação dos Mundos

 

I – Formação dos Mundos 

O Universo compreende a infinidade dos mundos que vemos e não vemos, todos os seres animados e inanimados, todos os astros que se movem no espaço e os fluidos que o preenchem. 

37. O Universo foi criado ou existe de toda a eternidade como Deus?

— Ele não pode ter sido feito por si mesmo; e se existisse de toda a eternidade, como Deus, não poderia ser obra de Deus. Comentário de Kardec: A razão nos diz que o Universo não poderia fazer-se por si mesmo, e que, não podendo ser obra do acaso, deve ser obra de Deus. 

38. Como criou Deus o universo? 

— Para me servir de uma expressão corrente: por sua Vontade. Nada exprime melhor essa vontade todo-poderosa do que estas belas palavras do Gênese: “Deus disse: Faça-se a luz., e a luz foi feita”. 

39. Podemos conhecer o modo de formação dos mundos? 

— Tudo o que se pode dizer, e que podeis compreender, é que os mundos se formam pela condensação da matéria espalhada no espaço. 

40. Os cometas seriam, como agora se pensa, um começo de condensação da matéria, mundos em vias de formação? 

— Isso está certo; absurdo, porém, é acreditar na sua influência. Quero dizer, influência que vulgarmente lhe atribuem; porque todos os corpos celestes têm a sua parte de influência em certos fenômenos físicos. 

41. Um mundo completamente formado pode desaparecer, e a matéria que o compõe espalhar-se de novo no espaço? 
 
— Sim, Deus renova os mundos, como renova os seres vivos. 

42. Podemos conhecer a duração da formação dos mundos; da Terra por exemplo? 
 
— Nada te posso dizer, porque somente o Criador o sabe; e bem louco seria quem pretendesse sabê-lo, ou conhecer o número de séculos dessa formação.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS

Saibamos confiar


 

domingo, 13 de dezembro de 2020

Jesus Cristo, a Luz do Espiritismo

 

A mais de dois mil anos Jesus veio a terra como o filho enviado por Deus para trazer à humanidade a mensagem de paz que pudesse transformar os corações humanos, servindo como o cordeiro oferendado para salvar a humanidade de seus pecados (já que àquela época, era através das oferendas que se encontrava perdão divino). 
De lá para cá, sua mensagem foi assimilada por muitos, que mudaram a forma de viver nesse planeta, bem como deturpada por outros, que a utilizaram como forma de domínio e de poder. Naquele tempo, Jesus trazia em sua missão a implantação do amor nos corações humanos para transformá-los tornando-os pessoas melhores rumo ao objetivo da evolução espiritual, contudo, ainda falava por parábolas, conforme deixa claro o Evangelho Segundo o Espiritismo nas lições de Kardec, Allan (p.214, 1978) . Ou seja, àquela época, a humanidade ainda não estava preparada para compreender conceitos existenciais importantes e se ditos naquele momento, não seriam interpretada como deveriam ser, deturpando a ideia central do que é a vida neste mundo em virtude do arraigado materialismo existencial daquela época. Assim, muitos anos depois, com as evoluções tecnológicas, culturais e sociais, quando o homem sai da época da barbárie da antiguidade primitiva, avança pela época das convicções próprias medievais, adentra a evolução modernista, tem-se um ser humano ao menos preparado para ouvir e saber interpretar melhor o que é realmente a vida eterna e o seu objetivo neste planeta. Muitos vieram após Jesus para lapidar sua mensagem conforme a lei de amor e, por fim, surge a Doutrina Espírita. Ainda incipiente, o Espiritismo claudica pela ceara da fenomenologia quando o professor francês Hippolyte Leon Denizard Rivail, que se intitulava Allan Kardec aprimora o entendimento empírico da nova doutrina partindo da análise do curioso fato das mesas girantes, que virou uma febre em Paris à época de meados do século XIX, analisando friamente o que poderia explicar tal fenômeno partindo das teorias basilares da física e de outras áreas do conhecimento. Surgem as comunicações espíritas, através da transmissão mediúnica nas quais um médium intermedeia o processo comunicativo servindo de meio pelo qual os espíritos expressam suas mensagens do mundo espiritual aos encarnados. Mas o que as obras literárias do Professor Hippolyte poderiam ter em comum com a mensagem de Jesus Cristo que já há séculos pregava o amor como fonte de transformação da humanidade? O fato é que a doutrina espírita inicialmente elucidou a humanidade acerca das realidades do mundo espiritual, demonstrando que a vida terrena é passageira representando um átomo de tempo frente a real vida, a espiritual, e que aqui viemos para resgatar débitos ou enfrentar desafios para que possamos evoluir moralmente e para galgar vivenciar em mundos mais evoluídos que este, despojados de aspectos primitivos. Fincada nos pilares da religião, ciência e na filosofia, a doutrina espírita apresenta-se inicialmente sobre as obras do pentateuco de Allan Kardec sendo composta por: O livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o Inferno e após seu desencarne, publicou-se o livro Obras Póstumas. Editado no ano de 1859, o Livro dos Espíritos representou uma verdadeira revolução para a sociedade francesa daquela época. O materialismo ainda era exacerbado, contudo as verdades espíritas não tardaram a ganhar campo e conquistar a atenção de muitos. Kardec utilizou-se do método empírico para, através da intervenção mediúnica, interrogar aos espíritos acerca de diversos temas, desde quem é Deus até o que é o paraíso e o purgatório para criar o corpo da doutrina espírita, confirmando as respostas apresentadas por espíritos sérios através da identidade moral apresentada pelos mesmos, bem como da repetição uniforme de informações em outras mesas mediúnicas pelas psicografias mediúnicas que já se espalhavam incontrolavelmente mundo afora. Mas o que a obra tem com os ensinamentos de Jesus? Como exemplo, na pergunta 149 do Livro dos Espíritos (p.76, 2009), Kardec questiona aos espíritos “Em que se torna a alma no instante da morte?” o que prontamente é respondido: “- volta a ser Espírito, quer dizer, retorna ao mundo dos Espíritos, que deixou momentaneamente”. Elucidando que alma é a condição temporária na qual o espírito se encontra quando encarnado em um corpo material neste ou noutro planeta, e que este espírito interliga-se através do períspirito ao corpo material, tem-se na explicação dada, prova cabal da efemeridade da vida terrena e que quando dela partimos voltamos à vida real, a do no mundo espiritual, recordando de quem realmente somos e de todas as nossas vivências neste mundo ou por onde já passamos através dos séculos, uma vez que somos eternos. Nesse sentido, Jesus Cristo, em sua mensagem de amor, buscando elucidar a humanidade sobre a necessidade de reformar seus atos e a maneira de enxergar a vida à luz do amor ao próximo, já dizia que “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”, elucidando acerca da necessidade do homem se remodelar moral e sentimentalmente, vendo o mundo de outra forma, se assim quer chegar ao reino de Deus, ou seja, a evolução de si. Mais adiante, no Evangelho Segundo o Espiritismo (p. 45, 1978), em seu Capítulo IV o Mestre reforça o exposto . Deixando assim, mais do que comprovada à vida após a morte corporal e que é com a evolução que o homem se despoja do arraigado desejo material sublimando para uma visão menos grotesca acerca da sua própria existência e que se nos aproximamos mais da matéria, em seus diversos sentidos, estamos mais afastados de valores como o respeito ao próximo, amor incondicional, perdão, o entendimento da necessidade das dificuldades como forma de equilibrar o universo livrando nossa consciência do remorso retardatário das obras malfazejas de outrora bem como meio de superar desafios capazes de testar nossa aptidão para suportar a dor e os sofrimentos. Ao Estudar o Evangelho segundo o Espiritismo, é cabível explicitar àqueles que não acreditam em Jesus e questionam-se o motivo pelo qual lêem este artigo, que Jesus mais do que qualquer coisa foi um Fato na história da humanidade. A ciência história marcou a linha do tempo da história da humanidade como Antes e Depois do Cristo, havendo uma contagem de tempo do ano zero para trás e do ano zero para frente, ou seja, é uma comprovação científica e didática passada a todos ao longo dos séculos no aprender da história geral nada tendo a se questionar se Jesus realmente existiu ou não. Durante sua breve passagem neste planeta, no cumprir de sua missão, Jesus não se dedicou a propagar sua mensagem através da escrita – O tempo era curto, ficando essa tarefa para seus evangelizadores e apóstolos que assimilavam seus ensinamentos doutrinários e os imortalizavam através das escrituras cristãs. É apropriado ressaltar que antes de Cristo, o velho testamento já trazia a mensagem de Deus para reformar a humanidade, mas era um Pai vingativo e penalizador, pois a humanidade precisava do “chicote” para ser obediente como uma criança mal educada; já nas novas escrituras, após Jesus, o real Deus é apresentado como benevolente e que busca o equilíbrio universal. O Evangelho segundo o Espiritismo é justamente o aproveitamento das Leis Morais apresentadas no Evangelho de Jesus à luz dos ensinamentos da nova Doutrina, assim, tem-se passagens na citada escritura que apresentam e que elucidam a vida espiritual como eterna demonstrando a efemeridade da vida carnal, é o exemplo claro do Capítulo IV (pag. 51, 2010) em que é questionada se a encarnação é uma punição aos espíritos culpados o que prontamente é respondido: “a encarnação não é senão um estado transitório; é uma tarefa que Deus impõe como primeira prova do uso que farão de seu livre arbítrio”. O próprio Cristo demonstrou através da sua ressurreição que a vida carnal é temporária, ressuscitando para o Divino, e que a vida real é aquela que estamos despojados da matéria, cumprindo sua missão ao ser crucificado. Após a escrita do Livro dos Espíritos e com a disseminação dos fenômenos mediúnicos por várias partes do mundo através da psicografia, psicofonia, clarividência, inspirações e até o que se chamava paranormalidade a ciência espírita já tinha seu corpo formado e suas bases alicerçadas, mas o trabalho não parou e as obras foram complementando-se para dar continuidade ao edificante trabalho elucidador. Assim, o livro dos médiuns, ou guia dos Médiuns e dos Evocadores vem esclarecer os gêneros e formas de comunicação com o mundo invisível no ano de 1861 em Paris. Observemos que em determinado trecho da obra, mais precisamente em seu Capítulo XIV, (p. 145, 1987) é questionado se certas pessoas possuem verdadeiramente o dom da cura pelo simples contato, sem o emprego dos passes, e a resposta é que sim . Não precisamos aqui elencar a quantidade de milagres realizados por Jesus a mais de dois mil anos, mas citamos o caso em que uma mulher fora curada somente ao tocar seu manto com base em sua fé, quando o Mestre responde-lhe “a tua fé te curou”, ou seja, a doutrina espírita, está intrinsecamente ligada aos ensinamentos de Jesus que foram transmitidos àquela época de outra forma em virtude do desenvolvimento e da cultura daquele tempo. Hoje, é tida como a boa nova trazida para consolidar o que já fora apresentado por Jesus. A Gênese representa a continuidade da evolução da doutrina espírita, publicada em 1868, reflete temas relativos à origem do universo, o esboço geológico da terra desde períodos primitivos ao nascimento do homem, milagres, fluidos, dentre outros temas mais. Em São Mateus, Cap. XXIV, v.35, a mensagem de Jesus é clara ao dizer que “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”, ou seja, mesmo que a terra sofra as evoluções sociais, culturais e estruturais com o passar do tempo, a palavra de Jesus sempre existirá reformando os conceitos morais da humanidade. E com o homem sempre se rendeu à matéria, até mesmo na forma de adorar a Deus, ou aos deuses nas sociedades politeístas, com a adoração de imagens ou oferendas, inclusive de sangue, os milagres visivelmente realizados ao longo da jornada de Jesus neste planeta foram umas das formas de demonstrar sua autoridade moral e espiritual frente àqueles espíritos em estágio de evolução. Mas os milagres realizados são fruto da evolução de Jesus, que caminhava ao ápice da evolução espiritual, sabendo bem como atuar com as energias empregando-as para o bem, quando aqui encarnado. Reflexo do exposto, a Gênese (1992, p.192) demonstra que as curas podem se dá ela pele utilização do próprio fluido do magnetizador, pelo fluido de espíritos agindo diretamente sem intermediário, como também pelos fluidos que os espíritos despojam sobre o magnetizador e ao qual este serve de condutor . Em 1º de agosto de 1865 o professor Rivail brinda o movimento espírita com a obra O Céu e o Inferno, ou, A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, nessa obra observa-se um exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corpórea, a vida espiritual, as penalidades e recompensas futuras, os anjos e os demónios, dentre outros temas. Não poderia passar despercebido, o nexo existente entre essa tão importante obra com a presença de Jesus em nosso planeta encarnado. Quando aqui veio, deixando sua mensagem de amor ao próximo, perdão e substituição dos sentimentos obscuros por sentimentos puros que possam elevar o ser humano a uma condição moral que o livre do ódio, ambição o egoísmo, dentre outros perniciosos sentimentos, o Cristo demonstrou que através do sofrimento que aqui passamos alcançamos a redenção renunciando a maldade com o aprendizado imposto seguindo para as esferas espirituais mais elevadas dando passos importantes para a elevação espiritual. Em O Céu e o Inferno (2009, p.309), pode-se observar a comunicação advinda do mundo espiritual trazida por Annaïs Gourdon, uma jovem mulher notável pela sua doçura de caráter, bem como qualidades morais, falecida ao findar de 1860. Ela pertencia a uma família de trabalhadores de minas de carvão e fora evocada a pedido do pai e do marido, e assim prossegue em sua comunicação: 
P.- Por que foste arrancada tão cedo ao convívio da família? R.- Porque minhas provas terrestres chegaram ao fim. 

P.- Sois felizes como espírito?  
Sou feliz. Amo e espero; os céus não constituem terror para mim e aguardo, confiante e com amor, que as brancas asas me conduzam até eles. 

P.- Que entendeis por essas Asas? 
R.- Entendo tornar-me espírito puro e resplandecer com o os mensageiros celestes que me deslumbram. 

A comunicação realizada séculos após a partida de Jesus, demonstra de forma patente o que seu exemplo deixou para a humanidade acerca das penas e sofrimentos, aprendizado e resignação, evolução para o mundo espiritual. Mas nem todos chegam a esse patamar e muitas vezes penam por encarnações sucessivas até alcançarem o aprendizado. Após o desencarne do mestre Rivail, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas reuniu, em 1890, uma compilação de estudos do codificador editando esta obra. Em mencionada seleção (2007, p.64) podemos visualizar com o passar dos tempos a adequação à doutrina de Jesus à realidade espírita. Tem-se ali no §VII a referência às obsessões e a possessões, onde aquela representa a influência que os desencarnados exercem sobre os encarnados através de suas energias  que se adequam ao padrão vibratório do encarnado  e direcionamentos mentais para o mal enquanto que esta se refere ao mais alto nível de subjugação que um espírito pode exercer sobre um encarnado, muitas vezes comandando-o como uma marionete que não consegue sequer se controlar . Aqui a referencia faz-se importante, pois por diversas vezes ao retirar-se ao deserto, Jesus Cristo foi tentado pelo “Diabo” como uma forma de o obsidiar a seguir outro caminho e deixar sua missão (Mateus 4: 1-11) . 
Desta forma, conclui-se que a doutrina do Mestre Jesus Cristo fincou-se em diversos ensinamentos que mudaram o rumo da humanidade, ou pelo menos de uma parcela considerável da mesma, e, quando evoluída, a sociedade foi esclarecida acerca das verdades espirituais através da Doutrina Espírita, contudo, observa-se que mesmo apresentando seu lado Cientifico e também Filosófico, o Espiritismo tem suas bases alicerçadas na doutrina de Jesus e é por isso que tem autoridade moral e é fincada em fatos comprovados perdurando até os tempos de hoje esclarecendo mais e mais seguidores.

Como a mediunidade se manifesta? (parte 1)


 

Líderes Religiosos contrários à Reencarnação

 

A reencarnação é um fenômeno natural e divino. E, por isso, até está na Bíblia e outras escrituras sagradas. E por que será, então, que os líderes religiosos cristãos têm tanta ojeriza por ela, a ponto de alterarem textos bíblicos para ocultá-la? 
Deus criou Adão e, figuradamente, soprou nas suas narinas a alma humana. Por essa ação divina, o homem é um ser biológico terreno, em que há uma alma encarnada, vivificando seu corpo, que é o habitat dela aqui na terra. 
E Deus criou os seres humanos machos e fêmeos com meios apropriados para que eles se tornassem co-criadores com Ele na sua obra da criação da Humanidade. Inclusive, essa co-criação dos novos seres humanos por meio dos seus dois sexos, com prazer, é exatamente a fim de atraí-los para a ação dessa procriação dos novos seres humanos, renovando, assim, constantemente os seres continuadores da Humanidade, os quais deveriam povoar toda a face da terra, como diz a Bíblia, como os grãos de areia das praias dos mares. E, de acordo com um princípio racional, é normal o interesse de Deus de querer criar essa infinidade de corpos humanos, pois, eles são mortais, vindos do pó e voltando para o pó (Eclesiastes 12: 7). E esse mesmo versículo bíblico citado afirma também que o espírito humano retorna a Deus, demonstrando-nos que ele é imortal. E é por isso que os espíritos estão sempre precisando de novos corpos para continuar a sua evolução aqui em novas vidas terrenas. Sim, pois foi aqui que Deus, figuradamente, colocou Adão e Eva. Conclui-se, pois, a ideia racional e lógica de que Deus, apesar de ter poder, de fato, de criar sempre novos espíritos humanos para cada um dos novos corpos que nascem, no entanto, Ele não faz isso, justamente porque não é necessário, já que os espíritos são imortais e, por isso, eles próprios podem continuar renovando sua ação de vivificar os novos corpos nascidos, reencarnando neles. Conclui-se também, pois, de modo também racional, que os espíritos, imortais que são, continuam na sua missão de busca de sua evolução moral ou da sua perfeição, até que, um dia, possam passar pela chamada porta estreita da salvação. E isso nos mostra ainda, claramente, a ideia da palingenesia ou reencarnação. Mas por que os líderes religiosos cristãos são tão contrários a esse fenômeno da palingenesia? Porque o ego humano, que é o maior inimigo de nossa perfeição, quer que eles sejam vistos como sendo os nossos salvadores, e a reencarnação obscurece essa egoística pretensão deles. E, às vezes, eles nem sequer têm consciência dessa sua vaidade! 

Autor: José Reis Chaves

Homossexualidade


 

Modismos e Posturas Dispensáveis

 

Estouram periodicamente no movimento espírita ações e posturas que em muitos casos viram modismos  que são plenamente dispensáveis, pois que inúteis. São sugestionadas as censuras, as discriminações, as disputas. São escolhidos alguns tópicos ou temas  escolhidos os polêmicos, claro , e até mesmo alguns livros ou pontos de vistas, que são alimentados pela presunção da sabedoria ou pela pretensão de denegrir. Elegem-se ídolos, constroem-se padrões planejados ou diretrizes como essenciais para direcionar a objetivos nem sempre claros, seguidos por desatentos, desinformados ou seduzidos. Disputas, ídolos construídos, censuras, discriminações, polêmicas desnecessárias que só desviam do objetivo maior, egos buscados ou alimentados, são modismos. Igualmente são posturas dispensáveis. A nada servem. Na verdade, só desviam do objetivo essencial. Objetivo bem definido por Kardec. 
Em “O Espiritismo em sua mais simples expressão”, encontramos: “ 
35  O objetivo essencial do Espiritismo é o melhoramento dos homens. Não é preciso procurar nele senão o que pode ajudar no progresso moral e intelectual. ” E mais adiante, nos itens 
36 e 37 da mesma obra: “ De nada adianta crer, se a crença não faz com que dê um passo adiante na via do progresso, e não o torne melhor para seu próximo. 
O egoísmo, o orgulho, a vaidade, a ambição, a cupidez, o ódio, a inveja, o ciúme, a maledicência, são para a alma ervas venenosas das quais é preciso a cada dia arrancar algumas hastes, e que têm como antídoto: a caridade e a humildade.” Muitas outras transcrições, decorrentes de pesquisas na mesa direção em toda a obra de Kardec, levam à mesma conclusão: o objetivo do Espiritismo é nosso melhoramento moral. Desviar-se desse objetivo é distorcer a prática espírita. Portanto, as situações acima citadas, onde podem também incluir-se a imposição de ideias e mesmo a inclusão de práticas estranhas, são fruto da imaturidade humana, acionada especialmente pelo egoísmo que ainda nos caracteriza as ações. Então, ficamos a dizer que isso pode, aquilo não pode. Ficamos a distorcer a credibilidade construída sobre a lógica e o bom senso, qualificamos experiências e ensinos valorosos como ultrapassados, entre outras situações que a imaginação, a memória ou a constatação do leitor já identificou em seu cotidiano nas instituições. Pois isso os Modismos são incompatíveis com o Espiritismo. Isso é prática deturpada de espíritas desatentos e sem a conexão do conhecimento aliado à prática. Portanto, dispensáveis. Até porque os prejuízos gerados nos que se aproximam e encontram tais situações, ou mesmo a veteranos que se deixam contagiar ou se deixam conduzir, interrompem ou paralisam em definitivo iniciativas de inúmeros benefícios para muitos. Por força do egoísmo que impõe, que inclui na argumentação ilusória, que manipula buscando outros interesses ou que estabelece padrões de comportamento que nada tem a ver com a genuína prática espírita. Isso tudo é fruto do egoísmo, é resultado da imaturidade, para os quais devemos estar atentos, para também não nos deixarmos levar, desviando ou desvalorizando nobres esforços consolidados ou em andamento. Cuidado com os modismos. Eles passam e se ficarmos prestando atenção neles, deixamos de fazer aquilo que precisa ser feito, deixamos de cumprir o dever que nos cabe. Como identifica-los? Ah, isso é muito fácil! Basta observar a autopromoção, observar a ausência do bom senso e da lógica e também ver a presença do fanatismo. Também estão na inclusão de verdadeiros rituais, na imposição de modelos prontos e até mesmo na prevalência dos interesses pessoais, ao invés do interesse coletivo. Está também na manipulação das ideias e mesmo na mais fácil indicação que você pode observar: na pretensão da verdade e na preocupação constante da demonstração de infalibilidade. Nesses casos, inclusive, seus protagonistas fogem do objetivo essencial da Doutrina Espírita, procurando impressionar os desprevenidos, com posturas e modismo plenamente dispensáveis, totalmente desconectados com o Espiritismo. Por isso voltemos a Kardec: o objetivo essencial do Espiritismo é nossa melhoria moral. 

Autor: Orson Peter Carrara