segunda-feira, 30 de maio de 2022

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 16


 

O que a Doutrina nos diz sobre os sonhos



Significado dos sonhos: o que a Doutrina Espírita nos diz sobre esse assunto 

Resta verificar a significação dos sonhos, assunto muito pesquisado pelos Espíritos encarnados, mas sem solução definitiva. Com efeito, os sonhos de José, do Egito, de Jacó, de Joana D’Arc e suas interpretações continuam no imaginário do ser humano. A Doutrina Espírita informa categoricamente que a interpretação – ou previsões – dos “ledores da sorte” não é correta. Em outras palavras, “é absurdo admitir que sonhar com uma coisa anuncia outra”. Vários fatores dificultam a interpretação dos sonhos, conforme vemos a seguir. Primeiro, nos sonhos temos as percepções pelo Espírito não pelos órgãos do corpo físico; Segundo, temos a resistência do corpo carnal, seja porque não foi ele quem recebeu as percepções, foram os Espíritos que as receberam; E, terceiro, nos sonhos, temos imagens que são reais para o Espírito que as vê, mas quase sempre não têm relação com o que se passa na vida corpórea. Da análise destes fatores, facilmente inferimos que a interpretação correta pressupõe sabedoria, ou seja, elevação intelecto-moral, que é qualidade de Espírito elevado. Considerando que a maior parte dos Espíritos encarnados no planeta Terra não têm sabedoria, suas interpretações são determinadas pelo seu parco conhecimento e pelos seus vícios, sendo, portanto, incorretas e parciais. Concluindo, podemos afirmar que somente Espíritos Superiores têm condições de interpretar os sonhos de forma correta. Por fim, asseveramos que para a correta compreensão dos sonhos a leitura das questões 400 a 412 de O Livro dos Espíritos são imprescindíveis e essenciais.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 15


 

Sonhos na Visão Espírita


A Doutrina Espírita trata do assunto “sonhos” nas questões 400 a 412 de O Livro dos Espíritos. Inicialmente, a Doutrina Espírita nos revela que o Espírito encarnado (alma) sempre procura libertar-se das restrições que o corpo físico lhe impõe. Este fenômeno foi denominado por Allan Kardec de “Emancipação da Alma” e estudado em todas suas facetas nas questões 400 a 455 de O Livro dos Espíritos. Um dos tipos de Emancipação da Alma é o Sono. Durante o sono, a alma (Espírito encarnado) entra em contato com os outros Espíritos e às lembranças do que a alma viu e fez durante o sono, denominamos sonhos. Os Espíritos Superiores nos ensinam que os sonhos retratam lembranças do passado, eventual previsão do futuro, se permitido por Deus, e a convivência com os demais Espíritos, havida durante o sono. A recordação dos sonhos é quase sempre imprecisa, porquanto as percepções durante o sono foram do Espírito, ou seja, não foram recebidas pelos órgãos do corpo material. Todavia, os Espíritos elevados, que têm maior controle de seu perispírito e corpo material, conseguem mais precisão na rememoração de seus sonhos. Deste fato, temos que a lembrança que se tem dos sonhos é diretamente proporcional à evolução do Espírito. Espíritos elevados convivem, durante o sono com seus pares, instruindo-se e trabalhando em obras de ajuda aos outros Espíritos, e, quando em estado de vigília têm uma recordação mais precisa do que viram e fizeram, em que pese a resistência do corpo material. Por outro lado, os Espíritos inferiores interagem com seus semelhantes, comprazendo-se nos vícios materiais e morais, por isto, a reminiscência que têm de seus sonhos são imprecisas e perturbadas.