terça-feira, 14 de junho de 2016

Refletindo


Vocês já perceberam como para nós é difícil aceitarmos aquilo que julgamos ser defeito nos outros? 
Já pararam para refletir no por que dos defeitos dos outros nos aborrecerem tanto? 
Será que lá no fundo não temos os mesmos defeitos também? Será que não é isso que nos incomoda tanto? 
Não devemos jamais nos esquecer de que estamos nesta escola chamada Terra, para nos melhorarmos e aprimorarmos nossas virtudes. 
 Não é porque o outro toma atitudes erradas, prejudica a si e ao próximo que devemos nos envolver e sofrermos por isso. Cada qual se encontra num patamar dos graus de evolução espiritual. 
Alguns estão no jardim da infância, outros, no ensino fundamental, outros na Universidade, e assim por diante. Como podemos observar, nem todos se encontram no mesmo nível de entendimento. Assim, em vez de nos irritarmos, de nos aborrecermos, devemos não permitir que tais sentimentos nos contaminem, procurando sim, sermos indulgentes com as faltas alheias, porém, sem sermos coniventes.
Não ressaltemos o mal, mas incentivemos a prática do bem. Porque não procurarmos ver as qualidades do próximo, ressaltando-as, para incentivarmos esses seres a se melhorarem? 
 Com certeza, não é apontando os defeitos que faremos de alguém uma pessoa melhor, pois desse modo estaremos trabalhando no sentido inverso. 
Procuremos, pois viver como as flores, que nascem no esterco e nem por isso deixam de ser belas e perfumadas. Enfatizemos o bem e esqueçamos o mal!

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Façamos nossa luz


Ante a glória dos mundos evolvidos, das esferas sublimes que povoam o Universo, o estreito campo em que nos agitamos, na Crosta Planetária, é limitado círculo de ação. 
 Se o problema, no entanto, fosse apenas o de espaço, nada teríamos a lamentar. 
 A casa pequena e humilde, iluminada de Sol e alegria, é paraíso de felicidade. 
 A angústia de nosso plano procede da sombra. 
 A escuridão invade os caminhos em todas as direções. 
Trevas que nascem da ignorância, da maldade, da insensatez, envolvendo povos, instituições e pessoas. 
Nevoeiros que assaltam consciências, raciocínios e sentimentos. 
 Em meio da grande noite, é necessário acendamos nossa luz. Sem isso é impossível encontrar o caminho da libertação. Sem a irradiação brilhante de nosso próprio ser, não poderemos ser vistos com facilidade pelos Mensageiros Divinos, que ajudam em nome do Altíssimo, e nem auxiliaremos efetivamente a quem quer que seja. 
 É indispensável organizar o santuário interior e iluminá-lo, a fim de que as trevas não nos dominem. 
 É possível marchar, valendo-nos de luzes alheias. Todavia, sem claridade que nos seja própria, padeceremos constante ameaça de queda. 
Os proprietários das lâmpadas acesas podem afastar-se de nós, convocados pelos montes de elevação que ainda não merecemos. 
 Vale-te, pois, dos luzeiros do caminho, aplica o pavio da boa-vontade ao óleo do serviço e da humildade e acende o teu archote para a jornada. 
Agradece ao que te ilumina por uma hora, por alguns dias ou por muitos anos, mas não olvides tua candeia, se não desejas resvalar nos precipícios da estrada longa!
 O problema fundamental da redenção, meu amigo, não se resume a palavras faladas ou escritas. É muito fácil pronunciar belos discursos e prestar excelentes informações, guardando, embora, a cegueira nos próprios olhos.
 Nossa necessidade básica é de luz própria, de esclarecimento íntimo, de auto-educação, de conversão substancial do "eu" ao Reino de Deus. 
 Podes falar maravilhosamente acerca da vida, argumentar com brilho sobre a fé, ensinar os valores da crença, comer o pão da consolação, exaltar a paz, recolher as flores do bem, aproveitar os frutos da generosidade alheia, conquistar a coroa efêmera do louvor fácil, amontoar títulos diversos que te exornem a personalidade em trânsito pelos vales do mundo... Tudo isso, em verdade, pode fazer o espírito que se demora, indefinidamente, em certos ângulos da estrada. Todavia, avançar sem luz é impossível.

 Chico Xavier
 Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel.