sábado, 23 de março de 2019

No serviço Cristão

“Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.” – (I PEDRO, 5:3.) 

Aos companheiros de Espiritismo cristão cabem tarefas de enormes proporções, junto das almas. Preocupam-nos profundos problemas da fé, transcendentes questões da dor. Porque dão de graça o que por graça recebem, contam com a animosidade dos que vendem os dons divinos; porque procuram a sabedoria espiritual, recebem a gratuita aversão dos que se cristalizam na pequena ciência; porque se preparam em face da vida eterna, desligando-se do egoísmo destruidor, são categorizados como loucos, pelos que se satisfazem na fantasia transitória. Quanto maior, porém, a incompreensão do mundo, mais se deverá intensificar naqueles as noções da responsabilidade. Não falamos aqui dos estudiosos, dos investigadores ou dos observadores simplesmente. Referimo-nos aos que já entenderam a grandeza do auxílio fraternal e a ele se entregaram, de coração voltado para o Cristo. Encontram-se nos círculos de uma experiência nobre demais para ser comentada, mas a responsabilidade que lhes compete é igualmente muito grande para ser definida. A ti, pois, meu irmão, que guardas contigo os interesses de muitas almas, repito as palavras do grande apóstolo, para que jamais te envaideças, nem procedas “como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho”.

Dica do dia:


Vá para a Luz (filme espírita)


Guardemos o Ensino

“Ponde vós estas palavras em vossos ouvidos.” – Jesus. (LUCAS, 9:44.) 

Muitos escutam a palavra do Cristo, entretanto, muito poucos são os que colocam a lição nos ouvidos. Não se trata de registrar meros vocábulos e sim fixar apontamentos que devem palpitar no livro do coração. Não se reportava Jesus à letra morta, mas ao verbo criador. Os círculos doutrinários do Cristianismo estão repletos de aprendizes que não sabem atender a esse apelo. Comparecem às atividades espirituais, sintonizando a mente com todas as inquietações inferiores, menos com o Espírito do Cristo. Dobram joelhos, repetem fórmulas verbalistas, concentram-se em si mesmos, todavia, no fundo, atuam em esfera distante do serviço justo. A maioria não pretende ouvir o Senhor e, sim, falar ao Senhor, qual se Jesus desempenhasse simples função de pajem subordinado aos caprichos de cada um. São alunos que procuram subverter a ordem escolar. Pronunciam longas orações, gritam protestos, alinhavam promessas que não podem cumprir. Não estimam ensinamentos. Formulam imposições. E, à maneira de loucos, buscam agir em nome do Cristo. Os resultados não se fazem esperar. O fracasso e a desilusão, a esterilidade e a dor vão chegando devagarinho, acordando a alma dormente para as realidades eternas. Não poucos se revoltam, desencantados … Não se queixem, contudo, senão de si mesmos. “Ponde minhas palavras em vossos ouvidos”, disse Jesus. O próprio vento possui uma direção. Teria, pois, o Divino Mestre transmitido alguma lição, ao acaso?

A vida...


Limpeza da nossa alma à Luz do Espiritismo (vídeo)


Em nosso trabalho

“Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.” – Paulo. (HEBREUS, 3:4.) 

O Supremo Senhor criou o Universo, entretanto, cada criatura organiza o seu mundo particular. O Arquiteto Divino é o possuidor de todas as edificações, todavia, cada Espírito constrói a habitação que lhe é própria. O Doador dos Infinitos Bens espalha valores ilimitados na Criação, contudo, cada um de nós outros deverá criar valores que nos sejam inerentes à personalidade. A natureza maternal, rica de bênçãos, em toda parte constitui a representação do patrimônio imensurável do Poder Divino e, em todo lugar, onde exista alguém, aí palpita a vontade igualmente criadora do homem, que é o herdeiro de Deus. O Pai levanta fundamentos e estabelece leis. Os filhos contribuem na construção das obras e operam interferências. É compreensível, portanto, que empenhemos todo o cuidado em nosso esforço individualista, nas edificações do mundo, convictos de que responderemos pela nossa atuação pessoal, em todos os quadros da vida. Colaboremos no bem com o entusiasmo de quem reconhece a utilidade da própria ação, nos círculos do serviço, mas sem paixões destruidoras que nos amarrem às ilhas do isolacionismo. Apresentemos nosso trabalho ao Senhor, diariamente, e peçamos a Ele destrua as particularidades em desacordo com os seus propósitos soberanos e justos, rogando-lhe visão e entendimento. Seremos compelidos a formar o campo mental de nós mesmos, a erguer a casa de nossa elevação e a construir o santuário que nos seja próprio. No desdobramento desse serviço, porém, jamais nos esqueçamos de que todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.

A História da Doutrina...


Entardecer de uma vida (rádio novela)


Couraça da Caridade

“Sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade.” – Paulo. (1ª Epístola aos Tessalonicenses, 5:8.) 

Paulo foi infinitamente sábio quando aconselhou a couraça da caridade aos trabalhadores da luz. Em favor do êxito desejável na missão de amor a que nos propomos, em companhia do Cristo, antes de tudo é indispensável preservar o coração. E se não agasalharmos a fonte do sentimento nas vibrações do ardente amor, servidos por uma compreensão elevada nos círculos da experiência santificante em que nos debatemos na arena terrestre, é muito difícil vencer na tarefa que o Senhor nos confia. A irritação permanente, diante da ignorância, adia as vantagens do ensino benéfico. A indignação excessiva, perante a fraqueza, extermina os germes frágeis da virtude. A ira freqüente, no campo da luta, pode multiplicar-nos os inimigos sem qualquer proveito para a obra a que nos devotamos. A severidade demasiada, à frente de pessoas ainda estranhas aos benefícios da disciplina, faz-se acompanhar de efeitos contraproducentes por escassez de educação do meio em que se manifesta. Compreendendo, assim, que o cristão se acha num verdadeiro estado de luta, em que, por vezes, somos defrontados por sugestões da irritação intemperante, da indignação inoportuna, da ira injustificada ou da severidade destrutiva, o apóstolo dos gentios receitou-nos a couraça da caridade, por sentinela defensiva dos órgãos centrais de expressão da vida. É indispensável armar o coração de infinito entendimento fraterno para atender ao ministério em que nos empenhamos. A convicção e o entusiasmo da fé bastam para começar honrosamente, mas para continuar o serviço, e terminá-lo com êxito, ninguém poderá prescindir da caridade paciente, benigna e invencível

Tudo se transforma...


O ibope do mal e a não divulgação do bem (palestra)