domingo, 18 de dezembro de 2022

Carta de Ano Novo



Ano Novo é também oportunidade de aprender, trabalhar e servir. O tempo como paternal amigo, como que se reencarna no corpo do calendário, descerrando-nos horizontes mais claros para necessária ascensão. Lembra-te de que o ano em retorno, é novo dia a convocar-te para a execução de velhas promessas que ainda não tivestes a coragem de cumprir. Se tens inimigos faze das horas renascer-te o caminho da reconciliação. Se foste ofendido, perdoa, a fim de que o amor te clareie a estrada para frente. Se descansaste em demasia, volve ao arado de tuas obrigações e planta o bem com destemor para a colheita do porvir. Se a tristeza te requisita esquece-a e procura a alegria serena da consciência tranquila no dever bem cumprido. Ano Novo! Novo Dia! Sorri para os que te feriram e busca harmonia com aqueles que te não entenderam até agora. Recorda que há mais ignorância que maldade em torno de teu destino. Não maldigas nem condenes. Auxilia a acender alguma luz para quem passa ao teu lado, na inquietude da escuridão. Não te desanimes nem te desconsoles. Cultiva o bom ânimo com os que te visitam dominados pelo frio do desencanto ou da indiferença. Não te esqueças de que Jesus jamais se desespera conosco e, como que oculto ao nosso lado, paciente e bondoso, repete-nos de hora a hora: - Ama e auxilia sempre. Ajuda aos outros amparando a ti mesmo, porque se o dia volta amanhã, eu estou contigo, esperando pela doce alegria da porta aberta de teu coração. 

Pelo Espírito Emmanuel XAVIER, Francisco Cândido. Vida e Caminho. Espíritos Diversos. GEEM.

Jesus... Modelo e Guia (vídeo)


 

Decisão

E - Cap. XXIV - Item 15 Somos tangidos por fatos e problemas a exigirem a manifestação de nossa vontade em todas as circunstâncias. Muito embora disponhamos de recursos infinitos de escolha para assumir gesto determinado ou desenvolver certa ação, invariavelmente, estamos constrangidos a optar por um só caminho, de cada vez, para expressar os desígnios pessoais na construção do destino. Conquanto possamos caminhar mil léguas, somente progredimos em substância avançando passo a passo. Daí, a importância da existência terrena, temporária e limitada em muitos ângulos porém rica e promissora quanto aos ensejos que nos faculta para automatizar o bem, no campo de nós mesmos, mediante a possibilidade de sermos bons para os outros. Decisão é necessidade permanente. Nossa vontade não pode ser multipartida. Idéia, verbo e atitude exprimem resoluções de nossas almas, a frutificarem bênçãos de alegria ou lições de reajuste no próprio íntimo. Vacilação é sintoma de fraqueza moral, tanto quanto desânimo é sinal de doença. Certeza no bem denuncia felicidade real e confiança de hoje indica serenidade futura. Progresso é fruto de escolha. Não há nobre desincumbência com flexibilidade de intenção. Afora tu mesmo, ninguém te decide o destino... Se a eventualidade da sementeira é infinita, a fatalidade da colheita é inalienável. Guardas contigo tesouros de experiências acumulados em milênios de luta que podem crescer, aqui e agora, a critério do teu alvitre. Recorda que o berço de teu espírito fulge longe da existência terrestre. O objetivo da perfeição é inevitável benção de Deus e a perenidade da vida constitui o prazo de nosso burilamento, entretanto, o minuto que vives é o veículo da oportunidade para a seleção de valores, obedecendo a horário certo e revelando condições próprias, no ilimitado caminho da evolução. 

XAVIER, Francisco Cândido; VIEIRA, Waldo. Opinião Espírita. Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. CEC. Capítulo 27.

Doutrina Espírita para Principiantes (completo)


 

O brilho do Natal

Brilha, de novo, o Natal de Jesus no mundo! A manjedoura, a estrela, os pastores felizes. Chega o Mestre trazendo novas diretrizes, Enaltecendo o bem, o trabalho e o amor, Ensina, cura e canta o subido valor Do sal que à Terra empresta sabor profundo. Brilha um novo Natal com seus novos matizes, E a busca de Jesus pelo agasalho humano Incansável prossegue, ainda que seja um pano Como a mais sincera oferta dos corações. Busca alcançar as almas, famílias, nações, Onde a ventura possa, então, deitar raízes. Brilha agora o Natal com pujante vigor, Esparzindo esperanças na vida da gente, Quando claudica a fé e a dor é renitente. Convoca-nos, Jesus, à coragem sem jaça, A mostrar que na Terra toda angústia passa Para quem forja a fé nos empenhos do amor. É que, esplêndido, o Natal brilha ano após ano, Como sempre inspirando-nos benevolência, Ao mesmo tempo a lhaneza e a doce paciência, Para que junto ao lar ou no trabalho diário, Noss'alma seja qual precioso relicário Das blandícias do Céu em prol do ser humano. Brilha o Natal, cada vez mais aconchegante, A nos propor novos caminhos de prudência Ante as mais graves decisões e, sem violência, Tudo possamos resolver na luz do bem, Seguindo assim, sem guardar mágoa de ninguém, Bem junto à vibração de Jesus abençoante. Brilha o Natal no imo da mais tosca choupana, Como brilha no paço mais rico do mundo, Para ensinar-nos, em verdade, que, no fundo, Tem pouca importância a riqueza exterior, Quando seguimos vinculados ao Senhor, Cuja aura sublime todo o planeta irmana. Ave, Senhor, ante o Teu berço recordado! Ante Tua saga proclamada como um marco, Diante do poderio humano, ingênuo e parco, Que não resiste do tempo à força e à voragem. Que o Teu augusto coração dê-nos coragem De viver Teu Natal de íntimo renovado. Brilha, de novo, o Natal de Jesus no mundo! A manjedoura, a estrela e novas esperanças De que aqui se implemente as sonhadas mudanças. A Terra roga a Deus equilíbrio, eqüidade, P'ra viver sob a luz do amor e da verdade, Cada dia, com Cristo, o Natal mais fecundo. Raul Teixeira. 

Pelo Espírito Ivan de Albuquerque. Mensagem psicografada pelo médium Raul Teixeira, em 22.9.2004, na Sociedade Espírita Fraternidade, Niterói-RJ. (fonte:

O desejo e o destino (vídeo)


 

Advogado da Cruz

No mundo antigo, o apelo à Justiça significava a punição com a morte. As dívidas pequeninas representavam cativeiro absoluto. Os vencidos eram atirados nos vales imundos. Arrastavam-se os delinqüentes nos cárceres sem esperança. As dádivas agradáveis aos deuses partiam das mãos ricas e poderosas. Os tiranos cobriam-se de flores, enquanto os miseráveis se trajavam de espinhos. Mas, um dia, chegou ao mundo o Sublime Advogado dos oprimidos. Não havia, na Terra, lugar para Ele. Resignou-se a alcançar a porta dos homens, através de uma estrebaria singela. Em breve, porém, restaurava o templo da fé viva, na igreja universal dos corações amantes do bem. Deu vista aos cegos. Curou leprosos e paralíticos. Dignificou o trabalho edificante, exaltou o esforço dos humildes, quebrou as algemas da ignorância, instituiu a fraternidade e o perdão. Processaram-no, todavia, os homens perversos, à conta de herético, feiticeiro e ladrão. Depois do insulto, da ironia, da pedrada, conduziram-no ao madeiro destinado aos criminosos comuns. Ele, que ensinara a Justiça, não se justificou; que salvara a muitos, não se salvou da crucificação; que sabia a verdade, calou-se para não ferir os próprios verdugos. Desde esse dia, contudo, o Sublime Advogado transformou-se no Advogado da Cruz e, desde o supremo sacrifício, sua voz tornou-se mais alta para os corações humanos. ele, que falava na Palestina, começou a ser ouvido no mundo inteiro; que apenas conversava como o povo de Israel, passou a entender-se com as várias nações do Globo; que somente se dirigia aos homens de pequeno país, passou a orientar os missionários retos de todos os serviços edificantes da Humanidade. Que importam, pois, nos domínios da Fé, as perseguições da maldade e os ataques da ignorância? A advogado da Cruz continua operando em silêncio e falará, em todos os acontecimentos da Terra, aos que possuam "ouvidos de ouvir". 

Pelo Espírito Emmanuel XAVIER, Francisco Cândido. Antologia Mediúnica do Natal. Espíritos Diversos. FEB.

A formação do homem de bem (vídeo)


 

Mistérios Ocultos aos Doutos e aos Prudentes...

Mistérios Ocultos aos Doutos e aos Prudentes Disse, então, Jesus estas palavras: "Graças te rendo, meu Pai, Senhor do céu e da Terra, por haveres ocultado estas coisas aos doutos e aos prudentes e por as teres revelado aos simples e aos pequenos." (S. MATEUS, cap. XI, v. 25.) 
Pode parecer singular que Jesus renda graças a Deus, por haver revelado estas coisas aos simples e aos pequenos, que são os pobres de espírito, e por as ter ocultado aos doutos e aos prudentes, mais aptos, na aparência, a compreendê-las. E que cumpre se entenda que os primeiros são os humildes, são os que se humilham diante de Deus e não se consideram superiores a toda a gente. Os segundos são os orgulhosos, envaidecidos do seu saber mundano, os quais se julgam prudentes porque negam e tratam a Deus de igual para igual, quando não se recusam a admiti-lo, porquanto, na antigüidade, douto era sinônimo de sábio. Por isso é que Deus lhes deixa a pesquisa dos segredos da Terra e revela os do céu aos simples e aos humildes que diante dEle se prostram. O mesmo se dá hoje com as grandes verdades que o Espiritismo revelou. Alguns incrédulos se admiram de que os Espíritos tão poucos esforços façam para os convencer. A razão está em que estes últimos cuidam preferentemente dos que procuram, de boa fé e com humildade, a luz, do que daqueles que se supõem na posse de toda a luz e imaginam, talvez, que Deus deveria dar-se por muito feliz em atraí-los a si, provando-lhes a sua existência. O poder de Deus se manifesta nas mais pequeninas coisas, como nas maiores. Ele não põe a luz debaixo do alqueire, por isso que a derrama em ondas por toda a parte, de tal sorte que só cegos não a vêem. A esses não quer Deus abrir à força os olhos, dado que lhes apraz tê-los fechados. A vez deles chegará, mas é preciso que, antes, sintam as angústias das trevas e reconheçam que é a Divindade e não o acaso quem lhes fere o orgulho. Para vencer a incredulidade, Deus emprega os meios mais convenientes, conforme os indivíduos. Não é à incredulidade que compete prescrever-lhe o que deva fazer, nem lhe cabe dizer: “Se me queres convencer, tens de proceder dessa ou daquela maneira, em tal ocasião e não em tal outra, porque essa ocasião é a que mais me convém." Não se espantem, pois, os incrédulos de que nem Deus, nem os Espíritos, que são os executores da sua vontade, se lhes submetam às exigências. Inquiram de si mesmos o que diriam, se o último de seus servidores se lembrasse de lhes prescrever fosse o que fosse. Deus impõe condições e não aceita as que lhe queiram impor. Escuta, bondoso, os que a Ele se dirigem humildemente e não os que se julgam mais do que Ele. Perguntar-se-á: não poderia Deus tocá-los pessoalmente, por meio de manifestações retumbantes, diante das quais se inclinassem os mais obstinados incrédulos? E fora de toda dúvida que o poderia; mas, então, que mérito teriam eles e, ao demais, de que serviria? Não se vêem todos os dias criaturas que não cedem nem à evidência, chegando até a dizer: "Ainda que eu visse, não acreditaria, porque sei que é impossível?" Esses, se se negam assim a reconhecer a verdade, é que ainda não trazem maduro o espírito para compreendê-la, nem o coração para senti-la. O orgulho é a catarata que lhes tolda a visão. De que vale apresentar a luz a um cego? Necessário é que, antes, se lhe destrua a causa do mal. Daí vem que, médico hábil, Deus primeiramente corrige o orgulho. Ele não deixa ao abandono aqueles de seus filhos que se acham perdidos, porquanto sabe que cedo ou tarde os olhos se lhes abrirão. Quer, porém, que isso se dê de moto-próprio, quando, vencidos pelos tormentos da incredulidade, eles venham de si mesmos lançar-se-lhe nos braços e pedir-lhe perdão, quais filhos pródigos. 

KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 7. Itens 7 a 10.

Perdão e Punição (vídeo)


 

sábado, 17 de dezembro de 2022

Linhas de Evolução

 "Caridade e humildade, tal a senda única da salvação." (Alan Kardec. E.S.E. Cap.XV. Item 5.) 

Observando os companheiros a quem você deseja ajudar, seja breve na exposição e demorado no socorro. Sem o suor do exemplo, os mais belos comentários perdem a legitimidade. 

Utilize-se do poço do caminho, sem lhe tisnar a limpidez das águas. Mais tarde você poderá necessitar dele novamente.  

Seu vestuário desvela para os outros suas íntimas inclinações. Use a roupa, sem a ela escravizar-se. 

Mantenha a higiene de seu corpo para preservar a saúde. No entanto, viver excessivamente preocupado com a limpeza é sintoma de desequilibrio. 

Cobiçando o melhor de cada dia, viva cada minuto nobremente, como se fosse o último a que você tivesse direito. O depois começa agora. 

Pare para refletir, não obstante sabendo refletir para não parar. Quem avança, sem estacionar, pára sem forças para avançar. 

Planifique, antes de agir, e demonstrará respeito pelo serviço. Evite, porém, planificar assoberbado de preocupações, pois que assim você jamais realizará algo. 

Se você acredita em felicidade vivendo a sós, disponha-se para inquietantes aflições. A gota de orvalho no deserto reflete a glória de longínqua estrela, mas não dá vitalidade à terra onde se aquieta e consome, sem ajudar. 

Em todas as conjunturas de sua vida, recorde-se da caridade, primeiro, e da humildade, logo depois. "Caridade e humildade, tal a senda única da salvação." 

FRANCO, Divaldo Pereira. Glossário Espírita-Cristão. Pelo Espírito Marco Prisco. LEAL.

Tempos de Transição e o Consolador Prometido (vídeo)


 

Mensagem de Irmão

A vida na Terra se assemelha a um estágio em magnífica escola. A reencarnação é abençoada oportunidade de crescimento espiritual. Somos, porém, aprendizes rebeldes e incipientes. Malbaratamos o tempo. Desprezamos a lição. Olvidamos os compromissos. Quando sofremos, recorremos a Deus, ensaiando humildade. Quando felizes, nem sequer nos lembramos de agradecer ao Dispensador de todas as graças. É que em contato com a matéria densa, o espírito deixa-se hipnotizar pelos cânticos da ilusão. O imediatismo predomina em suas decisões. Para o homem comum, importa viver o "agora" com intensidade. Falta-lhe, portanto, senso de eternidade. Por isso, justamente, a dor se faz companheira constante em nossos caminhos... Ela nos recorda a fugacidade da vida física e nos reconduz à senda do bem. Ai do homem, se não sofresse!... Mas Deus não quer o sofrimento voluntário, aquele abismo em que muitos se precipitam para fugir à dor que nos aprimora interiormente. O sofrimento natural é uma luz mas, provocado, qual o suicídio, é uma infelicidade que a palavra não define. Procuremos na caridade o nosso cajado para a subida do monte escarpado da evolução. Amemos os nossos semelhantes. Esforcemo-nos para perdoar as ofensas, sem guardar ressentimento no coração. Não percamos de vista os passos do Senhor, que transitou no mundo entre zombarias e sarcasmos. Façamos da oração o nosso pão espiritual, cujo fermento divino é a fé que raciocina. Tenhamos sempre uma palavra de otimismo e um sorriso de esperança para oferecer aos que nos buscam a presença. Visitemos os doentes nos hospitais, porquanto somos espíritos enfermos, necessitados também da visitação diária do Divino Médico. Não nos queixemos de sacrifício; antes agradeçamos a Jesus que nos aceita como somos em seu ministério santo entre os homens. Aprendamos a silenciar as nossas mágoas. A lamentação improdutiva é peso na própria alma, impedindo-nos de seguir à frente. Que Deus seja sempre louvado em todas as providências que toma para que nós, os seus filhos, possamos viver segundo a sua Vontade. Restaurando o Evangelho, o Espiritismo aplicado em nossas vidas é o sol que nos ilumina, desfazendo as sombras que, há séculos, pairam sobre o nosso entendimento. Irmãos, deixo-lhes aqui o meu afetuoso abraço, na certeza de que a morte não existe e que o Senhor vela por cada um de nós. (Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier, em sessão pública do Centro Espírita "Amor ao Próximo", em Leopoldina, MG, na noite de 28-6-50.) 

Pelo Espírito Sebastião Carmelita XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Confia e Serve. Espíritos Diversos. IDE.

Aflições (vídeo)


 

Doutrina Espírita

Tu ansiavas pelos dias futuros e te angustiavas na incerteza de como seria esse porvir; A Doutrina Espírita iluminando-te, esclareceu que tua vida futura é fruto da tua construção, hoje, dos dias de amanhã. Magoado, tu argüías a Divindade acerca das desilusões e desenganos advindos da falência dos teus mais caros afetos; 
A Doutrina Espirita ensinou-te que ressarces junto ao companheiro ingrato e faltoso, pesada dívida do teu passado delituoso. Entristecido, contemplavas com desânimo os filhos difíceis e recalcitrantes, e perguntavas: por quê? A Doutrina Espirita, compassiva, respondeu-te que recebeste, como filhos, espíritos que necessitavam educação e amor para não desperdiçarem a oportunidade reencarnatória. Temeroso, muitas vezes indagaste sobre as religiões e qual seria a verdadeira; 
A Doutrina Espirita mostrou-te que a fé raciocinada, que enfrenta a razão face a face, e a religião sem medo ou enganos, que esclarece e educa, respondendo integralmente às tuas dúvidas. Ainda nesse plano, quantas vezes te afligiste acerca da Justiça Divina, temeroso que eras das penas eternas; A Doutrina Espirita raiando em ti, clareou-te a 1ógica fazendo-te compreender que através da reencarnação tens a oportunidade, inestimável, de resgatar as dividas do passado e que não estás destinado, assim como ninguém, às penas eternas que, afinal, não existem. Desse modo, a Doutrina libertou-te para o amor de Deus, nosso Pai amantíssimo, do qual es filho dileto. Assim, ao longo da tua convivência com a Doutrina Espírita descobriste e vislumbraste novos horizontes, que te libertaram dos atavismos religiosos, enquanto te consola dos temores e aflições pertinentes ao teu intimo. Sê grato a esta Doutrina de amor, esclarecimento, amparo e consolo. Honra a Doutrina abençoada, dignificando-a com os teus atos, evitando, por todas as maneiras, retornar aos hábitos displicentes e distraídos do teu passado recente. Ama a Doutrina Espírita e arrima-te a ela, o Consolador prometido que chegou para ti. 

Cohim, Vera. Pelo Espírito Amélia. Lar Espírita Chico Xavier.

Vida com abundância (vídeo)


 

Convite à Mediunidade

"Ora há diversidades de dons, mas um mesmo é o Espírito; há diversidades de ministérios, e um mesmo é o Senhor." 
(1ª Epístola aos Coríntios: capítulo 12º, versículos 4 e 5.) 

Médiuns, mediunidades. Médiuns todos o somos, e mediunidades possuimo-las todos nós. Aprimorá-las ou descurá-las, relegando-as a plano secundário, é responsabilidade que cada um exerce mediante o próprio arbítrio. A argila maleável nas mãos do oleiro é a médium do vaso. O ferro em ignição na bigorna e malho do operário é médium da forma que plasma. Deixando-se conduzir pelas mãos do Operário Divino, o homem modela e executa as construções mentais superiores, tornando-se cooperador na Obra de Nosso Pai. Recalcitrando à inspiração elevada, deixa-se, maleável, arrastar por outras ondas de pensamento, colaborando, às vezes, inconscientemente na formação das paisagens de dor, de sombra e de desdita para os outros como para si mesmo. A verdade é que todos estamos interligados, em ministério mediúnico ativo, incessante, graças aos múltiplos dons de que nos achamos investidos. Vinculados espírito-a-espírito pelo impositivo da evolução, desde que constituímos famílias que formam a grande família universal, sintonizamo-nos reciprocamente pelas afinidades e aptidões, ideais e desejos em conúbio imenso de que somente o amor consegue os objetivos elevados, libertadores. Assim sendo, medita nas possibilidades mediúnicas de que te encontras possuído e eleva-te pelo exercício das ações nobilitantes, de modo a desdobrares os recursos positivos na realização do bem a que o Senhor a todos nos convoca. Certamente uns estão melhormente aquinhoados pelas faculdades mediúnicas que lhes são concedidas para a própria edificação à luz consoladora da Doutrina Espírita que é a única diretriz segura com Jesus para o ministério abençoado de iluminação na Terra. Se, todavia, não experimentares os sintomas mais evidentes da mediunidade, transforma-te espontaneamente em instrumento do amor e acende a lâmpada do auxílio fraterno no coração, a fim de que a caridade te transforme em médium da esperança entre os que aspiram a um Mundo renovado e ditoso para o futuro, desde hoje. 

FRANCO, Divaldo Pereira. Convites da Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 30.

Ansiedade e distúrbios do sono (vídeo)


 

20 - Colônia Arco íris

Localizada na região norte do Brasil, a colônia vai de Porto Velho (RO) a Manaus (AM), em linha reta, abrindo aproximadamente 20 km de largura. Espíritos volitam entre esses arcos-íris como se fossem viadutos no espaço em tarefas de amparo aos encarnados e conhecidos como “os filhos do arco-íris”. Estas foram poucas das muitas Colônias Espirituais existentes em nosso país... Livro: Moradas Espirituais de Vania Arantes Damo

Sentindo Deus (vídeo)


 

19 - Colônia "Estudo e Vida"

Encontra-se no Mato Grosso do Sul e parte da Bolívia. No Brasil, envolve a região do Pantanal Matogrossense adentrando a Bolívia pela Lagoa Mandiorê. A finalidade da Colônia é o estudo da vida. Todo espírito que deseja aprofundar-se em algum estudo de autoconhecimento, para compreensão dos próprios conflitos e desencontros, para qualquer assunto que vise ao bem, à elevação de conceitos e à busca de Deus, desde que tenha “bônus-horas” suficientes para se inscrever na Colônia, poderá dirigir-se a ela e permanecer enquanto desejar. Espíritos também fazem uma retrospectiva, reprogramando-se para o futuro, verificando que pontos ainda os fazem ingressar na matéria, para posteriormente poderem deixar o planeta Terra em busca de outro.

Doenças da alma (vídeo)


 

18 - Colônia do Abacateiro

Abrange os estados de Goiás e Mato Grosso na região que fica entre o distrito de Aparecida do Rio Claro, próximo a Montes Claros de Goiás (GO), Barra do Garças (MT), Primavera do Leste (MT), Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Rondonópolis (MT) e Bom Jardim de Goiás (GO), como pontos de referência. Aparecida do Rio Claro e Cuiabá são os pontos extremos a leste e oeste, e toda a colônia é cercada de abacateiros. A Colônia desenvolve técnicas e tratamentos específicos no atendimento “renal”, tanto no perispírito quanto no auxílio a todos os processos de enfermidade renal dos encarnados em resgate nesse setor.

O plano espiritual (vídeo)


 

17 - Colônia Gramado

A Colônia desenvolve também um trabalho específico – técnicas de estudo relacionadas com a “coluna vertebral”, “coordenação motora das pernas e pés”. Muitos dos profissionais dessa área encarnados têm afinidades com esta colônia recebendo dela muita influência, em especial os que fazem “cirurgias de hérnia de disco”, para se aprimorarem as técnicas dessa enfermidade. Cuidam também de serviços relacionados com “paralisias”.

Espiritualidade e Cotidiano


 

16 - Colônia das Violetas

É uma colônia do Brasil central. Se estende do rio Sucunduri (AM) ao Parque Nacional do Araguaia (TO), passando pela Serra do Cachimbo, por Santa Maria das Bandeiras (PA) e pela Serra dos Apiacás e Alta Floresta (MT). A Colônia desenvolve técnicas voltadas para a cura de enfermidades cardíacas. Nos seus educandários e laboratórios, espíritos estudiosos oferecem não só no plano espiritual mas também aos estudiosos encarnados, o resultado de suas pesquisas. O avanço médico, no setor cardíaco, recebe direta ou indiretamente a influência positiva dessa Colônia inspirando os transplantes do coração, pequenas, média e grandes cirurgias cardíacas e todo avanço desenvolvida nessa área vem desta Colônia.

sábado, 29 de outubro de 2022

Um minuto com Jesus


 

Colônia do Rouxinol - 15

Fica ao norte do Brasil, no Maranhão, na região que envolve a Serra das Alpercatas. Suas extremidades aproximam-se ao norte da cidade de Presidente Dutra; ao sul, de Raimundo das Mangabeiras; a leste, da Represa da Boa Esperança (divisa com Piauí) e, a oeste, de Naru. Há uma profunda sensação de paz e ali ficam os espíritos que desencarnaram após longos períodos de enfermidade ou que tiveram morte súbita, com perda de sangue (o plasma da vida).

Perguntas e resposta sobre o Espiritismo com Divaldo Franco


 

Colônia Moscoso - 14

Situada na parte centro-leste do Espírito Santo. Envolve a área que abrange Vitória, Vila Velha, Domingos Martins, Cariacica, Serra, Jacaraípe e Oceano Atlântico. Tem o formato de um retângulo – características orientais, por ter sido fundada pelos “Moscos”, povos que habitavam entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, havia milhares de anos e que vieram em migração espiritual para o psiquismo do Brasil. Tem como característica o desenvolvimento de técnicas especiais, que auxiliam o espírito à autodescoberta, como essência divina. Distribui equipes de tarefeiros, por toda a parte, estimulando e concedendo apoio atoda tarefa que visa à educação da alma, no domínio de si mesma, ampliando os setores de autoconhecimento. Inspiram encarnados nos livros de autoajuda oferecendo o resultado de suas pesquisas e esforços visando ao autoconhecimento.

Presença de Luz


 

Colônia Padre Chico - 13

Fica no Triângulo Mineiro, na região que envolve Uberlândia, Tupaciguara, Monte Alegre de Minas, Prata e Miraporanga, como pontos de referência material. É também conhecida no Plano Espiritual como a Colônia das Margaridas, pela grande quantidade dessa flor espalhada por toda a Colônia, na cor branca e na amarela. Colônia de porte médio, tem vida intensa e movimentada devido ao grande número de espíritos nela abrigados tanto para socorro quanto para trabalharem e servirem em nome do Cristo. 

– Ala dos Hospitais 
– Ala dos Albergues 
– Ala das Escolas 
– Ala de informações 
– Áreas residenciais 
– Parte central da Colônia

Pinga Fogo 2 com Chico Xavier


 

Colônia Bom Retiro - 12

Localiza-se no Paraná entre Curitiba e Ponta Grossa, estendendo-se ao norte até Cerro Azul e, ao sul, até Água Azul. Tem o formato de um losango. Além do socorro espiritual a desencarnados, sua função principal é voltada ao reequilíbrio do espírito

Pinga Fogo com Chico Xavier



Colônia das Montanhas - 11

Localiza-se a noroeste de MG, próxima à divisa com Goiás, adentrando o sudoeste entre a Serra Bonita (MG) e a Serra da Capivara (BA) e a Serra dos Gaúchos (MG), envolvendo toda a área do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, onde envolve as águas dos rios Urucaia e Pardo com seus afluentes.

O Plano Espiritual



Colônia Redenção - 10

Fica no leste da Bahia, com uma forma mais ou menos triangular, numa área de envolve Salvador, Alagoinhas e Feira de Santana e é de grande referência no plano espiritual. É um grande laboratório fluídico, do qual toda a colônia se beneficia e distribui seus fluidos através de suas equipes socorristas na Terra. Nesta colônia encontra-se um arquivo com as mais lindas histórias e exemplos de amor que o Planeta conheceu, começando pela história de Jesus, com cenas vivas.

Despertando Virtudes


 

Colônia Sol Nascente - 9

Fica no sudoeste do Estado de SP, envolvendo as áreas de S. José dos Campos, Campos do Jordão, Itajubá (MG), Pouso Alegre (MG), Águas de Lindóia e Bragança Paulista, em SP. A Colônia apresenta também um setor de preparação do espírito para o reencarne aguardando o momento determinado por Deus; geralmente ficam felizes com a nova oportunidade e aguardam esperançosos; e há os que são encaminhados para lá para receberem essa preparação para voltarem à vida física.

De volta à Casa Espírita


 

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Colônia Regeneração - 8

Localiza-se nas proximidades de Goiânia, seguindo em direção a Brasília, envolvendo Anápolis, Pirenópolis, Luziânia até Formosa. Trabalha também na recuperação dos espíritos mutilados no perispírito, área que envolve muitos setores de atendimento: fluídico concentrado, terapias, academias, esportes, tudo isso com uma contínua conscientização de renovação interior.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 28


 

Colônia Raios do Amanhecer - 7

Localiza-se na parte central do planeta, acompanhando a imaginária linha do equador. Forma uma quase “ciranda” em torno da Terra, embora apresente núcleos de espaço em espaço. Os maiores núcleos estão no Brasil, norte do Amapá, passando pelas Guianas em direção ao Atlântico; na África, abrange os dois Congos e o Quênia; e o outro grande núcleo se encontra nas Ilhas da Indonésia, entre os oceanos Índico e Pacífico. Além desses existem outros núcleos menores e o conjunto deles é que constitui a Colônia Raios do Amanhecer. Cada núcleo apresenta características filosóficas próprias, embora seja a do Cristo a filosofia de atendimento em todos eles. No Brasil, a colônia tem o aspecto de uma grande “parque infantil”, pois é o mundo espiritual das crianças. Os grandes centros de lazer infantil na Terra foram inspirados nessa Colônia.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 27


 

Colônia Morada do Sol - 6

Localiza-se na parte leste do Brasil, estendendo-se do norte da Bahia, próximo a Altamira, atravessa Sergipe, passando por Aracaju, segue por Alagoas, por via de Maceió, indo até o norte de Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Esta Colônia também coordena um trabalho de equipes espalhadas pelo planeta, levando socorro, assistência e amparo a todos os portadores de “doenças tropicais”, os quais se encontram encarnados.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 26


 

Colônia Nova Esperança - 5


Poderia ser chamada de “Colônia da Estatística Planetária”, devido à sua importantíssima função, na catalogação de todos os espíritos que entram, saem e que permanecem no Orbe planetário, o que, hoje, equivale a aproximadamente 30 bilhões de espíritos. Ela se localiza bem próximo à cidade de Palmelo/GO (na direção de leste a norte), estendendo-se nas direções das localidades de Pires do Rio, Ipameri e Caldas Novas, respectivamente. É grande a quantidade de espíritos que chegam para os primeiros socorros, devido à sua potente irradiação planetária. Após o tratamento inicial, vários espíritos são encaminhados a outras colônias, para o prosseguimento de tratamentos específicos ou por afinidade e vontade, ou, ainda, por solicitação de espíritos familiares, com méritos para isso. Possui vários postos de socorro e atendimento espalhados por vários lugares da Crosta Terrena, e estes postos recebem todos o nome de “Boa Esperança”. As atividades espirituais são intensas e possui muitos emissários de luz. Todo trabalho de serviço prestado na Colônia recebe-se “bônus-hora”.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 25


 

sábado, 30 de julho de 2022

Colônia das Flores - 4


É uma das maiores colônias espirituais. Inicia-se na parte central de Santa Catarina, nas proximidades de Tangará, seguindo sem interrupção até o norte de Goiás, na cidade de Alto Paraíso de Goiás. Como pontos de referência, no Paraná, está próxima a União da Vitória, a Londrina. Adentrando São Paulo, às cidades de Presidente Prudente, Pereira Barreto e Santa Fé do Sul. Segue em direção do sudoeste de Minas Gerais, adentra Goiás, por São Simão, Paraúna até Alto Paraíso. “Paraíso das Flores”. Especializou-se no socorro aos que desencarnam vítimas de câncer e que quase sempre conservam a impressão da doença no perispírito

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 24


 

Colônia da Praia - 3


Fica no sudeste do Espírito Santo, próximo a Marataízes, estendendo-se além da Ilha dos Franceses. É voltada para atividades espirituais que atuam na ecologia terrena, desenvolvendo estudos e mantendo observação atuante no equilíbrio exercido pelo oceano, na estrutura do planeta. Funciona como um dos pontos de vigilância na harmonia planetária.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 23


 

Colônia Amigos da Dor - 2


Fica ao norte de MG, passando pelo Extremo Sul da Bahia, passando por Porto Seguro e avançando pelo Oceano Atlântico. Realiza grande socorro a recém-desencarnados através de missas, visto que os tarefeiros desta Colônia prestam atendimento nas igrejas, nas santas casas de misericórdia e em funções de ritual católico. É uma das mais antigas colônias em terras brasileiras.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 22


 

Colônia das Águas - 1


Próxima à entrada do rio Amazonas, em terras do Brasil, ainda com o nome de Solimões, estendendo-se no sentido em que correm as águas do grande rio, no seu encontro com o mar. Sua especialidade: receber os desencarnados por problemas circulatórios e que são afetados no perispírito, pela impressão da doença.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 21


 

As Colônias Espirituais



Colônias Espirituais, também chamadas de Comunidades Espirituais, Cidades Espirituais ou Mundos Transitórios, são locais onde grupos de Espíritos errantes (ou desencarnados) se estabelecem, transitoriamente, enquanto aguardam novas encarnações. Esses locais, porém, não possuem uma rigidez geográfica como acontece nas colônias dos vivos (ou encarnados); estão na verdade, mais ou menos próximos da Terra, segundo o grau de evolução dos seus componentes. O que rege a formação das Colônias Espirituais é a Lei de Afinidade. Ao longo da história da humanidade, vários Espíritos vieram trazer notícias a respeito das Colônias Espirituais. Relembremos o Mestre Jesus que nos ensinou: “Há muitas moradas na casa de meu pai. Se assim não fosse, eu vo-lo teria dito; pois vou preparar-vos o lugar” (João, XIV :1/3). Na resposta à questão 234, em O Livro dos Espíritos, os Espíritos são contundentes: “Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que eles podem habitar temporariamente, espécie de acampamentos, de lugares em que possam repousar de erraticidades muito longas, que são sempre um pouco penosas. São posições intermediárias entre os outros mundos, graduados de acordo com a natureza dos Espíritos que podem atingi-los, e que neles gozam de maior ou menor bem-estar” (Kardec, 1857). De acordo com as informações que os Espíritos reveladores deram a Allan Kardec, a respeito da erraticidade, não somente Espíritos inferiores nelas permanecem. Espíritos superiores também aí se encontram em processo de estudos ou aguardando oportunidade de encarnações em outros mundos. Há diversos tipos de Colônias Espirituais. Existem as socorristas, cujo objetivo é atender e amparar os desencarnados presos, de alguma forma, aos seus dramas pessoais que estão de certa modo ligados aos problemas terrenos; as correcionais para atendimento aos suicidas, aos toxicômanos e aos pervertidos sexuais; as de estudo e de desenvolvimento das artes, e muitas outras (Loureiro, 1995). A desencarnação não transforma demônios em santos. Os Espíritos que se compraziam no mal quando estavam encarnados continuarão vibrando em faixas inferiores quando desencarnarem. De acordo com as diversas mensagens espirituais que nos têm chegado através de diferentes médiuns, essa categoria de Espíritos atrasados se organiza no submundo, formando suas colônias, com o firme propósito de combater as forças do bem, desequilibrar a Humanidade e alimentar suas perversões. Nos planos espirituais mais próximos à crosta terrestre, as sociedades humanas desencarnadas, na sua maioria, permanecem intimamente ligadas aos interesses materiais. Uma outra parcela menor, mesmo muito distante da perfeição, mas já tocada por talentos sentimentais, dedica-se às tarefas de auxílio aos que ficaram no Planeta ou aos desencarnados, como forma de aprimoramento. Em 1944, a Federação Espírita Brasileira editou o livro Nosso Lar, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ditado pelo Espírito André Luís, cujos ensinamentos nos revelaram vários aspectos da vida numa colônia espiritual, tratando, especialmente, de como se desenvolvem as atividades em uma cidade espiritual que adota esse nome. O livro foi recebido com entusiasmo por parte de alguns, com ceticismo por parte de outros e com incredulidade por um terceiro grupo, como era de se esperar. De acordo com a Revista Reformador (agosto 2010), baseado nesse livro e adotando o mesmo nome, no próximo dia 3 de setembro deste ano de 2010, será lançado o filme Nosso Lar, produzido pela Cinética Filmes e distribuído pela Empresa Fox Film do Brasil, com coprodução da Globo Filmes. Esse filme deverá chamar a atenção de todos, não apenas por mostrar, com toda a potencialidade da mídia cinematográfica, como é a vida no mundo espiritual, destacando a nossa própria imortalidade, mas também, pelas demonstrações da prática do bem, da caridade aplicada no seu sentido mais abrangente. Essa dupla abordagem que o filme apresenta – a nossa imortalidade como realidade e a caridade como roteiro de vida – deverá, por certo, nos levar a meditar mais aprofundadamente sobre o sentido da nossa existência, a analisar melhor as leis de Deus que regem a nossa vida, a dar mais atenção ao futuro que nos espera, e a cuidar mais do nosso presente, cientes de que iremos, sempre, nos defrontar com os nossos desacertos, que reclamam correção, e com os nossos acertos, que proporcionam a nossa evolução espiritual. (Reformador, agosto 2010). Por fim, cabe a nós espíritas ajudarmos a multiplicar a mensagem de que o filme existe, e que precisa ser bem divulgado para poder ficar nos cinemas com a mensagem positiva. Por isso, o dia 3 de setembro precisa ser “mágico”, todas as salas de cinema precisam estar lotadas. 

Autor: Nertan Medeiros

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 20


 

terça-feira, 28 de junho de 2022

Casamento e Divórcio

Divórcio, edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor. Isso geralmente porque um dos cônjuges, sócio na firma do casamento, veio a esquecer que os direitos na instituição doméstica somam deveres iguais. 
A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, definindo responsabilidades e entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação. Dois espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, combinam encontro ou reencontro no matrimônio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo, programa de obrigações regenerativas. Reincorporados, porém, na veste física, se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos da convenção social humana ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial, quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão. Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência. Esposo e esposa reconhecem para logo que não são os donos exclusivos da empresa. Sogro e sogra, cunhados e tutores consangüíneos são também sócios comanditários, cobrando os juros do capital afetivo que emprestaram, e os filhos vão aparecendo na feição de interessados no ajuste, reclamando cotas de sacrifício. 
O tempo que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quanto mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimento de valores substanciais em favor do mundo e da vida do espírito. Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas. Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um consórcio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar. Divulguemos o princípio da reencarnação e da responsabilidade individual para que os lares formados atendam à missão a que se destinam. Compreendamos os irmãos que não puderem evitar o divórcio porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus. 

VIEIRA, Waldo. Sol nas Almas. Pelo Espírito André Luiz. CEC.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 19


 

Dádivas Espirituais

"E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem ressuscite dentre os mortos." - (MATEUS, capítulo 17, versículo 9.) 

Se o homem necessita de grande prudência nos atos da vida comum, maior vigilância se exige da criatura, no trato com a esfera espiritual. É o próprio Mestre Divino quem no-lo exemplifica. Tendo conduzido Tiago, Pedro e João às maravilhosas revelações do Tabor, onde se transfigurou ao olhar dos companheiros, junto de gloriosos emissários do plano superior, recomenda solícito: "A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dos mortos." O Mestre não determinou a mentira, entretanto, aconselhou se guardasse a verdade para ocasião oportuna. Cada situação reclama certa cota de conhecimento. Sabia Jesus que a narrativa prematura da sublime visão poderia despertar incompreensões e sarcasmos nas conversações vulgares e ociosas. Não esqueçamos que todos nós estamos marchando para Deus, salientando-se, porém, que os caminhos não são os mesmos para todos. Se guardas contigo preciosa experiência espiritual, indubitavelmente poderás usá-la, todos os dias, utilizando-a em doses apropriadas, a fim de auxiliares a cada um dos que te cercam, na posição particularizada em que se encontram; mas não barateies o que a esfera mais alta te concedeu, entregando a dádiva às incompreensões criminosas, porque tudo o que se conquista do Céu é realização intransferivel. 

XAVIER, Francisco Cândido. Caminho, Verdade e Vida. Pelo Espírito Emmanuel. 28.ed. Brasília: FEB, 2009. Capítulo 128.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 18


 

Aborto sentimental

As estimativas estatísticas, descritas por especialistas sociais e de saúde, da incidência de aborto delituoso em nosso meio, são certamente alarmantes e suas complicações sobre a saúde da mulher indiscutivelmente preocupantes. 
Essa rotina abortiva clandestina em nossa sociedade termina por mascarar falha clamorosa na legislação vigente em nosso país a esse respeito. Durante a Segunda Guerra Mundial, houve excessos de toda ordem, e inclusive sexuais, da parte dos soldados invasores contra as mulheres dos territórios conquistados, o que, em certo percentual, resultou em gravidez. Por isso mesmo, sob o impacto da emoção e da comoção desse período e em nome do "princípio do estado de necessidade" contra essas dolorosas conseqüências - e respaldados em uma certa "ética" (?) , os legisladores de grande número de nações lutaram por conseguir a legalização ou descriminação do que se passou a denominar de aborto sentimental, ou seja, do aborto instituído como opção materna para os casos de gravidezes conseqüentes a estupros. Sobre o assunto, assim se posiciona o Código Penal Brasileiro, em seu artigo 128: "Não se pune o aborto praticado pelo médico:  II. se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, do seu representante legal". Mais que palpável serem as bases para essa postura jurídica eminentemente de caráter emocional e totalmente vazia de um estudo da condição ontológica do ser em desenvolvimento embriológico.  
Os Espíritos reveladores em O Livro dos Espíritos, questões 358 e 359, respondendo às indagações formuladas por Allan Kardec sobre a temática do aborto, apenas admitem o aborto terapêutico, isto é, o que tem por móvel preservar a vida da gestante, quando em real perigo. Bem o sabemos, mormente em nosso mundo evolutivo, que se um Espírito enfrenta tal situação, isso não se dá sem motivos, que não os seus próprios débitos nessa área; mas, não é menos verdade o alerta de Jesus para não interferirmos nos mecanismos naturais da Lei, quanto à penalidade imposta por ela, a fim de não nos caracterizarmos como "motivo de escândalo" (Mateus, 17:6 a 11). A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual, e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade. 

Cajazeiras, Francisco de A. C.. Reformador, nov. 1997. (Transcrição parcial).

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 17


 

Nova Era

UM ESPÍRITO ISRAELITA Mulhouse

Deus é único, e Moisés o Espírito que Deus enviou com a missão de fazê-lo conhecer, não somente pelos hebreus, mas também pelos povos pagãos. O povo hebreu foi o instrumento de que Deus se serviu para fazer sua revelação, através de Moisés e dos Profetas, e as vicissitudes da vida desse povo foram feitas para chocar os homens e arrancar-lhes dos olhos o véu que lhes ocultava a divindade. Os mandamentos de Deus, dados por Moisés, trazem o germe da mais ampla moral cristã. Os comentários da Bíblia reduziam-lhes o sentido, porque, postos em ação em toda a sua pureza, não seriam então compreendidos. Mas os Dez Mandamentos de Deus nem por isso deixaram de ser o brilhante frontispício da obra, como um farol que devia iluminar para a humanidade o caminho a percorrer. A moral ensinada por Moisés era apropriada ao estado de adiantamento em que se encontravam os povos chamados à regeneração. E esses povos, semi-selvagens quanto ao aperfeiçoamento espiritual, não teriam compreendido a adoração de Deus sem os holocaustos ou sacrifícios, nem que se pudesse perdoar a um inimigo. Sua inteligência, notável no tocante às coisas materiais, e mesmo em relação às artes e às ciências, estava muito atrasada em moralidade, e eles não se submeteriam ao domínio de uma religião inteiramente espiritual. Necessitavam de uma representação semimaterial, como a que então lhes oferecia a religião hebraica. Os sacrifícios, pois, lhes falavam aos sentidos, enquanto a idéia de Deus lhes falava ao espírito. O Cristo foi o iniciador da mais pura moral, a mais sublime: a moral evangélica, cristã, que deve renovar o mundo, aproximar os homens e torná-los fraternos; que deve fazer jorrar de todos os corações humanos a caridade e o amor do próximo, e criar entre todos os homens uma solidariedade comum. Uma moral, enfim, que deve transformar a Terra, fazê-la morada de Espíritos superiores aos que hoje a habitam. É a lei do progresso, a que a natureza está sujeita, que se cumpre, e o Espiritismo é a alavanca de que Deus se serve para elevar a humanidade. São chegados os tempos em que as idéias morais devem desenvolver-se, para que se realizem os progressos que estão nos desígnios de Deus. Elas devem seguir o mesmo roteiro que as idéias de liberdade seguiram, como suas precursoras. Mas não se pense que esse desenvolvimento se fará sem lutas. Não, porque elas necessitam, para chegar ao amadurecimento, de agitações e discussões, a fim de atraírem a atenção das massas. Uma vez despertada a atenção, a beleza e a santidade da moral tocarão os Espíritos, e eles se dedicarão a uma ciência que lhes traz a chave da vida futura e lhes abre a porta da felicidade eterna. Foi Moisés quem abriu o caminho; Jesus continuou a obra; o Espiritismo a concluirá.  Um dia, Deus em sua inesgotável caridade, permitiu ao homem ver a verdade através das trevas. Esse dia foi o do advento de Cristo. Depois do vivo clarão, as trevas se fecharam de novo. O mundo, após alternativas de verdade e obscuridade, novamente se perdia. Então, semelhantes aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos começaram a falar e a vos advertir. O mundo foi abalado nas suas bases: o trovão ribombará; sedes firmes! O Espiritismo é de ordem divina, pois repousa sobre as próprias leis da natureza. E crede que tudo o que é de ordem divina tem um objetivo elevado e útil. Vosso mundo se perdia. A ciência, desenvolvida com o sacrifício dos interesses morais, vos conduzia unicamente ao bem estar material, revertendo-se em proveito do espírito das trevas. Vós o sabeis, cristão; o coração e o amor devem marchar unidos à ciência. O Reino do Cristo, ai de nós! após dezoito séculos, e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não chegou. Cristãos, voltai para o Mestre que vos quer salvar. Tudo é fácil para aquele que crê e que ama: o amor o enche de gozo inefável. Sim, meus filhos, o mundo está abalado. Os bons Espíritos vo-lo dizem sempre. Curvai-vos o sopro precursor da tempestade, para não serdes derrubados. Quero dizer: preparai-vos e não vos assemelheis às virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo. A revolução que se prepara é mais moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, insuflam a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardentes, façais ouvir vossa humilde voz. Porque vós sois o grão de areia, mas sem os grãos de areia não haveria montanhas. Assim, portanto, que estas palavras: “Nós somos pequenos”, não tenha sentido para vós. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. A formiga não constrói o seu formigueiro, e animaizinhos insignificantes não formam continentes? A nova cruzada começou: apóstolos da paz universal, e não da guerra, modernos São Bernardos, olhai para frente e marchai! A lei dos mundos é a lei do progresso. 

 ERASTO, discípulo de São Paulo Paris, 1863

segunda-feira, 30 de maio de 2022

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 16


 

O que a Doutrina nos diz sobre os sonhos



Significado dos sonhos: o que a Doutrina Espírita nos diz sobre esse assunto 

Resta verificar a significação dos sonhos, assunto muito pesquisado pelos Espíritos encarnados, mas sem solução definitiva. Com efeito, os sonhos de José, do Egito, de Jacó, de Joana D’Arc e suas interpretações continuam no imaginário do ser humano. A Doutrina Espírita informa categoricamente que a interpretação – ou previsões – dos “ledores da sorte” não é correta. Em outras palavras, “é absurdo admitir que sonhar com uma coisa anuncia outra”. Vários fatores dificultam a interpretação dos sonhos, conforme vemos a seguir. Primeiro, nos sonhos temos as percepções pelo Espírito não pelos órgãos do corpo físico; Segundo, temos a resistência do corpo carnal, seja porque não foi ele quem recebeu as percepções, foram os Espíritos que as receberam; E, terceiro, nos sonhos, temos imagens que são reais para o Espírito que as vê, mas quase sempre não têm relação com o que se passa na vida corpórea. Da análise destes fatores, facilmente inferimos que a interpretação correta pressupõe sabedoria, ou seja, elevação intelecto-moral, que é qualidade de Espírito elevado. Considerando que a maior parte dos Espíritos encarnados no planeta Terra não têm sabedoria, suas interpretações são determinadas pelo seu parco conhecimento e pelos seus vícios, sendo, portanto, incorretas e parciais. Concluindo, podemos afirmar que somente Espíritos Superiores têm condições de interpretar os sonhos de forma correta. Por fim, asseveramos que para a correta compreensão dos sonhos a leitura das questões 400 a 412 de O Livro dos Espíritos são imprescindíveis e essenciais.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 15


 

Sonhos na Visão Espírita


A Doutrina Espírita trata do assunto “sonhos” nas questões 400 a 412 de O Livro dos Espíritos. Inicialmente, a Doutrina Espírita nos revela que o Espírito encarnado (alma) sempre procura libertar-se das restrições que o corpo físico lhe impõe. Este fenômeno foi denominado por Allan Kardec de “Emancipação da Alma” e estudado em todas suas facetas nas questões 400 a 455 de O Livro dos Espíritos. Um dos tipos de Emancipação da Alma é o Sono. Durante o sono, a alma (Espírito encarnado) entra em contato com os outros Espíritos e às lembranças do que a alma viu e fez durante o sono, denominamos sonhos. Os Espíritos Superiores nos ensinam que os sonhos retratam lembranças do passado, eventual previsão do futuro, se permitido por Deus, e a convivência com os demais Espíritos, havida durante o sono. A recordação dos sonhos é quase sempre imprecisa, porquanto as percepções durante o sono foram do Espírito, ou seja, não foram recebidas pelos órgãos do corpo material. Todavia, os Espíritos elevados, que têm maior controle de seu perispírito e corpo material, conseguem mais precisão na rememoração de seus sonhos. Deste fato, temos que a lembrança que se tem dos sonhos é diretamente proporcional à evolução do Espírito. Espíritos elevados convivem, durante o sono com seus pares, instruindo-se e trabalhando em obras de ajuda aos outros Espíritos, e, quando em estado de vigília têm uma recordação mais precisa do que viram e fizeram, em que pese a resistência do corpo material. Por outro lado, os Espíritos inferiores interagem com seus semelhantes, comprazendo-se nos vícios materiais e morais, por isto, a reminiscência que têm de seus sonhos são imprecisas e perturbadas.

quinta-feira, 28 de abril de 2022

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 14


 

A Missão dos Pais


Os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Se as várias áreas de estudo do comportamento e desenvolvimento humano denotam, de há muito, o papel fundamental desempenhado pelos pais na educação e, consequentemente, na vida dos filhos, a Doutrina dos Espíritos reforça e amplia o entendimento dessa responsabilidade, trazendo à tona o reconhecimento de que a infância é, para o Espírito, especial período para o seu desenvolvimento onde ele2 é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo, denotando também a responsabilidade dos pais nesse processo. Outra afirmativa da Espiritualidade superior corrobora, ainda, a grande tarefa da paternidade, ante a resposta à pergunta formulada por Allan Kardec: Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste? 
Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho. Cientes assim da responsabilidade da mãe e do pai para com seus filhos, observamos, ao longo do tempo, mudanças no seu desempenho, a mulher ampliando o seu papel social, assumindo, além das tarefas do lar e da maternidade, também um importante papel na sociedade, tornando-se extremamente ativa e participativa no mercado de trabalho. 
Por outro lado, o homem cada vez mais auxiliando e compartilhando das tarefas domésticas, em especial, a educação dos filhos. Passa o homem a perceber-se não somente como provedor dos recursos materiais para a subsistência familiar, como autoridade dentro do lar, papéis hoje divididos com a figura da mulher, mas também como responsável pelo cuidado e educação dos filhos. Vemos, dessa forma, pais interessados em informar-se sobre métodos de educação, buscando cursos, vídeos, livros, recursos diversos que os auxiliem no melhor desempenho do seu papel enquanto educadores de seus filhos. 
Contudo, em particular, encontramos pais cada vez mais sensibilizados para a consciência de que o seu exemplo de conduta será o recurso chave para a formação moral do Espírito que lhes está confiado por Deus, com vistas à sua condução pelas sendas do bem, consoante a afirmativa de Kardec de que a educação moral consiste na arte de formar caracteres, a que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. 
Sendo assim, observamos pais preocupados quanto aos seus atos, aos seus costumes, suas atitudes em sociedade, seus hábitos, que são objeto de observação e de referência na formação dos filhos que lhes compartilham o cotidiano dentro e fora do lar. Constatamos aí a sabedoria e bondade divinas, ensejando a oportunidade de que reforme os seus próprios caracteres o homem adulto, que assume esse papel na condição de pai. Oportunidade de romper com as barreiras do egoísmo; de olhar mais para o próximo que lhe chega na condição de filho e lhe proporcione a própria mudança de hábitos, visando o bem e o desenvolvimento deste último. Por isso, abre mão, muitas vezes, de seus prazeres e de sua vontade, em função do pequeno ser que lhe requer cuidados, atenção, dedicação e, principalmente, exemplos de retidão, honradez e condutas adequadas para a sua formação moral. Tudo isso com vistas ao desenvolvimento e progresso desse Espírito que lhe foi confiado por empréstimo pela misericórdia divina. 
É o amor ao próximo ensejando o próprio bem da criatura. Cada vez mais conscientes, tanto pais quanto mães, de que a melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter, encontrarão certamente desafios para o adequado desempenho de suas tarefas, que requerem a sua própria transformação íntima. Terão, por certo, o amparo constante da Espiritualidade amiga a lhes inspirar os bons propósitos, como também a Doutrina Espírita no papel do Consolador enviado por Jesus a nortear os seus caminhos. 


O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 13


 

Evocação dos Espíritos... Livro dos Médiuns


Evocação dos espíritos – Livro dos Médiuns 
Quantas vezes não ouvimos falar da brincadeira do copo, aquela em que pessoas se reúnem em volta de uma mesa com um copo para evocar espíritos? 
Ou então, na brincadeira do compasso que tem o mesmo objetivo? E ainda, atualmente, filmes que possuem esta temática (evocação dos espíritos) estão ganhando cada vez mais o cenário mundial. Com os avanços tecnológicos, os longas passaram a ficar mais reais, gerando assim, uma maior emoção nos telespectadores. 
O que a doutrina espírita tem a nos dizer sobre a evocação dos espíritos? A palavra “evocar”, que vem do latim “evocare”, significa chamar alguém, de algum lugar. Segundo, dicionários da língua portuguesa, isto está ligado chamado de seres espirituais, Allan Kardec, na obra O Livro dos Médiuns, fala a respeito da comunicação dos espíritos, que pode ser espontânea ou vir ao nosso chamado. “Espíritos podem se comunicar espontaneamente ou vir a nosso chamado, quer dizer, sob evocação”. E completou: "O apelo direto feito a um Espírito determinado é um laço entre ele e nós. Chamamos por nosso desejo e assim opomos uma espécie de barreira aos intrusos. 
Sem um apelo direto, um Espírito não teria motivo de vir a nós, se não for o nosso Espírito familiar.” Ou seja, a partir do momento em que desejamos nos comunicar com um espírito determinado é necessário evocá-lo, já que as chamadas comunicações espontâneas não são inconvenientes, além disso, devemos esperar aqueles que desejam se manifestar. “As comunicações espontâneas não têm nenhum inconveniente quando controlamos os Espíritos e temos a certeza de não deixar que os maus venham a dominar. Então é quase sempre conveniente aguardar a boa vontade dos que desejam manifestar-se. Pois o pensamento deles não sofre, dessa maneira, nenhum constrangimento e podemos obter comunicações admiráveis. Enquanto o Espírito evocado pode não estar disposto a falar ou não ser capaz de o fazer no sentido que desejamos. Aliás, o exame escrupuloso que aconselhamos é uma garantia contra as más comunicações”. (Livro dos Médiuns) Evocação dos espíritos A doutrina nos ensina também que pode-se evocar todos os Espíritos de qualquer grau de escola a que pertença. Ou seja, os bons; os maus. Aqueles que desencarnam recentemente ou até mesmo aquele que desencarnaram há mais tempo. Porém, como foi dito acima, se desejamos nos comunicar, devemos evocar determinado espírito. Como deve ser feita a evocação ?Allan Kardec, diz o seguinte: “Assim que se deseja comunicar com espírito determinado, é necessário evocá-lo. Se pode vir, obtém-se por resposta: Sim, estou aqui; ou ainda: Que querem de mim? Algumas vezes, entra diretamente na matéria respondendo por antecipação às perguntas que se lhe propunha dirigir. 
Quando se evoca um Espírito pela primeira vez é conveniente designá-lo com alguma precisão. Deve-se evitar a perguntas formuladas de maneira dura e imperativa, que podem afastá-lo. As perguntas devem ser afetuosas ou respeitosas, conforme o Espírito, e em todos os casos revelar a benevolência do evocador. Qual deve ser o papel do médium diante da evocação? 
As evocações oferecem, frequentemente, mais dificuldades aos médiuns que os ditados espontâneos, sobretudo quando se trata de obter respostas precisas e perguntas circunstanciadas. Para tanto são necessários médiuns especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos, e já vimos que eles são muito raros. Porque, como já dissemos, as relações fluídicas nem sempre se estabelecem instantaneamente com o primeiro Espírito que se apresenta. 
Convém, que os médiuns não se entreguem a evocações para perguntas detalhadas sem estarem seguros do desenvolvimento de suas faculdades e da natureza dos Espíritos. Pois com os que são mal assistidos as evocações não podem ter nenhum caráter de autenticidade. Para finalizar, Allan Kardec apresenta “dicas” de como o médium deve agir na evocação dos espíritos. Confira: Ele não deve aceder a esse desejo, senão com reserva no tocante às pessoas, sobre a sinceridade das quais não estejam completamente seguros de se pôr em guarda contra as armadilhas que pessoas malfazejas possam lhe preparar; Não se prestarem, sob nenhum pretexto, a essas evocações, se perceberem de curiosidade e de interesse e não uma intenção séria de parte do evocador, de se recusarem a servir para qualquer questão ociosa ou que não esteja no âmbito das que racionalmente se podem propor aos Espíritos. As perguntas devem ser feitas com clareza, nitidez e sem segundas intenções para se obterem respostas positivas. Não fazer senão com muita prudência as evocações na ausência de pessoas que as pedem. É preferível não fazê-las.  
O médium, em uma palavra, deve evitar tudo o que poderia transformá-lo em agente de consulta, o que, aos olhos de muita gente, é sinônimo de leitor de sorte”.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 12


 

O Evangelho responde: Perdão



Evangelho: O que significa perdoar? 
Para você, o que significa realmente perdoar? 
A obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo X, fala sobre o Perdão das Ofensas, que é uma virtude necessária para a nossa evolução moral. E ainda, a doutrina reafirma um dos ensinamentos de Jesus, que diz: “Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete”. 
Com isso, perdoar é um ato simples, puro e singelo expressos em corações de brandos e pacíficos. Ainda em O Evangelho Segundo o Espiritismo, o espírito Simeão e o apóstolo Paulo escreveram sobre o Perdão das Ofensas: “Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia”. Desse modo, esta afirmação nos faz refletir sobre os nossos erros, além de compreender que somos falhos e ofensores quanto àqueles que nos ofenderam. Perdão das ofensas Ainda de acordo com o E.S.E, o apóstolo Paulo, em mensagem, fala: “Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência?” Entretanto, apesar de compreendermos a verdade desta afirmação porque temos dificuldades em perdoar? 
Primeiramente, porque somos seres imperfeitos, e ainda, estamos em evolução. E só nos colocamos no lugar do outro a partir do momento em que a dor aparece. E ainda, em razão de possuirmos crenças negativas de que perdoar é “ser apático” com os erros, e até mesmo, aceitar de forma passiva tudo o que os outros fazem, acabamos aceitando manipulações, desrespeitos, etc. 
O que significa perdoar? 
Perdoar não diz respeito a apoiar comportamentos que geram dores tanto físicas como emocionais; Não é “ser conivente” com as condutas inadequada; O simples ato de perdoar é: Compreender o outro, seus limites, suas razões, sem deixar de lado nossos direitos e nossos limites; Para perdoar é preciso avaliar, já que toda opinião que nós emitimos, assim como nossos pensamentos, são resultados de uma série de conhecimentos que adquirimos ao longo do tempo. Para finalizar, para alcançarmos o perdão, temos que nos colocar no lugar do outro; manter distância de problemas e discussões; não devemos agir por impulso ou termos reações exageradas. Portanto, temos que nos desligar tanto mentalmente como emocionalmente de fatos ou pessoas que causam desequilíbrio. Vale lembrar que esse desligar não é se tornar frio, mas sim, deixar de alimentar emoções alheias. E a partir deste momento, passamos a enxergar o outro, deixar de lado situações problemáticas, além de nos libertar de conflitos. Com isso, conseguimos compreender sobre tanto a si mesmo como aos outros. 
Além disso, este desligamento, permite o perdoar de coração com uma maior facilidade. Não perdoe em vão. Seja misericordioso, amoroso, assim como Jesus nos ensinou. Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente. Recorda que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhe são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas. (Chico Xavier)

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 11


 

Filhos dependentes dos pais


Uma situação bastante comum, era os pais serem cuidados por seus filhos. Mas nos últimos tempos é grande o número de filhos dependentes de seus pais, tanto dependem de maneira emocional, como financeiramente. Os filhos estão saindo cada vez mais tarde da casa de seus pais. O que será que tem levado este adiamento e podemos até citar esta falta de amadurecimento por parte dos filhos? Ou um excesso de proteção por parte dos pais? 
Na questão 773, Allan Kardec em O Livro dos Espíritos nos apresenta no capítulo VII, no item III, em Laços de Família o seguinte ensinamento: “Por que entre os animais pais e filhos deixam de se reconhecer, quando os últimos não precisam mais de cuidados? 
Os animais vivem a vida material e não a moral. A ternura da mãe pelos filhos tem por princípio o instinto de conservação aplicado aos seres que deu à luz. Quando esses seres podem cuidar de si mesmos sua tarefa está cumprida e a natureza nada mais lhe exige. É por isso que ela os abandona para se ocupar de outros que chegam”. Antes era certo que o filho ao atingir a maioridade, sairia de casa. Mas o que vemos são filhos se casando cada vez mais tarde e e mesmo casados continuam a morar com seus pais, além de tudo, os pais se veem obrigados a criarem até os netos. 
Em Gênesis 2:24 diz o seguinte: “Por esse motivo é que o homem deixa a guarda de seu pai e sua mãe, para se unir à sua mulher, e eles se tornam uma só carne”. Num primeiro instante pode parecer bastante cômodo para ambas as partes continuar morando na casa dos pais. Tanto para os pais que não querem ficar longe de seus filhos, como para os filhos que não querem largar a “barra da calça” de seus pais. Porém com o passar do tempo, as coisas não ficam tão boas assim. Porque tem aquele velho ditado “Quem casa, quer casa”. Até porque os filhos que moram com os pais, dão total abertura e liberdade para que os pais sintam-se no direito de continuar a dar palpites em suas vidas. 
E este é o papel dos pais. Estão no seu total direito. Além do mais, os pais necessitam de um descanso. Não é justo ter que continuar a manter os filhos mesmo depois de adultos. 
A paternidade e a maternidade são missões das mais significativas sobre a face da Terra. Você que é pai e você que é mãe estejam atentos aos seus compromissos porque, indubitavelmente, irão responder pela falta ou excesso de proteção que derem aos seus filhos. Nessa difícil arte de educar os filhos, seria bom que os pais fizessem a si mesmos as seguintes questões: Será mesmo necessário que ambos trabalhemos (pai e mãe), deixando nossos filhos aos cuidados de empregados? Será que se morrer hoje, terei deixado aos meus filhos, a mais valiosa das heranças, o exemplo?