segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Ideal Espírita

Fazer de cada mulher uma sacerdotisa, de cada lar um templo, de cada coração um altar em que arda sempre impetuoso o desejo de servir com abnegação e amor a todas as criaturas de Deus, sejam elas más ou boas, tal é a missão do Espiritismo para edificar o Reino de Deus sobre a Terra. 

Tarefa fundamentalmente educativa que deve ser imposta em toda parte; na oficina, na escola, na repartição, na administração, na política, no lar; mas sem o esforço combativo que desagrega os homens e forma os partidos, igrejas, seitas, classes, nações, em ações e reações eternas que geram ódios e perpetuam o mal, as rivalidades e represálias de grupos humanos, contra outros grupos humanos. 

 Se os espiritistas tivessem a desventura de se organizarem em uma grande igreja, provocariam as reações e represálias que perpetuariam as outras igrejas a eles opostas, numa luta contínua e apaixonada como têm vivido as diversas igrejas do passado. 

Pretendessem organizar-se em partido político para realizar suas nobres aspirações, e não seriam compreendidos; teriam sempre que fechar suas próprias fronteiras contra os ataques de outros partidos; já não poderiam agir na sociedade, mas somente em suas sedes e mesmo aí sob as limitações da perseguição externa e talvez da perfídia interna de adversários mascarados de espíritas. 

Teriam todas as desvantagens de uma seita, contra a qual todas as outras se acham fechadas. 

 Sempre que se pensa em organizar o Espiritismo, devem-se levar em conta as dificuldades que outras organizações; com seu espírito combativo, oporiam à nossa tarefa, quando a nossa organização, suficientemente forte, lhes parecesse uma ameaça.

 Nossa força está em nossa aparente fraqueza. Somos milhares de pequenos núcleos espalhados por toda parte, sem uma autoridade central que os reúna e oriente no plano humano da vida.

 Mesmo as sociedades adesas ou coligadas à Federação ou à Liga, são livres, não têm que prestar contas ou obedecer a autoridades centrais. 

A adesão é apenas a princípios gerais da doutrina, à aceitação das obras de Allan Kardec, com plena liberdade de interpretação, sem um sínodo ou outro corpo de intérpretes a ser obedecido. 

A qualquer momento a sociedade adesa pode, por sua livre vontade, desistir da adesão e seguir outros rumos, se assim lhe aprouver e voltar aos mesmos princípios e solicitar de novo a adesão, quando quiser.

 Igualmente os indivíduos conservam absoluta liberdade de ação ou inação. Podem trabalhar quando e como e onde quiserem, em associação ou insuladamente, ou cessarem suas atividades quando isso lhes agradar, sem que alguma autoridade exista que lhes possa impor alguma limitação ou privá-los de algum direito. 

Essa liberdade dos indivíduos e de seus grupos é característica do Espiritismo e dá-lhe uma força diferente, mais espiritual e menos humana. 

Do ponto de vista humano, isso é fraqueza e desorganização; mas do ponto de vista espiritual é força.

 Nossos pregadores independem de "ordens", diplomas, uniformes, ou qualquer outra autorização. 

Podem exercer seu sacerdócio quando e onde quiserem; diante de um só ouvinte ou de grandes assembleias; numa missiva pessoal, num artigo de jornal, num livro, ao microfone ou por outra qualquer forma. 

 Quem assiste a um fenômeno espírita e o relata aos seus amigos, já está fazendo a pregação. 

Quem lê um romance espírita e o conta a um amigo, está praticando uma doutrinação. 

Assim, por toda parte, desde- as rodas mais ilustres até os meios mais obscuros, está-se fazendo a pregação do Espiritismo, interessando alguém para que o estude.

 Tal multíplicídade de pregadores tem a imensa vantagem de não encontrar fronteiras de seita; não ficar limitada aos templos, sinagogas, mesquitas ou sedes de grupos espíritas. 

Tem a vantagem, ainda maior, de não ser seita e, por isso mesmo, influenciar indistintamente qualquer membro da sociedade humana. 

 O ideal espírita é universal, deve influenciar todos os indivíduos, toda a Humanidade, e a maior barreira à realização desse ideal seria fecharmo-nos em uma seita com nossos livros sagrados,nosso profeta único, nossos pregadores autorizados e uniformizados.

 Contra esse perigo, por mercê de Deus, contamos com a liberdade dos Espíritos, que não levam em conta nossas divisões e limitações, nem as nossas convicções sectárias; inspiram e guiam até os mais descrentes, desde que encontrem neles aptidão para determinado trabalho que se tenha de realizar no mundo.

 Pela orientação que os Grandes Espíritos vão dando à mediunidade, vemos que o romance educativo, em forma de livro, de filme cinematográfico, de novela radiofônica, tem grande missão a cumprir na preparação do futuro; principalmente porque o romance fala mais diretamente ao coração da mulher e pode exercer a máxima influência na formação de nova mentalidade e novos sentimentos.

 O mundo feliz do futuro terá que ser obra principalmente do coração feminino, das mães, como sacerdotisas de seus lares.  

Em vez de formar uma Igreja "triunfante" contra as outras, temos que fazer uma ideia triunfante nos corações, sem nos importarmos com os rótulos. 

Em lugar de um partido vitorioso, temos que vencer em todos os partidos, em todas as escolas e igrejas. 

 Como trabalhar para esse ideal?

 Pelo livro, pelo jornal, pelo rádio, pelo cinema, e, acima de tudo, pelo exemplo. 

Em lugar de uma organização político-religiosa à imagem e semelhança das que já existem, fundemos novas editoras, novas estações de rádio, grupos de propagandistas, asilos, abrigos, escolas, ou ajudemos aos que já existem. 

Traduzamos todos os bons livros que existem em outras línguas para a nossa e os nossos para outras línguas. 

Publiquemos toda essa imensa literatura em Esperanto e espalhemo-la pelo mundo inteiro. 

 Há um trabalho imenso esperando por nós. Deixemos a outros a triste tarefa de demolir ou discutir questiúnculas teológicas. 

Temos muito que construir. A Humanidade sofredora e descrente merece todos os nossos esforços, toda a nossa dedicação.

 Não nos percamos nas fátuas discussões acadêmicas, nas polêmicas estéreis, nas lutas negativas; tentemos construir algo de positivo nos corações e nas inteligências. 

A nossa oportunidade é única: a Humanidade está saindo andrajosa e ensanguentada de uma de suas maiores experiências combativas, de uma de suas manifestações de força organizada. 

Bastam essas experiências! ' Nossa obra é diferente; não nos deixemos tragar pelas tradições do passado, porque o passado já nos deu o que podia: lutas e ódios; ódios e novas lutas; divisões e perseguições, perseguições e divisões; milênios perdidos em discussões teológicas, discussões teológicas que se renovam em outros milênios! Repitamos que o ideal da Terceira Revelação não é formar uma grande Igreja, mas, ao contrário disso, tornar desnecessárias as grandes Igrejas e erguer em cada coração um altar, em que arda sempre a pira sagrada do amor fraterno, destruindo o egoísmo, o orgulho, a vaidade, as rivalidades; os preconceitos!

 Cristiano Agarido (Ismael Gomes Braga) Reformador (FEB) Junho 1945

A origem e natureza dos Espíritos

Na pesquisa da origem da vida, a Biologia oferece-nos vasto campo de estudo através de várias hipóteses. 

 Estudaremos aquela ensinada pelos Espíritos Superiores e que é quase o consenso da ciência oficial. Procurando fixar idéias seguras acerca do corpo espiritual, será preciso remontamos, de algum modo, aos primórdios da vida na Terra, quando mal cessavam as convulsões telúricas, pelas quais os Ministros Angélicos da Sabedoria Divina, com a Supervisão do Cristo de Deus, lançaram os fundamentos da vida no corpo ciclópico do Planeta.

 Após a formação da Terra, a partir de uma matéria elementar existente, os Espíritos Superiores operam sobre o planeta recém-formado, favorecendo o surgimento de extensas superfícies de mares mornos ou quentes e de gigantesca massa viscosa a espraiar-se no solo da paisagem primitiva. 

Dessa geléia cósmica, verte o principio inteligente, em suas primeiras manifestações. Esse princípio inteligente, ou Mônadas celestes, no transcurso dos milênios, são trabalhadas e magnetizadas pela espiritualidade maior, até se manifestarem em rede filamentosa do protoplasma de que se lhes deriva a existência organizada no Globo constituído. 

Aparecem os vírus e, com eles, surge o campo primacial da existência, formado por nucleoproteínas e globulinas, oferecendo clima adequado aos princípios inteligentes ou Mônadas Fundamentais, que se destacam da substância viva, originando-se, assim as formas primitivas de microorganismos, evoluindo sucessivamente, através de milênios e milênios, para os minerais, os vegetais (inferiores e superiores), os animais (esponjas, crustáceos, peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), até chegar no período quaternário, com o aparecimento da forma hominal. 

Compreendendo-se, porém, que o princípio divino aportou na Terra, emanado da Esfera Espiritual, trazendo em seu mecanismo o arquétipo a que se destina, não podemos circunscrever-lhe a experiência ao plano físico simplesmente considerado, porquanto, através do nascimento e morte da forma, sofre constantes modificações nos dois planos em que se manifesta. Daí, consideramos que a evolução das formas de vida no nosso planeta não evoluiu apenas na sua manifestação no campo físico, mas também no extrafisico, justificando, assim, a ignorância em que a ciência ainda se mantém ante os chamados elos perdidos da evolução.

 Se a ciência considerasse a evolução para além da matéria física, compreenderia o processo lento, porém contínuo e gradual da vida, e não se deteria nas buscas infrutíferas de encontrar tais elos perdidos. 

 O fato de uma linhagem de antropóides erguer a coluna vertebral em sentido vertical, tido pela Biologia como um grandioso e glorioso marco evolutivo, tem igualmente elevadas implicações em se tratando do homem como ser espiritual: a conquista da razão. 

 A partir daí, já não se fala mais em elemento espiritual, mas numa individualidade organizada, destinada à perfeição, chamada Espírito. 

 Ao lado da evolução da forma, emparelhou-se a evolução moral. O aprimoramento do corpo físico gerou o acrisolamento dos sentidos e, aumentado à percepção exterior, a orientação direta exercida pelos Espíritos Superiores, foi diminuindo gradualmente, deixando o homem progredir pela aquisição do livre-arbítrio. 

 Antes de tecer alguns comentários a respeito da natureza dos Espíritos, é importante estabelecer a diferença entre o princípio espiritual e o princípio vital. 

 Há, na matéria orgânica, um princípio especial, inapreensível, e que ainda não pode ser definido: o princípio vital. Ativo no ser vivente, esse princípio se acha extinto no ser morto. 

 Os seres orgânicos assimilam o princípio vital para realizarem todas as funções vitais. Os seres inertes, como por exemplo, os minerais, não assimilam este princípio, e as estruturas químicas, como o hidrogênio, oxigênio, carbono, nitrogênio, etc., combinariam entre si formando os diversos tipos de corpos inorgânicos, amplamente distribuídos na Natureza. 

O princípio vital modifica a constituição molecular de um corpo, dando-lhe propriedades especiais. A atividade do princípio vital é alimentada durante a vida pela ação do funcionamento dos órgãos. Cessada aquela ação, por motivo da morte, o princípio vital se extingue. 

 A partir da extinção do princípio vital, a matéria é decomposta em seus elementos constitucionais (oxigênio, carbono, nitrogênio, etc.), os quais poderão se agregar para formar corpos inertes ou inorgânicos, ou se manterão dispersos até a formação de novas combinações. 

 O princípio espiritual tem existência própria. Individualizado, o elemento espiritual constitui os seres chamados Espíritos. E, Espíritos são, portanto: “individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criados por Deus, independentes da matéria; prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo”.

 A natureza dos Espíritos é algo do qual pouco ou nada sabemos. 

 A pergunta 82 de “O Livro dos Espíritos”, sobre a imaterialidade dos Espíritos, assim nos diz: ... imaterial não é bem o termo; incorpóreo seria mais exato, pois deves compreender que, sendo uma criação, o Espírito há de ser alguma coisa.

 É a matéria quintessenciada, mas sem analogia para vós outros, e tão etérea que escapa inteiramente ao alcance dos vossos sentidos. 

 Na mesma pergunta, logo abaixo, Kardec completa: “Dizemos que os Espíritos são imateriais, porque, pela sua essência, diferem de tudo o que conhecemos sob o nome de matéria. Um povo de cegos careceria de termos para exprimir a luz e seus efeitos; nós outros somos verdadeiros cegos com relação à essência dos seres sobre-humanos”. 

 Compilado da Federação Espírita Brasileira

Dúvidas sobre o Espiritismo (vídeo)


sábado, 29 de dezembro de 2012

Benção de Deus

Muitas vezes, criticamos o dinheiro, malsinando-lhe a existência, no entanto, é lícito, observá-lo através da justiça. 

O dinheiro não compra a harmonia, contudo nas mãos da caridade, restaura o equilíbrio do pai de família, onerado em dívidas escabrosas.

 Não compra o sol, mas nas mãos da caridade, obtém o cobertor, destinado a aquecer o corpo enregelado dos que tremem de frio. 

Não compra a saúde, entretanto nas mãos da caridade, oferece óculos aos olhos deficientes do trabalhador de parcos recursos. 

 Não compra e euforia, contudo, nas mãos da caridade, improvisa a refeição, devida aos companheiros que enlanguescem de fome. 

 Não compra a luz espiritual, mas, nas mãos da caridade, propaga a página edificante que reajusta o pensamento a tresmalhar-se nas sombras. 

 Não compra a alegria, no entanto , nas mãos da caridade, garante a consolação para aqueles que choram, suspirando por migalha de reconforto. 

 Não compra a fé, entretanto, nas mãos da caridade, ergue a esperança, junto de corações tombados em sofrimento e penúria.

 Dinheiro em si e por si é moeda seca ou papel insensível que, nas garras da sovinice ou da crueldade é capaz de criar o infortúnio ou acobertar o vício. 

Mas o dinheiro do trabalho e da honestidade, da paz e da beneficência, que pode ser creditado no banco da consciência tranqüila, toda vez que surja unido ao serviço e à caridade, será sempre bênção de Deus, fazendo prodígios.

A palavra

A palavra expressa tudo o que se passa com o homem, fornecendo a situação exata do seu estado de espírito e do seu estado físico.

 Portanto, tem significado espiritual e uma intensa ligação com a nossa saúde, educação e evolução.

 O poder que possuímos através da palavra e a força que ela pode ter, tanto para o bem quanto para o mal, são de magnitude incalculável.

 Pela escrita ou através da oralidade, expressamo-nos com o uso da palavra, que expõe ao mundo físico aquilo que a alma carrega. 

Muitas vezes, configura-se num desabafo emocionado, que “limpa” o nosso interior e nos faz começar do zero; em outras tantas, traz consigo o sentimento puro do amor, a alegria ou a emoção de um momento. 

Certo que não conseguimos pensar ou agir sem a utilização da palavra.

 Desta maneira, é imprescindível o cuidado e a prudência no pensamento, na fala e na escrita. “A palavra é o elo entre a vida e o viver. 
Ela pode alegrar, entristecer, oprimir, libertar, salvar ou condenar. Pode também iluminar ou causar escuridão”.

 O impacto da palavra é imensurável. Uma vez que expomos uma opinião, ela não mais nos pertence. 

Podemos influenciar decisões, causar discórdias, trazer esperanças, entre muitos outros sentimentos, mas não temos mais o domínio sobre suas consequências. “Sabemos que devemos vigiar nossos pensamentos e, com isto, nossas palavras para que nossas vidas tornem-se mais harmoniosas e mais de acordo com a Lei de Deus”. 

Analisemos o que estamos pensando e como estamos emanando nossas energias. 

A Evolução também se faz pela forma que nos relacionamos com o próximo e começa com pequenas atitudes que, muitas vezes, podem parecer banais. 

Boas palavras propiciam boas ações e boas ações inflam a nossa energia com alta vibração. 

Vamos aproveitar essa ferramenta excepcional e a empregarmos com utilidades em nosso cotidiano.

 Vamos fazer das palavras uma verdadeira conexão entre a nossa alma e o nosso corpo físico, alimentando bons sentimentos e contribuindo para a evolução individual e coletiva da humanidade.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A felicidade

Você acredita na felicidade? 

Será que ela é deste mundo? 

Feliz é o homem cuja consciência não o acusa de seus atos. 

Então a felicidade é um sentimento íntimo, ligada à própria consciência, que, certamente, dará o aval para alegria da alma, no exato instante em que o espírito imortal, esse viajor da eternidade, se despir dos vícios, dos desejos e das paixões. 

A felicidade é interna, e deve ser construída, paulatinamente, homeopaticamente, degrau por degrau, não desprezando o concurso do tempo, através de uma caminhada histórica em direção às estrelas... 

Ser feliz é compartilhar da felicidade dos outros, aguardando que alegria que envolve nossos semelhantes possa nos envolver, e que através de uma convivência pacífica, demonstramos a verdadeira alegria de viver. 

A felicidade não pode ser encontrada na posse dos bens temporais, que passam de mão em mão, e, sim, na posse dos bens eternos, que são as virtudes de DEUS, as quais vamos haurindo aos poucos, em nossa caminhada evolutiva. 

À medida que conseguimos superar nossas dores e sofrimentos, renunciando aos nossos desejos mais íntimos, e, ainda assim, trabalhando pela felicidade do próximo, esta felicidade buscará, onde quer que possamos estar, a fim de implantarmos em definitivo a nossa suprema ventura, e, consequentemente, a própria felicidade.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Feliz Natal


Eu gostaria de desejar um Feliz Natal à todos os amigos (as), visitantes do blog, seguidores...

Gostaria também de aproveitar a oportunidade e agradecer o carinho de todos vcs, carinho esse que vem me dando forças de querer cada vez mais me tornar um ser humano melhor.

Que Deus abençoe o Lar de vcs com mta paz, saúde e harmonia, e que neste Natal possamos fazer a nossa parte em favor dos irmãos menos favorecidos que também são filhos de Deus.

Fiquem com Deus e não esqueçam de praticar os ensinamentos deixados por nosso Mestre Jesus, não só neste Natal, mais em todas as épocas do ano.

Vanêssa Lins

Jesus é o Caminho

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. 

Sua luz imperecível brilha sobre os milênios terrestres, como o Verbo do princípio, penetrando o mundo, há quase vinte séculos.

 Lutas sanguinárias, guerras de extermínio, calamidades sociais não lhe modificaram um til nas palavras que se atualizam, cada vez mais, com a evolução multiforme da Terra. 

 Tempestades de sangue e lágrimas nada mais fizeram do que avivar-lhes a grandeza. Entretanto, sempre tardios no aproveitamento das oportunidades preciosas, muitas vezes, no curso das existências renovadas, temos desprezado o Caminho, indiferentes ante os patrimônios da Verdade e da Vida. 

 O Senhor, contudo, nunca nos deixou desamparados. Cada dia, reforma os títulos de tolerância para com as nossas dívidas; todavia é de nosso próprio interesse levantar o padrão da vontade, estabelecer disciplinas para uso pessoal e reeducar a nós mesmos, ao contacto do Mestre Divino.

 Ele é o amigo generoso, mas tantas vezes lhe olvidamos o conselho que somos suscetíveis de atingir obscuras zonas de adiamento indefinível de nossa iluminação interior para a vida eterna. 

No propósito de valorizar o ensejo de serviço, organizamos este humilde trabalho interpretativo, sem qualquer pretensão a exeges. 

 Concatenamos apenas modesto conjunto de páginas soltas destinadas a meditações comuns. Muitos amigos a estranhar-nos-ão talvez a atitude, isolando versículos e conferindo-lhes cor independente do capítulo evangélico a que pertencem. 

Em certas passagens extraímos daí somente frases pequeninas, proporcionando-lhes fisionomia especial e, em determinadas circunstâncias, as nossas considerações desvaliosas parecem contrariar as disposições do capítulo em que se inspiram. 

 Assim procedemos, porém, ponderando que, num colar de pérolas, cada qual tem valor específico e que, no imenso conjunto de ensinamentos da Boa Nova, cada conceito do Cristo ou se seus colaboradores diretos adapta-se a determinada situação do Espírito, nas estradas da vida. 

 A lição do Mestre, além disso, não constitui tão-somente um impositivo para os misteres da adoração.

 O Evangelho não se reduz a breviário para o genuflexório. É roteiro imprescindível para a legislação e administração, para o serviço e para a obediência. 

 O Cristo não estabelece linhas divisórias entre o templo e a oficina. 

Toda a Terra é seu altar de oração e seu campo de trabalho, ao mesmo tempo. 

Por louvá-lo nas igrejas e menoscabá-lo nas ruas é que temos naufragado mil vezes, por nossa própria culpa. 

Todos os lugares, portanto, podem ser consagrados ao serviço divino. 

 Muitos discípulos, nas várias escolas cristãs, entregaram-se a perquirições teológicas, transformando os ensinos do Senhor em relíquia morta dos altares de pedra; no entanto, espera o Cristo venhamos todos a converter-lhe o evangelho de Amor e Sabedoria em companheiro da prece, em livro escolar no aprendizado de cada dia, em fonte inspiradora de nossas mais humildes ações no trabalho comum e em código de boas maneiras no intercâmbio fraternal. 

 Embora esclareça nossos singelos objetivos, noto, antecipadamente, ampla perplexidade nesse ou naquele grupo de crentes. Que fazer? 

Temos imensas distâncias a vencer no Caminho, para adquirir a Verdade e a Vida na significação integral. 

Compreendemos o respeito devido ao Cristo, mas, pela própria exemplificação do Mestre, sabemos que o labor do aprendiz fiel constitui-se de adoração e trabalho, de oração e esforço próprio. 

 Quanto ao mais consola-nos reconhecer que os Textos Sagrados são dádivas do Pai a todos os seus filhos e, por isso mesmo, aqui nos reportamos às palavras sábias de Simão Pedro: "Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação".

sábado, 22 de dezembro de 2012

Nascimento de Jesus

 Nascimento de Jesus. Dia da Cristandade. 

Quem não lhe conhece a história? 

Quem não sabe onde, como e quando o fato ocorreu? Mas, vale relembrar. O Messias de Deus, o Salvador da Humanidade, vaticinado pelos Profetas, nascera em condições humílimas, num estábulo em Belém, “terra de Judá”. 

Maria e José foram àquela cidade alistar-se em obediência a um edito de César Augusto, que prescreveu, então, o censo para arrolar os bens do povo judeu. 

Como isso se dera quando a gestação já se encontrava bem adiantada, com sinais precursores do parto, pôs-se o casal de sobreaviso, diligenciando providências de hospedagem para o desabrochar da flor da maternidade de Maria, a Agraciada do Altíssimo. 

Havendo falta de acomodação nas estalagens da cidade de Davi, superlotada pela considerável afluência de forasteiros, acomodaram-se numa estrebaria, a céu aberto. Ali, em plena Natureza, como a significar que só um firmamento imensurável poderia dar cobertura a tão transcendente Espírito; ali, sob o coruscar do lampadário de estrelas, a que se juntava radiosa antemanhã; ali, em ambiente de máxima simplicidade, a Virgem de Nazaré se fizera mãe de Jesus. 

Distantes de Belém, nos domínios do município da cidade, pastores, na calada da noite, apascentavam seus rebanhos. 

Fundo silêncio os envolvia. Eis senão quando, de inopino, algo de insólito ocorre, rompendo a quietude reinante. 

Que seria, quem o faz e por que o faz? 

Lucas, o evangelista, responde por nós, relatando o inusitado acontecimento (2:8-20): “Ora havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. 

E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 

E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens.

 E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos pois até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. 

Foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. 

E vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; e todos os que a ouviam se maravilharam do que os pastores lhes diziam. 

Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia dito.” O surpreendente quadro daquela remota manhã, celebrado por maviosos cânticos e harmoniosos harpejos executados por uma milícia de anjos, em louvor ao Senhor pelo advento do Messias, fora além da imaginação, porque, de permeio com tão sonorosas modulações musicais, “fluidos luminosos” nimbavam de cariciosas claridades as relvas circundantes do campo de pastoreio do rebanho naquelas ermas paragens. 

Esse singular cenário, de sublimado enlevo, não sobrepujara, em beleza e emoção, ao daquela antemanhã do Novo Dia do Nascimento do Messias de Deus, que raiara para clarear, por todo o sempre, as horas dos dias de todos os anos, séculos e milênios, na pauta das incontáveis existências terrenas de nós outros Espíritos encarnados, com a alentadora perspectiva de nossa ascensão aos infindáveis domínios do Grande Além. 

Curioso messianato, de cuja abertura se fizera porta-voz o próprio silêncio da Natureza. 

Primeira lição – singelo espaço de uma manjedoura. 

Primeiro recinto – o desconforto de um estábulo. 

Primeiros ouvintes – os pais do nascituro, com a presença dos animais das cercanias. 

Cumpriu-se a profecia: “E tu, Belém de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.” 

(Mateus, 2:6.) PASSOS LÍRIO Reformador Dez/2000

Noite feliz?

O mundo prepara-se para mais um Natal. 

As ruas iluminam-se chamando atenção e as músicas típicas da época dão o tom da festividade. 

Ao centro, a conhecida figura do "Papai Noel", embalando sonhos e fantasias infantis mas, por outro lado, alimentando também interesses puramente mercantilistas. 

As famílias já pensam nos brindes, presentes e festas. 

Economia para presentear melhor, vestuários renovados, casas reformadas, viagens e sonhos... 

Esta nos parece uma realidade bem próxima e nos agrada divagar pelo brilho das luzes...
 Afinal, o Natal é uma festa de alegria. 

No entanto, se nos afastarmos um pouco desta visão, procurando analisar de maneira mais cuidadosa, de forma mais crítica e real, lembraremos inevitavelmente dos que ainda não podem se quer sonhar... 

O mundo ilumina suas ruas, mas há alguns lugares que continuam obscuros, talvez para esconder aqueles que excluímos da festa. E, na escuridão, o crack, a cocaína, a cola continuam vitimando crianças e jovens que não sonham mais; ...na escuridão, meninas mal saídas da infância servem de objeto sexual nas mãos prostituídas de aparentes homens de bem.

 Na noite de natal, possivelmente, estarão embriagadas ou drogadas para suportar a exploração; ...na escuridão, homens disputam comida com ratos, cães e urubus nos lixões, perdendo sua humanidade a pouco e pouco.

 Estes talvez consigam comer melhor na noite de natal, aproveitando o desperdício dos banquetes que deixará o lixo mais "rico"; ...

na escuridão, guetos que separam negros de brancos continuarão infectos e nas favelas as comemorações acontecerão, talvez, em meio à dor de um assassinato ou de um estupro; ...

na escuridão, doentes se amontoarão em corredores de hospitais públicos, crianças, mães e famílias inteiras estarão morrendo por causa de fome, por falta de vacina, de saneamento básico e de noções mínimas de higiene em recantos tristonhos das terras africanas, brasileiras e asiáticas; ...

na escuridão, pais desempregados sequer podem pensar em presentes e entre lágrimas que cortam a alma, abandonam seus filhinhos em orfanatos, para que sobrevivam; ...

na escuridão, cortando o ruído das ruas e dos bailes, serão ouvidos ‘gritos silenciosos’ de seres humanos expulsos dos ventres de suas mães que, inconscientes e equivocadas, tentam fugir de suas responsabilidades pelo caminho do aborto criminoso; ...

na escuridão do sertão, nem o luar de lá consegue iluminar a dor da sede e da fome de famílias inteiras condenadas a beber lama e comer lagartos, enquanto bois e cabritos serão mortos para as festas dos fazendeiros donos das terras e dos açudes; 

na escuridão, sob as marquises, velho morrerão de frio e crianças serão assassinadas por criminosos fardados; ...

na escuridão, toda escuridão aparece... E lá fora, sob o esplendor das luzes, estouram os ‘champanhes’ nas mesas corrompidas pela falta de ética e humanidade na política.

 Os escândalos e as fraudes são esquecidos sob o borbulhar da bebida e os detentores dos "podres poderes" da Terra seguem cegos e descompromissados com o povo;

 A sociedade egoísta distribui cestas e brinquedos com os ‘pobrezinhos’ para tentar aliviar o fogo que lhes queima a consciência e falam em solidariedade como se fosse uma jóia a mais que pudessem expor pendurada no pescoço. 

Perdoem-me se pareço dura demais. Muito mais dura, no entanto, é a realidade enfrentada por milhares, milhões de irmãos nossos espalhados pelo planeta inteiro.

 Lembrando-se deles, estamos lembrando-se daquele que é o motivo das comemorações natalinas.

 Aquele que em sábias palavras afirmou que tudo que fosse feito a um desses pequeninos seria feito a Ele próprio indiretamente. 

Ele que soube ser solidário de maneira plena, sem se corromper pela vaidade e pelo aplauso, foi muito além da esmola dada em uma noite. 

Investiu sua vida e sua morte para a transformação da sociedade. 

Lutou contra os preconceitos, convivendo com a "escória" sem falsos pudores e valorizou o ser humano como ninguém fez antes ou depois dele. 

Vale a pena nos perguntar: então, por que Ele veio? 
Qual a razão histórica de sua vida? 
O que constituiu o objeto de suas atenções e qual o objetivo de todo seu esforço? 

Certamente que Ele não veio para aprofundar a diferença entre os homens, nem para manter os preconceitos e o egoísmo que têm gerado toda miséria no mundo. 

Sua vinda visava a educação plena do homem, estimulando a transformação do homo sapiens – lobo do próprio homem – no homo sapiens solidarius que não é só intelecto e começa a descobrir que não pode ser feliz sozinho; que se completa no bem do outro e que plenifica-se no amor ao próximo sem conotação sacramental, mas com sentido prático e efetivo. 

É o amor experienciado, vivido, que não se coaduna com o comodismo e a indiferença, e foge dos discursos vazios. 

Jesus, talvez ainda seja o ilustre esquecido do Natal rico e mercantil dos "papais noéis marqueteiros" e nós, certamente, os grandes omissos desta triste e contraditória realidade.

 Não tenho a menor dúvida que enquanto comemos perus e distribuímos presentes, Ele deve estar muito, muito ocupado com os que foram excluídos de um FELIZ NATAL!

Deus é a bondade perfeita. Porque nos destinaria a dor? Nosso destino é a beleza, a luz, o amor...

Entregue a Deus o que não pode mudar.

Escolha a alegria, confie na vida, acredite no bem...

Seja feliz, faça o seu melhor, peça em suas orações para enxergar a verdade...é só o que precisamos fazer.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

A evolução da Terra

Na obra de Deus reina a perfeição, nela tudo é útil e harmonioso, o Universo infinito é algo sublimado e transcendental, que jamais poderá ser descrito pela linguagem humana.

 Já se eclipsou na voragem do tempo, a época em que se supunha ser a Terra o centro do Universo.

 A teoria geocêntrica foi suplantada pela heliocêntrica e, após Galileu, as teologias terrenas tiveram que rever seus dogmas e seus conceitos, Jesus Cristo definiu esses mundos como sendo outras tantas moradas para o Espírito em sua escalada evolutiva rumo à perfeição. 

 A casa do Pai é o Universo todo, e as diferentes moradas são os mundos que circulam no espaço infinito, oferecendo aos Espíritos estações apropriadas ao cumprimento de um prolongado processo evolutivo. 

 Os diversos mundos possuem condições muito diferentes uns dos outros, no tocante ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes, pois nem todos desfrutam do mesmo grau de progresso, existem mundos inferiores à Terra, tanto física como moralmente, outros estão no mesmo nível e outros lhe são mais, ou menos, superiores em todos os aspectos. 

 Os Espíritos, ao longo do seu processo evolutivo, habitam as diferentes moradas da Casa do Pai, tendo como ponto inicial o estado de simplicidade e ignorância; caminham através de uma escala bastante prolongada, possuindo como meta a angelitude, nos mundos que já atingiram um grau superior de evolução, as condições da vida moral são muito diferentes daquelas que se verificam na Terra. 

 O corpo nada tem da materialidade terrena e não está, por isso mesmo, sujeito às necessidades, às enfermidades e às deteriorações oriundas da prevalência da matéria, a menor densidade específica torna mais fácil a locomoção. 

A Doutrina Espírita propicia aos homens uma visão bem mais clara e ampla do Universo, fazendo com que eles descortinem novos horizontes, animando-os da certeza da imortalidade da alma e do futuro radiante e grandioso que os aguarda. 

Embora seja tarefa sumamente difícil fazer uma classificação absoluta dos mundos, os Espíritos estabeleceram uma escala com cinco categorias distintas:

1.Mundo Primitivo: Onde se verificam as primeiras encarnações da alma humana. 

2. Mundo de Expiação e Provas: Onde o mal predomina.

3. Mundo de Regeneração: Onde as almas que ainda têm algo a expiar adquirem novas forças, repousando das fadigas da luta. 

4. Mundos Felizes: Onde o bem predomina sobre o mal. 

5. Mundos Divinos ou Celestes: Onde moram os Espíritos purificados e o bem reina plenamente.

 A Terra está situada na faixa dos mundos de expiações e de provas, nela ainda predominando o mal; entretanto, afirmam os Espíritos Benfeitores que, futuramente, ela ascenderá à categoria de mundo de regeneração. 

 Espíritos que habitam os mundos mais adiantados podem reencarnar na Terra para o desempenho de determinadas missões. 

Os apóstolos de Jesus, sem sombra de dúvida, eram Espíritos de elevada hierarquia, que aqui vieram com a missão grandiosa de acompanhar o Mestre no seu sublime messiado.  

Espíritos elevados que eram, encarnaram num mundo denso, onde predominava a maldade; eles sentiram-se deslocados e por isso, Jesus lhes disse: "Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim", acrescentando logo a seguir: "Há muitas moradas na Casa de meu Pai, se assim não fosse eu vos teria dito" (João 14:1-2). 

 Como se pressentindo que aqueles homens se sentiriam desprotegidos e desamparados após a sua partida para as regiões celestiais, o Mestre lhes acenou com a afirmativa de que "Ele iria na frente para lhes preparar o lugar". 

 Isso naturalmente, para lhes demonstrar que, dada a elevação de seus Espíritos, eles não eram deste mundo e a eles estavam reservadas moradas nas regiões mais sublimes, este ensinamento de Jesus não era exclusivamente destinado aos apóstolos, mas extensível a todas as criaturas.

domingo, 2 de dezembro de 2012

O acaso não existe

A Harmonia existente no mecanismo do Universo patenteia combinações e desígnios determinados e, por isso mesmo, revela um poder inteligente. 

Atribuir a formação primaria ao acaso é insensatez, pois que o acaso é cego e não pode produzir os efeitos que a inteligência produz. 

Um acaso inteligente já não seria acaso. O que você acha dessa frase? 

As coisas acontecem ou não por acaso? 

Há ou não coincidências? 

Será que existem ou não eventos totalmente aleatórios sem nenhum vínculo causal inteligente?

 Pensar sobre a resposta dessas perguntas pode mudar para sempre o rumo de nossas vidas. 

 Quem acredita no acaso costuma creditar uma série de acontecimentos bons ou não à sorte ou ao azar e assim se desliga da responsabilidade em cuidar de si mesmo ou de sua própria vida. Afinal, se tudo é mesmo fruto do acaso, por que se importar se nosso esforço pouco influiria? 

 Quem, por sua vez, acredita que nada ocorre ao acaso e procura tirar proveito de cada experiência vivenciada em seu dia a dia, acaba bebendo o néctar da renovação sem fazer muito esforço.

 Simplesmente o fato de abraçar a idéia que há algo maior que interfere nos acontecimentos de nossa vida por si só já abre um caminho enorme para que nos sintamos mais conectados e responsáveis por nossas escolhas. 

 É muito mais fácil se desconectar quando não se vincula a nada. 

É mais fácil não ser disciplinado quando achamos que nosso esforço pouco influirá no resultado final das coisas que fazemos. 

Quando mudamos nossa visão da vida, mudamos nossa forma de pensar, falar e agir. E isso, por si só, já é suficiente para modificar muitas coisas. 

  Portanto, o acaso não existiria, mas, sim, conseqüências ou respostas da vida a tudo o que fazemos ou deixamos de fazer. 

Nesse caso, não há mais espaço para você acreditar que é vítima, pois não há vítimas. Todos somos responsáveis. Todos interferimos diretamente na vida que temos. Por isso, ter essa visão de mundo não apenas me ajudou a ser bem mais comprometida com minhas escolhas como percebo que ajuda a muitas outras pessoas a fazer o mesmo. E você? 

O que tem a dizer sobre isso?

 Acredita mesmo que os acontecimentos de sua vida são aleatórios ou já consegue perceber a relação de causa e efeito entre o ser humano que você é e a vida que você tem?

 Creio que vale a pena pensar bem a respeito e fazer as mudanças em sua forma de pensar, falar e agir que julgar necessárias. 

Quem sabe não está aqui a porta que faltava se abrir para você ter a vida que tanto gostaria de ter?

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Lençol sujo

Um casal, recém-casados, mudou-se para um bairro muito tranqüilo. 

Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido: 

 - Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!

 - Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! 

O marido observou calado. 

 Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:

 - Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos!

 Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! 

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. 

Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido: 

- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, Será que outra vizinha ensinou???

 Porque eu não fiz nada. 

O marido calmamente respondeu: 

- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela! 

E assim é.

 Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos. 

Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações. 

Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. 

Só assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Lave sua vidraça. Abra sua janela...