segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O alimento espiritual

O professor lutava na escola com um grande problema. 

Os alunos começaram a ler muitas histórias de homens maus, de roubos e de crimes e passaram a viver em plena insubordinação. 

 Queriam imitar aventureiros e malfeitores e, em razão disso, na escola e em casa apresentavam péssimo comportamento. 

Alguns pronunciavam palavrões, julgando-se bem-educados, e outros se entregavam a brinquedos de mau gosto, acreditando que assim mostravam superioridade e inteligência. 

 Esqueciam-se dos bons livros. 
 Zombavam dos bons conselhos.

 O professor, em vista disso, certo dia reuniu todas as classes para a merenda costumeira, apresentando-se uma surpresa esquisita. 

 Os pratos estavam cheios de coisas impróprias, tais como pães envolvidos em lama, doces com batatas podres, pedaços de maçãs com tomates deteriorados e geleias misturadas com fel e pimenta.

 Os meninos revoltados gritavam contra o que viam, mas o velho educador pediu silêncio e, tomando a palavra, disse-lhes:

 - Meus filhos, se não podemos dispensar o alimento puro a benefício do corpo, precisamos também de alimento sadio para a nossa alma. 

O pão garante a nossa energia física, mas a leitura é a fonte de nossa vida espiritual. 

Os maus livros, as reportagens infelizes, as difamações e as aventuras criminosas representam substâncias apodrecidas que nós absorvemos, envenenando a vida mental e prejudicando-nos a conduta.

 Se gostamos das refeições saborosas que auxiliam a conservação de nossa saúde, procuremos também as páginas que cooperam na defesa de nossa harmonia interior, a fim de nunca fugirmos ao correto procedimento. 

 Com essa preleção, a hora da merenda foi encerrada. Os alunos retiraram-se cabisbaixos. E, pouco a pouco, a vida dos meninos foi sendo retificada, modificando-se para melhor.

Francisco Cândido Xavier. 
Da obra: Pai Nosso. 
Ditado pelo Espírito Meimei. 19a edição. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1999.

O espiritismo de Kardec nos dias de hoje (vídeo)


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Fatalidade e livre arbítrio

Antes do regresso à experiência no Plano Físico, nossa alma em prece roga ao Senhor a concessão da luta para o trabalho de nosso próprio reajustamento. 

Solicitamos a reaproximação de antigos desafetos. Imploramos o retorno ao círculo de obstáculos que nos presenciou a derrota em romagens mal vividas...

 Suplicamos a presença de verdugos com quem cultiváramos o ódio, para tentar a cultura santificante do amor...

 Pedimos seja levado de novo aos nossos lábios o cálice das provas em que fracassamos, esperando exercitar a fé e a resignação, a paciência e o valor...

 E com a intercessão de variados amigos que se transformam em confiantes avalistas de nossas promessas, obtemos a bênção da volta.

 Efetivamente, em tais circunstâncias, o esquema de ação surge traçado. 

Somos herdeiros do nosso pretérito e, nessa condição, arquitetamos nossos próprios destinos. Entretanto, imanizados temporariamente ao veículo terrestre, acariciamos nossas antigas tendências de fuga ao dever nobilitante.

 Instintivamente, tornamos, despreocupados, à caça de vantagens físicas, de caprichos perniciosos, de mentiroso domínio e de nefasto prazer.

 O egoísmo e a vaidade costumam retomar o leme de nosso destino e abominamos o sofrimento e o trabalho, quais se nos fossem duros algozes, quando somente com o auxílio deles conseguimos soerguer o coração para a vitória espiritual a que somos endereçados.

 É por isso que fatalidade e livre-arbítrio coexistem nos mínimos ângulos de nossa jornada planetária.

 Geramos causas de dor ou alegria, de saúde ou enfermidade em variados momentos de nossa vida. 

O mapa de regeneração volta conosco ao mundo, consoante as responsabilidades por nós mesmos assumidas no pretérito remoto e próximo; contudo, o modo pelo qual nos desvencilhamos dos efeitos de nossas próprias obras facilita ou dificulta a nossa marcha redentora na estrada que o mundo nos oferece.

Aceitemos os problemas e as inquietações que a Terra nos impõe agora, atendendo aos nossos próprios desejos, na planificação que ontem organizamos, fora do corpo denso, e tenhamos cautela com o modo de nossa movimentação no campo das próprias tarefas, porque, conforme as nossas diretrizes de hoje, na preparação do futuro, a vida nos oferecerá amanhã paz ou luta, felicidade ou provação, luz ou treva, bem ou mal. 

 Emmanuel Livro: Nascer e Renascer

Nossa primeira missão


O ambiente em que moramos pode ser o motivo principal do nosso desânimo e das situações difíceis que estamos vivendo. 

Não esqueçamos que temos um vínculo muito forte de outras vidas com nossos familiares e a convivência faz parte do nosso processo evolutivo. 

Quando não conseguimos lidar com as diferenças e as cobranças a nossa energia fica bloqueada nesse ciclo kármico e por isso as coisas não andam.

 Por mais difícil que seja, devemos evitar brigas e discussões pois satura o ambiente e abre buracos no nosso campo vibracional, nos deixando vulneráveis a "vampiros energéticos". 

Agindo assim, quebraremos esse ciclo com mais rapidez e nos sentiremos mais independentes e felizes para continuamos nossa jornada evolutiva.

Reflexão sobre a fé (vídeo)


segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Prática do bem: Fonte única da felicidade

Irmãos queridos, paz em nome de Jesus. 
A vida não é um mal, como ainda muitos supõem. Ela só se torna insuportável, para as criaturas que ainda não têm a compreensão do bem. 

Fazer o bem, em todas as situações da vida, quaisquer que elas sejam, deve ser a divisa de todos.

O bem que se pratica é uma parcela mínima do bem que se deveria praticar. Infelizmente, o viver dos meus irmãos da Terra é mais propício para o cultivo do ódio e para o exercício de vingança do que para o bem. 

Preciso é, pois, que todos empreguem os maiores esforços para que esses ódios se apaguem, para que não mais os corações se deixem invadir pelo sentimento de vingança.
Meus queridos, todos, para gozarem de paz, têm de procurar a luz que jorra do Evangelho santo.

Foi lendo, meditando e esforçando-me por colocar em prática as lições do Evangelho, que pude obter as graças do Senhor. 

Procurando sempre despreocupar-me de mim mesmo, o que vale dizer: procurando renunciar ao mundo, que nada oferece de belo, nem de justo, consumindo grande parte daquela minha etapa planetária em buscar o Senhor, foi que, afinal, verifiquei estar Ele bem perto de mim.

Cuidei, então, de tudo fazer, para que não mais de mim se apartasse. 

Ora, isso, meus queridos irmãos, está ao alcance de todos vós, bastando, para que o consigais, um pequeno esforço, mas contínuo, da vossa vontade, se a tiverdes firme. E, para vos dardes firmeza, uma só coisa se vos faz necessária: praticar todo o bem possível. 

Tratai, irmãos meus, de renunciar ao mundo e dedicai-vos ao bem. Amai e perseverai no bem; tomai o bordão da fé e, apoiados nele, penosa não será a vossa peregrinação. Paz a todos os meus queridos irmãos. 

 Espírito Antonio de Pádua Fonte: Pág. 349 Ano 1933 Reformador (FEB)