quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Divaldo Pereira Franco


Divaldo Pereira Franco, mais conhecido como Divaldo Franco ou simplesmente Divaldo (Feira de Santana, 5 de maio de 1927) é um professor, médium e orador espírita brasileiro. 

Divaldo é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo, com mais de cinqüenta anos devotados à mediunidade.
 Há mais de sessenta anos, um importante orador espírita. 

Dos seus oitenta e cinco anos, sessenta e cinco foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas, das periferias de Salvador, na Bahia. 

Para este último fim fundou, em 15 de agosto de 1952, junto com Nilson de Souza Pereira, a casa de assistência Mansão do Caminho, responsável pela orientação e educação de mais de 33 mil crianças e adolescentes carentes.

 Divaldo cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, onde recebeu o diploma de Professor Primário em 1943. 


Trabalhou como escriturário no antigo IPASE, em Salvador, aposentando-se em 1980.

 Desde a infância relata comunicar-se com os espíritos. 

Quando jovem, foi abalado pela morte de seus dois irmãos mais velhos, o que o deixou traumatizado e enfermo, sendo conduzido a diversos especialistas, na área da Medicina, sem, contudo, lograr qualquer resultado satisfatório.

 Nessa época conheceu a Sra. Ana Ribeiro Borges, que o conduziu à Doutrina Espírita, o que o teria libertado do trauma e trazido consolações, tanto para ele como para toda a sua família. 

Divaldo dedicou-se, então, ao estudo do Espiritismo, ao tempo em que foi aprimorando suas faculdades mediúnicas, pelo correto exercício e continuado estudo do Espiritismo. 

Transferiu residência para Salvador no ano de 1945, tendo feito concurso para o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), onde ingressou a 5 de Dezembro de 1945, como escriturário.

 Já espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção (CECR), em 7 de Setembro de 1947.

 Em A Veneranda Joanna de Ângelis (Salvador: LEAL, 1987), escrito por Divaldo e Celeste Santos, constam biografias do médium baiano e de sua mentora espiritual, Joanna de Ângelis, bem como informações sobre o trabalho educacional e assistencial desenvolvido pela Mansão do Caminho, além de entrevistas com Divaldo e relatos sobre reencarnações de Joanna de Ângelis.

 Divaldo apresentou, desde jovem, diversas faculdades mediúnicas, tanto de efeitos físicos quanto de efeitos intelectuais. 

Destaca-se, dentre elas, no entanto, a psicografia. 

Inicialmente, diversas mensagens foram escritas pelo seu intermédio, sob a orientação dos benfeitores espirituais, até que um dia, ele recebeu a recomendação para que fosse queimado o que escrevera até ali, pois não passavam de simples exercícios. 

Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos espíritos, dentre eles, Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como "um Espírito Amigo", ocultando-se no anonimato, à espera do instante oportuno para se fazer conhecida. 

Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável, repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta aos mais diversos leitores e necessitados de diretriz espiritual.

 Em 1964, Joanna de Ângelis selecionou várias das mensagens de sua autoria e enfeixou-as num livro, que recebeu o sugestivo título de Messe de Amor.

 Foi o primeiro livro que o médium publicou. Logo em seguida, Rabindranath Tagore ditou Filigranas de Luz. 

O que se seguiu constitui-se hoje em um verdadeiro fenômeno editorial, pois, em 31 anos de atividade como médium, teve publicados 240 títulos, totalizando mais de quatro milhões e quinhentos mil exemplares, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universal. 

Dessas obras, houve 80 versões para 15 idiomas (alemão, castelhano, esperanto, francês, italiano, polonês, tcheco, braille e outros).

 Os livros englobam uma grande variedade de estudos literários, como prosa, romances, narrações e etc., abrangendo temas filosóficos, doutrinários, históricos, infantis, psicológicos e psiquiátricos.

 Nessas obras psicografadas, apresentam-se 211 alegados autores espirituais, além de Joanna de Ângelis, entre eles, Manoel Philomeno de Miranda, Victor Hugo, Amélia Rodrigues, Ignotus, Vianna de Carvalho, Carlos Torres Pastorino, Bezerra de Menezes, Rabindranath Tagore, João Cléofas, Eros e Simbá. 

 Por meio das obras de Joanna de Ângelis, Divaldo pôde alcançar o reconhecimento não apenas entre os religiosos e espiritualistas, mas também em outras linhas de conhecimento, como a psicologia e a parapsicologia. 

Isso se deu principalmente em função dos livros publicados na Série Psicológica, onde tratou dos malefícios das fugas da realidade e enfatizou a importância do autoconhecimento e auto-enfrentamento. 

A Série Psicológica foi escrita à luz dos pensamentos de Allan Kardec e de pesquisadores da psiquê humana, a exemplo de Carl Jung. 

Na referida série se encontram duas obras voltadas à psicologia transpessoal: Autodescobrimento (1995) e Triunfo Pessoal (2002). 

A maioria das obras escritas por Divaldo Franco sob o comando de Joanna de Ângelis almeja incentivar o autodescobrimento e facilitar a aplicação no dia-a-dia dos ensinamentos morais de amor fraterno contidos nos Evangelhos e na Doutrina Espírita, incentivando o leitor a enfrentar as dificuldades cotidianas de modo mais prático e otimista. 

Grande parte das obras ditadas a Divaldo por Joanna de Ângelis foi publicada pela Editora LEAL, de Salvador (BA). 

Um dos mais recentes lançamentos de Joanna de Ângelis chama-se Conflitos Existenciais (LEAL, 2005), obra que analisa os principais conflitos do ser humano, as suas causas, origens e formas de terapia - inclusive, estuda as tentativas atuais de se preencherem os vazios existenciais, a exemplo de relacionamentos efêmeros por meio da Internet.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Todos nós temos algo de bom...

... Por pior que alguém possa parecer, basta que lhe prestemos atenção para descobrirmos que ninguém é totalmente despido de bondade.

 Alguns se afeiçoam apenas aos animais, outros amam tão somente os filhos... Todo sentimento sincero, ainda que direcionado, revela a semente de bondade latente dentro de nós. 

Não existe no mundo quem não tenha praticado uma ação digna, por menor e mais insignificante que possa parecer. 

Não há aquele cujos pensamentos e sentimentos, por uma fração de segundo que seja, não tenha voltado para seu irmão com uma pontinha de piedade ou arrependimento. E isso, porque todos nós, sem exceção, somos dotados da centelha divina que nos acompanha desde a nossa criação. 

Alguns, mais ávidos e mais corajosos, aprendem com maior rapidez essa verdade e logo alcançam a paz interior, alçando planos mais elevados de compreensão. Outros, mais embrutecidos, teimam em persistir apegados a falsos valores de felicidade e se perdem nas vias do terror, infligindo-se sofrimentos que poderiam ser contornados. Mas todos estamos caminhando em direção ao mesmo objetivo. Todos almejamos crescer, aprender, ascender ao invisível de uma forma plena e segura, mais consciente, menos sofrida, mais verdadeira e amorosa. 

É para isso que lutamos, caímos, nos levantamos.

 É com esse objetivo que nos enveredamos pelo espinhoso caminho da descrença, da culpa, do orgulho, do desamor, da crueldade...Não são esses sentimentos aspectos negativos do caráter humano. São meras etapas necessárias à compreensão do verdadeiro amor. 

Muitas vezes é preciso conhecer o mal para que possamos valorizar o bem e aceitá-lo como verdade absoluta em nossos corações.

 Assim é a vida, desde seus primórdios. Em todos os tempos, todas as eras, todos os lugares, o homem vem travando furiosa batalha consigo mesmo, contra seus instintos, seus temores, seu orgulho. 

É uma luta constante, porque o maior inimigo do homem é ele mesmo, contra quem precisa constantemente lutar para impor, não pela força, mas pelo amor, a compreensão verdadeira da vida. 

É com esse sentimento que devemos entender as épocas mais negras da história, aquelas cujas lembranças nos causa arrepios e em que pensamos nada existir de bom. Em tudo na vida há um bem, ainda que só apareça o mal, porque o mal é mera ilusão. 

O que vulgarmente chamamos de mal não passa de uma falsa compreensão das verdades divinas. 

Quando realmente conseguirmos alcançar a magnitude dos desígnios de Deus, estaremos prontos para olhar o mal como algo que possamos realmente compreender o bem. 

Porque o bem nada mais é do que uma singela consolidação das leis da natureza. E, a natureza não erra nem é má, ela simplesmente existe, simplesmente acontece. 

Assim também é o bem, ele existe e está dentro de nós desde a nossa criação e está apenas à espera do momento em que o façamos acontecer.

 Deus está sempre conosco, ainda que não o desejemos, ainda que não acreditamos nele. Porque é infinito e amor e sabedoria, em compreensão e benevolência, sabe de tudo o que necessitamos, antes mesmo que pensemos em lhe pedir. 

E sabe que não somos, em essência, nem maus, nem cruéis. Somos ignorantes e imaturos, mas inteligentes o bastante para reconhecermos quando é chegada a hora de abandonar a infância das trevas e aprender...

Benefícios Imediatos

Entre o Aprendiz e o Orientador se estabeleceu o precioso diálogo:

 -Instrutor, qual é a força que domina a vida? 

 -Sem dúvida, o amor. 

 -Esse poder tudo resolve de pronto?

 -Entre as criaturas humanas, de modo geral, ainda existem problemas, alusivos ao amor que demandam muito tempo a fim de que se atinja a solução no campo do entendimento. 

 -E qual o recurso máximo que nos garante segurança entre as desarmonias do mundo? 

 -A fé.

 -Pode a fé ser obtida, de momento para outro? 

 -Não é assim. A confiança raciocinada reclama edificação vagarosa no curso dos dias. 

 -A que fator nos cabe recorrer, para que nos conservem o ânimo e a alegria de servir entre conflitos da existência? 

 -A paz.

 -E a paz surge expontânea? 

 -Também não. Ninguém conhece a verdadeira paz sem trabalho e todo trabalho pede luta. 


 -Então instrutor, não existe elemento algum no mundo que nos assegure benefícios imediatos?

 -Existe.

 -Onde está esse prodígio, se vejo atritos por toda parte, na Terra? 

 -O Mentor fez expressivo gesto de compreensão e rematou: -Filho, a única força capaz de proporcionar-nos triunfos imediatos, em quaisquer setores da vida, é a força da paciência.

Francisco Cândido Xavier. 
Da obra: Pronto Socorro. 
Ditado pelo Espírito Emmanuel. C.E.U.

Bem e mal sofrer

Quando o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence", não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. 

O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. 

A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. 

O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição.

 Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações. 

 O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. 

Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral.

 Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. 

Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."

 Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. 

Lacordaire. (Havre, 1863.)

Luto


Vamos enviar vibrações positivas aos nossos irmãos de Sta Maria.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Auto-Encontro

A ansiosa busca de afirmação da personalidade leva o indivíduo, não raro, a encetar esforços em favor das conquistas externas, que o deixam frustrado, normalmente insatisfeito.

 Transfere-se, então, de uma para outra necessidade que se lhe torna meta prioritária, e, ao ser conseguida, novo desinteresse o domina, deixando-o aturdido. 

 A sucessão de transferências termina por exauri-lo, ferindo-lhe os interesses reais que ficam á margem. 

 Realmente, a existência física é uma proposta oportuna para a aquisição de valores que contribuem para a paz e a realização do ser inteligente. Isto, porém, somente será possível quando o centro de interesse não se desviar do tema central, que é a evolução. 

 Para ser conseguida, faz-se imprescindível uma avaliação de conteúdos, a fim de saber-se o que realmente é transitório e o que é de largo curso e duração. 

 Essa demorada reflexão selecionará os objetivos reais dos aparentes, ensejando a escolha daqueles que possuem as respostas e os recursos plenificadores.

 Hoje, mais do que antes essa decisão se faz urgente, por motivos óbvios, pois que, enquanto escasseiam o equilíbrio individual e coletivo, a saúde e a felicidade, multiplicam-se os desaires e as angústias ceifando os ideais de enobrecimento humano.

  Se de fato andas pela conquista da felicidade, tenta o auto-encontro. Utilizando-te da meditação prolongada, penetrar-te-ás, descobrindo o teu ser real, imortal, que aguarda ensejo de desdobramento e realização. 

 Certamente, os primeiros tentames não te concederão resultados apreciáveis. 

 Perceberás que a fixação da mente na interiorização será interrompida, inúmeras vezes, pelas distrações habituais do intelecto e da falta de harmonia.

 Desacostumado a uma imersão, a tua tentativa se fará prejudicada pela irrupção das idéias arquivadas no inconsciente, determinantes de tua conduta inquieta, irregular, conflitiva. 

  Concordamos que a criatura é conduzida, na maior parte das vezes, pelo inconsciente, que lhe dita o pensamento e as ações, como resultado normal das próprias construções mentais anteriores.

 A mudança de hábito necessita de novo condicionamento, a fim de mergulhares nesse oceano tumultuado, atingindo-lhe o limite que concede acesso às praias da harmonia, do auto-descobrimento, da realização interior.

 Nessa façanha verás o desmoronar de muitas e vazias ambições, que cultivas por ignorância ou má educação; o soçobrar de inúmeros engodos; o desaparecer de incontáveis conflitos que te aturdem e devastam. 

 Amadurecerás lentamente e te acalmarás, não te deixando mais abater pelo desânino, nem exaltar pelo entusiasmo dos outros. 

 Ficarás imune à tentação do orgulho e à pedrada da inveja, à incompreensão gratuita e à inimizade perseguidora, porque somente darás atenção à necessidade de valorização do ser profundo e indestrutível que és. 

 Terminarás por te venceres, e essa será a tua mais admirável vitória.

 Não cesses, portanto, logo comeces a busca interior, de dar-lhe prosseguimento se as dificuldades e distrações do ego se te apresentarem perturbadoras. 

 Divaldo Pereira Franco. 
Da obra: Momentos Enriquecedores. 
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. 
Salvador, BA: LEAL, 1994.

sábado, 19 de janeiro de 2013

A influência do Espiritismo na transformação do mundo (vídeo)


Anjos Guardiões

Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre. 

Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis. 

Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação. 

Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão. 

Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta. 

São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo. 

Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade. 

Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução. 

Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha. 

Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam. 

Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica. Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião.

 Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora. 

Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante. 

Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres. 

Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio. Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras. 

Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo.

 Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração. 

O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... 

Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem. O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo. Imana-te a ele. 

Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade. 

Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.

Além Túmulo

Teólogos eminentes, tentando harmonizar interesses temporais e espirituais, obscureceram o problema da morte, impondo sombrias perspectivas à simples solução que lhe é própria. 

Muitos deles situaram as almas em determinadas zonas de punição ou de expurgo, como se fossem absolutos senhores dos elementos indispensáveis à análise definitiva. 

Declararam outros que, no instante da grande transição, submerge-se o homem num sono indefinível até o dia derradeiro consagrado ao Juízo Final. 

 Hoje, no entanto, reconhece a inteligência humana que a lógica evolveu com todas as possibilidades de observação e raciocínio. 

 Ressurreição é vida infinita. Vida é trabalho, júbilo e criação na eternidade. 

 Como qualificar a pretensão daqueles que designam vizinhos e conhecidos para o inferno ilimitado no tempo? 

Como acreditar que permaneçam adormecidos milhões de criaturas, aguardando o minuto decisivo de julgamento, quando o próprio Jesus se afirma em atividade incessante? 

Os argumentos teológicos são respeitáveis; no entanto, não deveremos desprezar a simplicidade da lógica humana. 

Comentando o assunto, portas a dentro do esforço cristão, somos compelidos a reconhecer que os negadores do processo evolutivo do homem espiritual, depois do sepulcro, definem-se contra o próprio Evangelho. 

O Mestre dos Mestres ressuscitou em trabalho edificante. 

Quem, desse modo, atravessará o portal da morte para cair em ociosidade incompreensível? 

Somos almas, em função de aperfeiçoamento, e, além do túmulo, encontramos a continuação do esforço e da vida. 

 Francisco Cândido Xavier. 
Da obra: Caminho, Verdade e Vida. 
Ditado pelo Espírito Emmanuel. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Leis morais da vida

São de todos os tempos as leis morais da vida, estabelecidas pelo Supremo Pai.

 Invioláveis, constituem o roteiro de felicidade pelo rumo evolutivo, impondo-se, paulatinamente, à inteligência humana, achando-se estabelecidas nas bases da harmonia perfeita em que se equilibra a criação. 

 Reveladas através dos tempos, a pouco e pouco, não se submetem às injunções transitórias das paixões humanas, que sempre desejaram padronizá-las ao próprio talante, submetendo-as às suas torpes determinações.

 Inspiradas à Humanidade pelas forças vivas da Natureza desde os dias do "homem primitivo", passaram a constituir a ética religiosa superior de todos os povos e de todas as nações.

 Leis naturais de amor, justiça e eqüidade, são o fiel da conquista do Espírito que, na preservação dos seus códigos sublimes e na vivência da sua legislação, haure o próprio engrandecimento e plenitude.

 O desacato, a desobediência aos seus códigos engendram o sofrimento e o desalinho do infrator, que de forma alguma consegue fugir ao reajuste produzido pela rebeldia ou insânia de que se faz portador. 

 Profetas, legisladores e sábios têm sido os maleáveis instrumentos de que se utilizou o Pai Amantíssimo, através dos tempos, afim de que o homem, no ergástulo carnal, pudesse encontrar a rota segura para atingir o reino venturoso que o espera. 

 Entre todos, foi Jesus o protótipo da misericórdia divina, "o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo", o próprio Rei Solar. 

 Vivendo em toda a pujança o estatuto das "leis morais", deu cumprimento às de ordem humana, submetendo-se, pacificamente, instaurando o período fundamentado na lei de amor, que resume todas as demais e as comanda com inexcedível mestria. 

 Modelo a ser seguido, ensinou pelo exemplo e pelo sacrifício, selando em testemunho supremo a excelência do seu messianato amoroso, mediante a doação da vida, incitando-nos a incorporar ao dia-a-dia da existência a irrecusável lição do seu auto-ofertório santificante.

 O homem viaja com os seus formidáveis bólides espaciais fora da órbita da Terra, e, todavia, não se conhece a si mesmo. Descobre o mundo que o fascina e não se penetra das responsabilidades morais que lhe cabem. 

Altera a face do planeta que habita e pretende modificar as leis morais que regem o Universo, mergulhando, então, em profunda amargura.

 Apresenta conceitos valiosos e concepções de audaciosa matemática, desvendando as leis da gravitação, da aglutinação das moléculas, da estrutura genética dos seres e, todavia, impõe absurdas determinações no campo moral, legalizando o aborto, ressuscitando a pena de morte, programando a família mediante processos escusos, precipitados, advogando a dissolução dos vínculos matrimoniais estimulado por terrível licenciosidade, fomentando a guerra. 

 Há dor e loucura, fome, miséria moral e social em larga escala, num atestado inequívoco do primarismo floral que vige em indivíduos e coletividades ditos civilizados.

 As leis morais da vida são impostergáveis. Ninguém as derroca; não as subestima impunemente; não as ignora, embora desejando fazê-lo. 

 Estão insculpidas na consciência das criaturas. Mesmo o bruto sente-as em forma de impulsos ou pelo luzir da sua grandeza transcendente nos pródromos de inteligência. Leis imutáveis, são as leis da vida. 

A modesta contribuição ora apresentada objetiva despertar sentimentos elevados, clarear mentes em aflição ou que dormem na ignorância das verdades espirituais, contribuindo com as Vozes dos Céus no desiderato da edificação da nova Humanidade com Jesus para o milênio porvindouro.

 Dando-nos por trabalhadora que reconhece sua pouca valia, exoramos a proteção do Mestre incomparável para todos nós, seus discípulos imperfeitos, embora amorosos que tentamos ser. 

 Joanna de Ângelis

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Férias Espírita?


O espírita tem direito a férias? 
 Os Espíritos saem de férias? 
 A Casa Espírita pode tirar férias? 

 O vocábulo férias é um substantivo feminino plural que significa “período de descanso a que têm direito empregados, servidores públicos, estudantes etc., depois de passado um ano ou um semestre de trabalho ou de atividades.” 

 O conceito vale para labor remunerado ou prestação de serviços. 

 A Lei Divina do Trabalho insere em suas diretrizes a necessidade do repouso.

 Como ser humano e profissional, o espírita tem direito de usufruir as férias decorrentes da sua prestação de serviços. É comum que parte ou totalidade desse período de férias também seja utilizada para uma pausa em suas atividades na Casa Espírita. 

Alguns aproveitam parcela desse tempo para dedicação aos afazeres espiritistas, ofertando outra porção de tempo aos interesses particulares, familiares e sociais. 

Nada que fuja à normalidade, considerando-se a necessidade de cuidar da vida material. Porém, cabe lembrar: na vida cotidiana, somos espíritas todos os dias.

 No que tange aos Espíritos saírem de férias, aprendemos que a Lei do Repouso é rigorosamente observada por eles. 

Quando consciente de seu papel na construção de um mundo melhor, o Espírito aproveita utilmente o “tempo livre”. 

A palavra férias se aplica mais a nós que aos Espíritos libertos do corpo físico, sobretudo àqueles evoluídos.

 A terceira questão é complexa e exige seguro posicionamento. 

A Casa Espírita jamais deve fechar as suas portas, pois a necessidade não tira férias e a dor não tem hora marcada. Por esta razão, há que se organizar equipes de trabalho para se garantir o ininterrupto funcionamento das atividades destinadas ao atendimento do público, encarnado e desencarnado. 

Feriados como Natal, Ano Novo, Carnaval, entre outros, são oportunidades de servir. 

É recomendável manterem-se ativos, principalmente, os serviços de palestras públicas, passes, atendimento fraterno e reuniões mediúnicas. 

 A Casa Espírita é uma fonte de luz constante para assistência, consolo e esclarecimento aos necessitados do corpo e do espírito. 

Assim define o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa. 
  KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 
 Trad. de Evandro Noleto. 1. ed. de bolso. Rio de Janeiro: FEB, 2007. q. 674-685a.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Bem aventurados os limpos de coração

Como se verifica pela leitura do Velho Testamento, os judeus eram extremamente meticulosos no que dizia respeito à limpeza, quer em sua vida privada, quer nas práticas cerimoniais de seu culto. 

 Preocupavam-se sobremaneira com toda e qualquer forma de contaminação exterior, cumprindo à risca as regras severíssimas estabelecidas pelo rabinismo quanto à alimentação e à vestimenta, assim como aos holocaustos ou sacrifícios oferecidos no templo. 

 O Levítico, livro das leis judaicas, chega ao exagero de proibir certos atos devocionais a quem apresenta deformidades, a saber: "se for cego, coxo, de nariz pequeno, grande ou torcido, se tiver quebrado o pé ou a mão, se for corcovado, se remeloso, se tiver belida no olho, se portador de sarna ou impigem, etc." (21:17-20.) 

 Jesus, todavia, longe de dar atenção a esse formalismo de somenos importância, conhecendo a incúria geral para com os verdadeiros mandamentos de Deus, indicou, mais de uma vez, a necessidade de curarmos, com maior empenho, as mazelas e sujidades de nosso íntimo, pois são estas que nos impedem a entrada no reino dos céus.

 Assim é que, a um fariseu, por quem fora convidado a jantar em sua companhia e que consigo fazia reparos por não ter ele, o Mestre, lavado as mãos antes de sentar-se à mesa, disse sem rebuços: "Vos outros pondes grande cuidado em limpar o exterior do copo e do prato; entretanto, o interior de vossos corações está cheio de rapinas e de iniqüidades”. (Lucas, 11:37-39.) 

 De outra feita, respondendo à mesma censura feita a seus discípulos, chamou o povo para perto de si e assim se expressou: "Escutai e compreendei bem isto: “Não é o que entra na boca que macula o homem; o que lhe sai da boca é que o macula”. O que sai da boca procede do coração e é o que torna impuro o homem, porquanto do coração é que partem os maus pensamentos, os assassínios, os adultérios, as fornicações, os latrocínios, os falsos testemunhos, as blasfêmias e as maledicências.

 Essas são as coisas que tornam impuro o homem." (Mateus, 15:1 a 20.) 

 Em nova oportunidade, como completando a elucidação desse ponto, ao perceber que seus discípulos procuravam afastar algumas crianças que lhe eram trazidas para que ele as abençoasse, falou-lhes severamente: "Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham. Digo-vos, em verdade, que aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará." (Marcos, 10:13-15.) 

 Deduz-se, pois, dos ensinos de Jesus, que impureza de coração não significa apenas malícia e abuso dos prazeres sexuais, mas também a fatuidade, o orgulho, o interesse egoísta e outras falhas morais, cujas manchas são bem mais difíceis de remover do que aquelas existentes na superfície das coisas. 

 Dizendo que o reino dos céus é para os que se assemelham às crianças, quer com isso dar a entender que, enquanto não alijarmos de nós os pensamentos vulgares, a linguagem descuidada e as ações desonestas (no sentido mais amplo do termo), adquirindo a candura, a humildade e a simpleza personificadas na infância, não estaremos em condições de comparecer à presença de Deus.

 Cuidemos, então, do refinamento de nossas idéias e maneiras, para que, um dia, ainda que longínquo, possamos ter a ventura de "ver a Deus face a face"! (Mateus, 5:8.)