quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Divaldo Pereira Franco


Divaldo Pereira Franco, mais conhecido como Divaldo Franco ou simplesmente Divaldo (Feira de Santana, 5 de maio de 1927) é um professor, médium e orador espírita brasileiro. 

Divaldo é um verdadeiro apóstolo do Espiritismo, com mais de cinqüenta anos devotados à mediunidade.
 Há mais de sessenta anos, um importante orador espírita. 

Dos seus oitenta e cinco anos, sessenta e cinco foram devotados à causa Espírita e às crianças excluídas, das periferias de Salvador, na Bahia. 

Para este último fim fundou, em 15 de agosto de 1952, junto com Nilson de Souza Pereira, a casa de assistência Mansão do Caminho, responsável pela orientação e educação de mais de 33 mil crianças e adolescentes carentes.

 Divaldo cursou a Escola Normal Rural de Feira de Santana, onde recebeu o diploma de Professor Primário em 1943. 


Trabalhou como escriturário no antigo IPASE, em Salvador, aposentando-se em 1980.

 Desde a infância relata comunicar-se com os espíritos. 

Quando jovem, foi abalado pela morte de seus dois irmãos mais velhos, o que o deixou traumatizado e enfermo, sendo conduzido a diversos especialistas, na área da Medicina, sem, contudo, lograr qualquer resultado satisfatório.

 Nessa época conheceu a Sra. Ana Ribeiro Borges, que o conduziu à Doutrina Espírita, o que o teria libertado do trauma e trazido consolações, tanto para ele como para toda a sua família. 

Divaldo dedicou-se, então, ao estudo do Espiritismo, ao tempo em que foi aprimorando suas faculdades mediúnicas, pelo correto exercício e continuado estudo do Espiritismo. 

Transferiu residência para Salvador no ano de 1945, tendo feito concurso para o Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), onde ingressou a 5 de Dezembro de 1945, como escriturário.

 Já espírita convicto, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção (CECR), em 7 de Setembro de 1947.

 Em A Veneranda Joanna de Ângelis (Salvador: LEAL, 1987), escrito por Divaldo e Celeste Santos, constam biografias do médium baiano e de sua mentora espiritual, Joanna de Ângelis, bem como informações sobre o trabalho educacional e assistencial desenvolvido pela Mansão do Caminho, além de entrevistas com Divaldo e relatos sobre reencarnações de Joanna de Ângelis.

 Divaldo apresentou, desde jovem, diversas faculdades mediúnicas, tanto de efeitos físicos quanto de efeitos intelectuais. 

Destaca-se, dentre elas, no entanto, a psicografia. 

Inicialmente, diversas mensagens foram escritas pelo seu intermédio, sob a orientação dos benfeitores espirituais, até que um dia, ele recebeu a recomendação para que fosse queimado o que escrevera até ali, pois não passavam de simples exercícios. 

Com a continuação, vieram novas mensagens assinadas por diversos espíritos, dentre eles, Joanna de Ângelis, que durante muito tempo apresentava-se como "um Espírito Amigo", ocultando-se no anonimato, à espera do instante oportuno para se fazer conhecida. 

Joanna revelou-se como sua orientadora espiritual, escrevendo inúmeras mensagens, num estilo agradável, repassado de profunda sabedoria e infinito amor, que conforta aos mais diversos leitores e necessitados de diretriz espiritual.

 Em 1964, Joanna de Ângelis selecionou várias das mensagens de sua autoria e enfeixou-as num livro, que recebeu o sugestivo título de Messe de Amor.

 Foi o primeiro livro que o médium publicou. Logo em seguida, Rabindranath Tagore ditou Filigranas de Luz. 

O que se seguiu constitui-se hoje em um verdadeiro fenômeno editorial, pois, em 31 anos de atividade como médium, teve publicados 240 títulos, totalizando mais de quatro milhões e quinhentos mil exemplares, muitos deles ocupando lugar de destaque na literatura, no pensamento e na religiosidade universal. 

Dessas obras, houve 80 versões para 15 idiomas (alemão, castelhano, esperanto, francês, italiano, polonês, tcheco, braille e outros).

 Os livros englobam uma grande variedade de estudos literários, como prosa, romances, narrações e etc., abrangendo temas filosóficos, doutrinários, históricos, infantis, psicológicos e psiquiátricos.

 Nessas obras psicografadas, apresentam-se 211 alegados autores espirituais, além de Joanna de Ângelis, entre eles, Manoel Philomeno de Miranda, Victor Hugo, Amélia Rodrigues, Ignotus, Vianna de Carvalho, Carlos Torres Pastorino, Bezerra de Menezes, Rabindranath Tagore, João Cléofas, Eros e Simbá. 

 Por meio das obras de Joanna de Ângelis, Divaldo pôde alcançar o reconhecimento não apenas entre os religiosos e espiritualistas, mas também em outras linhas de conhecimento, como a psicologia e a parapsicologia. 

Isso se deu principalmente em função dos livros publicados na Série Psicológica, onde tratou dos malefícios das fugas da realidade e enfatizou a importância do autoconhecimento e auto-enfrentamento. 

A Série Psicológica foi escrita à luz dos pensamentos de Allan Kardec e de pesquisadores da psiquê humana, a exemplo de Carl Jung. 

Na referida série se encontram duas obras voltadas à psicologia transpessoal: Autodescobrimento (1995) e Triunfo Pessoal (2002). 

A maioria das obras escritas por Divaldo Franco sob o comando de Joanna de Ângelis almeja incentivar o autodescobrimento e facilitar a aplicação no dia-a-dia dos ensinamentos morais de amor fraterno contidos nos Evangelhos e na Doutrina Espírita, incentivando o leitor a enfrentar as dificuldades cotidianas de modo mais prático e otimista. 

Grande parte das obras ditadas a Divaldo por Joanna de Ângelis foi publicada pela Editora LEAL, de Salvador (BA). 

Um dos mais recentes lançamentos de Joanna de Ângelis chama-se Conflitos Existenciais (LEAL, 2005), obra que analisa os principais conflitos do ser humano, as suas causas, origens e formas de terapia - inclusive, estuda as tentativas atuais de se preencherem os vazios existenciais, a exemplo de relacionamentos efêmeros por meio da Internet.

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