terça-feira, 30 de julho de 2019

Nada é por acaso


Oração aos bons espíritos


Resistência ao mal

“Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal.” Jesus. (MATEUS, 5:39.) 

Os expoentes da má-fé costumam interpretar falsamente as palavras do Mestre, com relação à resistência ao mal. Não determinava Jesus que os aprendiz es se entregassem, inermes, às correntes destruidoras. Aconselhava a que nenhum discípulo retribuísse violência por violência. Enfrentar a crueldade com armas semelhantes seria perpetuar o ódio e a desregrada ambição no mundo. 
O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes. Em razão disso, a atitude requisitada pelo crime jamais será a indiferença e, sim, a do bem ativo, enérgico, renovador, vigilante e operoso. Em todas as épocas, os homens perpetraram erros graves, tentando reprimir a maldade, filha da ignorância, com a maldade, filha do cálculo. E as medidas infelizes, grande número de vezes, foram concretizadas em nome do próprio Cristo. Guerras, revoluções, assassínios, perseguições foram movimentados pelo homem, que assim presume cooperar com o Céu. No entanto, os empreendimentos sombrios nada mais fizeram que acentuar a catástrofe da separação e da discórdia. Semelhantes revides sempre constituem pruridos de hegemonia indébita do sectarismo pernicioso nos partidos políticos, nas escolas filosóficas e nas seitas religiosas, mas nunca determinação de Jesus. Reconhecendo, antecipadamente, que a miopia espiritual das criaturas lhe desfiguraria as palavras, o Mestre reforçou a conceituação, asseverando: “Eu, porém, vos digo…” O plano inferior adota padrões de resistência, reclamando “olho por olho, dente por dente”… Jesus, todavia, nos aconselha a defesa do perdão setenta vezes sete, em cada ofensa, com a bondade diligente, transformadora e sem-fim.

Precisamos ter Fé!


Os animais e o Espiritismo (palestra)


Amor aos Animais

Divaldo Franco Professor, médium e conferencista 

Em um governo do passado, um dos seus ministros conduziu, oportunamente, um cão ao veterinário em carro oficial. Surpreendido por um repórter, este advertiu-o sobre a irregularidade que estava cometendo, e o mesmo respondeu enfático: 
– Os cães também são gente! Acredito, pessoalmente, que o Sr. Ministro quis dizer que os animais também merecem o tratamento dado às criaturas humanas. De imediato, foi ironizado e tornou-se motivo de troça. 
Se ainda estiver reencarnado, ele poderá esclarecer que os animais estão sendo mais bem tratados do que os seres humanos. O amor aos animais demonstra uma grande conquista pela sociedade, em razão do respeito à vida em todas as suas expressões. Os animais merecem as mais carinhosas expressões de ternura e cuidados na condição em que estagiam. 
Francisco, o santo de Assis, assim o fez, inclusive ao então terrível lobo de Gúbio. Entretanto, forçoso é considerar, como ocorre em todas as ideias que se transformam em tendência, isto é, se fazem voga, que nelas surgem comportamentos extravagantes. Os animais, quando domesticados, tornam-se excelentes companheiros de pessoas enfermas, solitárias, portadoras de conflitos, inclusive depressão, autismo, síndrome de Down e outros problemas. 
A solidão também requer muito o amor dos animais, tornando-os verdadeiros amigos e companheiros. No entanto, em uma civilização na qual a miséria moral é muito grande, dela decorrendo a miséria socioeconômica, os excessos nos cuidados aos animais tornam-se uma afronta ao sofrimento dos invisíveis, que se tornam desagradáveis, desprezados e, não raro, perseguidos. É compreensível que, através do amor, que deve viger entre as criaturas, este se expanda aos animais, aos vegetais, à natureza que nos mantém vivos e, ingratamente, a destruímos. 
Substituir o afeto de um ser humano pelo de um animal é lamentável, porque os dois não são incompatíveis. Pode-se amar o gênero humano e também o animal, com o mesmo calor emocional e cuidado. 
Algumas pessoas, sofridas e solitárias, referem-se que preferem amar aos inocentes animais do que aos indivíduos conscientes, que traem, magoam e são indiferentes aos seus padecimentos. Não me parece feliz a troca afetiva, porque o instinto de preservação da vida também se encontra nos animais e, graças ao instinto, em algumas vezes sucedem graves acontecimentos entre esses e os seus cuidadores. É inegável que tentar transformar um animal em um ser humano, por mais se cuide de trabalhar esse requisito, jamais se conseguirá. 
Entretanto, o amor que lhe seja dedicado é um passo gigantesco na afetividade que um dia será dirigida às criaturas humanas. A evolução é inevitável e a força do amor invencível. 

Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, de 29 de novembro de 2018.

Dica do dia:


Não infernize sua vida (palestra)


Recebeste a Luz?

“Recebestes o Espírito Santo quando crestes?”  (Atos, 19:2.) 

O católico recolhe o sacramento do batismo e ganha um selo para identificação pessoal na estatística da Igreja a que pertence. 
O reformista das letras evangélicas entra no mesmo cerimonial e conquista um número no cadastro religioso do templo a que se filia. 
O espiritista incorpora-se a essa ou àquela entidade consagrada à nossa Doutrina Consoladora e participa verbalmente do trabalho renovador. Todos esses aprendizes da escola cristã se reconfortam e se rejubilam. Uns partilham o contentamento da mesa eucarística que lhes aviva a esperança no Céu; outros cantam, em conjunto, exaltando a Divina Bondade, aliciando largo material de estímulo na jornada santificante; outros, ainda, se reúnem, ao redor da prece ardente, recebem mensagens luminosas e reveladoras de emissários celestiais, que lhes consolidam a convicção na imortalidade, além… Todas essas posições, contudo, são de proveito, consolação e vantagem. É imperioso reconhecer, porém, que se a semente é auxiliada pela adubação, pela água e pelo sol, é obrigada a trabalhar, dentro de si mesma, a fim de produzir. Medita, pois, na sublimidade da indagação apostólica: “Recebeste o Espírito Santo quando creste?” Vale-te da revelação com que a fé te beneficia e santifica o teu caminho, espalhando o bem. Tua vida pode converter-se num manancial de bênçãos para os outros e para tua alma, se te aplicares, em verdade, ao Mestre do Amor. Lembra-te de que não és tu quem espera pela Divina Luz. É a Divina Luz, força do Céu ao teu lado, que permanece esperando por ti.