quarta-feira, 24 de julho de 2013

Os bons espíritas

A o analisarmos o item 4, do capítulo XVII, de O Evangelho segundo o Espiritismo, com o mesmo título do presente artigo, verificamos a grandeza da lição oferecida por Allan Kardec, definindo, com perceptibilidade, as características do autêntico espírita, que se torna legítimo cristão, coerente com os ensinos evangélico-doutrinários que adquire. 

O texto, de notável luminosidade, leva-nos a refletir sobre a importância de promover mudança de rumo em nossa existência, prontos para atender ao chama mento da mensagem libertadora, como oportunidade única de alcançarmos objetivos retificadores.

 Ao conquistarmos as efetivas condições espirituais para evolução de nós mesmos, somos atingidos no coração e reconhecidos como verdadeiros espíritas pela nossa transformação moral e pelos esforços que empregamos para domar nossas inclinações infelizes. 

Desventuradamente, no entanto, nem sempre estamos dispostos a seguir certas lições que o Espiritismo nos proporciona; somos espíritas que, sem entender a essência dos ensinamentos doutrinários, acreditamos poder continuar na ilusão de júbilos engano e nos excessos das satisfações pessoais buscadas com ambição desmedida. 

Ao comentar o problema, em O Livro dos Médiuns, o Codificador, com propriedade e sabedoria, qualifica de espíritas imperfeitos: Os que no Espiritismo veem mais do que fatos; compreendem lhe a parte filosófica; admiram a moral daí decorrente, mas não a praticam. 
Insignificante ou nula é a influência que lhes exerce nos caracteres. Em nada alteram seus hábitos e não se privariam de um só gozo que fosse.
 O avarento continua a sê-lo, o orgulhoso se conserva cheio de si, o invejoso e os ciosos sempre hostis. 

Considera a caridade cristã apenas uma bela máxima.  Kardec chegou a essa conclusão após minuciosos estudos do perfil dos inúmeros adeptos que se ligaram à Doutrina, evidenciando que, essencialmente, “os que não se contentam com admirar a moral espírita, que a praticam e lhe aceitam todas as consequências” e que “ tratam de aproveitar os seus breves instantes para avançar pela senda do progresso”, são os espíritas cristãos, aqueles que realmente compreende a necessidade de cumprir com disciplina e nobreza os princípios da Consoladora Revelação.

 Para efeito das reflexões que o tema possa suscitar, é importante encaminhar essas ideias para o trabalho que executamos na seara espírita, onde é preciso cultivar certa austeridade evangélica sem olvidar a humildade ativa. 

Nas ideias expostas pelo escritor espírita Indalício Mendes (1901 - 1988), encontram-se significativas contribuições sobre a questão, ao analisar os antagonismos existentes entre irmãos de um mesmo credo: O Espiritismo é e tem de ser cultivado pela humildade laboriosa. Sem humildade não há espírito evangélico nem há solidez doutrinária. Devemos insistir em que a Doutrina de Kardec seja a pedra de toque da formação moral de todos aqueles que ingressam no Espiritismo e nele permanecem. 

Não podemos ter a veleidade de aspirar posições de relevo, muito menos de adquirir supremacia nisto ou naquilo. Nosso dever, perante Jesus e perante o Espiritismo, é ser humildes de coração, absolutamente fiéis às determinações doutrinárias e ao Evangelho segundo o Espiritismo. 

É indispensável pesar as consequências dos nossos atos e adquirir postura realmente cristã. Enganam-se aqueles que acham que as realizações espíritas existem para disputar lugar nos labirintos do poder religioso. Cumpre-nos, antes, trabalhar no bem e exemplificar, cuidando para que tenhamos a capacidade de cultivar genuínos sentimentos de amor e solidariedade para com os companheiros de jornada. 

A sabedoria consiste em nos aproximarmos cada vez mais uns dos outros, efetuando, em nossas instituições, ações conjuntas que favoreçam a missão do Consolador Prometido em prol da evangelização da coletividade terrestre. A valiosa mensagem dada pelo benemerente Espírito Bezerra de Menezes enfatiza o extraordinário papel do Espiritismo no mundo e exalta a disposição de Kardec, que “experimentou  as incompreensões, fora e dentro dos arraiais do Movimento Espírita (mas), teve a coragem de não desaminar; teve o valor moral de não arremeter contra; soube expor a Doutrina com elevação, mas viveu a cristãmente, santamente, dando nos o legado incorruptível que devemos preservar, para passar à posteridade”. 

Exemplos históricos e da atualidade mostram os grandes erros cometidos em nome do Cristianismo, pois, “infelizmente, as religiões hão sido sempre instrumentos de dominação”. 

Sabedor das dificuldades encontradas junto aos admiradores espíritas de sua época, o insigne Kardec, ao elaborar o capítulo I de A Gênese, que tem como título “Caráter da Revelação Espírita”, ressalta, em nota ao item: Diante de declarações tão nítidas e tão categóricas, quais as que se contêm neste capítulo, caem por terra todas as alegações de tendências ao absolutismo e à autocracia dos princípios, bem como todas as falsas assimilações que algumas pessoas prevenidas ou mal informadas emprestam à doutrina. Não são novas, aliás, estas declarações; temo-las repetido muitíssimas vezes nos nossos escritos, para que nenhuma dúvida persista a tal respeito. Elas, ao demais, assinalam o verdadeiro papel que nos cabe, único que ambicionamos: o de mero trabalhador. 

Essa advertência nos alerta para as inclinações que surgem do passado longínquo, tornando-nos, vez ou outra, personalistas e ávidos por posições transitórias de destaque, nas instituições espíritas em que atuamos. 

Por que pretensões individuais se o campo edificante a semear desdobra-se para todos? O educador espiritual Emmanuel afirma que: O discípulo não pode ignorar que a permanência na Terra de corre da necessidade de trabalho proveitoso e não do uso de vantagens efêmeras que, em muitos casos, lhe anulariam a capacidade de servir. 

 Onde permanece a atração do interesse pessoal, não é possível o cultivo dos sentimentos de justiça, amor e caridade, expressos nas leis morais. A orientação dada pelos Espíritos reveladores contém preciosos esclarecimentos sobre como devemos aproveitar os ensinos espíritas para que se transformem em abençoadas regras de viver: Toda virtude tem o seu mérito próprio, porque todas indicam progresso na senda do bem.

 Há virtude sempre que há resistência voluntária ao arrastamento dos maus pendores. A sublimidade da virtude, porém, está no sacrifício do interesse pessoal, pelo bem do próximo, sem pensamento oculto.

 A mais meritória é a que assenta na mais desinteressada caridade. 

 Outro ponto a destacar é que o espírita, ciente de sua responsabilidade, se preocupa com a disciplina, com o tempo e passa a ter mais ampla noção do dever, que lhe exige a realização de ações irrepreensivelmente executadas. 

O Espírito Emmanuel aviva-nos para um problema a enfrentar: aquele que assim age, em exatos momentos,  supõe-se com mais vasta provisão de direitos. E, por vezes, leva mais longe que o necessário a faculdade de preservá-los e defende-los, iniciando as primeiras formações de irascibilidade, através da superestimação do próprio valor. 

Instalado o sentimento de auto importância, a criatura abraça facilmente melindres e mágoas, diante de lutas naturais que considera por incompreensões e ofensas alheias.

  Essa característica comporta mental procura solidificar e de clareara sua individualidade, prejudicando, sensivelmente, aqueles que assim agem, colocando-os em posição crítica perante os demais companheiros, que passam a julgá-los intolerantes e excessivamente autoritários. 

A aceitação de pensamentos opostos aos nossos nos leva ao consenso. Essa preocupação, inspirada pela bondade, saberá olhar com equilíbrio para o proceder alheio. Entretanto, “se a nossa consciência jaz tranquila no aproveitamento das oportunidades que o Senhor nos concedeu, estejamos serenos na dificuldade e operosos na prática do bem, à frente de quaisquer circunstâncias”, esforçando-nos para sermos bons espíritas.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Dez maneiras de ajudar com segurança

NÃO DISCUTA.
 Se você é aprendiz do Evangelho, não ignora que o Divino Mestre permanece atento, na redenção do mundo, e que devemos estar vigilantes na execução do serviço que nos compete. 

NÃO CRITIQUE. 
Observemos o setor de nossas obrigações e realizemos o melhor na obra geral, usando as possibilidades ao nosso alcance. 

NÃO RECLAME. 
Contentarmo-nos com o ato de servir é simples dever e quem centraliza a mente na tarefa que lhe é própria não dispõe de tempo para formular queixas inoportunas. 

NÃO CONDENE. 
Reparemos a parte aproveitável nas situações difíceis e esqueçamos todo mal.

 NÃO EXIJA. 
Coopere sem rogar a colaboração alheia, de vez que a responsabilidade pertence a todos e cada um de nós será examinado de acordo com as próprias obras.

 NÃO FUJA. 
Jamais olvide que o problema é a lição da vida. O aluno que teme o ensinamento, descerá naturalmente à retaguarda. 

NÃO SE PRECIPITE. 
Usemos a serenidade. O trabalhador que sabe aproveitar os minutos e respeitá-los, nunca sofre os castigos do tempo. 

NÃO TEMA.
 Quando fixamos o cérebro e o coração em Cristo somos simples agentes d’Ele e quem cumpre a Vontade do Mestre, não deve nem pode recear coisa alguma. 

NÃO SE ENGANE. 
Ninguém precisa aplicar os raios candentes na verdade, a propósito dos mínimos acontecimentos da vida, desfigurando a alegria que deve imperar nos domínios da sementeira e da esperança, mas não perca de vista o que é essencial ao seu progresso, à sua felicidade e à sua redenção para o grande caminho. 

NÃO SE ENTRISTEÇA.
 Lembre-se de que o Nosso Mestre é o Salvador pela Ressurreição. Sofrimento, amargura e morte são sombras. 

A cruz do Amigo Divino era degrau para a Glória Celeste. Seja esse pensamento uma luz permanente em nossa alma que jamais deve abrir-se ao desânimo. 

A certeza de que somos os seguidores felizes do Cristo Imortal é para nós motivo de soberana resistência e de eterno júbilo. 

Livro: Cartas no coração

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Como foi que vc acordou hoje?


Feliz como um passarinho, assoviando ou cantando uma canção? 

Irritado e com dores pelo corpo pela noite mal dormida? 

Dois momentos, duas situações que refletem 2 modos de vida diferente.

 No primeiro caso, alguém com a certeza de que o dia será abençoado e maravilhoso, mesmo com os problemas que diariamente se apresentam. 

O segundo, com a dúvida sobre a sua capacidade de resolver os problemas que estão se acumulando... 

Troque a sua maneira de enxergar a vida, aquela mania de guardar rancor ou deixar para depois a resolução de um problema. 

Mergulhe de cabeça nas emoções, mostre para o mundo que você ama os seus, mas mostre principalmente para eles que esse amor existe. 

Mostre-se confiante, mesmo que a confiança ainda venha lá atrás.

 Mostre-se forte, mesmo que no fundo o medo ainda exista. 

Mostre-se cristão e estenda a mão, mesmo que seu problema seja muito grande diante dos teus olhos, porque sempre haverá alguém com sofrimento ainda maior. 

Mostre-se gentil para com todos, uma palavra é como chave que pode abrir ou fechar portas.

 Mostre-se livre das farsas, não queira ser o que você não é, seja verdadeiramente simples. 

Mostre-se sem medo de amar, de começar de novo, de levantar depois da queda, mostre para a vida que você é insistentemente capaz de ser feliz. 

Não desista de seus sonhos por culpa disso, daquilo ou de alguém, para ser feliz, o que conta realmente é a sua determinação, por isso, mostre-se como você é, uma pessoa maravilhosa, capaz de superar-se a cada dia.
Eu acredito em você!

Receita contra o egoísmo

Procure esquecer o lado escuro da personalidade do próximo.  
 Aprenda a ouvir com calma os longos apontamentos do seu irmão, sem o impulso de interromper-lhe a palavra. 

 Esqueça a ilusão de que seus parentes são as melhores pessoas do mundo e de que a sua casa deve merecer privilégios especiais.

  Não dispute a paternidade das idéias proveitosas, ainda mesmo que hajam atravessado o seu pensamento, de vez que a autoria de todos os serviços de elevação pertence, em seus alicerces, a Jesus nosso Mestre e Senhor.

  Não cultive referenciais à sua própria pessoa, para que a vaidade não faça ninho em seu coração. 

  Escute com serenidade e silêncio, as observações ásperas ou amargas dos seus superiores hierárquicos e auxilie, com calma e bondade, aos companheiros ou subalternos, quando estiverem tocados pela nuvem da perturbação.

  Receba com carinho as pessoas neurastênicas ou desarvoradas, vacinando o seu fígado e a sua cabeça contra a intemperança mental. 

 Abandone toda espécie de crítica, compreendendo que você poderia estar no banco da reprovação. 

  Habitue-se a respeitar as criaturas que adotem pontos de vista diferentes dos seus e que elegeram um gênero de felicidade diversa da sua, para viverem na Terra com o necessário equilíbrio.

  Use a caridade em sua própria casa, ajudando, em primeiro lugar, aos seus próprios familiares através do rigoroso desempenho de suas obrigações para que você realmente esteja habilitado a servir ao Mundo e a Humanidade, hoje e sempre. 

 André Luiz Psicografia de Francisco Cândido Xavier

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Autorrealização e Desencarnação

O contexto em que o ser humano está inserido atualmente no planeta Terra, exige dele uma série de responsabilidades, dedicação e pressão para obtenção de uma vida material privilegiada. 

Muitos que conseguem êxito nesta missão passam a valorizar e buscar ainda mais prestígio, sucesso e poder econômico. 

“Assimilando facilmente determinados ‘chavões’ gerados pela irresponsabilidade, tais como: ‘viva a sua vida’, ‘morreu acabou tudo’, (o homem) passou a viver única e exclusivamente em função da sua pessoa, enveredando dessa forma, pelos tortuosos caminhos da insatisfação, da angústia e do medo”. 

A ambição e o desejo de alcançar uma vida próspera e tranquila financeiramente faz com que o homem se esqueça do bem que realmente deve lutar pra conquistar: a paz interior. 

Muitos, ainda, diante de desilusões e decepções ao longo da vida, investem alto na aquisição de propriedades e bens materiais, pensando conseguir, assim, preencher o vazio deixado pela lacuna sentimental. 

“O apego às coisas materiais constitui sinal notório de inferioridade, porque, quanto mais se aferra aos bens deste mundo, tanto menos compreende o homem o seu destino. Pelo desinteresse, ao contrário, demonstra que encara de um ponto mais elevado o futuro”.

 A vida na Terra tem um propósito importante para cada ser que aqui reencarna. 

Não estamos a passeio e temos compromissos assumidos que devem ser cumpridos. Fugir deles, dos enfrentamentos, das dificuldades, configura-se como uma omissão à própria evolução destinada ao Espírito. 

Após a desencarnação valores materiais não serão levados, entretanto, as conquistas do Espírito são eternas. 

Nomes como Francisco de Assis, Albert Schweitzer e Adolfo Bezerra de Menezes entre muitos outros, são grandes exemplos de uma renúncia em busca da autorrealização e do encontro com a verdadeira essência da vida. Vamos busca-las?

Homem

A vida na Terra começou com seres primitivos que, diante das necessidades de adaptação às condições geográficas e climáticas, evoluiu dos seres mais primitivos até a complexa estrutura do ser humano, o habitante da Terra que possui a capacidade de tomar decisões motivado não apenas pelo instinto. 

A Terra se povoava de animais menos ferozes e mais sociáveis; mais suculentos, os vegetais proporcionavam alimentação menos grosseira; tudo, enfim, se achava preparado no planeta para o novo hóspede que a viria habitar. 

Apareceu então o homem, último ser da criação, aquele cuja inteligência concorreria, dali em diante, para o progresso geral, progredindo ele próprio. (G.VII 48) 

Ainda que isso lhe fira o orgulho, tem o homem que se resignar a não ver no seu corpo material mais do que o último anel da animalidade na Terra. Todavia, quanto mais o corpo diminui de valor aos seus olhos, tanto mais cresce de importância o princípio espiritual. Se o primeiro o nivela ao bruto, o segundo o eleva a incomensurável altura. 

Vemos o limite extremo do animal: não vemos o limite a que chegará o espírito do homem. (G. X 29) 

Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito de vossa existência espiritual, única existência verdadeira. (Ev. V 22) 

Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio o induziu a cometer e pelas quais é ele tão responsável quanto o cavalo, mal dirigido, pelos acidentes que causa.

 Sereis porventura, mais perfeitos se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso, está em todas as reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito. Dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes dócil à vontade de Deus e o único de alcançardes a perfeição. (Ev. XVII 11) 

O homem é um ser à parte, que desce muito baixo algumas vezes e que pode também elevar-se muito alto. Pelo físico, é como os animais e menos bem dotado do que muitos destes. Seu corpo se destrói, como o dos animais, é certo, mas ao seu Espírito está assinado um destino que só ele pode compreender, porque só ele é inteiramente livre. Reconhecei o homem pela faculdade de pensar em Deus. (L.E. 592)

 O trabalho se impõe ao homem por ser uma consequência da sua natureza corpórea. É expiação e, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento da sua inteligência. (L.E. 676) 

Se um espírito ainda atrasado conserva alguns dos instintos animais, terá esses traços e as paixões que o agitam poderão das a esses traços algo que lembra vagamente os do animal cujos instintos possui. Mas esses traços se apagam à medida que o Espírito se depura e que o homem progride na via da perfeição. (R.E. 1860, pág 212) 

Dos sinais fisiognomônicos não é possível, absolutamente, tirar qualquer indício das existências anteriores. Não se pode encontra-las senão no caráter moral, nas ideias instintivas e intuitivas, nas inclinações inatas, nas que não resultam da educação, assim como na natureza das expiações enfrentadas. 

Que é o homem?...Um composto de três princípios essenciais: o Espírito, o Perispírito, e o Corpo.

A ausência de qualquer um destes três princípios acarretaria necessariamente no aniquilamento do ser no estado humano. Se o corpo não mais existir, haverá o Espírito e não mais o homem; se o períspirito faltar ou não puder funcionar, não podendo o imaterial agir diretamente sobre a matéria, poderá haver alguma coisa do gênero do cretino ou do idiota, mas jamais um ser inteligente. Enfim, se o Espírito faltar, terá um feto vivendo vida animal e não um Espírito encarnado. Se, pois, temos três princípios em presença, esses três princípios devem reagir um sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles harmonia perfeita ou desacordo parcial. (R.E. 1867, pág 55) 

A Terra possui uma história própria, incomparavelmente mais rica e mais complexa que a do homem. (ibidem, pág 359)

 Dessa conclusão, percebe-se que o homem, assim como todos os seres que já habitaram na Terra, continuará a progredir e a adaptar-se aos novos rumos do planeta, valorizando os valores espirituais em detrimento dos materiais.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Conclusão Espírita

Ante o serviço da Seara Espírita Cristã, há quem recue, alegando carregar consigo excessiva carga de defeitos e imperfeições. 

Entretanto, ponderemos: Se tivéssemos resolvido todos os nossos problemas da vida externa... Se todos os nossos conflitos interiores quedassem extintos... Se fôssemos Espíritos tão elevados que atraíssemos criaturas enobrecidas... Se houvéssemos pago todos os débitos de nossas existências passadas, a ponto de conservarmos em nosso grupo afetivo ou doméstico apenas amigos de eleição... Se vivêssemos inatingíveis a desejos inferiores... Se guardássemos conosco todos os valores da educação... Se estivéssemos tão intimamente unidos ao poder do bem, que não considerássemos, de modo algum, a existência do mal, ainda mesmo quando o mal nos fustigue... Se possuíssemos uma fé absoluta... Se amássemos a todos os nossos irmãos, quaisquer que sejam, como Jesus nos amou... Se já fossemos tão humildes, que conseguíssemos atribuir unicamente a Deus a autoria e a posse dos bens de que sejamos depositários e instrumentos na vida, reservando para nós simplesmente o privilégio do dever retamente cumprido... 

Decerto que o esforço espiritual cristão, em nosso caminho, careceria de significado, porquanto a nossa presença em serviço não seria no clima da Terra, mas sim na cúpula da Direção Divina no Mundo, em plena glória celestial. 

 Espírito: Albino Teixeira

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Mediunidade e Sexualidade

Em 1945, no lançamento do livro “ Missionários da Luz”, o Espírito André Luiz, através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, nos trouxe um conhecimento muito importante sobre a epífise ou glândula pineal.

 Ele mesmo, como médico, tinha conhecimentos muito limitados sobre as funções da glândula e foi surpreendido ao vê-la brilhar imensamente no transe mediúnico.

 Um conhecimento inusitado surgiu para ele naquele momento. Qual a relação entre a epífise e a mediunidade? 

Até então, sabia que a epífise era uma glândula com uma função específica, para controle da sexualidade no período infantil, contenção dos instintos, até aproximadamente os 14 anos, quando aflorava a sexualidade. 

Depois, decrescia em força, relaxava e quase desaparecia, sendo sucedida pelas glândulas genitais. 

 Pouco ou quase nada se reportava sobre seu importante papel na mediunidade e nem na sexualidade. Hoje, as pesquisas avançaram muito e a American Medical Association, do Ministério da Saúde dos EUA, possui vários trabalhos publicados sobre mediunidade e a glândula pineal. 

No Brasil, há várias pesquisas na área da Espiritualidade e Espiritismo e há um grupo de psiquiatras defendendo teses sobre o assunto.

 Nossos médicos, em especial o querido Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, médico e pesquisador espírita já refere diversas experiências em laboratório sobre o assunto.

 São pesquisas das estruturas do cérebro responsáveis pela integração Espírito/corpo; pesquisas clínicas e de pessoas em transe mediúnico, através de testes de hormônios, eletroencefalogramas, tomografias, ressonância magnética, mapeamento cerebral, entre outros, apontando, por exemplo, a coleta de hormônios em pacientes em estado de transe, com resultados com alterações significativas. “No campo mediúnico, a epífise está ligada à mente através do Centro de Força Coronário, que é a nossa ligação com a Espiritualidade. Através dela, a mente intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à Esfera Espiritual. a epífise desempenha o papel mais importante. As redes nervosas são como fios telegráficos para comando celulares, suprindo de energias psíquicas todos os órgãos. É a glândula da vida espiritual. “... núcleo radiante e, em derredor, seus raios formavam um lótus de pétalas sublimes..”.

No campo da sexualidade, aos 14 anos ela recomeça a funcionar, reativando as sensações e as impressões na esfera emocional, controlando o mundo emotivo e a sexualidade. 

 As glândulas genitais segregam os hormônios do sexo e a glândula pineal os “hormônios psíquicos” ou “unidades-força” que vão atuar, de maneira positiva, nas energias geradoras.” : Quantas existências temos despendido na canalização de nossas possibilidades espirituais para os campos mais baixos do prazer materialista?

 Agora que temos mais conhecimento e entendimento da vida, é momento de reflexão e mudança. 

 Centros vitais desequilibrados obrigarão a alma à permanência nas situações de desequilíbrio. Refocilar-se no charco das sensações inferiores, à maneira dos suínos, é retê-la nas correntes tóxicas dos desvarios de natureza animal e, na despesa excessiva de energias sutis, muito dificilmente consegue o homem levantar-se do mergulho terrível nas sombras, mergulho que se prolonga, além da morte corporal. 

Não é ganhar um barco para nova aventura, ao acaso das circunstâncias, mas significa responsabilidade definida nos serviços de aprendizagem, elevação ou reparação, nos esforços evolutivos ou redentores. 

 Renúncia, abnegação, continência sexual e disciplina emotiva são providências de teor científico, para enriquecimento efetivo da personalidade. “ Renúncia: ao prazer pelo prazer, à sensação pela sensação, sem sentimento, ao orgulho, à vaidade. 

Abnegação:eliminação do egoísmo, desenvolvendo relações amorosas de parceria, baseadas na moral cristã.

 Continência sexual: tudo que é em excesso desequilibra. 

Disciplina emotiva: respeito aos sentimentos alheios, desenvolvendo relacionamentos pautados na fidelidade, respeito e amor. 

 O médium não precisa abster-se do sexo, pois o mesmo é natural, força criadora, abençoado e sublime, quando praticado com responsabilidade. O sexo pelo sexo, a troca de parceiros, orgias e desvarios sexuais, excessos, compulsividade e irresponsabilidade sexual vão desequilibrar não só ao médium, mas a qualquer ser humano. O sexo deve ser uma troca de energias praticado com respeito e Amor, sem excessos, pois tudo que é realizado em excesso causará um prejuízo. 

 O médium deve ter cautela com suas energias, que serão utilizadas na prática mediúnica, por isso, se houver excessos, haverá também desgaste energético. Quando existe troca de energias, sem excessos, não existe fadiga energética. Mesmo que a relação seja sempre com o mesmo parceiro e que haja amor, o sexo em excesso, práticas desvairadas e orgias, vão levar o médium a uma sintonia com Espíritos afins.

 Em qualquer situação que se entregue ao prazer desvairado estará se sintonizando com Espíritos com os mesmos propósitos, que vão vampirizar, sugar as suas energias, participar do ato sexual do casal, além de poder desencadear diversos processos obsessivos, e no contexto espiritual se observam vários processos e compromissos reencarnatórios, como obsessões cruéis por vinganças e ressentimentos. 

O sexo equilibrado e amoroso, com respeito, moderação e responsabilidade é uma das expressões mais belas do amor e sempre vai atrair a proteção dos Benfeitores Espirituais. 

Assim, o casal será protegido e abençoado em sua privacidade conjugal, no momento em que troca energias de Amor. 

O Espírito Emmanuel, no livro “Vida e Sexo”, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, finaliza nossa reflexão com maestria: "Não proibição, mas educação, Não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo. Não indisciplina, mas controle. Não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um."