quinta-feira, 11 de julho de 2013

Homem

A vida na Terra começou com seres primitivos que, diante das necessidades de adaptação às condições geográficas e climáticas, evoluiu dos seres mais primitivos até a complexa estrutura do ser humano, o habitante da Terra que possui a capacidade de tomar decisões motivado não apenas pelo instinto. 

A Terra se povoava de animais menos ferozes e mais sociáveis; mais suculentos, os vegetais proporcionavam alimentação menos grosseira; tudo, enfim, se achava preparado no planeta para o novo hóspede que a viria habitar. 

Apareceu então o homem, último ser da criação, aquele cuja inteligência concorreria, dali em diante, para o progresso geral, progredindo ele próprio. (G.VII 48) 

Ainda que isso lhe fira o orgulho, tem o homem que se resignar a não ver no seu corpo material mais do que o último anel da animalidade na Terra. Todavia, quanto mais o corpo diminui de valor aos seus olhos, tanto mais cresce de importância o princípio espiritual. Se o primeiro o nivela ao bruto, o segundo o eleva a incomensurável altura. 

Vemos o limite extremo do animal: não vemos o limite a que chegará o espírito do homem. (G. X 29) 

Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito de vossa existência espiritual, única existência verdadeira. (Ev. V 22) 

Não castigueis o corpo pelas faltas que o vosso livre arbítrio o induziu a cometer e pelas quais é ele tão responsável quanto o cavalo, mal dirigido, pelos acidentes que causa.

 Sereis porventura, mais perfeitos se, martirizando o corpo, não vos tornardes menos egoístas, nem menos orgulhosos e mais caritativos para com o vosso próximo? Não, a perfeição não está nisso, está em todas as reformas por que fizerdes passar o vosso Espírito. Dobrai-o, submetei-o, humilhai-o, mortificai-o: esse o meio de o tornardes dócil à vontade de Deus e o único de alcançardes a perfeição. (Ev. XVII 11) 

O homem é um ser à parte, que desce muito baixo algumas vezes e que pode também elevar-se muito alto. Pelo físico, é como os animais e menos bem dotado do que muitos destes. Seu corpo se destrói, como o dos animais, é certo, mas ao seu Espírito está assinado um destino que só ele pode compreender, porque só ele é inteiramente livre. Reconhecei o homem pela faculdade de pensar em Deus. (L.E. 592)

 O trabalho se impõe ao homem por ser uma consequência da sua natureza corpórea. É expiação e, ao mesmo tempo, meio de aperfeiçoamento da sua inteligência. (L.E. 676) 

Se um espírito ainda atrasado conserva alguns dos instintos animais, terá esses traços e as paixões que o agitam poderão das a esses traços algo que lembra vagamente os do animal cujos instintos possui. Mas esses traços se apagam à medida que o Espírito se depura e que o homem progride na via da perfeição. (R.E. 1860, pág 212) 

Dos sinais fisiognomônicos não é possível, absolutamente, tirar qualquer indício das existências anteriores. Não se pode encontra-las senão no caráter moral, nas ideias instintivas e intuitivas, nas inclinações inatas, nas que não resultam da educação, assim como na natureza das expiações enfrentadas. 

Que é o homem?...Um composto de três princípios essenciais: o Espírito, o Perispírito, e o Corpo.

A ausência de qualquer um destes três princípios acarretaria necessariamente no aniquilamento do ser no estado humano. Se o corpo não mais existir, haverá o Espírito e não mais o homem; se o períspirito faltar ou não puder funcionar, não podendo o imaterial agir diretamente sobre a matéria, poderá haver alguma coisa do gênero do cretino ou do idiota, mas jamais um ser inteligente. Enfim, se o Espírito faltar, terá um feto vivendo vida animal e não um Espírito encarnado. Se, pois, temos três princípios em presença, esses três princípios devem reagir um sobre o outro, e seguir-se-á a saúde ou a doença, conforme haja entre eles harmonia perfeita ou desacordo parcial. (R.E. 1867, pág 55) 

A Terra possui uma história própria, incomparavelmente mais rica e mais complexa que a do homem. (ibidem, pág 359)

 Dessa conclusão, percebe-se que o homem, assim como todos os seres que já habitaram na Terra, continuará a progredir e a adaptar-se aos novos rumos do planeta, valorizando os valores espirituais em detrimento dos materiais.

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