terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dr Bezerra de Menezes (1831-1900)


Respeitado político brasileiro, foi conhecido como "o médico dos pobres".

Ocupou a Presidência da Federação Espírita Brasileira nos anos de 1889 e 1895-1900.

Trabalhou pela unificação do Movimento Espírita no Brasil e é considerado como "O apóstolo do Espiritismo Brasileiro".

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A hora de servir


Nestes dias gloriosos, assinalados por tremendos conflitos no âmago da criatura humana; nesta hora em que todos somos convocados à solidariedade cristã, deveremos descruzar os braços para utilizar as armas do amor, construindo um mundo melhor de paz e de caridade pelo qual todos anelamos.

Ouvistes, durante estes dias, as vozes espirituais que desceram sobre vós outros, como no Pentecostes recuado...

Médiuns expositores, lavradores da seara de Jesus, apresentaram-se aqui para falar da era nova da imortalidade.

Acompanhastes as suas mensagens com sorrisos e com emoções!

Aplaudistes o verbo inflamado dos oradores, dos expositores, dos que desenvolveram os seminários.

Anotastes na mente e no coração os conteúdos profundos em torno da imortalidade.

Encontrai-vos ricos de informações...

...E agora, quando vos preparais para retornar ao dia-a-dia, ao labor de toda hora,  aplicai as lições profundas de sabedoria, de misericórdia e de amor.

Sois os embaixadores da Era Nova!

Jesus elegeu aqueles setenta da Galiléia e os mandou dois a dois, para que divulgassem o reino.

Agora vos conclama a todos vós, para que proclameis o reino da concórdia, a era da misericórdia, o momento da construção do mundo novo.

Não tergiverseis, não vos permitais a sintonia com a onda avassaladora que toma conta da Terra nesta transição de loucura.

Por certo, as aflições tendem a piorar e o homem moderno, rico de tecnologia e pobre de amor, sentirá falta das questões simples, da amizade pulcra, da bondade fraternal, do sorriso espontâneo, e terá que fazer a viagem de volta, infelizmente, através das lágrimas.

Evitai, portanto, que isso aconteça, e semeai a esperança, a alegria de viver, a irrestrita confiança em Deus que nos orienta através de Jesus, que prossegue conosco até o fim.

Ele disse que nunca nos deixaria órfãos.

Os Seus embaixadores estão entre nós, conosco, e auxiliam-nos na grande arrancada para  o mundo de regeneração.

Filhos e filhos e filhos, filhas e filhas e filhas da alma: amai, não vos importe a ausência da resposta do amor por enquanto.

Disputai a honra de amar.

Sede vós aqueles que semeiam os formosos dias do porvir, exultando pela honra de haverdes sidos convidados à hora última para a seara do bem.

Em nome dos Espíritos-espíritas que aqui têm estado durante esta Semana e dos Benfeitores que a todos nos ajudam, suplicamos a Deus e a Jesus que nos abençoem, que nos dêem a Sua paz.

São os votos do servidor humílimo e paternal.

Bezerra.

sábado, 15 de outubro de 2011

Para onde vamos quando morremos


Vamos tentar responder neste artigo a pergunta que todo ser humano faz em algum momento da vida: “Para onde vamos quando morremos?” 
O primeiro ponto que precisamos aceitar como verdade é que depois da morte nossa individualidade continua existindo, continuamos com nossa mesma personalidade, nossas conceitos, preconceitos, gostos, qualidades, defeitos, conhecimentos e inteligência.

 A morte é apenas a separação do seu corpo orgânico da sua personalidade unica que iremos chamar de Espírito.

Seu corpo composto de matéria orgânica e minerais é decomposto e retorna para o solo. Já o seu espírito se transporta para outra forma de existência em uma dimensão física invisível aos nossos olhos, sentidos e instrumentos. 

Neste novo ambiente seu espírito fará uso de corpo feito de fluido semimaterial chamado de periespírito. Da mesma forma que o seu corpo físico dava forma e permitir sua interação com o ambiente terreno o periespírito dará forma ao seu espírito e permitirá sua interação com a nova dimensão de existência que você se encontrará. Mas onde fica este local?

Na Terra existem diversas camadas de existência como se fossem níveis que podemos chamar de planos ou esferas. Seria como as 5 camadas atmosféricas que estudamos na escola, só que no caso das camadas espirituais são 7 níveis. 

Quando morremos nosso espírito vai para o nível mais compatível com seu grau de evolução. Se na Terra temos o convívio conflituoso de espíritos de todos os graus de perfeições ou de imperfeições, do lado espiritual existe uma natural separação dos espíritos com base no seu nível de perfeição. Se isto não bastasse, ainda existe a possibilidade das pessoas (espíritos) se agruparem com base nos seus gostos, desejos, afinidades, da mesma forma que ocorre na Terra. 

O agrupamento destas pessoas acabam formando comunidades, povoados, vilas, pequenas e grandes cidades espalhadas pelo espaço de cada uma das sete camadas ou sete esperas habitadas por espíritos sobre a Terra.

Desta forma, depois da morte, sempre iremos viver em ambientes repletos de pessoas parecidas conosco, que possuem qualidades parecidas e defeitos parecidos com os nossos. É justamente este fato que torna determinados locais do plano espiritual melhores ou piores dependendo do ponto de vista de quem julga.

Vamos a um exemplo?
EXEMPLO 1 – Uma pessoa que passou sua vida na Terra cultivando um grande prazer por festas, badalações regadas com muito fumo, álcool, drogas. Que não se preocupavam com o estudo e com o trabalho e tinha uma vida desregrada, desorganizada, descontrolada. Ao morrer esta pessoa continua sendo a mesma.

Desta forma é natural que ela procure a companhia de outros espíritos que possuem os mesmos gostos e que moram em regiões do plano espiritual onde todos estes prazeres terrenos continuam sendo cultivados. Agora tente imaginar como seria uma cidade criada, planejada e administrada por pessoas milhares ou centenas de milhares de pessoas iguais a esta que descrevi acima. E como seria uma cidade habitada só por suicidas? Veja o que acontece com os suicidas.

EXEMPLO 2 – Agora imagine como seria uma cidade repleta de pessoas que sempre estudaram e trabalharam com o prazer de serem uteis e de fazerem as coisas bem feitas. Pessoas que tiveram uma vida organizada, regrada e que gostam de se divertir de forma saudável. Imagine uma comunidade espiritual criada por pessoas com estas características.

Então podemos afirmar que não existe céu ou inferno. Existem lugares habitados por espíritos que se reúnem naturalmente com base nas suas afinidades e níveis intelectuais e morais. Nestes lugares podem se formar comunidades ou cidades boas ou ruins para se viver depois da morte dependendo do ponto de vista de quem olha.

 Seria como observar as comunidades criadas no Orkut onde as pessoas se agrupam por afinidades, interesses e gostos. Existem comunidades boas, comunidades ruins, o que você acha ruim pode ser bom para o outro, o que é bom para o outro pode parecer ruim para você.

Agora podemos responder para onde você vai quando morrer. Naturalmente você vai optar por viver em um lugar cheio de pessoas semelhantes a você, que gostam das mesmas coisas e que possuem os mesmos objetivo. 

A questão é que estes gostos e objetivos são para o bem ou para o mal, são para sua evolução ou para o seu estacionamento evolutivo.

 Quem opta por estacionar fica estacionado e se isto gera sofrimento então vive no sofrimento. Quem opta por evoluir e melhorar sempre conta com a ajuda de pessoas mais evoluídas que sentem grande prazer em ensinar e ajudar outras pessoas e crescer espiritualmente.

 Quem opta por estacionar sempre conta com a companhia de quem pensa em fazer a mesma coisa.

Agora você entendeu porque tantos profetas, tantos religiosos, tantas doutrinas tentam nos convencer a sermos pessoas melhores antes da nossa morte? Pois é, se você está lendo este texto é porque ainda da tempo.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Reflexão sobre o Espiritismo


Absurdamente, críticos do Espiritismo, ao tempo de Kardec, acusaram a doutrina de imoral, simplesmente porque Allan Kardec afirmou que a mediunidade manifestava-se nas pessoas independentemente da sua moral. 

Confundiram o médium, ser humano falível, com a Doutrina Espírita, ditada pelos espíritos superiores, com a contribuição dos homens e, em especial, de Allan Kardec.

O Espiritismo tem uma moral límpida, clara, sem concessões especiais, sem fanatismo ou exigências absurdas.

 Aprendemos com ele que viemos dos reinos inferiores da natureza, e hoje somos humanos em demanda à angelitude, entendida esta como sabedoria e virtude. 

Como homens, vivemos a dualidade matéria/espírito, pois temos as necessidades materiais de alimentação, vestuário, abrigo, escola, trabalho, lazer, sexo e aspirações de levantar vôo em busca da nossa espiritualização.

 Nenhum Espírita consciente de sua Doutrina despreza a oportunidade de viver c aprender.
Que lê "O Livro dos Espíritos" sem pensamentos preconcebidos, admira-se de sua simplicidade e profundidade. 

Não existem teorias esdrúxulas, conflitantes, mas tudo é claro c natural. O Livro Terceiro Leis Morais - apresenta teorias avançadas para a sua época, especialmente no que concerne aos direitos da mulher e ao direito de viver.

Não queremos deixar este artigo demasiadamente longo e enfadonho, mas dar um rápido passeio sobre os temas, destacando uma ou outra coisa, aqui e ali, a começar pela Lei de Adoração. 

Aprendemos com a Doutrina Espírita a não ter medo de Deus, portanto, nossa adoração não é para aplacar sua ira, finas a submissão consciente c pacífica da criatura ao seu Criador. Se o adoramos, é porque o amamos. Também não o adoramos exteriormente, com pompas e européis, mas sim no coração, no sentimento.

Na Lei de Destruição aprendemos que, ao morrermos, apenas o invólucro material perece. O espírito escapa do casulo e levanta seu vôo para a espiritualidade. Quero poderá entender melhor que os espíritas as palavras de Paulo de Tarso: "Semeia-se corpo animal e nasce o corpo espiritual"'?

Na Lei do Trabalho vem a sentença sábia: o limite do trabalho é o das forças do homem. Aquele que não pode sustentar-se deve ser cuidado pela sociedade. A falta de trabalho é flagelo. Sim, é um flagelo talvez superado, somente, pelo egoísmo da humanidade.

Na Lei de igualdade, fica demonstrado que Deus não criou as classes sociais. Todos somos iguais perante Deus, e Kardec eleva a mulher à sua verdadeira condição. Homens e mulheres têm os mesmos direitos, mas deveres, ou funções, diferentes. Mesmo que para alguns pareçam modestas as funções, há cento e quarenta anos era essa uma posição avançadíssima. As Leis Morais profligam o aborto, a eutanásia, a escravidão, o domínio do homem sobre a mulher, e chama a atenção de pais e educadores para a necessidade da educação moral, formadora de bons hábitos, e não apenas a instrução.

Mas, nos deleitamos com a Lei de Justiça, Amor e Caridade, onde os espíritos afirmam que o primeiro direito do homem é o de viver. Para nós é um hino de amor, um grito de alerta, antes mesmo da existência de entidades que defendem os direitos humanos. O direito de viver compreende a dignidade da vida.

 O Livro afirma que ninguém pode atentar contra a vida de outrem. É fácil compreender que não se trata de atentado com arma ou com agressão, mas também se atentar contra a vida de outrem com a má distribuição de renda e dos bens da Terra, com a justiça morosa e, às vezes, imoral em relação aos fracos e oprimidos.
A Doutrina Espírita é viril, corajosa, revolucionária. A nosso ver, erram aqueles que pregam uma doutrina de submissão., dizendo que os que sofrem, hoje, gozaram e abusaram ontem. E essa sociedade injusta e opressora que fabrica as "candelárias , os massacres de presos, as revoltas da FEBEM, as torturas, as ditaduras e os crimes bárbaros.

Não pregamos a violência, mas a coragem de dizer a quem erra que ele é o responsável pelas conseqüências advindas de seus atos. A coragem de mostrar a hipocrisia dos que desvirtuam um mandato outorgado pelo povo, para exercê-lo em favor do povo, e não de si mesmo ou do seu corporativismo.

Cremos que já é hora dos espíritas aperfeiçoarem a sua assistência social, que é importante, com mudanças sociais. Viver não pode ser uma concessão dos mais fortes, e sim um direito natural. Fazer aos outros o que queremos que nos seja feito é, ainda, uma regra de ouro para a humanidade. 



Carta de Deus (vídeo)



quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Dias difíceis


Há dias que parecem não ter sido feitos para ti.

Amontoam-se tantas dificuldades, inúmeras frustrações e incontáveis aborrecimentos, que chegas a pensar que conduzes o globo do mundo sobre os ombros dilacerados.

Desde cedo, ao te ergueres do leito, pela manhã, encontras a indisposição moral do companheiro ou da companheira, que te arremessa todos os espinhos que o mau humor conseguiu acumular ao longo da noite.

Sentes o travo do fel despejado em tua alma, mas crês que tudo se modificará nos momentos seguintes.

Sais à rua, para atender a esse ou àquele compromisso cotidiano, e te defrontas com a agrestia de muitos que manejam veículos nas vias públicas e que os convertem em armas contra os outros; constatas o azedume do funcionário ou do balconista que te atende mal, ou vês o cinismo de negociantes que anseiam por te entregar produtos de má qualidade a preços exorbitantes, supondo-te imbecil. 

Mesmo assim, admites que, logo, tudo se alterará, melhorando as situações em torno.

Encontras-te com familiares ou pessoas amigas que te derramam sobre a mente todo o quadro dos problemas e tragédias que vivenciam, numa enxurrada de tormentos, perturbando a tua harmonia ainda frágil, embora não te permitam desabafar as tuas angústias, teus dramas ou tuas mágoas represadas na alma. 

Em tais circunstâncias, pensas que deves aguardar que essas pessoas se resolvam com a vida até um novo encontro.

São esses os dias em que as palavras que dizes recebem negativa interpretação, o carinho que ofereces é mal visto, tua simpatia parece mero interesse, tuas reservas são vistas como soberba ou má vontade. Se falas, ou se calas, desagradas.

Em dias assim, ainda quando te esforces por entender tudo e a todos, sofres muito e a costumeira tendência, nessas ocasiões, é a da vitimação automática, quando se passa a desenvolver sentimentos de auto piedade.

No entanto, esses dias infelizes pedem-nos vigilância e prece fervorosa, para que não nos percamos nesses cipoais de pensamentos, de sentimentos e de atitudes perturbadores.

São dias de avaliação, de testes impostos pelas regentes leis da vida terrena, desejosas de que te observes e verifiques tuas ações e reações à frente das mais diversas situações da existência.

Quando perceberes que muita coisa à tua volta passa a emitir um som desarmônico aos teus ouvidos; se notares que escolhendo direito ou esquerdo não escapas da ácida crítica, o teu dever será o de te ajustares ao bom senso. 

Instrui-te com as situações e acumula o aprendizado das horas, passando a observar bem melhor as circunstâncias que te cercam, para que melhor entendas, para que, enfim, evoluas.

Não te olvides de que ouvimos a voz do Mestre Nazareno, há distanciados dois milênios, a dizer-nos: No mundo só tereis aflições...

Conhecedores dessa realidade, abrindo a alma para compreender que a cada dia basta o seu mal..., tratarás de te recompor, caso tenhas te deixado ferir por tantos petardos, quando o ideal teria sido agir como o bambuzal diante da ventania. 

Curvar-se, deixar passar o vendaval, a fim de te reergueres com tranqüilidade, passado o momento difícil.

Há, de fato, dias difíceis, duros, caracterizando o teu estádio de provações indispensáveis ao teu processo de evolução. A ti, porém, caberá erguer a fronte buscando o rumo das estrelas formosas, que ao longe brilham, e agradecer a Deus por poderes afrontar tantos e difíceis desafios, mantendo-te firme, mesmo assim.

Nos dias difíceis da tua existência, procura não te entregares ao pessimismo, nem ao lodo do derrotismo, evitando alimentar todo e qualquer sentimento de culpa, que te inspirariam o abandono dos teus compromissos, o que seria teu gesto mais infeliz.

Põe-te de pé, perante quaisquer obstáculos, e sê fiel aos teus labores, aos deveres de aprender, servir e crescer, que te trouxeram novamente ao mundo terrestre.

Se lograres a superação suspirada, nesses dias sombrios para ti, terás vencido mais um embate no rol dos muitos combates que compõem a pauta da guerra em que a Terra se encontra engolfada.

Confia na ação e no poder da luz, que o Cristo representa, e segue com entusiasmo para a conquista de ti mesmo, guardando-te em equilíbrio, seja qual for ou como for cada um dos teus dias.





sábado, 8 de outubro de 2011

Perguntas frequentes


O que é o Espiritismo?
É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.

“O Espiritismo é uma ciência que trata da natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como de suas relações com o mundo corporal.” Allan Kardec (O que é o Espiritismo – Preâmbulo)

“O Espiritismo realiza o que Jesus disse do Consolador prometido: conhecimento das coisas, fazendo que o homem saiba donde vem, para onde vai e por que está na Terra; atrai para os verdadeiros princípios da lei de Deus e consola pela fé e pela esperança.” Allan Kardec (O Evangelho segundo o Espiritismo – cap. VI – 4)

O que é reencarnação?
Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu aprimoramento. O objetivo da reencarnação é a evolução.
 
O que é mediunidade?
A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é uma faculdade que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da religião ou da diretriz doutrinária de vida que adotem. 

Mas atenção: prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã. Portanto, em hipótese alguma o médium poderá cobrar dinheiro, exigir ou aceitar qualquer forma de recompensa (presentes, dádivas, agrados, etc.) por suas atividades mediúnicas.

O que são os Espíritos?
Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo. 

Os Espíritos são criados simples e ignorantes. Evoluem, intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade. 

Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.

O que o Espiritismo informa sobre Jesus?
Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.

 A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

Onde vivem e o que fazem os Espíritos desencarnados?
Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados, que são os homens, existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. Eles estudam, trabalham e desenvolvem diversas atividades no mundo espiritual. 

O Espiritismo tem entre seus princípios a crença em Deus?
Sim. O Espiritismo explica que Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. 

O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais. Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.

O que diz o Espiritismo sobre Jesus?
Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus. 

A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

O Espiritismo tem, entre seus princípios, a existência de vida em outros mundos?
Sim. A Doutrina Espírita esclarece que no Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens. 

Quantos adeptos do Espiritismo há no Brasil?
De acordo com o Censo 2000 (IBGE), há 2,3 milhões de espíritas no Brasil.

Quantos Centros Espíritas existem no Brasil?
Cadastrados junto à Federação Espírita Brasileira há 10 mil Centros Espíritas.

Os Espíritos sabem todas as coisas?
Os Espíritos são as almas dos homens que já perderam o corpo físico. A exemplo do que observamos na Humanidade encarnada, o conhecimento que eles têm é correspondente ao seu grau de adiantamento moral e intelectual. A morte é uma passagem para a vida espiritual e não dá valores morais ou de inteligência a quem não os tem.

Os Espíritos podem reencarnar em corpos de animais?
Não. Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso intelectual e moral depende dos esforços que façam para chegar à perfeição. 

Espiritismo é o mesmo que Umbanda ou Candomblé?
Não. O Espiritismo é uma doutrina que surgiu na França, em 1857. Seu fundador foi Allan Kardec. O Candomblé e a Umbanda são doutrinas espiritualistas de origem africana.

Todos os Espíritos são iguais?
Não. Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos Imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores. 

Somente pelo Espiritismo se pode ter contato com os Espíritos?
Não. As relações dos Espíritos com os homens são constantes e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, sustentam-nos nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos induzem ao erro.

O que é lei de causa e efeito?
É uma lei criada por Deus e que dispõe que o homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações. O que fazemos de mal e de bem retornará para nós nessa mesma vida ou em existência posteriores. A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus. 

O que é a prece, de acordo com o Espiritismo?
A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural e é o resultado de um sentimento inato no homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador. 

A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo. é este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade. 

Nas instituições espíritas há algum tipo de pagamento?
Não. Toda a prática espírita é gratuita, como orienta o princípio moral do Evangelho: “Dai de graça o que de graça recebestes”.

O Espiritismo revela algo novo?
Sim. O Espiritismo revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida. Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da nossa existência e qual a razão da dor e do sofrimento.

O Espiritismo tem rituais ou sacerdotes?
Não. A prática espírita é realizada com simplicidade, sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.

 O Espiritismo não tem sacerdotes e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: altares, imagens, andores, velas, procissões, sacramentos, concessões de indulgência, paramentos, bebidas alcoólicas ou alucinógenas, incenso, fumo, talismãs, amuletos, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais ou quaisquer outros objetos, rituais ou formas de culto exterior.

O Espiritismo é proselitista? Existem campanhas para que as pessoas se tornem Espíritas?
Não. O Espiritismo não impõe jamais os seus princípios. Convida os interessados em conhecê-lo a submeterem os seus ensinos ao crivo da razão, antes de aceitá-los.

Como o Espiritismo se relaciona com as demais religiões?
O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.
 

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Muitos irmãos...

...não esclarecidos, falam a torto e a direito que a Doutrina Espírita é uma Doutrina do Diabo, que é contrária a Jesus, que não adianta fazer o bem sem que acredite na forma primitiva que eles tem Jesus.

Convenhamos meu Queridos Irmãos: Se a Doutrina Espírita Praticada na sua essência, com a caridade e o amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a Si mesmo, então teremos que mudar o significado do Diabo, já que se trata de uma Doutrina voltada para a fraternidade entre os seres humanos e a fazer o bem a quem quer que seja!

O que se passa é que a cada um a compreenção é segundo sua evolução.

Não podemos cobrar de uma criança no ensino fundamental o que se dá em uma Universidade e assim por diante.

Mas muitos serão chamados e poucos serão escolhidos, isso porque há também Espíritas(que se dizem) que tem medo de diante de uma sociedade capitalista se dizer em público: SOU ESPÍRITA.

Medo de ser julgado como um ser diferente dos outros como se fosse louco por discordar de certos rituais de séculos atrás onde a posição social era mais importante do que o amor ao próximo.

Vamos abrir nossos corações para todos os nossos irmãos e ter o orgulho de dizer: SOU ESPÍRITA CONVICTO.

Mas para que isso aconteça é preciso estudar as obras da Codificação de Kardec, para glorificar os justos e confundir os orgulhosos num hino sagrado que se estende de um ponto a outro do Universo.

O Exemplo, meus queridos Irmãos é o que vai fortalecer a fraternidade entre os homens.

Sabemos que temos Espíritos já com certa evolução no meio de outras religiões onde serão guias para a evolução dos menos esclarecidos.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Allan Kardec



 Allan Kardec nasceu Hippolyte Léon-Denizard Rivail, em 03 de Outubro de 1804 em Lyon, França, no seio de uma antiga família de magistrados e advogados.

 Educado na Escola de Pestalozzi, em Yverdum, Suíça, tornou-se um de seus discípulos mais eminentes.


Foi membro de várias sociedades sábias, entre as quais a Academie Royale d'Arras. De 1835 à 1840, fundou em seu domicílio cursos gratuitos, onde ensinava química, física, anatomia comparada, astronomia, etc.

Dentre suas inúmeras obras de educação, podemos citar: "Plano proposto para a melhoria da instrução pública" (1828); "Curso prático e teórico de aritmética (Segundo o método de Pestalozzi)", para uso dos professores primários e mães de família (1829); "Gramática Francesa Clássica" (1831); "Programa de cursos usuais de química, física, astronomia, fisiologia"(LYCÉE POLYMATIQUE); "Ditado normal dos exames da Prefeitura e da Sorbonne", acompanhado de "Ditados especiais sobre as dificuldades ortográficas (1849).

Por volta de 1855, desde que duvidou das manifestações dos Espíritos, Allan Kardec entregou-se a observações perseverantes sobre esse fenômeno, e, se empenhou principalmente em deduzir-lhe as conseqüências filosóficas.

Nele entreviu, desde o início, o princípio de novas leis naturais; as que regem as relações do mundo visível e do mundo invisível; reconheceu na ação deste último uma das forças da Natureza, cujo conhecimento deveria lançar luz sobre uma multidão de problemas reputados insolúveis, e compreendeu-lhe a importância do ponto de vista religioso.

As suas principais obras espíritas são:

- O Livro dos Espíritos, para a parte filosófica, e cuja primeira edição surgiu em 18 de Abril de 1857;

- O Livro dos Médiuns, para a parte experimental e científica (Janeiro de 1861);

- O Evangelho Segundo o Espiritismo, para a parte moral (Abril de 1864);

- O Céu e o Inferno, ou "A Justiça de Deus segundo o Espiritismo" (Agosto de 1865);

- A Gênese, os Milagres e as Predições (Janeiro de 1868);

- A Revista Espírita, jornal de estudos psicológicos.

Allan Kardec fundou em Paris, a 1º de Abril de 1858, a primeira Sociedade Espírita regularmente constituída, sob o nome de "Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas".

Casado com Amélie Gabrielle Boudet, não teve filhos.

Trabalhador infatigável desencarnou no dia 31 de março de 1869, em Paris, da maneira como sempre viveu: trabalhando.

("Obras Póstumas", Biografia de Allan Kardec, edição IDE)

Neuroses


Os expressivos, alarmantes índices da neurose na Terra funcionam como um veemente apelo ao nosso discernimento, ao exame das causas e suas conseqüências, com maior vigor do que até o momento tem merecido de cada um de nós. 

Relegada aos gabinetes especializados e a homens, tecnicamente armados pelo sacerdócio da Medicina, a neurose vem colhendo, nas malhas da sua rede infeliz, surpreendentemente número de vítimas, ora avassalando o mundo civilizado e ameaçando a estabilidade da razão.

Sociólogos conjeturam; psicólogos interrogam; teólogos meditam; psiquiatras, psicanalistas tentam penetrar-lhe as causas, e, não obstante a metodologia de que se servem para a segura diagnose e o eficaz tratamento, a onda neurótica, vencendo incautos e avisados cada vez mais se apresenta referta, avassalante e dominadora. 

Isto porque, no problema da neurose em suas raízes profundas, se há que considerar, de imediato, o neurótico em si mesmo, não apenas, no aspecto de réprobo, antes como ser vital no concerto da comunidade em que se movimenta. 

Com etiologia complexa e profunda, essa enfermidade apiréptica vem merecendo cuidadosos estudos e debates, a fim de se localizarem os fatores que produzem as perturbações do sistema nervoso, em considerando-se a falta de lesões anatômicas mais graves. 

Não obstante as divergências acadêmicas, Freud classificou-as em: verdadeiras, em que há desequilíbrios fisiológicos ao lado de perturbações meramente psicológicas, apesar de transitórias, e psiconeuroses, que são determinadas pelas “fixações da infância” em regressões inconscientes. 

No primeiro grupo estão situadas as neuroses de ansiedade, a neurastenia, a hipocondria e as de ascendência traumática... 

Na segunda classe aparecem as de ordem histérica ansiosa, conversiva, os perturbantes estados obsessivos e convulsivos. 
Em tal complexidade, surgem as neuroses mistas com mais grave quadro de manifestação. 

Influenciando os fenômenos somáticos, expressam-se, não raro, com sintomatologia estranha que desvia a atenção do médico e do paciente, graças à força das síndromes que, para o último, assumem um caráter real, por serem as “dores neuróticas” semelhantes às de às de ordem física. Surgem medos, paralisias, movimentos desconexos, distúrbios múltiplos... 

Alguns estudiosos da questão reportam-se, também, taxativos, aos fatores genéticos predisponentes; outros se apoiam nos impositivos da sociedade, com as suas altas cargas de tensão; alguns advertem sobre o tecnicismo desesperador; fala-se do resultado das poluições de vária ordem, todavia, a quase totalidade se esquece da problemática espiritual do alienado pela neurose. 

O neurótico é, antes, um espírito calceta, em inadiável processo purificador. Reencarnado para ressarcir ou recambiado à reencarnação por necessidade premente de esquecer delitos e logo repará-los. 

A sua psicosfera impõe, nos implementos orgânicos, distonias e desarmonias que se refletirão mais tarde em forma de alienação, como decorrência do seu estado interior, como espírito desajustado. 

É óbvio que o comportamento social, as frustrações infantis, as inseguranças da personalidade, as injunções de tempo e de lugar, os fatores familiares e de habitat, as constrições de ordem moral e econômica engendram, evidentemente, as desarticulações neuróticas, porque conseguem limitar as aspirações do espírito fraco, que não se consegue sobrepor a essas conjunturas, para os cometimentos normais. 

Ainda, nesse capítulo, se deve considerar que a neurose é um campo amplo e variado, tendo-se em vista a consciência do problema pelo paciente e a sua falta de forças para a superação. 

A par desses fatores ocorrem outros na esfera psicológica, quais os denominados “parasitose espiritual”, que se transformando em calamitoso processo obsessivo de longo curso, em face de a vítima do passado converter-se em cobrador do presente, como conseqüência dos delitos perpetrados pelo delinqüente, não são regularizados ante as soberanas Leis da Vida. 

Não se exteriorizam as síndromes da neurose no caso em tela, de início, senão quando ocorre a dominação obsessiva do hospedeiro sobre sua vítima. 

Indispensável que o olhar vigilante dos religiosos se volte para aqueles que padecem os primeiros sinais de distonia, norteando-os ao cultivo das disciplinas austeras e das virtudes cristãs, com que se armarão para uma libertação eficiente e real, terapêutica de resultado auspicioso para o reajustamento do espírito na vida orgânica e sua conseqüente experiência psíquica, diante do processo de auto-reparação dos impositivos cármicos. 

As técnicas da análise, a terapia medicamentosa conseguem, não raro, enquanto favorecem o equilíbrio por um lado, danificar os tecidos mais sutis da organização psicológica, produzindo distonias de outra natureza que se irão manifestar de forma desastrosa no futuro, caso esses processos não recebam a contribuição espiritualista relevante. 

Por este motivo, faz-se mister que uma religião capaz de adentrar-se no âmago do ser, como ocorre com o Espiritismo, apresente recursos preventivos para a grande massa humana aturdida nestes dias. Entretanto, esses conceitos, verdadeiro compêndio de Higiene Mental, já foram lecionados por Jesus e estão exarados no “Sermão da Montanha”, ora ratificados pelos textos que Lhe recordam a existência entre nós, de que dão notícia os sobreviventes do túmulo e falam sobre a vida estuante do além. 

O neurótico é alguém rebelado contra si mesmo, insatisfeito no inconsciente e contra os outros revoltado. 

Instável faz-se agressivo; desajustado, permite-se sucumbir; atônito entrega-se ao desalinho psíquico; excitado, deixa-se desvairar pela violência. Disciplinado, porém, pela moral cristã, adquire recursos para o auto-controle que irá funcionar no seu aparelho nervoso com recursos que bloqueiam as reações do inconsciente, remanescentes das vidas passadas, impedindo que aquelas reações desorganizem as funções conscientes que arrojam no resvaladouro da neurose. 

Respeito ao dever, culto ao trabalho, edificação pelo pensamento, exercício de ações nobilitantes produzem no homem salutar metodologia de vida, que o impedem tombar, que o levantam da queda, que o sustentam na caminhada. 

Missão relevante está reservada ao Espiritismo: promover superior revolução social na Terra, modificando os conceitos ora vigentes sobre o homem - espírito eterno em viagem evolutiva -, fazendo ver que, no fundo de toda problemática que afeta a criatura, suas raízes estão no pretérito espiritual do próprio ser que volve ao ministério de reeducação, de ascensão, de dignidade pelo esforço pessoal que o credencia à paz, à plenitude. 

Conscientizar, responsabilizar, iluminar a mente humana, eis como apresentar-se eficiente método para estancar a avassaladora onda da neurose atual, que, encontrando vazia de reservas morais a criatura humana, cada vez se torna pior, transformando a vida moderna em pandemônio e o homem, consequentemente, em servo do desequilíbrio dominador, desditoso. 

Autor: Carneiro Campos
Psicografia de Divaldo Franco. Do livro: Sementes de Vida Eterna