segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Lençol sujo

Um casal, recém-casados, mudou-se para um bairro muito tranqüilo. 

Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido: 

 - Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!

 - Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! 

O marido observou calado. 

 Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:

 - Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos!

 Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas! 

E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal. 

Passado um tempo a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido: 

- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, Será que outra vizinha ensinou???

 Porque eu não fiz nada. 

O marido calmamente respondeu: 

- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela! 

E assim é.

 Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos. 

Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir, verifique seus próprios defeitos e limitações. 

Olhe antes de tudo, para sua própria casa, para dentro de você mesmo. 

Só assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos. Lave sua vidraça. Abra sua janela... 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O ensino religioso nas escolas

A posição do movimento espírita contra o ensino religioso nas escolas públicas é antiga e bem clara. 

Cabe à família, e não às escolas, a formação religiosa dos filhos, tarefa essa que pode ser ou não complementada pelos centros espíritas, que mantêm geralmente, em quase todos eles, a chamada evangelização ou educação espírita da criança. 

 No livro Religião, publicado pela FEB, Carlos Imbassahy, que o escreveu, examinou com propriedade essa questão. 

Nos últimos meses, o tema Ensino Religioso nas Escolas voltou a ocupar as manchetes dos jornais, em face do que dispôs a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação - Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996, em seu artigo 33, com redação dada pela Lei n° 9.475, de 22 de julho de 1997, adiante reproduzido: Art. 33 - O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. 

 1° - Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão dos professores.

  2° - Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição do ensino religioso. 
 Bastante amplo e ambíguo, o dispositivo legal citado deixou diversas lacunas que seriam preenchidas pelos Conselhos Estaduais de Ensino e pelas Secretarias Estaduais de Educação, a cujo cargo ficou sua regulamentação. 

 Três grandes questões passaram a ser discutidas desde então:
 1.) Como atender à pluralidade religiosa existente em nosso País. 

2.) Qual seria a formação do profissional incumbido de ministrar o ensino religioso.

 3.) Como definir o conteúdo programático. 

 Na cidade do Rio de Janeiro, a Secretaria Municipal de Educação contratou mediante concurso 45 professores católicos, 35 evangélicos e dez de religiões afro-brasileiras. 

Todos tiveram de apresentar recomendação das igrejas às quais estão ligados.

 As aulas estavam previstas para começar no segundo semestre deste ano, para os alunos da 4ª série das 80 escolas existentes na cidade. 

 As dez vagas que tinham sido reservadas para professores de Espiritismo foram extintas, porque o Conselho Espírita do Estado do Rio de Janeiro (CEERJ) não aderiu à proposta e disso deu ciência à Secretaria de Educação, por discordar de que os estudantes recebam orientação de cunho confessional.  

Cabe indiscutivelmente à família a formação religiosa dos filhos. 

 Falando em nome do Conselho, Cristina Brito, Diretora da Área de Relações Externas da entidade, disse que os interessados podem obter gratuitamente conhecimento sobre Espiritismo em mais de 700 endereços no Rio de Janeiro, não havendo sentido em se pagar a professores para que dêem aula de religião nas escolas municipais. 

 A posição do Conselho Espírita já havia sido manifestada no ano 2000, quando o então governador Anthony Garotinho sancionou lei instituindo essa modalidade confessional nas escolas estaduais. 

Em documento divulgado em 2002, o CEERJ tornou público seu pensamento de que “cabe indiscutivelmente à família a formação religiosa dos filhos, por não ser isso função da escola”. 

 O documento ressaltou, ainda, que “o confessionalismo religioso” nas escolas não é recomendável, pois, embora seja tal ensino facultativo ao aluno, sua inclusão legal em carga horária curricular poderá acender atavismos (reaparecimento de um caráter presente em ascendentes remotos) segregadores do ódio entre religiões que tanto já fizeram sofrer a humanidade. 

 Não se pense, porém, que a atitude dos espíritas seja algo isolado, visto que o próprio Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro encaminhou ao Ministério Público Estadual pedido para que analise a constitucionalidade do ensino religioso nas escolas municipais, tendo em vista que o Estado brasileiro é laico. 

*Laico é o Estado sem religião, ou melhor, que não prega nenhuma religião sendo esta de livre escolha de seus cidadãos.*

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Missão do Espiritismo

A missão do Espiritismo, tanto quanto o ministério do Cristianismo, não será destruir as escolas de fé, até agora existentes. Cristo acolheu a revelação de Moisés.

 A Doutrina dos Espíritos apóia os princípios superiores de todos os sistemas religiosos. 

 Jesus não critica a nenhum dos Profetas do Velho Testamento. O Consolador Prometido não vem para censurar os pioneiros dessa ou daquela forma de crer em Deus.

 O Espiritismo é, acima de tudo, o processo libertador das consciências, a fim de que a visão do homem alcance horizontes mais altos. 

 Há milênios, a mente humana gravita em derredor de patrimônios efêmeros, quais sejam os da precária posse física, atormentada por pesadelos carnais de variada espécie. 

Guerras de todos os matizes consomem-lhe as forças. Flagelos de múltiplas expressões situam-lhe a existência em limitações aflitivas e dolorosas. Com a morte do corpo, não atinge a liberação. 

Além-túmulo, prossegue atenta às imagens que a ilusão lhe armou ao caminho, escravizada a interesses inconfessáveis. 

Em plena vida livre, guarda, ordinariamente, a posição da criatura que venda os olhos e marcha, impermeável e cega, sob pesadas cargas a lhe dobrarem os ombros. 

 A obstinação em disputar satisfações egoísticas, entre os companheiros da carne, constitui-lhe deplorável inibição e os preconceitos ruinosos, os terríveis enganos do sentimento, os pontos de vista pessoais, as opiniões preconcebidas, as paixões desvairadas, os laços enfermiços, as concepções cristalizadas, os propósitos menos dignos, a imaginação intoxicada e os hábitos perniciosos representam fardos enormes que constrangem a alma ao passo vacilante, de atenção voltada para as experiências inferiores.

 A nova fé vem alargar-lhe a senda para mais elevadas formas de evolução. 

Chave de luz para os ensinamentos do Cristo, explica o Evangelho não como um tratado de regras disciplinares, nascidas do capricho humano, mas como a salvadora mensagem de fraternidade e alegria, comunhão e entendimento, abrangendo as leis mais simples da vida. 

Aparece-nos, então, Jesus, em maior extensão de sua glória. Não mais como um varão de angústia, insinuando a necessidade de amarguras e lágrimas e sim na altura do herói da bondade e do amor, educando para a felicidade integral, entre o serviço e a compreensão, entre a boa vontade e o júbilo de viver.

 Nesse aspecto, vemo-lo como o maior padrão de solidariedade e gentileza, apagando-se na manjedoura, irmanando-se com todos na praça pública e amparando os malfeitores, na cruz, à extrema hora, de passagem para a divina ressurreição. 

O Espiritismo será, pois, indiscutivelmente, a força do Cristianismo em ação para reerguer a alma humana e sublimar a vida. 

 O espaço infinito, pátria universal das constelações e dos mundos, é, sem dúvida, o clima natural de nossas almas, entretanto, não podemos esquecer que somos filhos, devedores, operários ou companheiros da Terra, cujo aperfeiçoamento constitui o nosso trabalho mais imediato e mais digno. 

 Esqueçamos, por agora, o paraíso distante para ajudar na construção do nosso próprio céu. Interfiramos menos na regeneração dos outros e cogitemos mais de nosso próprio reajuste, perante a Lei do Bem Eterno, e, servindo incessantemente com a nossa fé à vida que nos rodeia, a vida, por sua vez, nos servirá, infatigável, convertendo a Terra em estação celestial de harmonia e luz para o acesso de nosso espírito à Vida Superior.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O Espiritismo é Cristão?

Outro dia tive a infelicidade de assistir a um representante da Igreja Católica em um site especializado explicando a seus seguidores, de acordo com seu entendimento, que os espíritas não poderiam ser considerados Cristãos por três motivos: 

 1. Para ser Cristão, precisamos crer que Jesus é Deus;

 2. É necessário acreditar que Deus se fez homem; 

3. Tem que aceitar a idéia de que Jesus ressuscitou dos mortos. E, para concluir seu raciocínio, finalizou dizendo que os espíritas retiram da Bíblia apenas as passagens que lhes interessam; portanto, o Espiritismo seria anticristão.

 É com muita tristeza que me deparo com comentários errôneos e um tanto quanto maldosos a respeito do Espiritismo cristão.

 E o que mais me surpreende é o proselitismo praticado por um sacerdote católico, porta-voz de respeitável organização religiosa, com formação em filosofia e teologia, desrespeitando outras opiniões de credo que não vão ao encontro dos dogmas de sua igreja. 

 Ora, Cristianismo não é sinônimo de Catolicismo, tão pouco o Catolicismo é a única representação cristã na Terra.

 Ser cristão é, sobretudo, seguir os ensinamentos do Mestre, independentemente de dogmas ou rituais religiosos, como o próprio Cristo afirmou: “Onde estiverem duas ou mais pessoas reunidas em meu nome, lá estarei”. 

 Nós espíritas entendemos que "Fora da Caridade não há Salvação" e a caridade só é possível quando amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos, de acordo com os mandamentos. 

 É certo que cada Espírito possui a sua individualidade e cada um traz no seu íntimo a bagagem de conhecimentos acumulados ao longo de suas existências.

 Desta forma, cada um de nós tem opiniões distintas em virtude de diferentes graus de adiantamento moral e intelectual em que nos encontramos, o que não nos torna melhores ou piores que ninguém. 

Apenas devemos nos respeitar e nos ajudar a fim de que possamos progredir mutuamente. 

 Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita, ensina: “O objetivo da religião é conduzir a Deus o homem. Logo, toda religião que não torna melhor o homem não alcança o seu objetivo". 

Deste modo entendemos que toda religião que tem por base o amor, a verdade e o bem, nos leva ao encontro de Deus. 

Denegrir a imagem de outras religiões, tentar provar qual religião é a melhor, não traz nenhum benefício a ninguém, afinal, dizer que é católico, espírita ou evangélico não garante a nossa salvação; o que importa são as nossas ações.

 O que nos parece mais aceitável? Um ateu moralmente ilibado ou um devotado sem caráter? 

"Não basta ter as aparências da pureza; acima de tudo, é preciso ter a pureza do coração.” O que nós espíritas desejamos é um pouco mais de respeito para com a nossa doutrina, assim como nós respeitamos todas as religiões e sabemos que todas são importantes para o desenvolvimento de uma sociedade, pois um homem sem fé é como um barco em alto mar enfrentando uma tempestade sem farol. 

Respeitamos profundamente as escrituras sagradas, elas nos trazem ensinamentos de grande valor, mas sabemos que o homem dá a elas a interpretação que melhor lhe convém. 

Somos cristãos sim! Acreditamos, defendemos e procuramos praticar os ensinamentos de Jesus, que é o nosso guia e modelo. 

Anticristã é a idéia de julgar aquilo que não conhecemos. Portanto, amigos, não teçam comentários baseados no "achismo". 

A Doutrina Espírita é fundamentada no Amor em Cristo. "Não julgueis, pois, para não serdes julgados; porque com o juízo com que julgardes os outros, sereis julgados, e com a medida com que medirdes, vos medirão também a vós." (Mateus, VII: 1-2).

domingo, 18 de novembro de 2012

A alegria de ser Espírita


“Querem escravos para os sistemas falaciosos que mentalizam, quando Jesus deseja te faças livre para a conquista da própria felicidade.”  Emmanuel

 “Mãe estou aqui!” A psicografia, assinada por uma garota que desencarnara aos 14 anos e voltava para amparar a inconsolável mãezinha, é o retrato da era que começa a se delinear na Terra. 

 O próprio Allan Kardec fez a evocação e registrou a conversa na edição de lançamento da Revista Espírita, em janeiro de 1858. 

 Ante as provas contundentes da identidade de Júlia, o Codificador indagou aos leitores: “quem ousaria falar do vazio do túmulo, quando a vida futura se nos revela assim tão palpável?”

 O Espiritismo é o sol de nossas vidas.

 Alegremo-nos em saber que não estamos sós, pois a morte foi desmistificada e todos os dias – na bendita seara espírita – temos provas da justiça e da perfeição absoluta das leis divinas. 

Cansados do vazio secular que nos invadia a alma em turvação, entre erros crassos, viciações e crimes, ora desperdiçando encarnações, ora malbaratando o tempo na erraticidade, fomos chamados à iluminação de nós mesmos. 

Eis a fonte de alegria perene dos nossos dias... Retirados dos escombros morais, resgatados por almas afins ou mentores espirituais, percorremos longos caminhos e estudos para estarmos aqui hoje, irmanados no grande ideal tão bem expressado nas obras básicas da Codificação.

 O Evangelho hoje renasce das cinzas a que foi relegado pela nossa própria ignorância, em tempos não tão longínquos... Incitam-nos Emmanuel e Bezerra de Menezes, entre outros benfeitores, a aplicarmos as lições de Jesus a nós, primeiramente, depois ao lar, por fim ao mundo... 

 Quanta alegria em saber que até os espinhos colaboram em nossa ascensão, ainda quando provenientes dos que mais amamos! 

 A mentora do médium Divaldo Pereira Franco, Joanna de Ângelis, na obra Alegria de Viver, nos faz um apelo sublime, mas não pela alegria estúrdia dos que riem sem saber o porquê. 

A referida obra concita-nos à alegria existencial, inspirada nas bem-aventuranças que o Cristo proclamou.

 A alegria do dever cumprido, da quitação, de conviver em sociedade, de saber obedecer a Deus. A bandeira de luz que levamos adiante é rota segura. Ainda nos momentos de dor suprema, termo inspirado em obra homônima do Espírito Victor Hugo, a misericórdia do Pai estende-se aos filhos sequiosos do pão da vida. 

Não há existência sem motivo, não há um homem sequer criado para a inutilidade, nada que nos alcance sem objetivo providencial e útil, quando vemos o mundo pela ótica espírita.

 As aflições são justas, ensina-nos O Evangelho segundo o Espiritismo, mas não cultuemos a dor e a expiação. 

 Que falar da justiça? O escritor Vinícius (Pedro de Camargo) escreveu que a lei mosaica era “prelúdio de justiça”, limitando a vingança a ato equivalente ao mal sofrido. Ou seja, visava impedir reações desproporcionais. “Nosso orbe  não chegou sequer a integrar-se no vetusto e rude dispositivo da legislação hebraica”, diz. 

Quanta alegria em conhecermos a justiça mais branda, inspirada na lição inesquecível do Mestre de nossas vidas, de fazer ao próximo o que gostaríamos que nos fizessem! 

 Que estejamos sendo veículos do prelúdio dessa outra justiça, mais espiritualizada, a do Cristo! Amando e reconstruindo vidas, em vez de apenas cumprir leis e regras para cercear e punir. 

Cultuando pensamentos, palavras e atos voltados ao bem, ainda que por ora sejamos meros vasos de barro, na acepção evangélica. 

Façamo-nos a pergunta: servimos a quem, sob a luz retumbante que rasgou os dogmas e o academicismo, iluminando-nos como ao peixinho vermelho, citado por Emmanuel em Libertação?

 Quanta gratidão à Doutrina de nossas vidas, que nos elucidou, após séculos de procuras infrutíferas, o verdadeiro sentido da caridade que salva! 

A definição surge em O Livro dos Espíritos, questão 886: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas”.

 Aprendemos que a caridade não se faz apenas com a moeda que sobra nos bolsos e aplicações financeiras, mas também no sorriso generoso, que se torna verdadeiro cartão de visita do espírita e dos ideais que professa. 

 Quantas benesses e quanto refrigério em saber que nossa elevação não depende de indulgências e favores, mas apenas de nós mesmos! Quanta justiça! 

Não se compra um céu de fantasias nem se herda um inferno injusto, mas se conquista a evolução, dia a dia, com a renovação moral. 

Que importam, então, as pequenas diferenças? 

 Aprendamos a servir amando, unidos, como uma família disciplinada ante o “dirigente” maior, Jesus.

 Quantas bênçãos temos colhido tão-só com o Evangelho no lar, evitando desastres!... Tenhamos em mente o desfavor das queixas. Quanto deixamos de sofrer com isso! Há uma justiça subliminar que a tudo permeia, em tudo conspirando a nosso favor... Kardec abriu a trincheira pela qual tantos bandeirantes da nossa Doutrina, abusando do codinome aplicado ao precursor paulista Cairbar Schutel, semearam ou estão semeando um futuro melhor para a humanidade terrena. 

Hoje, como nos tempos de Jesus, tudo parece desvirtuado, incorrigível. Mas o exército do bem nos sustentará, firmemente. 

 Os benfeitores estão por todos os lados, amparando-nos. Nunca estivemos sós. Quanta consolação nessa verdade! Quanto a isso, a plêiade do Espírito de Verdade não deixa dúvidas, em O Evangelho segundo o Espiritismo: Os Espíritos do Senhor, que são as virtudes dos Céus, qual imenso exército que se movimenta ao receber as ordens do seu comando, espalham-se por toda a superfície da Terra e, semelhantes a estrelas cadentes, vêm iluminar os caminhos e abrir os olhos aos cegos.

 Os que não alcançaram o oásis do Evangelho são os cegos, como já fomos um dia. Irmãos estorcegam aniquilados, outros zombam da realidade espiritual, mas no íntimo amargam o vazio existencial, sinal dos tempos que varrerão o egoísmo e o orgulho do planeta-escola. 

 Espíritas, herdeiros dos mártires à excelsa Codificação, amparemos o próximo! Felizes pelo despertar gradual, mas compungidos ante a dor alheia, recordemos a menina Júlia e Kardec, há 152 anos, testemunhando: Jesus! Estou aqui! 

Reformador Junho 2010

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Autorrealização e Desencarnação

O contexto em que o ser humano está inserido atualmente no planeta Terra exige dele uma série de responsabilidades, dedicação e pressão para obtenção de uma vida material privilegiada. Muitos que conseguem êxito nesta missão passam a valorizar e buscar ainda mais prestígio, sucesso e poderio econômico. 

“Assimilando facilmente determinados ‘chavões’ gerados pela irresponsabilidade, tais como: ‘viva a sua vida’, ‘morreu acabou tudo’, (o homem) passou a viver única e exclusivamente em função da sua pessoa, enveredando dessa forma, pelos tortuosos caminhos da insatisfação, da angústia e do medo”.

 Estamos deparando com um grande problema da sociedade contemporânea. A ambição e o desejo de alcançar uma vida próspera e tranquila financeiramente faz com que o homem se esqueça do bem que realmente deve lutar pra conquistar: a paz interior. 

Muitos, ainda, diante de desilusões e decepções ao longo da vida, investem alto na aquisição de propriedades e bens materiais, pensando conseguir assim preencher o vazio deixado pela lacuna sentimental. 

“O apego as coisas materiais constitui sinal notório de inferioridade, porque, quanto mais se aferra aos bens deste mundo, tanto menos compreende o homem o seu destino. Pelo desinteresse, ao contrário, demonstra que encara de um ponto mais elevado o futuro”. 

A vida na Terra tem um propósito importante para cada ser que aqui reencarna. Não estamos a passeio e temos compromissos assumidos que devem ser cumpridos. Fugir deles, dos enfrentamentos, das dificuldades, configura-se como uma omissão à própria evolução destinada ao Espírito. 

Após a desencarnação valores materiais não serão levados, entretanto, as conquistas do Espírito são eternas. Nomes como Fransisco de Assis, Albert Schweitzer e Adolfo Bezerra de Menezes são grandes exemplos de renúncia em busca da autorrealização e do encontro com a verdadeira essência da vida...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Esforço Pessoal

As grandes conquistas da Humanidade têm começo no esforço pessoal de cada um.

 Disciplinando-se e vencendo-se a si mesmo, o homem consegue agigantar-se, logrando resultados expressivos e valiosos. 

 Estas realizações, no entanto, têm início nele próprio. 

 E possível que não consigas descobrir novas terras, a fim de te tornares célebre. Todavia, poderás desvelar-te interiormente para o bem, fazendo-te elemento precioso no contexto social onde vives. 

  Certamente, não lograrás solucionar o problema da fome na Terra. Não obstante, poderás atender a algum esfaimado que defrontes, auxiliando a diminuir o problema geral.

  Não terás como evitar os fenômenos sísmicos desastrosos que, periodicamente, abalam o planeta. Assim mesmo, dispões de recursos para que a onda de acidentes morais não dizime vidas preciosas ao teu lado.

 De fato, não terás como impedir as enfermidades que ceifam as multidões que lhes tombam, inermes, ao contágio avassalador.

 Apesar disso, tens condições de oferecer as terapias preventivas do otimismo, da coragem e da esperança.  

Diante das ameaças de guerra, das lutas e do terrorismo existentes que matam e mutilam milhões de homens, te sentes sem recursos para fazê-los cessar, mudando-lhes o rumo para a paz. 

Entretanto, a tua conduta pacífica e os teus esforços de amor serão instrumentos para gerar alegria e tranqüilidade onde estejas e entre aqueles com os quais compartes as tuas horas.  

A violência urbana e a criminalidade reinantes não serão detidas ao preço dos teus mais sinceros desejos e tentativas honestas. 

Sem embargo, a tarefa de educação que desempenhes, modesta que seja, influenciará alguém em desalinho, evitando-lhe a queda no abismo da agressividade.

  As sucessivas ondas de alienação mental e suicídios, que aparvalham a sociedade, não cessarão de imediato sob a ação da tua vontade. 

Muito embora, a tua paciência e bondade, a tua palavra de fé e de luz, conseguirão apaziguar aquele que as receba. 

Oferecendo-lhe reajuste e renovação. 

 Naturalmente, o teu empenho máximo não alterará o rumo das Leis de gravitação universal. Mas, se o desejares, contribuirás para o teu e o equilíbrio do teu próximo, em torno do Sol de Primeira Grandeza que é Jesus.

  Os problemas globais merecem respeito. Mas, os individuais, que se somam, produzindo volume, são factíveis de solução.

 A inundação resulta da gota de água. 

 A avalanche se dá ante o deslocamento de pequenas partículas que se desarticulam. 

 A epidemia surge num vírus que venceu a imunização orgânica. 

 Desta forma, faze a tua parte, mínima que seja, e o mundo melhorar-se-á. 

 A sociedade, qual ocorre com o indivíduo. é o resultado de si mesma. 

 Reajustando-se o homem, melhora-se a comunidade. E, partindo do teu empenho pessoal, para ser mais feliz, ampliando a área de bem-estar para outros, o mundo se fará mais ditoso e o mal baterá em retirada. 

   Divaldo Pereira Franco. 
Da obra: Momentos de Coragem. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL, 1988.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Casamento e Família

Diante das contestações que se avolumam, na atualidade, pregando a reforma dos hábitos e costumes, surgem os demolidores de mitos e de Instituições, assinalando a necessidade de uma nova ordem que parece assentar as suas bases na anarquia. 

 A onda cresce e o tresvario domina, avassalador, ameaçando os mais nobres patrimônios da cultura, da ética e da civilização, conquistados sob ônus pesados, no largo processo histórico da evolução do homem.

 Os aficionados de revolução destruidora afirmam que os valores ora considerados, são falsos, quando não falidos, e que os mesmos vêm comprimindo o indivíduo, a sociedade e as massas, que permanecem jungidos ao servilismo e à hipocrisia, gerando fenômenos alucinatórios e mantendo, na miséria de vários matizes, grande parte da humanidade. 

Entre as Instituições que, para eles, se apresentam ultrapassadas, destacam o matrimônio e a família, propondo a promiscuidade sexual, que disfarçam com o nome de "amor livre", e a independência do jovem, imaturo e inconseqüente, sob a justificativa de liberdade pessoal, que não pode nem deve ser asfixiada sob os impositivos da ordem, da disciplina, da educação... 

 Excedendo-se, na arbitrariedade das propostas ideológicas ainda não confirmadas pela experiência social nem pela convivência na comunidade, afirmam que a criança e o jovem não são dependentes quanto parecem, podendo defender-se e realizar-se, sem a necessidade da estrutura familiar, o que libera os pais negligentes de manterem os vínculos conjugais, separando-se tão logo enfrentam insatisfações e desajustes, sem que se preocupem com a prole. 

 Não é necessário que analisemos os problemas existenciais destes dias, nem que façamos uma avaliação dos comportamentos alienados, que parecem resultar da insatisfação, da rebeldia e do desequilíbrio, que grassam em larga escala. 

 A monogamia é conquista de alto valor moral da criatura humana, que se dignifica pelo amor e respeito ao ser elegido, com ele compartindo alegrias e dificuldades, bem-estar e sofrimentos, dando margem às expressões da afeição profunda, que se manifesta sem a dependência dos condimentos sexuais, nem dos impulsos mais primários da posse, do desejo insano. 

 Utilizando-se da razão, o homem compreende que a vida biológica é uma experiência muito rápida, que ainda não alcançou biótipos de perfeição, graças ao que, é frágil, susceptível de dores, enfermidades, limitações, sendo, os estágios da infância como o da juventude, preparatórios para os períodos do adulto e da velhice.

 Assim, o desgaste e o abuso de agora tornam-se carência e infortúnio mais tarde, na maquinaria que deve ser preservada e conduzida com morigeração.

 Aprofundando o conceito sobre a vida, se lhe constata a anterioridade ao berço e a continuidade após o túmulo, numa realidade de interação espiritual com objetivos definidos e inamovíveis, que são os mecanismos inalienáveis do progresso, em cujo contexto tudo se encontra sob impositivos divinos expressos nas leis universais. 

 Desse modo, baratear, pela vulgaridade, a vida e atirá-la a situações vexatórias, destrutivas, constitui crime, mesmo quando não catalogado pelas leis da justiça, exaradas nos transitórios códigos humanos.

 O matrimônio é uma experiência emocional que propicia comunhão afetiva, da qual resulta a prole sob a responsabilidade dos cônjuges, que se nutrem de estímulos vitais, intercambiando hormônios preservadores do bem estar físico e psicológico.

 Não é, nem poderia ser, uma incursão ao país da felicidade, feita de sonhos e de ilusões. Representa um tentame, na área da educação do sexo, exercitando a fraternidade e o entendimento, que capacitam as criaturas para mais largas incursões na área do relacionamento social.

 Ao mesmo tempo, a família constitui a célula experimental, na qual se forjam valores elevados e se preparam os indivíduos para uma convivência salutar no organismo universal, onde todos nos encontramos fixados.

 A única falência, no momento, é a do homem, que se perturba, e, insubmisso, deseja subverter a ordem estabelecida, a seu talante, em vãs tentativas de mudar a linha do equilíbrio, dando margem às alienações em que mergulha. 

 Certamente, muitos fatores sociológicos, psicológicos, religiosos e econômicos contribuíram para este fenômeno. 

Não obstante, são injustificáveis os comportamentos que investem contra as Instituições objetivando demoli-las, ao invés de auxiliar de forma edificante em favor da renovação do que pode ser recuperado, bem como da transformação daquilo que se encontre ultrapassado.

 O processo da evolução é inevitável. Todavia, a agressão, pela violência, contra as conquistas que devem ser alteradas, gera danos mais graves do que aqueles que se buscam corrigir.

 O lar, estruturado no amor e no respeito aos direitos dos seus membros, á a mola propulsionadora do progresso geral e da felicidade de cada um, como de todos em conjunto. 

 Para esse desiderato, são fixados compromissos de união antes do berço, estabelecendo-se diretrizes para a família, cujos membros se voltam a reunir com finalidades específicas de recuperação espiritual e de crescimento intelecto-moral, no rumo da perfeição relativa que todos alcançarão. 

 Esta é a finalidade primeira da reencarnação.

 A precipitação e desgoverno das emoções respondem pela ruptura da responsabilidade assumida, levando muitos indivíduos ao naufrágio conjugal e á falência familiar por exclusiva responsabilidade deles mesmos. 

 Enquanto houver o sentimento de amor no coração do homem e ele sempre existirá, por ser manifestação de Deus ínsita na vida o matrimônio permanecerá, e a família continuará sendo a célula fundamental da sociedade. 

 Envidar esforços para a preservação dos valores morais, estabelecidos pela necessidade do progresso espiritual, é dever de todos que, unidos, contribuirão para uma vida melhor e uma humanidade mais feliz, na qual o bem será a resposta primeira de todas as aspirações. 

  Divaldo Pereira Franco. Da obra: Antologia Espiritual. 
Ditado pelo Espírito Benedita Fernandes.

Casamento, Divórcio e Lesões Afetivas (vídeo)


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Conclusão Espírita

Ante o serviço da Seara Espírita Cristã, há quem recue, alegando carregar consigo excessiva carga de defeitos e imperfeições.

 Entretanto, ponderemos: Se tivéssemos resolvido todos os nossos problemas da vida externa... 

Se todos os nossos conflitos interiores quedassem extintos... 

Se fôssemos Espíritos tão elevados que atraíssemos criaturas enobrecidas... 

Se houvéssemos pago todos os débitos de nossas existências passadas, a ponto de conservarmos em nosso grupo afetivo ou doméstico apenas amigos de eleição...

 Se vivêssemos inatingíveis a desejos inferiores... 

Se guardássemos conosco todos os valores da educação...

 Se estivéssemos tão intimamente unidos ao poder do bem, que não considerássemos, de modo algum, a existência do mal, ainda mesmo quando o mal nos fustigue... 

Se possuíssemos uma fé absoluta... 

Se amássemos a todos os nossos irmãos, quaisquer que sejam, como Jesus nos amou...

 Se já fossemos tão humildes, que conseguíssemos atribuir unicamente a Deus a autoria e a posse dos bens de que sejamos depositários e instrumentos na vida, reservando para nós simplesmente o privilégio do dever retamente cumprido... 

Decerto que o esforço espiritual cristão, em nosso caminho, careceria de significado, porquanto a nossa presença em serviço não seria no clima da Terra, mas sim na cúpula da Direção Divina no Mundo, em plena glória celestial. 

 Espírito: Albino Teixeira

sábado, 3 de novembro de 2012

Espíritas e Frequentadores de Centro

A cada dia que passa, maior número de pessoas tem procurado os recursos do Espiritismo para a solução dos seus problemas mais aflitivos. 

Por isso, as sessões públicas frequentemente estão repletas. 

Talvez um dos fatores que estão colaborando para isto seja a redução gradativa do preconceito que existia contra a Doutrina, graças à ampla divulgação através dos veículos de difusão.

 Entretanto, continua reduzidíssimo o número dos que efetivamente trabalham na Seara do Mestre. 

A grande maioria se contenta em receber.

 São reconhecidos pelos benefícios recebidos e esperam continuar merecendo os recursos espirituais indefinidamente. 

Permanecem encantados com os ensinamentos consoladores do Espiritismo, com as maravilhas da mediunidade com Jesus, com a caridade praticada na Seara ou mesmo com os próprios médiuns. 

Contentam-se com a adoração passiva que tem sido a sua atitude característica há séculos. 

 Podemos, pois, dividir os assistentes das instituições espíritas em dois grupos: um, reduzido, que se desdobra na execução das múltiplas tarefas, que precisam ser executadas, e outro, numeroso, que se limita a receber, acreditando que o céu que não conseguiu conquistar frequentando os templos tradicionais, pode obtê-lo, agora, a expensas da amizade dos Espíritos Superiores. 

 Como despertar esta grande multidão que dorme? 

 Como faze-Ia passar da inatividade para a luta constante e efetiva na seara do Bem? 

 Como levá-Ia a entender que a Doutrina é o roteiro que impulsiona o progresso espiritual, quando verdadeiramente vivida? 

 Estarão sendo eficazes os métodos de estudo usados atualmente nos Centros? 

 É possível que as respostas a estas questões só apareçam depois de muita reflexão. 

Mas uma coisa é certa: a única solução é orientar os frequentadores a conhecer a Doutrina Espírita com maior profundidade, a fim de que possam adotar os comportamentos que caracterizam os espíritas conscientes. 

Se não tomarmos medidas urgentes, correremos o risco de permitir que o Espiritismo seja concebido, pela massa de frequentadores que cresce dia a dia, como mais uma religião que garante aos seus seguidores a salvação pela simples aceitação dos seus ensinamentos e o comparecimento passivo às suas reuniões.

 Reformador (FEB) Abril 1981

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

O verdadeiro Espírita

Ninguém deve procurar no Espiritismo senão o que possa concorrer para o seu progresso moral e intelectual, porque o objetivo supremo do Espiritismo é melhorar os homens, é promover a reforma moral da criatura humana. 

 O verdadeiro espírita não é certamente aquele que crê nas manifestações, porém, aquele que se aproveita dos ensinos que os Espíritos nos têm dado, no sentido de praticar os velhos princípios cristãos, que agora, estão sendo restabelecidos nas mesmas bases em que Jesus Cristo os erigiu, naquela pureza primitiva, simples e divina, sem ídolos, dogmas e ritualismo, sem culto externo, nem atos litúrgicos. 

 A doutrina espírita não se impõe, não é intolerante, nem exclusivista. É, na realidade, a concretização perfeita do Cristianismo na pureza e humildade dos tempos de Jesus.

 Ela está triunfando evidentemente porque nasceu nos braços da ciência, que é a sua base fundamental, evolve com os princípios da mais espiritualizada filosofia e colima (observa por meio de um instrumento apropriado) necessariamente a religião primitiva de Jesus-Cristo, nosso divino Mestre, Senhor e Salvador. 

Ela, apoiada nesse fundamento, jamais estacionará, acompanhará naturalmente, como doutrina progressista que o é, a ciência, incorporando ao seu patrimônio doutrinário as descobertas e revelações científicas, combatendo sempre o milagre, a crendice, o maravilhoso, o sobrenatural, as superstições e defendendo, intransigentemente, o livre exame e a liberdade de pensamento e de consciência. 

Combate o erro e a má fé, a hipocrisia e o fanatismo.

 O Espiritismo é a religião do foro íntimo, do culto das virtudes, cristãs; não tem ritos, sacramentos e cerimônias. 

Está fundado num princípio eterno: "Fora da caridade não há salvação". 

Conhecem-se os verdadeiros espíritas, que são sacerdotes da própria salvação, pelo constante empenho e viva preocupação de se fazerem cada vez melhores e se tornarem úteis e bons servidores dos seus semelhantes.

 Os que se dizem espíritas, mas não se esforçam para promover o seu aperfeiçoamento espiritual, podem ser considerados convencidos da doutrina, porém, nunca convertidos à doutrina. 

Os verdadeiros espíritas, os espíritas cristãos, não fazem jamais o mal e não perdem oportunidade de fazer o bem. 

Amam o amigo e muito mais ainda o inimigo. Aliás, devo observar que os espíritas não podem ter inimigos. 

São sempre amigos sinceros de todos, leais, desprendidos e desinteressados, porque não podem ser espíritas os que exploram ou enganam os seus semelhantes; os que se ocupam de cartomancia, sortilégios ou adivinhação para iludir e mistificar, atribuindo-se falsas faculdades para embair a boa fé dos ignorantes. 

Todo trabalho ou serviço prestado, em nome do Espiritismo, não deve absolutamente visar qualquer remuneração ou recompensa direta ou indireta, uma vez que sabemos que a caridade é a alma da nossa doutrina. 

Sejamos bons, humildes e virtuosos, façamos sempre o bem e nunca o mal e estaremos naturalmente caminhando para Jesus, nosso divino Senhor.

 Djalma Farias Reformador (FEB) Novembro 1947