quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Yuri de Lima Barbosa (URGENTE!!!)


O menino de apenas 5 anos, que pode perder completamente a visão por falta de encaminhamento para a cirurgia só conseguiu agendar uma consulta através da rede pública para o dia 30 de novembro. 

Yuri de Lima Barbosa, que corre contra o tempo devido a um deslocamento de retina, acabou ficando preso na burocracia dos atendimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) com a falta de vagas.

 A criança tem hoje apenas 15% de visão da vista direita e 18% da vista esquerda.

 Apesar do apelo dos pais para que a cirurgia de Introflexão Escleral seja feita o quanto antes, já que quanto mais tempo passar, menor as chances da visão voltar completamente, o menino continua aguardando para atendimento que poder dar o encaminhamento. 

 Segundo a mãe, a Secretaria de Saúde entrou em contato com a família logo após a publicação da matéria, mas deram apenas um protocolo para a marcação de uma consulta. “No mesmo dia estive na sede da secretaria e de lá me deram o protocolo para marcar a consulta em uma clínica particular conveniada. Mas só consegui marcar para o dia 30 de novembro”, lamentou Paula. 

 Entenda o caso

 Segundo a família, o problema do menino começou quando nasceu, e foi submetido a exposição de luz prematuramente, já que nasceu de seis meses, o que causou o deslocamento de retina. 

Na época, os médicos disseram que ele sofria de perda de reflexo vermelho, o que poderia ser tratado, diagnóstico errado que provocou a perda quase completa da visão.

 “O problema começou na maternidade, ele nasceu prematuro e foi submetido a foto e oxigenoterapia. Os médicos dizem que o problema foi a exposição da luz muito cedo. Mas de qualquer forma, depois de um mês e 25 dias ele foi liberado. Só percebi que havia algo errado quando ele completou seis meses, engatinhava e batia nas coisas”, disse Paula. 

 Na ocasião, Paula levou o bebê à consulta oftalmológica na rede pública, onde deram o diagnóstico de que ele sofria de perda de visão vermelha, o que segundo o especialista, poderia ser tratado sem necessidade de cirurgia. 

O diagnóstico correto só chegou dois meses depois, quando a família pagou por uma consulta particular. “Na época a cirurgia poderia reaver até 100% da visão dele, mas depois de tanta espera a médica diz que o quanto antes fizer a intervenção melhor. 

A cirurgia no início seria mais fácil, mas como ele já tem cinco anos, os especialistas dizem que a retina dele encolheu, vai precisar fazer um enxerto. 
Ele tem o tipo três de deslocamento”, lamentou a mãe. 

 A família decidiu apelar para a justiça, e há cerca de dois anos anda um processo para que o menino consiga a cirurgia, mas o menino corre contra o tempo para voltar a enxergar, já que as chances vão diminuindo com o passar dos anos.

 “Sabemos que a cirurgia não é feita em Petrópolis e fomos descobrir que só é feita em Sorocaba, São Paulo. Chegamos a entrar em contato com o hospital para tentar arcar com as despesas, mas são muito altas. E para que a operação seja feita pela rede pública precisamos de encaminhamento do SUS. O que não estamos conseguindo”, disse.

 A última consulta oftalmológica que o menino esteve presente, segundo a família, aconteceu no fim do ano passado, marcada pelo Fórum, devido ao processo. 

 “O médico confirmou o laudo de deslocamento de retina e a necessidade de uma cirurgia, mas não deu o encaminhamento. Não sabemos o que fazer para que ele seja operado, já fizemos o que podíamos, o que não quero é que meu filho perca completamente a visão se ele ainda tem chances de voltar a enxergar”.

 Segundo Paula, Yuri tem andado estressado e triste e o problema vem atrapalhando seu desenvolvimento na escola.

 O menino vê apenas vultos, por exemplo, se ele olha uma fotografia ele enxerga apenas as bordas e mesmo assim se o fundo for branco.

 “Ele tem andado muito agitado e quando não consegue ver algo fica nervoso e chora. O pediatra falou para colocá-lo numa escola especializada, mas queremos é que ele passe pela cirurgia, para que ele tenha a chance de voltar a enxergar. Mesmo que a probabilidade seja de 80%, já é muito para uma criança que vê hoje apenas 15%”, disse.

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