quinta-feira, 28 de abril de 2022

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 14


 

A Missão dos Pais


Os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Se as várias áreas de estudo do comportamento e desenvolvimento humano denotam, de há muito, o papel fundamental desempenhado pelos pais na educação e, consequentemente, na vida dos filhos, a Doutrina dos Espíritos reforça e amplia o entendimento dessa responsabilidade, trazendo à tona o reconhecimento de que a infância é, para o Espírito, especial período para o seu desenvolvimento onde ele2 é mais acessível às impressões que recebe, capazes de lhe auxiliarem o adiantamento, para o que devem contribuir os incumbidos de educá-lo, denotando também a responsabilidade dos pais nesse processo. Outra afirmativa da Espiritualidade superior corrobora, ainda, a grande tarefa da paternidade, ante a resposta à pergunta formulada por Allan Kardec: Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais sobre o filho depois do nascimento deste? 
Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho. Cientes assim da responsabilidade da mãe e do pai para com seus filhos, observamos, ao longo do tempo, mudanças no seu desempenho, a mulher ampliando o seu papel social, assumindo, além das tarefas do lar e da maternidade, também um importante papel na sociedade, tornando-se extremamente ativa e participativa no mercado de trabalho. 
Por outro lado, o homem cada vez mais auxiliando e compartilhando das tarefas domésticas, em especial, a educação dos filhos. Passa o homem a perceber-se não somente como provedor dos recursos materiais para a subsistência familiar, como autoridade dentro do lar, papéis hoje divididos com a figura da mulher, mas também como responsável pelo cuidado e educação dos filhos. Vemos, dessa forma, pais interessados em informar-se sobre métodos de educação, buscando cursos, vídeos, livros, recursos diversos que os auxiliem no melhor desempenho do seu papel enquanto educadores de seus filhos. 
Contudo, em particular, encontramos pais cada vez mais sensibilizados para a consciência de que o seu exemplo de conduta será o recurso chave para a formação moral do Espírito que lhes está confiado por Deus, com vistas à sua condução pelas sendas do bem, consoante a afirmativa de Kardec de que a educação moral consiste na arte de formar caracteres, a que incute hábitos, porquanto a educação é o conjunto dos hábitos adquiridos. 
Sendo assim, observamos pais preocupados quanto aos seus atos, aos seus costumes, suas atitudes em sociedade, seus hábitos, que são objeto de observação e de referência na formação dos filhos que lhes compartilham o cotidiano dentro e fora do lar. Constatamos aí a sabedoria e bondade divinas, ensejando a oportunidade de que reforme os seus próprios caracteres o homem adulto, que assume esse papel na condição de pai. Oportunidade de romper com as barreiras do egoísmo; de olhar mais para o próximo que lhe chega na condição de filho e lhe proporcione a própria mudança de hábitos, visando o bem e o desenvolvimento deste último. Por isso, abre mão, muitas vezes, de seus prazeres e de sua vontade, em função do pequeno ser que lhe requer cuidados, atenção, dedicação e, principalmente, exemplos de retidão, honradez e condutas adequadas para a sua formação moral. Tudo isso com vistas ao desenvolvimento e progresso desse Espírito que lhe foi confiado por empréstimo pela misericórdia divina. 
É o amor ao próximo ensejando o próprio bem da criatura. Cada vez mais conscientes, tanto pais quanto mães, de que a melhor escola ainda é o lar, onde a criatura deve receber as bases do sentimento e do caráter, encontrarão certamente desafios para o adequado desempenho de suas tarefas, que requerem a sua própria transformação íntima. Terão, por certo, o amparo constante da Espiritualidade amiga a lhes inspirar os bons propósitos, como também a Doutrina Espírita no papel do Consolador enviado por Jesus a nortear os seus caminhos. 


O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 13


 

Evocação dos Espíritos... Livro dos Médiuns


Evocação dos espíritos – Livro dos Médiuns 
Quantas vezes não ouvimos falar da brincadeira do copo, aquela em que pessoas se reúnem em volta de uma mesa com um copo para evocar espíritos? 
Ou então, na brincadeira do compasso que tem o mesmo objetivo? E ainda, atualmente, filmes que possuem esta temática (evocação dos espíritos) estão ganhando cada vez mais o cenário mundial. Com os avanços tecnológicos, os longas passaram a ficar mais reais, gerando assim, uma maior emoção nos telespectadores. 
O que a doutrina espírita tem a nos dizer sobre a evocação dos espíritos? A palavra “evocar”, que vem do latim “evocare”, significa chamar alguém, de algum lugar. Segundo, dicionários da língua portuguesa, isto está ligado chamado de seres espirituais, Allan Kardec, na obra O Livro dos Médiuns, fala a respeito da comunicação dos espíritos, que pode ser espontânea ou vir ao nosso chamado. “Espíritos podem se comunicar espontaneamente ou vir a nosso chamado, quer dizer, sob evocação”. E completou: "O apelo direto feito a um Espírito determinado é um laço entre ele e nós. Chamamos por nosso desejo e assim opomos uma espécie de barreira aos intrusos. 
Sem um apelo direto, um Espírito não teria motivo de vir a nós, se não for o nosso Espírito familiar.” Ou seja, a partir do momento em que desejamos nos comunicar com um espírito determinado é necessário evocá-lo, já que as chamadas comunicações espontâneas não são inconvenientes, além disso, devemos esperar aqueles que desejam se manifestar. “As comunicações espontâneas não têm nenhum inconveniente quando controlamos os Espíritos e temos a certeza de não deixar que os maus venham a dominar. Então é quase sempre conveniente aguardar a boa vontade dos que desejam manifestar-se. Pois o pensamento deles não sofre, dessa maneira, nenhum constrangimento e podemos obter comunicações admiráveis. Enquanto o Espírito evocado pode não estar disposto a falar ou não ser capaz de o fazer no sentido que desejamos. Aliás, o exame escrupuloso que aconselhamos é uma garantia contra as más comunicações”. (Livro dos Médiuns) Evocação dos espíritos A doutrina nos ensina também que pode-se evocar todos os Espíritos de qualquer grau de escola a que pertença. Ou seja, os bons; os maus. Aqueles que desencarnam recentemente ou até mesmo aquele que desencarnaram há mais tempo. Porém, como foi dito acima, se desejamos nos comunicar, devemos evocar determinado espírito. Como deve ser feita a evocação ?Allan Kardec, diz o seguinte: “Assim que se deseja comunicar com espírito determinado, é necessário evocá-lo. Se pode vir, obtém-se por resposta: Sim, estou aqui; ou ainda: Que querem de mim? Algumas vezes, entra diretamente na matéria respondendo por antecipação às perguntas que se lhe propunha dirigir. 
Quando se evoca um Espírito pela primeira vez é conveniente designá-lo com alguma precisão. Deve-se evitar a perguntas formuladas de maneira dura e imperativa, que podem afastá-lo. As perguntas devem ser afetuosas ou respeitosas, conforme o Espírito, e em todos os casos revelar a benevolência do evocador. Qual deve ser o papel do médium diante da evocação? 
As evocações oferecem, frequentemente, mais dificuldades aos médiuns que os ditados espontâneos, sobretudo quando se trata de obter respostas precisas e perguntas circunstanciadas. Para tanto são necessários médiuns especiais, ao mesmo tempo flexíveis e positivos, e já vimos que eles são muito raros. Porque, como já dissemos, as relações fluídicas nem sempre se estabelecem instantaneamente com o primeiro Espírito que se apresenta. 
Convém, que os médiuns não se entreguem a evocações para perguntas detalhadas sem estarem seguros do desenvolvimento de suas faculdades e da natureza dos Espíritos. Pois com os que são mal assistidos as evocações não podem ter nenhum caráter de autenticidade. Para finalizar, Allan Kardec apresenta “dicas” de como o médium deve agir na evocação dos espíritos. Confira: Ele não deve aceder a esse desejo, senão com reserva no tocante às pessoas, sobre a sinceridade das quais não estejam completamente seguros de se pôr em guarda contra as armadilhas que pessoas malfazejas possam lhe preparar; Não se prestarem, sob nenhum pretexto, a essas evocações, se perceberem de curiosidade e de interesse e não uma intenção séria de parte do evocador, de se recusarem a servir para qualquer questão ociosa ou que não esteja no âmbito das que racionalmente se podem propor aos Espíritos. As perguntas devem ser feitas com clareza, nitidez e sem segundas intenções para se obterem respostas positivas. Não fazer senão com muita prudência as evocações na ausência de pessoas que as pedem. É preferível não fazê-las.  
O médium, em uma palavra, deve evitar tudo o que poderia transformá-lo em agente de consulta, o que, aos olhos de muita gente, é sinônimo de leitor de sorte”.

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 12


 

O Evangelho responde: Perdão



Evangelho: O que significa perdoar? 
Para você, o que significa realmente perdoar? 
A obra O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo X, fala sobre o Perdão das Ofensas, que é uma virtude necessária para a nossa evolução moral. E ainda, a doutrina reafirma um dos ensinamentos de Jesus, que diz: “Quantas vezes perdoarei a meu irmão? Perdoar-lhe-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete”. 
Com isso, perdoar é um ato simples, puro e singelo expressos em corações de brandos e pacíficos. Ainda em O Evangelho Segundo o Espiritismo, o espírito Simeão e o apóstolo Paulo escreveram sobre o Perdão das Ofensas: “Bem-aventurados os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia”. Desse modo, esta afirmação nos faz refletir sobre os nossos erros, além de compreender que somos falhos e ofensores quanto àqueles que nos ofenderam. Perdão das ofensas Ainda de acordo com o E.S.E, o apóstolo Paulo, em mensagem, fala: “Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo próprio; perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar-se melhor do que era. Perdoai, pois, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, porquanto, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se usardes de rigor até por uma ofensa leve, como querereis que Deus esqueça de que cada dia maior necessidade tendes de indulgência?” Entretanto, apesar de compreendermos a verdade desta afirmação porque temos dificuldades em perdoar? 
Primeiramente, porque somos seres imperfeitos, e ainda, estamos em evolução. E só nos colocamos no lugar do outro a partir do momento em que a dor aparece. E ainda, em razão de possuirmos crenças negativas de que perdoar é “ser apático” com os erros, e até mesmo, aceitar de forma passiva tudo o que os outros fazem, acabamos aceitando manipulações, desrespeitos, etc. 
O que significa perdoar? 
Perdoar não diz respeito a apoiar comportamentos que geram dores tanto físicas como emocionais; Não é “ser conivente” com as condutas inadequada; O simples ato de perdoar é: Compreender o outro, seus limites, suas razões, sem deixar de lado nossos direitos e nossos limites; Para perdoar é preciso avaliar, já que toda opinião que nós emitimos, assim como nossos pensamentos, são resultados de uma série de conhecimentos que adquirimos ao longo do tempo. Para finalizar, para alcançarmos o perdão, temos que nos colocar no lugar do outro; manter distância de problemas e discussões; não devemos agir por impulso ou termos reações exageradas. Portanto, temos que nos desligar tanto mentalmente como emocionalmente de fatos ou pessoas que causam desequilíbrio. Vale lembrar que esse desligar não é se tornar frio, mas sim, deixar de alimentar emoções alheias. E a partir deste momento, passamos a enxergar o outro, deixar de lado situações problemáticas, além de nos libertar de conflitos. Com isso, conseguimos compreender sobre tanto a si mesmo como aos outros. 
Além disso, este desligamento, permite o perdoar de coração com uma maior facilidade. Não perdoe em vão. Seja misericordioso, amoroso, assim como Jesus nos ensinou. Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente. Recorda que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhe são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas. (Chico Xavier)

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 11


 

Filhos dependentes dos pais


Uma situação bastante comum, era os pais serem cuidados por seus filhos. Mas nos últimos tempos é grande o número de filhos dependentes de seus pais, tanto dependem de maneira emocional, como financeiramente. Os filhos estão saindo cada vez mais tarde da casa de seus pais. O que será que tem levado este adiamento e podemos até citar esta falta de amadurecimento por parte dos filhos? Ou um excesso de proteção por parte dos pais? 
Na questão 773, Allan Kardec em O Livro dos Espíritos nos apresenta no capítulo VII, no item III, em Laços de Família o seguinte ensinamento: “Por que entre os animais pais e filhos deixam de se reconhecer, quando os últimos não precisam mais de cuidados? 
Os animais vivem a vida material e não a moral. A ternura da mãe pelos filhos tem por princípio o instinto de conservação aplicado aos seres que deu à luz. Quando esses seres podem cuidar de si mesmos sua tarefa está cumprida e a natureza nada mais lhe exige. É por isso que ela os abandona para se ocupar de outros que chegam”. Antes era certo que o filho ao atingir a maioridade, sairia de casa. Mas o que vemos são filhos se casando cada vez mais tarde e e mesmo casados continuam a morar com seus pais, além de tudo, os pais se veem obrigados a criarem até os netos. 
Em Gênesis 2:24 diz o seguinte: “Por esse motivo é que o homem deixa a guarda de seu pai e sua mãe, para se unir à sua mulher, e eles se tornam uma só carne”. Num primeiro instante pode parecer bastante cômodo para ambas as partes continuar morando na casa dos pais. Tanto para os pais que não querem ficar longe de seus filhos, como para os filhos que não querem largar a “barra da calça” de seus pais. Porém com o passar do tempo, as coisas não ficam tão boas assim. Porque tem aquele velho ditado “Quem casa, quer casa”. Até porque os filhos que moram com os pais, dão total abertura e liberdade para que os pais sintam-se no direito de continuar a dar palpites em suas vidas. 
E este é o papel dos pais. Estão no seu total direito. Além do mais, os pais necessitam de um descanso. Não é justo ter que continuar a manter os filhos mesmo depois de adultos. 
A paternidade e a maternidade são missões das mais significativas sobre a face da Terra. Você que é pai e você que é mãe estejam atentos aos seus compromissos porque, indubitavelmente, irão responder pela falta ou excesso de proteção que derem aos seus filhos. Nessa difícil arte de educar os filhos, seria bom que os pais fizessem a si mesmos as seguintes questões: Será mesmo necessário que ambos trabalhemos (pai e mãe), deixando nossos filhos aos cuidados de empregados? Será que se morrer hoje, terei deixado aos meus filhos, a mais valiosa das heranças, o exemplo?

O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap 10




 

A importância da Prece antes de dormir


Todos nós devemos fazer uso da prece antes de dormir, e principalmente aquelas pessoas que tem o chamado “pesadelo”, que é o encontro com espíritos perversos; e também aquelas almas que aproveita este momento para se encontrar com espíritos sem luz, assim vivenciando os seus maus instintos com frequência, nesta questão é necessário começar a mudar os princípios, e seguir mais adequadamente os ensinamentos de Jesus. As nossas atitudes diárias tem muito haver com a qualidade dos desdobramentos, se você teve um dia com irritação, com pensamentos ruins, carregando raiva, desrespeitando o seu corpo, enfim com sentimentos e atitudes de baixa vibração, tudo isso implica para você ter sonhos sem luz, pois espíritos que ainda não alcançaram entendimento, podem criar situações de pânico para nos abater durante o sono e acordamos ainda pior do que quando fomos dormir. O que se pode fazer para ter um sono tranquilo e edificante? Prece sincera nos momentos antes de dormir, atitudes de caridade, e colocar o máximo possível em pratica o que Jesus nos ensinou. Não é necessário prece formulada, a melhor prece é a simples, com as suas palavras, usando a sinceridade, pedindo a Jesus iluminação para a sua alma durante o descanso do corpo físico, e que seu guia espiritual lhe guarde na libertação temporária do corpo. Abaixo coloco uma prece que gosto muito de Allan Kardec: "Minha alma vai se encontrar por um instante com os outros espíritos. Que aqueles que são bons venham me ajudar com os seus conselhos. Meu anjo guardião, fazei com que, ao despertar, eu conserve deles uma impressão durável e salutar." 
Que assim seja!