sábado, 26 de janeiro de 2019

Sorria...


Um roqueiro no Além (Rádio Novela)


Evolução do princípio espiritual

Não sabemos ainda como se deu a criação do espírito, pois a sua geração pela vontade suprema do Criador perde-se na eternidade, numa época em que a consciência espiritual se escondia na intimidade da mônada divina, recém-criada e individualizada e ainda sem noção de si mesma, por se encontrar na fase inicial de sua evolução. Eis a dificuldade dos espíritos em localizar, num tempo que se dilata na eternidade, a sua criação e as formas pelas quais vieram a existir. Sabemos, no entanto, que esse princípio inteligente, ou mônada, iniciou suas experiências revestindo-se da matéria primordial ou fluido cósmico, passando por etapas sucessivas de materialização e desmaterialização, até atingir vibratoriamente a união com a matéria mais grosseira e bruta do plano físico, em processos de despertamento de suas qualidades adormecidas, ainda incompreensíveis para a humanidade. Utilizando-nos da linguagem bíblica, de sua simbologia, podemos ter uma idéia desse processo evolutivo. "Disse Deus: Haja luz. E houve luz." É a vontade do Eterno, do Incognoscível, em sua ação criadora, que produziu a luz da vida, como se fora uma emanação de sua própria essência divina. Como tudo que existe, respira e vibra tem a sua existência em Deus, em sua própria essência, que preenche todas as dimensões e campos de evolução universais, torna-se razoável o fato de que a morte não possa ter uma existência real, como sendo cessação da vida, pois nada no universo existe fora da mente divina. O Gênesis descreve-nos em sua linguagem belíssima: "E o Espírito de Deus pairava sobre as águas"(Gn 1:2). Logo após, foi criado o elemento árido, e as águas produziram seus habitantes, a terra, o reino vegetal e animal e, por fim, o homem terrestre, numa síntese da evolução do espírito, que estagiou em todos os reinos da natureza até atingir a luz da razão, na condição humana. Podemos ver, no simbolismo do espírito pairando sobre as águas, o princípio espiritual que se envolve com o elemento material, transmitindo-lhe seus atributos e qualidades. Preparou-se assim, ao longo de incontáveis eras, para uma união mais íntima e organizada com um futuro corpo, que lhe daria mais recursos para expressar sua natureza íntima. Após esse estágio inicial, vemos que o mesmo princípio inteligente — que, por efeito didático apenas, aqui chamaremos de espírito — estabelece uma relação mais direta com a matéria, fecundando-a de vida, de sua própria essência. Também no Gênesis encontramos: "Produza a Terra toda espécie de seres viventes" (Gn 1:20). É a fecundação da matéria pelo espírito, pois, na expressão "seres viventes", podemos entender somente a união definitiva do espírito com a matéria, ou do princípio espiritual com o elemento material, estabelecendo uma ligação intensa, que resulta na evolução de ambos. Nesse ponto encontramos o princípio do conflito entre o espírito e a matéria. São atributos distintos que lutam por se estabelecer definitivamente, gerando conflitos íntimos ou externos que promovem mais tarde a evolução. É o drama evolutivo. Primeiramente, em sua materialização, ou quando se revestem da matéria do plano físico, em sua fase inicial de aprendizado, os atributos espirituais da mônada são eclipsados devido à natureza da matéria grosseira. Aos poucos, vão despertando, acordando a sua espiritualidade passando pela fase conflitante até atingirem o ponto em que se colocam acima da matéria, dominando-a e demonstrando plenamente a sua verdadeira face espiritual. Após intelectualizar a matéria por meio de seus atributos divinos, o espírito utiliza-a agora como forma de expressar sua intimidade, sua individualidade, enfim, suas qualidades, que foram despertadas na grande luta milenar da Criação. É o triunfo do espírito imortal sobre as formas materiais, expressando assim a sua verdadeira natureza. O conflito deixa então de existir, e a ascendência espiritual sobre a materialidade torna-se uma realidade objetiva, passando o ser a evoluir em outros campos vibratórios além dos limites estreitos do mundo da forma. 

Compilado do livro Gestação da Terra 
Autor: Alex Zarthu (espírito) e Robson Pinheiro

Sinais de maturidade


Escravidão nunca mais (Rádio Novela)


Renovação

As revelações dos Espíritos convidam naturalmente a ideais mais elevados, a propósitos mais edificantes. Para as inteligências realmente dispostas à renunciação da animalidade, são elas, sublime incentivo à renovação interior, modificando a estrutura fluídica do ambiente mental que lhes é próprio. Se a civilização exige o desbravamento da mata virgem, para que cidades educadas surjam sobre o solo e para que estradas se rasguem soberanas, é indispensável a eliminação de todos os obstáculos, à custa do sacrifício daqueles que devotam ao apostolado do progresso. A Humanidade atual, em seu aspecto coletivo, considerada mentalmente, ainda é a floresta escura, povoada de monstruosidades. Se nos fundamentos evolutivos da organização planetária encontramos os animais pré-históricos, oferecendo a predominância do peso e da ferocidade sobre quaisquer outros característicos, nos alicerces da civilização do espírito ainda perseveram os grandes monstros do pensamento, constituídos por energias fluídicas, emanadas dos centros de inteligência que lhes oferecem origem. Temos, assim, dominando ainda a formação sentimental do mundo, os mamutes da ignorância, os megatérios da usura, os iguanodontes da vaidade ou os dinossauros da vingança, da barbárie, da inveja ou da ira. As energias mentais dos habitantes da Terra tecem o envoltório que os retém à superfície do Globo. Raros são aqueles cuja mente vara o teto sombrio com os raios de luz dos sentimentos sublimados que lhes fulguram no templo íntimo. O pensamento é o gerador dos infra corpúsculos ou das linhas de força do mundo subatômico, criador de correntes de bem ou de mal, grandeza ou decadência, vida ou morte, segundo a vontade que o exterioriza e dirige. E a moradia dos homens ainda está mergulhada em fluidos ou em pensamentos vivos e semi condensados de estreiteza espiritual, brutalidade, angústia, rudeza, incompreensão, preguiça, má-vontade, egoísmo, injustiça, crueldade, separação, discórdia, indiferença, ódio, sombra e miséria. Com a demonstração da sobrevivência da alma, porém, a consciência humana adquire domínio sobre as trevas do instinto, controlando a corrente dos desejos e dos impulsos, soerguendo as aspirações da criatura para níveis mais altos. Os corações despertados para a verdade começam a entender as linhas eternas da justiça e do bem. A voz do Cristo é ouvida sob nova expressão na mais profunda acústica da alma. Quem acorda converte-se num ponto de luz no serro denso da Humanidade, passando a produzir fluidos ou forças de regeneração e redenção, iluminando o plano mental da Terra para a conquista da vida cósmica no grande futuro. Em verdade, pois, nobre é a missão do Espiritismo, descortinando a grandeza da universalidade divina à acanhada visão terrestre; no entanto, muito maior é muito mais sublime é a missão do nosso ideal santificante com Jesus para o engrandecimento da própria Terra, a fim de que o Planeta se divinize para o Reino do Amor Universal. 

Compilado do livro Roteiro 
Autor: Emmanuel (espírito) e Francisco Cândido Xavier