quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Oração pela Paz (psicofonia)


 

Jesus, ensina-me a perdoar


 

O que fazer quando a mente não para?


 

Nada acontece por acaso


 

Os 5 princípios básico do Espiritismo


 

A pandemia na visão espírita (palestra)


 

O diário de um espírito (Bezerra de Menezes) - Filme


 

Parábola do Semeador


 

Porque temos medo de espíritos?


 

Nos passos de Jesus (filme)


 

Como vencer os vícios? (palestra)


 

Um caminho para a Paz


 

O que é plano reencarnatório?


 

Tudo que vc faz, volta pra vc (palestra)


 

Proposta cristã para a saúde mental


 

E aí? Vc vive de passado?


 

Nas aflições (palestra)


 

O poder do pensamento e da vontade


 

Para onde vou depois da morte?


 

E a vida continua... (filme)


 

O desejo e o destino (palestra)


 

terça-feira, 30 de novembro de 2021

Conduta e Ciência (palestra)


 

Sobre ser Espírita (palestra)


 

Orgulho e humildade (palestra)


 

Ajuda-te que o céu te ajudará (palestra)


 

Chamados (palestra)


 

Nada acontece por acaso (palestra)


 

Os exilados da capela (palestra)


 

Visão espírita da depressão (palestra)


 

Orgulho e Humildade (palestra)


 

Emergência espiritual (palestra)


 

A um passo da regeneração (palestra)


 

Pq vc sente angústia? (palestra)


 

Ansiedade (Visão médico espírita)


 

O poder da fé (palestra)


 

Nosso Mentor Espíritual (palestra)


 

sexta-feira, 29 de outubro de 2021

Antes que o ano fique velho

 

Antes que o ano fique velho, é indispensável iniciar a construção daquilo que deve ser realizado; deixar de protelar a realização do necessário; parar com as desculpas vazias, com a justificação do injustificável e de desistir antes fazer todo o possível para atingir seu objetivo. Antes que o ano fique velho, é preciso aproveitar as oportunidades e experiências disponíveis, evitando arrependimentos futuros e que a culpa corroa a mente e a alma do corpo que está perdendo vitalidade a cada dia. Antes que o ano fique velho, antes que o amor se esgote por ter sido tantas vezes agredido ou ignorado, antes que os caminhos se separem com a mudança, pela doença, a morte, a briga que machucou demais, o casamento ou o divórcio, antes que aconteça o que nunca pensamos que se tornaria realidade em nossas vidas. Antes que o ano fique velho, é imperioso tirar os projetos da gaveta, reabrir o caderno de anotações, parar de fingir que está tudo bem e arregaçar as mangas no trabalho útil. É necessário desacomodar… Tudo seria mais simples se prestássemos atenção àquela pequena dica da natureza que nos mostra, num olhar rápido para a própria mão, que ao apontarmos um dedo para alguém, os outros dedos apontamos para nós mesmos. Afinal de contas, quase sempre os problemas nascem primeiro nas nossas próprias decisões e atitudes. Recordo da senhora que adoeceu por ter passado a vida inteira desfrutando um vício que lhe arruinaria a saúde e que, alertada, disse “quando o problema chegar me preocuparei”… lembro também de uma alegoria de autoria desconhecida, sobre certo homem ter observado, em um posto de gasolina, um cão ganindo dolorosamente; preocupado, questionou o frentista do posto sobre o que ele tinha. Soube então que o cão estava deitado em cima de um prego. Surpreso, o homem quis saber o motivo do cão não sair de cima do objeto, ao que o frentista sabiamente respondeu “porque o prego ainda não o machucou o bastante”. Não precisamos esperar pela dor. Antes que o ano fique velho podemos fazer diferente, realizar, mudar de conduta, voltar a projetos esquecidos… antes que o ano fique velho, antes que o tempo passe, que a vida cobre seu tributo, antes que o prego machuque demais e a morte, a incompreendida amiga, venha buscar mais uma alma sem paz porque não fez tudo que podia. 

Autora: Vania Mugnato

As potências da Alma


 

A felicidade vem do bem

 

Ah! Felicidade; O importante é ser feliz! É isso mesmo? Ou será que o mais importante é nos esforçarmos para sermos bons? Quem faz essas indagações é o professor Luiz Henrique Beust, em seu livro “Afinal… Por que sofremos? ”, tecendo reflexões sobre o sofrimento. Como prevenir-se para evitar a dor? Qual é o meio mais eficaz de se esquivar de dissabores? Afirmam os mentores que o mais das vezes os sofrimentos são devidos à nossa vontade, pois são efeitos de causas que poderiam ter sido evitadas. Como neutralizar os males? Existe uma áurea recomendação que, por analogia, pode ser perfeitamente aplicada à generalidade dos sofrimentos: Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança. Haverá, naturalmente, os que procurarão ser felizes e fugir dos sofrimentos, praticando o bem com vista à recompensa dos céus, pragmaticamente. O bem deve ser praticado com desinteresse e no limite de nossas forças, porquanto responderemos por todo mal que haja resultado de não termos agido corretamente. A partir do momento em que praticamos boas ações, cultivamos bons pensamentos e boas palavras, a tendência é que, ainda que a médio prazo, a felicidade chegue até nós, pois teremos criado condições para que ela nos alcance. Por outro lado, quando assumimos a determinação de sermos felizes a qualquer preço, isso significa, como diria Maquiavel, que esse fim justificaria quaisquer meios. E na busca dessa egoística felicidade, nós não vacilamos em fazer outras pessoas infelizes. Se necessário, roubamos, traímos, mentimos, e acabamos sendo infelizes também. Não é qualquer coisa que nos leva à felicidade. 

A felicidade naturalmente vem do bem. As pesquisas sobre pessoas deprimidas indicam a necessidade de encaminhá-las a uma atividade em favor do próximo. Se elas passam a trabalhar, por exemplo, numa casa de sopa, ou numa creche, ou num asilo, ou servindo um prato de comida a um morador de rua, e têm a oportunidade de conversar com essas pessoas que sofrem, submetem-se a um dos mais poderosos modificadores de ânimo que se conhece. Ser útil a uma pessoa numa situação pior do que a nossa é receber os benefícios de um grande modificador de ânimo. Victor Frankl, um dos maiores gênios do século XX, narra sua extraordinária experiência e reflexão pessoais: Nós que vivemos nos campos de concentração podemos lembrar de homens que andavam pelos alojamentos confortando a outros, dando o seu último pedaço de pão. Eles devem ter sido poucos em número, mas ofereceram prova suficiente de que tudo pode ser tirado do homem, menos uma coisa: a última das liberdades humanas – escolher sua atitude em qualquer circunstância, escolher o próprio caminho.  

Em sua obra, Frankl não recomenda nenhuma religião ou confissão constituída, muito menos alguma igreja em especial. Não procurem o sucesso dizia Frankl. Quanto mais o procurarem e o transformarem num alvo, mais vocês vão errar. Porque o sucesso, como a felicidade, não pode ser perseguido; ele deve acontecer, e só tem lugar como efeito colateral de uma dedicação pessoal a uma causa maior que a pessoa, ou como subproduto da rendição pessoal a outro ser. Victor Frankl colocava como prioridade, para que alcancemos a felicidade, a dedicação do indivíduo em favor do próximo, conforme recomendava a moral do Cristo. Então, naturalmente, se escutarmos nossa própria consciência, a longo prazo, desaparecerão os sofrimentos e a felicidade acontecerá em nossas vidas, concluía. E não é essa a recomendação do Cristo? De que façamos ao semelhante exatamente o que gostaríamos que nos fosse feito? E de que, assim fazendo, cada um receberá de acordo com as suas obras? 

Autor: Sidney Fernandes

Jesus e o tempo de Semear


 

Jesus Cristo, Luz do Espiritismo

 

A mais de dois mil anos Jesus veio a terra como o filho enviado por Deus para trazer à humanidade a mensagem de paz que pudesse transformar os corações humanos, servindo como o cordeiro oferendado para salvar a humanidade de seus pecados (já que àquela época, era através das oferendas que se encontrava perdão divino). De lá para cá, sua mensagem foi assimilada por muitos, que mudaram a forma de viver nesse planeta, bem como deturpada por outros, que a utilizaram como forma de domínio e de poder. Naquele tempo, Jesus trazia em sua missão a implantação do amor nos corações humanos para transformá-los tornando-os pessoas melhores rumo ao objetivo da evolução espiritual, contudo, ainda falava por parábolas, conforme deixa claro o Evangelho Segundo o Espiritismo nas lições de Kardec, Allan (p.214, 1978) . Ou seja, àquela época, a humanidade ainda não estava preparada para compreender conceitos existenciais importantes e se ditos naquele momento, não seriam interpretada como deveriam ser, deturpando a ideia central do que é a vida neste mundo em virtude do arraigado materialismo existencial daquela época. Assim, muitos anos depois, com as evoluções tecnológicas, culturais e sociais, quando o homem sai da época da barbárie da antiguidade primitiva, avança pela época das convicções próprias medievais, adentra a evolução modernista, tem-se um ser humano ao menos preparado para ouvir e saber interpretar melhor o que é realmente a vida eterna e o seu objetivo neste planeta. Muitos vieram após Jesus para lapidar sua mensagem conforme a lei de amor e, por fim, surge a Doutrina Espírita. Ainda incipiente, o Espiritismo claudica pela ceara da fenomenologia quando o professor francês Hippolyte Leon Denizard Rivail, que se intitulava Allan Kardec aprimora o entendimento empírico da nova doutrina partindo da análise do curioso fato das mesas girantes, que virou uma febre em Paris à época de meados do século XIX, analisando friamente o que poderia explicar tal fenômeno partindo das teorias basilares da física e de outras áreas do conhecimento. Surgem as comunicações espíritas, através da transmissão mediúnica nas quais um médium intermedeia o processo comunicativo servindo de meio pelo qual os espíritos expressam suas mensagens do mundo espiritual aos encarnados. Mas o que as obras literárias do Professor Hippolyte poderiam ter em comum com a mensagem de Jesus Cristo que já há séculos pregava o amor como fonte de transformação da humanidade? O fato é que a doutrina espírita inicialmente elucidou a humanidade acerca das realidades do mundo espiritual, demonstrando que a vida terrena é passageira representando um átomo de tempo frente a real vida, a espiritual, e que aqui viemos para resgatar débitos ou enfrentar desafios para que possamos evoluir moralmente e para galgar vivenciar em mundos mais evoluídos que este, despojados de aspectos primitivos. Fincada nos pilares da religião, ciência e na filosofia, a doutrina espírita apresenta-se inicialmente sobre as obras do pentateuco de Allan Kardec sendo composta por: O livro dos Espíritos, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Livro dos Médiuns, A Gênese, O Céu e o Inferno e após seu desencarne, publicou-se o livro Obras Póstumas. Editado no ano de 1859, o Livro dos Espíritos representou uma verdadeira revolução para a sociedade francesa daquela época. O materialismo ainda era exacerbado, contudo as verdades espíritas não tardaram a ganhar campo e conquistar a atenção de muitos. Kardec utilizou-se do método empírico para, através da intervenção mediúnica, interrogar aos espíritos acerca de diversos temas, desde quem é Deus até o que é o paraíso e o purgatório para criar o corpo da doutrina espírita, confirmando as respostas apresentadas por espíritos sérios através da identidade moral apresentada pelos mesmos, bem como da repetição uniforme de informações em outras mesas mediúnicas pelas psicografias mediúnicas que já se espalhavam incontrolavelmente mundo afora. Mas o que a obra tem com os ensinamentos de Jesus? Como exemplo, na pergunta 149 do Livro dos Espíritos (p.76, 2009), Kardec questiona aos espíritos “Em que se torna a alma no instante da morte?” o que prontamente é respondido: “- volta a ser Espírito, quer dizer, retorna ao mundo dos Espíritos, que deixou momentaneamente”. Elucidando que alma é a condição temporária na qual o espírito se encontra quando encarnado em um corpo material neste ou noutro planeta, e que este espírito interliga-se através do períspirito ao corpo material, tem-se na explicação dada, prova cabal da efemeridade da vida terrena e que quando dela partimos voltamos à vida real, a do no mundo espiritual, recordando de quem realmente somos e de todas as nossas vivências neste mundo ou por onde já passamos através dos séculos, uma vez que somos eternos. Nesse sentido, Jesus Cristo, em sua mensagem de amor, buscando elucidar a humanidade sobre a necessidade de reformar seus atos e a maneira de enxergar a vida à luz do amor ao próximo, já dizia que “Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”, elucidando acerca da necessidade do homem se remodelar moral e sentimentalmente, vendo o mundo de outra forma, se assim quer chegar ao reino de Deus, ou seja, a evolução de si. Mais adiante, no Evangelho Segundo o Espiritismo (p. 45, 1978), em seu Capítulo IV o Mestre reforça o exposto . Deixando assim, mais do que comprovada à vida após a morte corporal e que é com a evolução que o homem se despoja do arraigado desejo material sublimando para uma visão menos grotesca acerca da sua própria existência e que se nos aproximamos mais da matéria, em seus diversos sentidos, estamos mais afastados de valores como o respeito ao próximo, amor incondicional, perdão, o entendimento da necessidade das dificuldades como forma de equilibrar o universo livrando nossa consciência do remorso retardatário das obras malfazejas de outrora bem como meio de superar desafios capazes de testar nossa aptidão para suportar a dor e os sofrimentos. Ao Estudar o Evangelho segundo o Espiritismo, é cabível explicitar àqueles que não acreditam em Jesus e questionam-se o motivo pelo qual lêem este artigo, que Jesus mais do que qualquer coisa foi um Fato na história da humanidade. A ciência história marcou a linha do tempo da história da humanidade como Antes e Depois do Cristo, havendo uma contagem de tempo do ano zero para trás e do ano zero para frente, ou seja, é uma comprovação científica e didática passada a todos ao longo dos séculos no aprender da história geral nada tendo a se questionar se Jesus realmente existiu ou não. Durante sua breve passagem neste planeta, no cumprir de sua missão, Jesus não se dedicou a propagar sua mensagem através da escrita – O tempo era curto, ficando essa tarefa para seus evangelizadores e apóstolos que assimilavam seus ensinamentos doutrinários e os imortalizavam através das escrituras cristãs. É apropriado ressaltar que antes de Cristo, o velho testamento já trazia a mensagem de Deus para reformar a humanidade, mas era um Pai vingativo e penalizador, pois a humanidade precisava do “chicote” para ser obediente como uma criança mal educada; já nas novas escrituras, após Jesus, o real Deus é apresentado como benevolente e que busca o equilíbrio universal. O Evangelho segundo o Espiritismo é justamente o aproveitamento das Leis Morais apresentadas no Evangelho de Jesus à luz dos ensinamentos da nova Doutrina, assim, tem-se passagens na citada escritura que apresentam e que elucidam a vida espiritual como eterna demonstrando a efemeridade da vida carnal, é o exemplo claro do Capítulo IV (pag. 51, 2010) em que é questionada se a encarnação é uma punição aos espíritos culpados o que prontamente é respondido: “a encarnação não é senão um estado transitório; é uma tarefa que Deus impõe como primeira prova do uso que farão de seu livre arbítrio”. O próprio Cristo demonstrou através da sua ressurreição que a vida carnal é temporária, ressuscitando para o Divino, e que a vida real é aquela que estamos despojados da matéria, cumprindo sua missão ao ser crucificado. Após a escrita do Livro dos Espíritos e com a disseminação dos fenômenos mediúnicos por várias partes do mundo através da psicografia, psicofonia, clarividência, inspirações e até o que se chamava paranormalidade a ciência espírita já tinha seu corpo formado e suas bases alicerçadas, mas o trabalho não parou e as obras foram complementando-se para dar continuidade ao edificante trabalho elucidador. Assim, o livro dos médiuns, ou guia dos Médiuns e dos Evocadores vem esclarecer os gêneros e formas de comunicação com o mundo invisível no ano de 1861 em Paris. Observemos que em determinado trecho da obra, mais precisamente em seu Capítulo XIV, (p. 145, 1987) é questionado se certas pessoas possuem verdadeiramente o dom da cura pelo simples contato, sem o emprego dos passes, e a resposta é que sim . Não precisamos aqui elencar a quantidade de milagres realizados por Jesus a mais de dois mil anos, mas citamos o caso em que uma mulher fora curada somente ao tocar seu manto com base em sua fé, quando o Mestre responde-lhe “a tua fé te curou”, ou seja, a doutrina espírita, está intrinsecamente ligada aos ensinamentos de Jesus que foram transmitidos àquela época de outra forma em virtude do desenvolvimento e da cultura daquele tempo. Hoje, é tida como a boa nova trazida para consolidar o que já fora apresentado por Jesus. A Gênese representa a continuidade da evolução da doutrina espírita, publicada em 1868, reflete temas relativos à origem do universo, o esboço geológico da terra desde períodos primitivos ao nascimento do homem, milagres, fluidos, dentre outros temas mais. Em São Mateus, Cap. XXIV, v.35, a mensagem de Jesus é clara ao dizer que “o céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão”, ou seja, mesmo que a terra sofra as evoluções sociais, culturais e estruturais com o passar do tempo, a palavra de Jesus sempre existirá reformando os conceitos morais da humanidade. E com o homem sempre se rendeu à matéria, até mesmo na forma de adorar a Deus, ou aos deuses nas sociedades politeístas, com a adoração de imagens ou oferendas, inclusive de sangue, os milagres visivelmente realizados ao longo da jornada de Jesus neste planeta foram umas das formas de demonstrar sua autoridade moral e espiritual frente àqueles espíritos em estágio de evolução. Mas os milagres realizados são fruto da evolução de Jesus, que caminhava ao ápice da evolução espiritual, sabendo bem como atuar com as energias empregando-as para o bem, quando aqui encarnado. Reflexo do exposto, a Gênese (1992, p.192) demonstra que as curas podem se dá ela pele utilização do próprio fluido do magnetizador, pelo fluido de espíritos agindo diretamente sem intermediário, como também pelos fluidos que os espíritos despojam sobre o magnetizador e ao qual este serve de condutor . Em 1º de agosto de 1865 o professor Rivail brinda o movimento espírita com a obra O Céu e o Inferno, ou, A Justiça Divina Segundo o Espiritismo, nessa obra observa-se um exame comparado das doutrinas sobre a passagem da vida corpórea, a vida espiritual, as penalidades e recompensas futuras, os anjos e os demónios, dentre outros temas. Não poderia passar despercebido, o nexo existente entre essa tão importante obra com a presença de Jesus em nosso planeta encarnado. Quando aqui veio, deixando sua mensagem de amor ao próximo, perdão e substituição dos sentimentos obscuros por sentimentos puros que possam elevar o ser humano a uma condição moral que o livre do ódio, ambição o egoísmo, dentre outros perniciosos sentimentos, o Cristo demonstrou que através do sofrimento que aqui passamos alcançamos a redenção renunciando a maldade com o aprendizado imposto seguindo para as esferas espirituais mais elevadas dando passos importantes para a elevação espiritual. Em O Céu e o Inferno (2009, p.309), pode-se observar a comunicação advinda do mundo espiritual trazida por Annaïs Gourdon, uma jovem mulher notável pela sua doçura de caráter, bem como qualidades morais, falecida ao findar de 1860. Ela pertencia a uma família de trabalhadores de minas de carvão e fora evocada a pedido do pai e do marido, e assim prossegue em sua comunicação: “ P.- Por que foste arrancada tão cedo ao convívio da família? R.- Porque minhas provas terrestres chegaram ao fim. P.- Sois felizes como espírito? – Sou feliz. Amo e espero; os céus não constituem terror para mim e aguardo, confiante e com amor, que as brancas asas me conduzam até eles. P.- Que entendeis por essas Asas? R.- Entendo tornar-me espírito puro e resplandecer com o os mensageiros celestes que me deslumbram.” A comunicação realizada séculos após a partida de Jesus, demonstra de forma patente o que seu exemplo deixou para a humanidade acerca das penas e sofrimentos, aprendizado e resignação, evolução para o mundo espiritual. Mas nem todos chegam a esse patamar e muitas vezes penam por encarnações sucessivas até alcançarem o aprendizado. Após o desencarne do mestre Rivail, a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas reuniu, em 1890, uma compilação de estudos do codificador editando esta obra. Em mencionada seleção (2007, p.64) podemos visualizar com o passar dos tempos a adequação à doutrina de Jesus à realidade espírita. Tem-se ali no §VII a referência às obsessões e a possessões, onde aquela representa a influência que os desencarnados exercem sobre os encarnados através de suas energias – que se adequam ao padrão vibratório do encarnado  e direcionamentos mentais para o mal enquanto que esta se refere ao mais alto nível de subjugação que um espírito pode exercer sobre um encarnado, muitas vezes comandando-o como uma marionete que não consegue sequer se controlar . Aqui a referencia faz-se importante, pois por diversas vezes ao retirar-se ao deserto, Jesus Cristo foi tentado pelo “Diabo” como uma forma de o obsidiar a seguir outro caminho e deixar sua missão (Mateus 4: 1-11) . Desta forma, conclui-se que a doutrina do Mestre Jesus Cristo fincou-se em diversos ensinamentos que mudaram o rumo da humanidade, ou pelo menos de uma parcela considerável da mesma, e, quando evoluída, a sociedade foi esclarecida acerca das verdades espirituais através da Doutrina Espírita, contudo, observa-se que mesmo apresentando seu lado Cientifico e também Filosófico, o Espiritismo tem suas bases alicerçadas na doutrina de Jesus e é por isso que tem autoridade moral e é fincada em fatos comprovados perdurando até os tempos de hoje esclarecendo mais e mais seguidores. 

Autor: André Barreto Lima

Meditação para a saúde integral


 

Coronavírus, flagelos e Espiritismo

 

É sabido que a humanidade está passando por um período difícil atualmente, com a epidemia do Coronavírus, fazendo com que quase todos os países sofram com esses flagelos, e tomem medidas drásticas em relação a pandemia. Mas o que o Espiritismo tem a dizer sobre isso? É ponto pacífico para os cientistas atualmente, que as revoluções geológicas, meteorológicas e biológicas, são coisas comuns e necessárias para a todo o ecossistema do nosso planeta, apesar dos estragos que causam, diante do ponto de vista humano. Por isso que, numa periodicidade impressionante, a humanidade presencia todo tipo de sinistro como terremotos, maremotos, furacões, nevascas, enchentes e dilúvios, erupções vulcânicas, epidemias, etc… causando um enorme constrangimento para as populações das regiões onde tais fenômenos acontecem, necessários do ponto de vista biológico/geológico, mas aparentemente do ponto de vista humano, só causam devastação, sofrimento e morte, fazendo o homem se perguntar se Deus realmente existe, por que deixa que tais coisas aconteçam a humanidade? Essa pergunta sempre foi feita, através da História, tanto que esses fenômenos são conhecidos como Flagelos Destruidores. Todos os povos, de uma maneira ou de outra, já presenciaram e passaram por fenômenos assim, deixando seus relatos em livros sagrados e profanos que contaram a sua epopeia de luta e superação do ocorrido para as gerações futuras. Muitas delas, acreditando na ira de Deus, ou seja, tais coisas acontecem por castigo divino aos homens corrompidos e egoístas, ou não. Como foi o caso, por exemplo, do Grande Terremoto de Lisboa, no século XVIII, onde milhares de pessoas morreram devido a um enorme Tsunami que se formou além mar e avançou contra a costa da capital Portuguesa, dizimando quase toda a sua a população. Ou o fato da grande Peste Negra que igualmente dizimou milhões na Europa, quando no período da Idade Média, ou até mesmo Pompeia, só para citar alguns. Parece que a ideia da ira de Deus é um conceito bastante difundido e popular hoje em dia e isso foi também a causa da criação de filosofias seculares que não aceitavam essa ideia de um deus cioso, colérico e vingativo com sua criação que, segundo eles, absolutamente não pediu para nascer, demonstrando que ambas vertentes não conseguiram solucionar essa problemática, pois, os flagelos continuam a acontecer, apesar de tudo. Sabendo disso, Allan Kardec reservou algumas perguntas aos espíritos superiores sobre essas questões, no Livro dos Espíritos; como conciliar a justiça de Deus diante da destruição causada pelos flagelos naturais? Os bem feitores espirituais então, apresentaram a Kardec a Lei de Destruição, ou seja, a lei da impermanência de tudo que existe, inclusive o homem, pela ótica da imortalidade do espírito humano. Nada no universo é perene; perene somente Deus o É. Tudo no Universo evolui, nada é estático, parado; tudo é dinâmico, está na natureza portanto, a destruição dos seres e das coisas materiais para a evolução do próprio Universo. Nada se cria; tudo se transforma. Muito dos flagelos que acontecem tem por objetivo somente a manutenção dos sistemas naturais do planeta, outras vezes tem por objetivo a própria humanidade egoísta e recalcitrante no mal, que vez por outra é abalada em seu orgulho e preguiça para que reconheça a necessidade do bem e das reformas. É necessário aqui refletir sobre o ponto de vista da imortalidade; são três os elementos constitutivos do Universo, a saber…Deus, Espírito e a Matéria. Deus, a Inteligência Suprema, causa primária de tudo que o constitui o Universo. A Matéria; tudo que ocupa lugar no espaço universal, o fluido formidável que pode tomar formas infinitas, tanto tangíveis quanto invisíveis, extrafísicas e dimensionais, pois inexistência não é sinônimo de invisibilidade. A ferramenta que o Espírito usa para sua evolução e trabalho. E por fim… O Espírito, o sinônimo de Vida ou Inteligência como força da Natureza, no sentido geral, Universal, capaz de se apresentar de formas que variam ao infinito. Assim como a matéria, pode tomar formas tanto físicas quanto extradimensionais, capaz de preexistir e sobreviver a tudo, ou seja, a imortalidade é o seu principal atributo. Assim sendo, Kardec tomou conhecimento sobre a ótica dos espíritos superiores e imortais, a respeito da Destruição. Encarando por esse prisma, os espíritos superiores esclarecem que os flagelos destruidores acontecem para fazer com que determinada leva de espíritos sejam obrigados a saírem da inércia moral em que se encontram; quanto mais materializados ficarem, mais estacionados estarão. Seria absurdo então conceber que em um Universo onde seu próprio Criador trabalha sempre existiram criaturas onde não fazem absolutamente coisíssima alguma por si mesmos ou pela criação. Logo, não é um castigo de Deus, e sim uma provação que Ele nos impõe para amadurecermos espiritual e moralmente, apesar de todos os recursos que ele nos proporciona para distinguirmos o bem do mal e que nós deliberadamente menosprezamos através de nossas vidas sucessivas. É assim que de tempos em tempos, as humanidades de um planeta de provas e resgate, cada uma a seu turno, que por ventura estejam estacionadas em determinado ponto da evolução, são constrangidas a marcharem em direção a fraternidade e ao conhecimento, através de determinada epidemia ou desastre natural. Mas aí, você, amigo leitor, leitora, pode se perguntar; e os mortos? O que eles ganharam com isso? Como dito antes, devemos encarar a natureza pela ótica da imortalidade do espírito humano. De toda maneira, o homem desencarnará, mais cedo ou mais tarde, a grande diferença é que, nesses acontecimentos, muitos desencarnam juntos, constituindo uma expiação para os que partem dos quais reencarnarão novamente, no futuro, e uma prova para os que sobrevivem. Contudo, além dos flagelos naturais, há os causados pelo próprio homem, devido a sua imprevidência, omissão e egoísmo, recebem o efeito do que causaram, mais cedo ou mais tarde. Atualmente, estamos passando por um período semelhante a isso. A epidemia do Coronavírus, é um flagelo causado por nós mesmos, através de ações humanas mal sucedidas, com o objetivo de beligerância. Podemos considerá-lo então como um flagelo antropológico, e por isso mesmo, estamos colhendo o que plantamos. Deus para nos provar deixa que nós colhamos o resultado de nossas ações e que nosso orgulho seja ferido, para que enfim tenhamos responsabilidade por nossos atos coletivos. Ainda segundo os espíritos superiores, os efeitos bons dos flagelos naturais, geralmente, somente as gerações futuras desfrutarão. Como foi o caso da Peste Negra, falado supra. Ela foi causada pelo uso excessivo dela como arma de guerra, pois os exércitos inimigos costumavam jogar cadáveres com a moléstia, dentro dos lugares onde tentavam dominar, sem perceberem que, mais cedo ou mais tarde, se contaminariam também. Muitos desses soldados voltavam depois de guerras cruéis, a suas cidades de origem, totalmente contaminados com a doença que era extremamente contagiosa, que encontrou caminho fácil devido a ignorância e obscurantismo da Idade Média, conhecida também como a Idade da Trevas. Depois de milhões de mortos, os sobreviventes de tal sinistro, se voltaram para a ciência e a filosofia, derrubando finalmente a Idade das Trevas e criando o período do Iluminismo, do qual pregava o conhecimento e a ciência como salvadoras da humanidade. O mesmo aconteceu, de certa forma, com a destruição de Pompeia. Depois do ocorrido, um sobrevivente da destruição, chamado Plínio, relatou o que presenciou em um livro, explicando o que tinha acontecido dias antes do ocorrido. Segundo ele, o Vesúvio deu sinais claros de que iria explodir, soltando uma fumaça negra e criando pequenas erupções que o povo da época, orgulhoso e hedonista, se limitou a fazer oferendas a Efestus, um antigo deus romano, para que ele se acalmasse. O livro de Plínio – o sobrevivente, ficou tão famoso e seminal, que até hoje alguns fenômenos vulcânicos levam o seu nome, como as famosas “Erupções Plinianas”. Graças a ele, populações inteiras ao redor do mundo e através da História foram salvas, devido somente a um homem que, providencialmente, usou de inteligência. Inteligência essa que seus contemporâneos haviam esquecido. Há então, dois tipos de flagelos; os naturais, dos quais o homem realmente não tem como fugir, somente encarar com coragem, emprenho e fé em Deus. E os flagelos antropológicos, ou seja, causados por nós. Um nós podemos deter ou conjurar somente nos melhorando moral e intelectualmente. O outro somente podemos encarar com coragem e fé, reconhecendo a onipotência de Deus na natureza, pedindo para que Ele tenha piedade de nós, até por que, a própria lei de destruição nos mostra que tudo passa, como bem frisou Emmanuel, pela pena de Francisco Candido Chico Xavier: Todas as coisas, na Terra, passam… Os dias de dificuldades, passarão… Passarão também os dias de amargura e solidão… As dores e as lágrimas passarão. As frustrações que nos fazem chorar… um dia passarão. A saudade do ser querido que está longe, passará. Dias de tristeza… Dias de felicidade… São lições necessárias que, na Terra, passam, deixando no espírito imortal as experiências acumuladas. Se hoje, para nós, é um desses dias repletos de amargura, paremos um instante. Elevemos o pensamento ao Alto, e busquemos a voz suave da Mãe amorosa a nos dizer carinhosamente: isso também passará… E guardemos a certeza, pelas próprias dificuldades já superadas, que não há mal que dure para sempre. O planeta Terra, semelhante a enorme embarcação, às vezes parece que vai soçobrar diante das turbulências de gigantescas ondas. Mas isso também passará, porque Jesus está no leme dessa Nau, e segue com o olhar sereno de quem guarda a certeza de que a agitação faz parte do roteiro evolutivo da humanidade, e que um dia também passará… Ele sabe que a Terra chegará a porto seguro, porque essa é a sua destinação. Assim, façamos a nossa parte o melhor que pudermos, sem esmorecimento, e confiemos em Deus, aproveitando cada segundo, cada minuto que, por certo… também passarão…” ” Tudo passa……….exceto DEUS!” É o suficiente! 

Autor: Wanderson Silva

O poder do pensamento e da vontade


 

Aliança da Ciência com a Religião

 

8 – A Ciência e a Religião são as duas alavancas da inteligência humana. Uma revela as leis do mundo material, e a outra as leis do mundo moral. Mas aquelas e estas leis, tendo o mesmo princípio, que é Deus, não podem contradizer-se. Se umas forem à negação das outras, umas estarão necessariamente erradas e as outras certas, porque Deus não pode querer destruir a sua própria obra. A incompatibilidade, que se acredita existir entre essas duas ordens de idéias, provém de uma falha de observação, e do excesso de exclusivismo de uma e de outra parte. Disso resulta um conflito, que originou a incredulidade e a intolerância. São chegados os tempos em que os ensinamentos do Cristo devem receber o seu complemento; em que o véu lançado intencionalmente sobre algumas partes dos ensinos deve ser levantado, em que a Ciência, deixando de ser exclusivamente materialista, deve levar em conta o elemento espiritual; e em que a Religião, deixando de desconhecer as leis orgânicas e imutáveis, essas duas forças, apoiando-se mutuamente e marchando juntas, sirvam uma de apoio para a outra. Então a Religião, não mais desmentida pela Ciência, adquira uma potência indestrutível, porque estará de acordo com a razão e não se lhe poderá opor a lógica irresistível dos fatos. A Ciência e a Religião não puderam entender-se até agora, porque, encarando cada uma as coisas do seu ponto de vista exclusivo, repeliam-se mutuamente. Era necessária alguma coisa para preencher o espaço que as separava, um traço de união que as ligasse. Esse traço está no conhecimento das leis que regem o mundo espiritual e suas relações com o mundo corporal, leis tão imutáveis como as que regulam o movimento dos astros e a existência dos seres. Uma vez constatadas pela experiência essas relações, uma nova luz se fez: a fé se dirigiu à razão, esta nada encontrou de ilógico na fé, e o materialismo foi vencido. Mas nisto, como em tudo, há os que ficam retardados, até que sejam arrastados pelo movimento geral, que os esmagará, se quiserem resistir em vez de se entregarem. É toda uma revolução moral que se realiza neste momento, sob a ação dos Espíritos. Depois de elaborada durante mais de dezoito séculos, ela chega ao momento de eclosão, e marcará uma nova era da humanidade. São fáceis de prever as suas conseqüências: ela deve produzir inevitáveis modificações nas relações sociais, contra o que ninguém poderá opor-se, porque elas estão nos desígnios de Deus e são o resultado da lei do progresso, que é uma lei de Deus.

O Evangelho Segundo o Espiritismo

Devo ir ao cemitério no dia de finados?


 

quarta-feira, 29 de setembro de 2021

O Espiritismo ampara, e orienta sempre

 

O Espiritismo desempenha importantíssimo papel na vida humana, pela facilidade que oferece à intercomunicação do mundo invisível com o mundo físico. Sua Doutrina, simples, confortadora e compreensível, esclarece, orienta, educa e ampara a criatura humana através das complexidades terrenas. Estabelece ambiente propício ao intercâmbio de ideias entre os dois mundos, favorecendo o trabalho mútuo, regulando e dando aos homens a ajuda ostensiva dos Espíritos, ao mesmo tempo que a estes faculta a contribuição dos trabalhadores terrícolas. Não é assim que procedem alguns credos superados pelos preconceitos que criaram, ao se escravizarem dogmaticamente ou descontrolados por ambições mundanas e políticas. O Catolicismo, por exemplo, proíbe a comunicação do mundo físico com o mundo espiritual, proibição estulta e inútil. Um católico que perde qualquer pessoa da família ou de suas relações mais afetivas está impedido de senti-la perto de si. Para o Catolicismo, morreu, acabou. Não se fala mais nisso, salvo em missas ao preço da tabela. É desdobrar sobre aquele que desencarnou o manto do esquecimento, que significa ingratidão e desamor, e pensar em outra coisa. No Espiritismo, não. Nós não cultivamos morbidamente os mortos, porque os sabemos tão vivos quanto nós, embora não revestidos do corpo carnal. Nós cultivamos o Espírito e por isso compreendemos que o ambiente espírita favorece a manutenção do sentimento de amor que não é rompido pela morte. O Espírito a ela sobrevive e busca as reuniões espíritas na esperança de suavizar as saudades daqueles a quem amaram na Terra. Portanto, o Espiritismo não sufoca esse sentimento afetivo, tão útil à evolução moral da criatura humana: conserva-o, consolando simultaneamente os Espíritos, esclarecendo-os e ajudando-os a compreender o novo estado a que chegaram a obediência a inelutáveis leis de Deus. O Catolicismo procede de modo inverso, pondo uma barreira de intransigência entre os dois mundos, evitando de todas as maneiras que o Espírito possa consolar-se da separação verificada com a perda do corpo somático e proibindo, à criatura ferida pela dor de ver partir para o Além um parente ou um amigo, que busque o lenitivo que o Espiritismo oferece e dá. O mais que o Catolicismo apresenta é uma promessa sombria de purgatório e inferno, porque o prêmio da vida contemplativa no céu, essa ideia absurda que a teologia cristã herdou do paganismo, só existe para um número muito reduzido de crentes. Se outras diferenças fundamentais não houvesse, demonstrando a superioridade doutrinária do Espiritismo sobre o Catolicismo, esse fato - o da intercomunicação de encarnados e desencarnados - serviria de exemplo do quanto a nossa Religião atende mais ao sentimento afetivo da criatura humana, aproximando o que a morte distanciou, permitindo entendimentos e contatos que atenuam o sofrimento da separação provocada pela morte. Graças ao Espiritismo, essa morte não é absoluta, porque podem os chamados mortos comunicar-se com os vivos. Geralmente, depois de desencarnar, o Espírito anseia por voltar à companhia de parentes e amigos, frequentando os lugares a que se habituara quando encarnado. Em vez de o Espiritismo persegui-lo, desprezá-lo, escorraçando-o friamente, recebe-o com bondade, esclarecendo-o, buscando confortá-lo e reduzir suas aflições, assim como assiste e ampara os encarnados, consolando-os em virtude da ausência física dos entes amados que transpuseram a imaginária fronteira do Além. O Catolicismo, que persegue o Espiritismo e os espíritas, não respeita os sagrados sentimentos da criatura humana, impondo-lhes atitudes que não condizem com a caridade cristã, e rechaça os desencarnados, em vez de ampará-los, quando mais sofrem as consequências da separação material. O Espiritismo dá conforto e favorece a reaproximação consoladora, ao mesmo tempo que, por sua Doutrina, opera a elucidação gradual das duas partes, sobre a natureza da vida física, a razão da morte, a vida depois do abandono do corpo carnal. Os que foram e os que ficam aprendem a razão de todas essas coisas e passam a encará-las -com uma serenidade exemplar, adotando a atitude mais razoável em cada caso. O Espiritismo não força, persuade pela razão dos próprios fatos e pelo poder da sua Doutrina de paz, amor e caridade. Não estimula a credulidade fácil, pois não deseja que ninguém abdique a liberdade de raciocinar e julgar por si mesmo o que vê, sente, observa e analisa. O Espiritismo não quer autômatos nem fanáticos, que creiam sem compreender no que creem. Esta é outra diferença profunda que há entre o Espiritismo e o Catolicismo. Léon Denis, em "No Invisível", um de seus magníficos livros, chama-nos a atenção para este pormenor importante: "As revelações de além-túmulo são concordes em um ponto capital: depois da morte, como no vasto encadeamento de nossas existências, tudo é regulado por uma lei suprema." E acrescenta: "Com o Espiritismo, coração e razão, tudo tem sua parte. O círculo dos afetos se dilata. Sentimo-nos melhor amparados na prova, porque aqueles que em vida nos amavam, nos amam ainda além do túmulo e nos ajudam a carregar o fardo das misérias terrestres. Não estamos deles separados senão em aparência. Na realidade, os humanos e os invisíveis caminham muitas vezes lado a lado, através das alegrias e das lágrimas, dos êxitos e reveses. O amor das almas que nos são diletas nos envolve, nos consola e reanima. Cessaram de nos acabrunhar os terrores da morte." (Capítulo XI - Aplicação moral e frutos do Espiritismo, ob. cit.) 

Boanerges das Rocha (Indalício Mendes) 
Reformador (FEB) Nov 1958 

Trazemos dons de outras vidas?


 

Fiéis, honestos e sinceros

 

O Cristo de Deus sempre utilizou grandes missionários para fazer progredir, no mundo, a sua obra divina. E cada vez que um deles abençoou, com a sua excelsa presença, a Humanidade terrena, aqui deixou, ao regressar aos seus pagos celestes, não somente nova sementeira de luzes imortais, senão também a fecunda inspiração dos seus exemplos edificantes, capazes de suscitar discípulos e imitadores, em favor da continuidade do trabalho do bem. Os revérberos de sua brilhante claridade espiritual permanecem por muito tempo na atmosfera do orbe, suprindo de algum modo o vazio deixado por sua ausência na crosta planetária. Antes, porém, que esses revérberos esmaeçam, outras grandes almas esplendem de graça divina no cenário do mundo, a atestar a riqueza infinita do Criador e o poder amoroso do Cristo. Pela sublimal elevação que nos revelam e pelo bem que nos fazem, esses grandes tarefeiros de Jesus merecem de todos nós o mais profundo respeito, a mais acrisolada gratidão e todo o amor que sejamos capazes de lhes oferecer. O que eles não merecem é que façamos deles bandeiras de discórdia e que lhes usemos indebitamente o nome e o trabalho para tentar desacreditar instituições, movimentos e pessoas. O que eles positivamente não merecem é que procuremos usar-lhes a bondade e a presença para procurar colocá-los como recurso ou alternativa mais alta contra companheiros de ideal e suas organizações mais responsáveis. E, sobretudo, o que eles não merecem é que lhes exploremos antecipadamente a desencarnação, para fomentar, desde já, o descrédito generalizado dos que permanecerão a postos, no campo das lutas terrenas, instigando desacordos, inconformidades, dissenções e separatismos. É muito natural que seja dolorosa para nós a expectativa do regresso, aos Céus, de algum servidor do Mundo Maior, que esteja em serviço reencarnatório sobre a face da Terra. Dor de saudade antecipada, precoce sensação de perda de um convívio que ainda não merecemos seja permanente. Jamais, porém, presságio de caos, de irremissível desorganização das estruturas terrestres da obra divina, como se o poder de Deus, do Cristo e de Ismael, e a boa-vontade sincera dos lidadores humanos de boa-fé, nada valessem. O próprio Mestre Divino, após legar-nos o seu Evangelho de Amor, ausentou-se do chão planetário, deixando a sua mensagem aos cuidados dos seus Apóstolos, que também, cada qual por sua vez, partiram deste mundo. Estêvão, Paulo e a gloriosa Mãe Maria de Nazaré, também retomaram, um dia, às regiões etéreas de onde provieram. Assim Francisco de Assis, assim Vicente de Paulo, assim Kardec... Nenhum deles transferiu a ninguém a sua própria tarefa, por ser isso impossível. Não se herda nem se lega dons espirituais ou responsabilidades da alma! Apesar disso, o plano divino jamais deixou de ser cumprido, mais depressa ou mais devagar, conforme as circunstâncias, porém nunca deixou de progredir. Não há de ser agora, neste fim de milênio e diante de uma nova era, de importância vital para a Humanidade, que a desencarnação de um missionário, por maior que ele seja, combalirá o Movimento Espírita da Pátria do Evangelho. Realmente, os homens podem, sob o influxo de Inteligências malignas, fazer de quaisquer nomes e de quaisquer obras motivos de animosidade e perversão, como fizeram até mesmo com o nome e com o Evangelho do próprio Senhor Jesus-Cristo. Isso, porém, só voltará a acontecer se, embora iluminados pelas luzes do Celeste Consolador, não conseguirmos ser, como de nós se espera, servidores do bem, fiéis, honestos e sinceros. 

Editorial Reformador (FEB) Junho 1978 

Todos nascem com uma missão a cumprir?


 

A cilada das almas gêmeas

 

A Doutrina Espírita é clara no que diz respeito às almas gêmeas. Não existem metades que precisam se completar para desfrutar a eterna felicidade. Cada um de nós é uma individualidade que estabelece laços e afinidades com outras individualidades, através dos tempos e das vivencias sucessivas. Se substituirmos o termo “gêmeo” por “afim”, vamos perceber que são muitas as almas afins que encontramos e reencontramos por esse mundão de meu Deus, e que todas elas, cada uma seu modo, têm seu espaço e importância em nossa caminhada. Podemos dizer então que são várias as nossas “almas gêmeas”. Amigos, filhos, irmãos, pais, mães, maridos e esposas, entre outros, formam a imensa fileira das relações de afinidade construídas vidas afora. Porém, apesar da clareza dos ensinamentos espíritas, ainda vemos muita gente boa, dentro do nosso movimento, cair nessa armadilha emocional, que está mais pra conto do vigário que pra conto de fadas, e pode gerar graves consequências, não só na vida pessoal, como também no núcleo espírita em que trabalham. Temos presenciado histórias preocupantes. Aqui, são aqueles dois médiuns, ambos casados com outros parceiros, que se descobrem “almas gêmeas”; E aí, tentam se enganar que estão “renunciando”… Mantém-se em seus casamentos, mas tornam-se “irmãos siameses” na Casa Espírita. Sentam-se lado a lado nas reuniões, são vistos juntos em todos os lugares, dão sempre um jeitinho de fazer parte da mesma equipe (isso quando não arranjam uma missão que “a espiritualidade designou somente aos dois”) e se isolam pelos cantos em conversas particulares sem fim. Só tem olhos um para o outro e, em tal enlevo, não se dão conta que à sua volta todos sentem o que está acontecendo, sobretudo seus maridos e esposas, humilhados publicamente no melhor estilo adultério por pensamento e intenção, embora sob a máscara do amor fraternal. Sim, porque o fato de não partirem para o ato sexual não os exime do abandono afetivo e da traição emocional em relação aos cônjuges. Acolá, é aquela irmã solitária e carente, que se depara com o eloquente e carismático orador. Que palestra!… Que palestrante!… Que homem! Ele só tem um defeito: É casado!… E logo com aquela senhorinha já envelhecida e meio sem graça… Que desperdício!… E eis que de repente ele também a vê na platéia… Bonitona, elegante, jovial e olhando-o com aquele olhar de admiração apaixonada que há muito ele não percebe na companheira… Afinal, o casamento – como todos após lá seus trinta anos já entrou na rotina. Oh céus! Ali mesmo cupido dispara a flecha e zás!… Começam as justificativas íntimas: “Como não tinham se descoberto antes?!… Por certo eram almas gêmeas que há muito se procuravam… O casamento foi um equívoco; o reencontro uma programação para que pudessem trabalhar juntos para Jesus.” Resolvem então assumir o romance. A mulher dele, abandonada após anos de companheirismo e convivência, entra em profunda depressão, os filhos se revoltam, a família se desestrutura, os companheiros se retraem decepcionados e temerosos… “Ora, quem tem suas mulheres e maridos que se cuide, pois se aconteceu com o fulano, que era um exemplo, ninguém está livre”… Instala-se então o tititi e a desconfiança. Daí para o escândalo é apenas um passo, e para o afastamento constrangido dos próprios envolvidos, sua família e outros tantos trabalhadores desencantados com a situação, é um pulo. Sofrimento, deserção e descredibilidade. Tudo pelo direito aos “felizes para sempre” junto à sua “metade da laranja”… Mas, onde é que está escrito, no Evangelho, que é possível construir felicidade sobre os escombros da felicidade alheia ou edificar relacionamentos duradouros em alicerces de leviandade e egoísmo? Temos visto estrondosos equívocos de esse tipo mexer seriamente com estruturas de famílias e Casas Espíritas, fazendo ruir Instituições e relações que pareciam extremamente sólidas. Temos visto companheiros valorosos das nossas fileiras, que caminhando distraídos de que “muito se pedirá àquele que muito tiver recebido”, de repente resolvem jogar pro alto o patrimônio espiritual de uma vida inteira, em nome do “amor”. E assim, cônjuges dedicados e dignos são descartados como se não tivessem alma nem sentimentos, em detrimento de aventuras justificadas por argumentos inconsistentes, sem nenhum respaldo ético/moral ou espiritual. Isto quando ainda há um mínimo de honestidade e se pede a separação, porque alguns preferem continuar comodamente em seus relacionamentos “provacionais”, porém mantendo, na clandestinidade, um “afair” paralelo com a tal “metade eterna”, sob a desculpa esfarrapada de que a família deve ser poupada, pois “família é sagrada!!!”. Logo se faz sentir o efeito dominó. Lá adiante, após vários corações feridos e muitas quedas morais, a convivência faz a alma gêmea virar “alma algemada”. As desilusões chegam inevitáveis, com todo o peso resultante das atitudes ditadas pelas paixões, mas na maioria das vezes, já é tarde pra retomar, ainda nesta existência, o percurso abandonado. Continuação… Reflitamos. Ninguém chega atrasado à vida de ninguém. Chegou-se depois é porque não era pra ser. E se não era pra ser há um bom motivo para isso, visto que as Leis Divinas são indiscutivelmente sábias, justas e providenciais. Não tem pra onde fugir: Quando o teste nos procura, ou somos aprovados ou forçosamente teremos que repetir a lição futuramente, e em condições bem mais adversas… Podemos reencontrar, no grupo de trabalho espírita, grandes amores e paixões do passado que nos reacendem sentimentos e sensações maravilhosas? Sim. Podemos olhar para companheiros de ideal espírita com outros olhos que não sejam os do amor fraternal? Sim. Nada mais natural. Mas sabemos pelo Apóstolo Paulo, que poder nem sempre significa dever… Portanto, o bom-senso nos diz que investir ou não afetivamente nessas pessoas, vai depender de que ambos estejam livres para fazê-lo. Alguém haverá de argumentar que casamento não é prisão e que aliança não é corrente; que ninguém está preso a ninguém “até que a morte os separe” e que o próprio Cristo admitiu a dissolução do casamento. Porém, o espírita não desconhece que, na maioria dos casos, muito além dos compromissos cartoriais existem profundos compromissos e dívidas emocionais entre aqueles que se escolheram como marido e mulher nesta vida. Compromissos muito sérios para serem dissolvidos porque o corpo requer sensações novas, porque a mulher envelheceu, perdeu o brilho ou porque o marido ficou rabugento… Como se o outro estivesse só quebrando um galho enquanto a “outra metade” não chegava… Todos almejamos felicidade, e no estágio evolutivo em que nos encontramos isso ainda tem muito a ver com realização afetiva. Por isso mesmo, não devemos ignorar que só a quitação de antigos débitos emocionais é que nos facultarão essa conquista. Precisamos interiorizar, de uma vez por todas, que os casamentos por afinidade ainda são raros neste momento planetário, e que se ainda não conseguimos amar o parceiro que nos coloca em cheque ou aquele que não corresponde aos nossos anseios, o conhecimento das leis morais exige que ao menos nos conduzamos com um mínimo de retidão e tolerância diante deles. Tal consciência nos exige também, caso nos sintamos atraídos por companheiros já comprometidos, que nos recusemos terminantemente, sob qualquer pretexto, a desempenhar o deprimente e desrespeitoso papel da terceira pessoa numa relação, pois não há conversa fiada de alma gêmea que dê jeito no rombo emocional aberto pela desonestidade afetiva, nem justificativa de carência e solidão que nos permita desviar da rota do dever sem que tenhamos, forçosamente, que colher amargos frutos, porque “se o plantio é livre, a colheita é obrigatória”. Não se colhe rosas plantando espinhos. Sejamos responsáveis diante daqueles que escolhemos e que nos escolheram para compartilhar a vida. Acautelemo-nos contra as ilusões. Se os nossos anseios são irrealizáveis por agora, respeitemos as limitações impostas pelo momento que passa; Por mais possa doer olhar de longe um dos muitos seres amados, que cruza o nosso caminho nesta vida, mas que já optou por outra pessoa, só a dignidade de nos manter à distância é que vai possibilitar, pelas justas leis da vida, que conquistemos por mérito, lá na frente, em outras circunstancias, a alegria do reencontro e a partilha do afeto junto àquele que nos é tão caro, porque estaremos redimidos dos ônus afetivos do ontem através das atitudes renovadas do hoje. “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e tudo o mais vos será acrescentado” (Mateus 6.33). Saibamos buscar… Saibamos esperar… Trabalhemos por merecer… Afinal, temos pela frente a eternidade! 

REDE AMIGO ESPIRITA 

Os sonhos são frutos da imaginação de quem dorme?


 

Doutrinar Sempre

 

Nada é mais necessário fazer no ambiente espírita do que doutrinar, levar a Doutrina à compreensão dos confrades mais humildes, para os quais há conveniência em se adotar linguagem muito simples, que lhes permita rápida assimilação das ideias apresentadas. Não se trata, positivamente, de falar bonito, mas de falar eficientemente, com absoluto conhecimento da Doutrina, para esclarecer, ensinando. É bem mais importante do que possa à primeira vista parecer, a pregação inteligente da Doutrina de Kardec. O número daqueles que perambulam pelo Espiritismo e pouco ou quase nada sabem de Doutrina é muito grande. Em virtude da "lei do menor esforço", muitas vezes o adepto do Espiritismo não se mostra exigente, não zela pelo respeito à Doutrina, porque a desconhece em suas minúcias. Aceita qualquer "espiritismo" que lhe pareça bom por falar em Jesus, no bem, etc. Evidentemente, isso não basta. Seria ótimo que a só menção do nome de Jesus fosse bastante para assegurar a certeza de que os princípios doutrinários do Espiritismo são observados em qualquer parte. Tal não sucede, porém. Há necessidade de se martelar a Doutrina, pela palavra falada, nas tribunas e no Rádio, pela palavra escrita, nas conversações, enfim, onde quer que estejam reunidos indivíduos que debatam temas espíritas. Todos nós, que nos sentimos com alguma responsabilidade no movimento espírita nacional, devemos ser rigorosos na exemplificação de todos os instantes, porque os olhos dos confrades mais novos ou dos adeptos incipientes convergem justamente para aqueles que eles supõem ser corretos no procedimento moral. Doutrina, Doutrina, Doutrina - eis o ponto fundamental de qualquer propaganda espírita kardecista. Com a difusão da Doutrina será mais fácil corrigir maus hábitos, superstições, abusões, erradas interpretações dos fatos espíritas e destorcida compreensão do que eles possam ignificar à luz dos preceitos doutrinários. Ninguém pode ter "o seu espiritismo". Todos podem ter apenas o Espiritismo fundamentado na Doutrina, que é simples, porém positivo. Ele somente sobreviverá através da Doutrina. Sua consolidação se deveu à unidade de ação dentro dos princípios doutrinários. Mas à medida que se vai ampliando o seu raio de ação, à medida que cresce extraordinariamente o número de adeptos, é mister reforçar e ampliar o trabalho doutrinário. Devemos dizer uma verdade que talvez não seja bem aceita: o Espiritismo teórico não lança raízes profundas no espírito dos adeptos mais esclarecidos. É imprescindível que ele seja comprovado pelo trabalho prático, objetivo, ilimitado, com base na assistência social, na caridade respeitosa, no socorro àqueles que, tangidos pelos compromissos do Carma, vivem uma existência de privações dolorosas. Isso tem sido feito no Espiritismo, mas precisa de ser multiplicado, desenvolvido e mantido permanentemente, numa atmosfera evangélica de reconstrução moral e espiritual de pobres irmãos em terríveis provas na Terra. Dar o pão do espírito sem esquecer o pão do corpo, eis o caminho que tem apresentado resultados mais seguros e mais rápidos. A Doutrina tanto pode ser encontrada dentro de um livro como dentro de um pedaço de pão. Nunca o mundo sofreu tanto quanto presentemente; nunca houve tanta dor nem tanta miséria como nos dias que correm. Por isto, as responsabilidades dos espíritas multiplicaram-se e eles têm de sustentar galhardamente essa luta, sem o que poderão ser absorvidos ou perturbados em suas tarefas. Doutrinar, Doutrinar, Doutrinar, exemplificando, ajudando, trabalhando praticamente também, para que os obstáculos sejam mais facilmente superados. 

Indalício Mendes Reformador (FEB) 

O que atrapalha o desencarne? (vídeo)


 

terça-feira, 31 de agosto de 2021

Impedimentos

 

Por onde transites, na Terra, transportando o vaso de tua fé a derramar-se em boas obras, encontrarás sempre impedimentos a granel, dificultando-te a ação. Hoje, é o fracasso nas tentativas iniciais de progresso. Amanhã, é o companheiro que falha. Depois, é a perseguição descaridosa ao teu ideal. Afligir-te-ás com o fel de muitos lábios que te merecem apreço. Sofrerás, de quando em quando, a incompreensão dos outros. Periodicamente encontrarás na vanguarda obstáculos mil, induzindote à inércia ou à negação. A carreira que nos está proposta, no entanto, deve desdobrar-se no roteiro do bem incessante… Que fazer com as pessoas e circunstâncias que nos compelem ao retardamento e à imobilidade? O apóstolo dos gentios responde, categórico: “Pondo de lado todo o impedimento”. Colocar a dificuldade à margem, porém, não e desprezar as opiniões alheias quando respeitáveis ou fugir à luta vulgar. É respeitar cada individualidade, na posição que lhe é própria, é partilhar o ângulo mais nobre do bom combate, com a nossa melhor colaboração pelo aperfeiçoamento geral. E, por dentro, na intimidade do coração, prosseguir com Jesus, hoje, amanhã e sempre, agindo e servindo, aprendendo e amando, até que a luz divina brilhe em nossa consciência, tanto quanto inconscientemente já nos achamos dentro dela.

Proposta cristã para a saúde mental


 

Estejamos contentes

 

O monopolizador de trigo não poderá abastecer-se à mesa senão de algumas fatias de pão, para saciar as exigências da sua fome. O proprietário da fábrica de tecidos não despenderá senão alguns metros de pano para a confecção de um costume, destinado ao próprio uso. Ninguém deve alimentar-se ou vestir-se pelos padrões da gula e da vaidade, mas sim de conformidade com os princípios que regem a vida em seus fundamentos naturais. Por que esperas o banquete, a fim de ofereceres algumas migalhas ao companheiro que passa faminto? Por que reclamas um tesouro de moedas na retaguarda, para seres útil ao necessitado? A caridade não depende da bolsa. É fonte nascida no coração. É sempre respeitável o desejo de algo possuir no mealheiro para socorro do próximo ou de si mesmo, nos dias de borrasca e insegurança, entretanto, é deplorável a subordinação da prática do bem ao cofre recheado. Descerra, antes de tudo, as portas da tua alma e deixa que o teu sentimento fulgure para todos, à maneira de um astro cujos raios iluminem, balsamizem, alimentem e aqueçam. . . A chuva, derramando-se em gotas, fertiliza o solo e sustenta bilhões de vidas. Dividamos o pouco, e a insignificância da boa-vontade, amparada pelo amor, se converterá com o tempo em prosperidade comum.. Algumas sementes, atendidas com carinho, no curso dos anos, podem dominar glebas imensas. Estejamos alegres e auxiliemos a todos os que nos partilhem a marcha, porque, segundo a sábia palavra do apóstolo, se possuímos a graça de contar com o pão e com o agasalho para cada dia, cabenos a obrigação de viver e servir em paz e contentamento.

A verdade sobre os obsessores


 

Fé inoperante

 

A fé inoperante é problema credor da melhor atenção, em todos os tempos, a fim de que os discípulos do Evangelho compreendam, com clareza, que o ideal mais nobre, sem trabalho que o materialize, a benefício de todos, será sempre uma soberba paisagem improdutiva. Que diremos de um motor precioso do qual ninguém se utiliza? de uma fonte que não se movimente para fertilizar o campo? de uma luz que não se irradie? Confiaremos com segurança em determinada semente, todavia, se não a plantamos, em que redundará nossa expectativa, senão em simples inutilidade? Sustentaremos absoluta esperança nas obras que a tora de madeira nos fornecerá, mas se não nos dispomos a usar o serrote e a plaina, certo a matéria-prima repousará, indefinidamente, a caminho da desintegração. A crença religiosa é o meio. O apostolado é o fim. A celeste confiança ilumina a inteligência para que a ação benéfica se estenda, improvisando, por toda parte, bênçãos de paz e alegria, engrandecimento e sublimação. Quem puder receber uma gota de revelação espiritual, no imo do ser, demonstrando o amadurecimento preciso para a vida superior, procure, de imediato, o posto de serviço que lhe compete, em favor do progresso comum. A fé, na essência, é aquele embrião de mostarda do ensinamento de Jesus que, em pleno crescimento, através da elevação pelo trabalho incessante, se converte no Reino Divino, onde a alma do crente passa a viver. Guardar, pois, o êxtase religioso no coração! sem qualquer atividade nas obras de desenvolvimento da sabedoria e do amor, consubstanciados no serviço da caridade e da educação, será conservar na terra viva do sentimento um ídolo morto, sepultado entre as flores inúteis das promessas brilhantes.

Minha família me ofende, o que fazer?


 

Cristo e Nós

 

“E disse-lhe o Senhor em visão: Ananias! E ele respondeu: Eis me aqui, Senhor!”  (ATOS, 9:10). 

Os homens esperam por Jesus e Jesus espera igualmente pelos homens. Ninguém acredite que o mundo se redima sem almas redimidas. O Mestre, para estender a sublimidade do seu programa salvador, pede braços humanos que o realizem e intensifiquem. Começou o apostolado, buscando o concurso de Pedro e André, formando, em seguida; uma assembléia de doze companheiros para atacar o serviço da regeneração planetária. E, desde o primeiro dia da Boa Nova, convida, insiste e apela, Junto das almas, para que se convertam em instrumentos de sua Divina Vontade, dando-nos a perceber que a redenção procede do Alto, mas não se concretizará entre as criaturas sem a co- laboração ativa dos corações de boa-vontade. Ainda mesmo quando surge, pessoalmente, buscando alguém para a sua lavoura de luz, qual aconteceu na conversão de Paulo, o Mestre não dispensa a cooperação dos servidores encarnados. Depois de visitar o doutor de Tarso, diretamente, procura Ananias, enviando-o a socorrer o novo discípulo. Por que razão Jesus se preocupou em acompanhar o recémconvertido, assistindo-o em pessoa? É que, se a Humanidade não pode iluminar-se e progredir sem o Cristo, o Cristo não dispensa os homens na obra de soerguimento e sublimação do mundo. “Ide e pregai”. “Eis que vos mando”. “Resplandeça a vossa luz diante dos homens”. “A Seara é realmente grande, mas poucos são os ceifeiros”. Semelhantes afirmativas do Senhor provam a importância por ele atribuída à contribuição humana. Amemos e trabalhemos, purificando e servindo sempre. Onde estiver um seguidor do Evangelho aí se encontra um mensageiro do Amigo Celestial para a obra incessante do bem. Cristianismo significa Cristo e nós.

Tem hora errada pra morrer?


 

Antes de Servir

 

Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir. Jesus. 

Em companhia do espírito de serviço, estaremos sempre bem guardados. A Criação inteira nos reafirma esta verdade com clareza absoluta. Dos reinos inferiores às mais altas esferas, todas as coisas servem a seu tempo. A lei do trabalho, com a divisão e a especialização nas tarefas, prepondera nos mais humildes elementos, nos variados setores da Natureza. Essa árvore curará enfermidades, aquela outra produzirá frutos. Há pedras que contribuem na construção do lar; outras existem calçando os caminhos. O Pai forneceu ao filho homem a casa planetária, onde cada objeto se encontra em lugar próprio, aguardando somente o esforço digno e a palavra de ordem, para ensinar à criatura a arte de servir. Se lhe foi doada a pólvora destinada à libertação da energia e se a pólvora permanece utilizada por instrumento de morte aos semelhantes, isto corre por conta do usufrutuário da moradia terrestre, porque o Supremo Senhor em tudo sugere a prática do bem, objetivando a elevação e o enriquecimento de todos os valores do Patrimônio Universal. Não olvidemos que Jesus passou entre nós, trabalhando. Examinemos a natureza de sua cooperação sacrificial e aprendamos com o Mestre a felicidade de servir santamente. Podes começar hoje mesmo. Uma enxada ou uma caçarola constituem excelentes pontos de início. Se te encontras enfermo, de mãos inabilitadas para a colaboração direta, podes principiar mesmo assim, servindo na edificação moral de teus irmãos.

A morte é uma perda?


quarta-feira, 28 de julho de 2021

Mediuns Interesseiros - Revista Espírita

 

Em nosso artigo sobre os escolhos dos médiuns colocamos a cupidez no rol dos defeitos que podem dar acesso aos Espíritos imperfeitos. Não será inútil desenvolver este assunto. Na primeira linha dos médiuns interesseiros devem colocar-se aqueles que poderiam fazer de sua faculdade uma profissão, dando o que se costuma chamar de sessões ou consultas remuneradas. Não os conhecemos, pelo menos na França. Como, porém, tudo pode tornar-se objeto de exploração, não seria de admirar que um dia quisessem explorar os Espíritos. Resta saber como eles encarariam o fato, se acaso se tentasse introduzir tal especulação. Mesmo sem iniciação no Espiritismo, compreende-se quanto isto representa de aviltante. Mas quem quer que conheça, por pouco que seja, as difíceis condições nas quais os bons Espíritos se comunicam conosco e quão pouco é preciso para afastá-los, bem como a sua repulsa por tudo quanto representa interesse egoístico, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores sirvam ao capricho do primeiro que os evoque a tanto por hora. O simples bom-senso repele uma tal suposição. Não seria ainda uma profanação evocar seu pai, sua mãe, seus filhos e seus amigos por semelhante meio? Sem dúvida que dessa maneira se podem ter comunicações, mas só Deus sabe de que fonte! Os Espíritos levianos, mentirosos, travessos, zombeteiros e toda a caterva de Espíritos inferiores vêm sempre. Estão sempre prontos a tudo responder. São Luís nos dizia outro dia, na Sociedade: Evocai um rochedo e ele vos responderá. Quem quiser comunicações sérias deve antes de tudo informar-se quanto à natureza das simpatias do médium com os seres de além-túmulo. Aquelas que são dadas pela ambição do lucro só podem inspirar uma confiança bem medíocre. Médiuns interesseiros não são apenas os que poderiam exigir uma determinada importância. O interesse não se traduz apenas na expectativa de um lucro material, mas também nos pontos de vista ambiciosos de qualquer natureza, sobre os quais pode fundar-se a esperança pessoal. É ainda um tropeço que os Espíritos zombeteiros sabem utilizar muito bem, e de que se aproveitam com uma destreza e com uma desfaçatez verdadeiramente notáveis, acalentando enganadoras ilusões naqueles que assim se colocam sob sua dependência. Em resumo, a mediunidade é uma faculdade dada para o bem e os bons Espíritos se afastam de quem quer que pretenda transformá-la em escada para alcançar seja o que for que não corresponda aos desígnios da Providência. O egoísmo é a chaga da Sociedade. Os bons Espíritos combatem-no e, portanto, não é possível supor que venham incentivá-lo. Isto é tão racional, que sobre tal ponto seria inútil insistir. Os médiuns de efeitos físicos não estão nas mesmas condições. Sendo seus efeitos produzidos por Espíritos inferiores, pouco escrupulosos quanto aos sentimentos morais, um médium dessa natureza que quisesse explorar a sua faculdade poderia encontrar os que o assistissem sem muita repugnância. Mas teríamos ainda outro inconveniente. Assim como o médium de comunicações inteligentes, o de efeitos físicos não recebeu sua faculdade para seu prazer. Ela lhe foi dada com a condição de usá-la bem, Se dela abusar, ela lhe pode ser retirada ou revertida em seu prejuízo porque, afinal de contas, os Espíritos inferiores estão sujeitos às ordens de Espíritos superiores. Os inferiores gostam de mistificar, mas não gostam de ser mistificados. Se de boa vontade se prestam às brincadeiras e questões de curiosidade, não gostam, como os demais, de serem explorados e, a cada momento, provam que têm vontade própria; que agem quando e como bem entendem, o que faz com que o médium de efeitos físicos esteja ainda menos seguro da regularidade das manifestações do que os médiuns escreventes. Pretender pro­duzi-las em dias e horas predeterminados seria dar mostras de profunda ignorância. Que fazer então para ganhar o seu dinheiro? Simular os fenômenos. Eis o que pode acontecer, não só aos que disso fizessem uma profissão declarada, como também às criaturas aparentemente simples, que se limitassem a receber uma retribuição qualquer dos visitantes. Se o Espírito nada produz, eles produzem. A imaginação é muito fecunda quando se trata de ganhar dinheiro. É uma tese que desenvolveremos em artigo especial, a fim de prevenir quanto à fraude. Concluímos, de tudo quanto precede, que o mais absoluto desinteresse é a melhor garantia contra o charlatanismo, pois não há charlatães desinteressados. Se o desinteresse nem sempre assegura a boa qualidade das comunicações inteligentes, arrebata dos maus Espíritos um poderoso meio de ação e fecha a boca a certos detratores.

Saibamos confiar


 

Porque não lembramos de vidas passadas?

 

Não nos lembramos das vidas passadas e nisso está a sabedoria de Deus. Se lembrássemos do mal que fizemos ou dos sofrimentos que passamos, dos inimigos que nos prejudicaram ou daqueles a quem prejudicamos, não teríamos condições de viver entre eles atualmente. Pois, muitas vezes, os inimigos do passado hoje são os nossos filhos, nossos irmãos, nossos pais, nossos amigos, que presentemente se encontram junto de nós para a reconciliação. Por isso, existe a reencarnação. Certamente, hoje estamos corrigindo erros praticados contra alguém, sofrendo as conseqüências de crimes perpretados, ou mesmo sendo amparados, auxiliados por aqueles que, no pretérito, nos prejudicaram. Daí a importância da família, onde se costumam reatar os laços cortados em existências anteriores. A reencarnação, desta forma, é a oportunidade de reparação, como também, oportunidade de devotarmos nossos esforços pelo bem dos outros, apressando nossa evolução espiritual. Quando reencarnamos, trazemos um "plano de vida", compromissos assumidos perante a espiritualidade e perante nós mesmos, e que dizem respeito à reparação do mal e à prática de todo o bem possível. “Se a provação te aflige, Deus te conceda paz. Se o cansaço te pesa, Deus te sustente em paz. Se te falta a esperança, Deus te acrescente a paz. Se alguém te ofende ou fere, Deus te renove em paz. Sobre as trevas da noite, O Céu fulgura em paz. Ama, serve e confia. Deus te mantém em paz.“ 

Chico Xavier - Emmanuel

Proposta cristã para a saúde mental


 

A volta de Jesus na visão espírita

 

Muitas pessoas querem a volta de Jesus. Mas, para que? Para que ele venha e resolva todos os problemas do mundo? Isto não vai acontecer. Jesus veio e não resolveu. Por que? Porque Ele apenas deixou a fórmula que deveríamos seguir para que alcançássemos a paz, a harmonia, o respeito mútuo. Mas, nós queremos tudo pronto. Não queremos ter trabalho de lapidar nossos sentimentos como: perdoar, relevar uma agressão, não revidar uma ofensa, não nos vingarmos, ter honestidade, respeito, enfim, de fazermos aos outros o que queremos que eles nos façam. Mas, na verdade Ele nunca foi embora. Ele continua conosco, nós é que nos distanciamos dele quando não fazemos o que ele pede. A volta dele, para nós espírita, se dará quando nossas atitudes lembrarem Ele. A sua nova manjedoura será nosso coração. PENSEMOS JUNTOS: Se Jesus voltasse e arrumasse toda esta bagunça do mundo, o que aconteceria? Nós bagunçaríamos tudo de novo. Por que? Porque enquanto não arrumarmos o mundo que existe dentro de nós, o mundo em torno de nós não mudará. Quando uma mãe arruma a bagunça do quarto de seu filho e não o ensina a preservar, o filho irá bagunçar novamente, não é? Assim acontece com o mundo em que vivemos. Se não seguirmos os ensinamentos do Cristo, o mundo será um retrato dos sentimentos que levamos dentro de nós. 

(Rudymara)

O exato momento da morte para o Espiritismo


 

Como foi a chegada de Chico Xavier na espiritualidade

 

COMO FOI A CHEGADA DO APÓSTOLO CHICO XAVIER NA ESPIRITUALIDADE. RELATADO POR JOANA DE ÂNGELIS 

Quando mergulhou no corpo físico, para o ministério que deveria desenvolver, tudo eram expectativas e promessas. Aquinhoado com incomum patrimônio de bênçãos, especialmente na área da mediunidade, Mensageiros da Luz prometeram inspirá-lo e ampará-lo durante todo o tempo em que se encontrasse na trajetória física, advertindo-o dos perigos da travessia no mar encapelado das paixões bem como das lutas que deveria travar para alcançar o porto de segurança. Orfandade, perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no rumo do objetivo de iluminação. Adversários do ontem que se haviam reencarnado também, crivaram-no de aflições e de crueldade durante toda a existência orgânica, mas ele conseguiu amá-los, jamais devolvendo as mesmas farpas, os espículos e o mal que lhe dirigiam. Experimentou abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos vis. Sempre se manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de onde hauria coragem e forças para não desfalecer. Trabalhando infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências. Nunca se exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas pessoais ou justificativas para os seus atos. Lentamente, pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o povo e os seu líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade. Sua palavra doce e ungida de bondade sempre soava ensinando, direcionando e encaminhando as pessoas que o buscavam para a senda do Bem. Em contínuo contato com o seu Anjo tutelar, nunca o decepcionou, extraviando-se na estrada do dever, mantendo disciplina e fidelidade ao compromisso assumido. Abandonado por uns e por outros, afetos e amigos, conhecidos ou não, jamais deixou de realizar o seu compromisso para com a Vida, nunca desertando das suas tarefas. As enfermidades miraram-lhe as energias, mas ele as renovava através da oração e do exercício intérmino da caridade. A claridade dos olhos diminuiu até quase apagar-se, no entanto a visão interior tornou-se mais poderosa para penetrar nos arcanos da Espiritualidade. Nunca se escusou a ajudar, mas nunca deu trabalho a ninguém. Seus silêncios homéricos falaram mais alto do que as discussões perturbadoras e os debates insensatos que aconteciam a sua volta e longe dele, sobre a Doutrina que esposava e os seus sublimes ensinamentos. Tornou-se a maior antena parapsíquica do seu tempo, conseguindo viajar fora do corpo, quando parcialmente desdobrado pelo sono natural, assim como penetrar em mentes e corações para melhor ajudá-los, tanto quanto tornando-se maleável aos Espíritos que o utilizaram por quase setenta e cinco anos de devotamento e de renúncia na mediunidade luminosa. Por isso mesmo, o seu foi mediumato incomparável... E ao desencarnar, suave e docemente, permitindo que o corpo se aquietasse, ascendeu nos rumos do Infinito, sendo recebido por Jesus, que o acolheu com a Sua bondade, asseverando-lhe: Descansa, por um pouco, meu filho, a fim de esqueceres as tristezas da Terra e desfrutares das inefáveis alegrias do reino dos Céus. 

JOANNA DE ÂNGELIS (Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 2 de julho de 2002, no Centro Espírita Caminho da Redenção, em Salvador, Bahia.) Texto extraido do Reformador - Agosto/2002 Especial - FEB Autor Joanna de Ângelis-Médium Divaldo Franco

O que fazer quando a mente não para?


 

terça-feira, 29 de junho de 2021

Medo de Espíritos à luz da Doutrina Espírita

 

Trabalhadores da ultima hora, talvez o Medo de Espíritos seja o primeiro sinal de crença aos conceitos do Espiritismo. Infelizmente esse meio é inadequado ao passo que mistifica fenômenos naturais sob a ótica da ciência Espírita. Ter Medo de Espíritos, porém, não torna-se viável dito que eles não podem nos atingir materialmente, como por exemplo um desencarnado faria. Ainda que a doutrina espírita nos ensina sobre as relações de obsessão que ocorrem de desencarnados para os encarnados, devemos refletir sobre a aproximação desses Espíritos. A imperfeições morais levam espíritos desencarnados a agirem de forma consciente ou inconsciente sobre os encarnados. Entretanto, é como os antigos contos de ficção dos vampiros nos alertam, o mal só entra em nossa casa se o convidamos para isso. Essa metáfora com os vampiros pode ser relacionada de forma concreta com nossas energias e pensamentos diários. Quando a sintonia energética de pensamentos felizes é emanada, a atração natural é de espíritos, encarnados e desencarnados, com a mesma afinidade vibracional. Portanto, é natural que vibrações negativas, sejam nos seus aspectos melancólicos ou raivosos, criem campos vibracionais em frequências que tendem a atrair espíritos imperfeitos. O medo é, na verdade, a porta de entrada, pois o Medo de Espíritos nos faz reféns destes “vampiros”. É preciso manter seus pensamentos ligados a sua fé e a sentimentos felizes. Orai e Vigiai é de suma importância, dito que a vigilância dos pensamentos são uma cobrança pessoal constante de suas más tendência. Esteja sempre fortalecido com sua fé e se alimente das boas energias na manutenção de bons pensamentos.

A construção da felicidade


 

Sobrevivência

 

Ter o de que se alimentar, onde morar, um trabalho, meios de aperfeiçoar-se intelectualmente etc.: tudo isso faz parte da realidade dos Espíritos encarnados, pois, em caso contrário, o corpo físico não consegue manter-se. O grande problema para o Espírito encarnado é saber até que ponto deve investir na aquisição e manutenção desses bens e interesses, porque aí é que muitos falham, normalmente acumulando mais do que o necessário para o cumprimento da sua meta reencarnatória. Para cada Espírito está destinado um programa de realizações e, assim, o que é importante para um cumprir sua tarefa, para outro é supérfluo e para um terceiro insuficiente: não há uma medida única para todos. Uns têm de ter uma riqueza à sua disposição para desempenhar tarefas na produção de utilidades para a vida das pessoas, outro tem de ter acesso fácil à Cultura para cumprir um trabalho na divulgação do Conhecimento e assim por diante. “Sobreviver” é uma expressão que utilizamos aqui no sentido de conseguir manter-se em condições de cumprir seu programa de trabalho enquanto encarnado. A consciência de cada um é que é o único juiz em condições de avaliar se está tudo na medida exata, sem excesso nem supérfluo. A preparação para a vida no mundo terreno deve englobar a consideração sobre esses dados, conjugando-se o que se pretende realizar com os recursos necessários para tanto. Jesus, por exemplo, precisou de poucos recursos materiais, pois Sua Missão era totalmente espiritual. Chico Xavier precisou de poucos recursos materiais, mas não podia dispensar aqueles relacionados com a produção dos seus livros mediúnicos e assim por diante. 

Espírito J. Piajet Livro: Preparação para a vida feliz no modelo espírita

Jesus e a superação do medo


 

Quem ama...

 

Quem ama nada exige. Perdoa sem traçar condições. Sabe sacrificar-se pela felicidade alheia. Renuncia com alegria ao que mais deseja. Não espera reconhecimento. Serve sem cansaço. Apaga-se para que outros brilhem. Silencia as aflições, ocultando as próprias lágrimas. Retribui o mal com o bem. É sempre o mesmo em qualquer situação. Vive para ser útil aos semelhantes. Agradece a cruz que leva sobre os ombros. Fala esclarecendo e ouve compreendendo. Crê na Verdade e procura ser justo. Quem ama, qual o samaritano anônimo da parábola do Mestre, levanta os caídos da estrada, balsamiza-lhes as chagas, abraça-os fraternalmente e segue adiante 

Chico Xavier

Proposta Cristã para a saúde mental


 

Transição Planetária

 

Estamos no limiar da grande transição, em que o nosso planeta passará da condição de mundo de provas e expiações para mundo de regeneração. Isso já constava no planejamento celestial há muito tempo e não se dará, obviamente, num passe de mágica, pois se trata de um processo de transformação lento e gradual, porém, impostergável. As tragédias naturais, como o tsunami do Oceano Índico, objeto de nossas considerações, fazem parte desse processo, pois elas têm o objetivo de fazer a Humanidade progredir mais depressa, através do expurgo daqueles Espíritos calcetas, refratários à ordem e à evolução moral e espiritual, que já não podem mais ser retardadas. Eles passarão algum tempo em outras esferas, aprendendo as leis do Amor e do Bem, até que tenham condições de retornar ao nosso planeta, para dar seu contributo em benefício do progresso da Humanidade. Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem. Havendo chegado o tempo, grande emigração se verifica dos que a habitam: a dos que praticam o mal pelo mal, ainda não tocados pelo sentimento do bem, os quais, já não sendo dignos do planeta transformado, serão excluídos, porque, senão, lhe ocasionariam de novo perturbação e confusão e constituiriam obstáculo ao progresso. Substitui-los-ão Espíritos melhores, que farão reinem em seu seio a justiça, a paz e a fraternidade. A época atual é de transição; confundem-se os elementos das duas gerações. Colocados no ponto intermédio, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelos caracteres que lhes são peculiares. É chegado o momento decisivo em nossas vidas, onde devemos tomar a direção correta na prática do amor, como ensinou Jesus, pois os tempos são chegados. A Terra esta em uma fase de transformação de um mundo de provas e expiações para um mundo de regeneração, onde não haverá lugar para a prática do mal. Os Espíritos que persistirem no mal, ao desencarnarem, não voltarão a Terra e sim a mundos mais primitivos onde aprenderão a desenvolver sua condição moral. Muita gente diz: O mundo está pior, é o fim do mundo. Nada disso acontece, pois os espíritos endurecidos estão tendo sua última oportunidade para evoluir e permanecer na terra, por isso vemos tantas barbaridades cometidas por estas ultimas oportunidades. Não haverá fim do mundo. Não haverá choques de cometas, nem escuridão total. Há fim de ciclo, de Era. Ciclo de maldade sendo substituídos por ciclo de amor e tolerância. A transição para um Planeta de Regeneração já começou. Se vamos participar e voltar como membros da geração nova que Kardec nos disse...bem, isto vai depender de cada um. Então vamos fazer a parte que nos cabe. 

A GÊNESE, de Allan Kardec – A geração nova, Cap. XVIII – Itens 27 e 28