sábado, 22 de dezembro de 2012

Nascimento de Jesus

 Nascimento de Jesus. Dia da Cristandade. 

Quem não lhe conhece a história? 

Quem não sabe onde, como e quando o fato ocorreu? Mas, vale relembrar. O Messias de Deus, o Salvador da Humanidade, vaticinado pelos Profetas, nascera em condições humílimas, num estábulo em Belém, “terra de Judá”. 

Maria e José foram àquela cidade alistar-se em obediência a um edito de César Augusto, que prescreveu, então, o censo para arrolar os bens do povo judeu. 

Como isso se dera quando a gestação já se encontrava bem adiantada, com sinais precursores do parto, pôs-se o casal de sobreaviso, diligenciando providências de hospedagem para o desabrochar da flor da maternidade de Maria, a Agraciada do Altíssimo. 

Havendo falta de acomodação nas estalagens da cidade de Davi, superlotada pela considerável afluência de forasteiros, acomodaram-se numa estrebaria, a céu aberto. Ali, em plena Natureza, como a significar que só um firmamento imensurável poderia dar cobertura a tão transcendente Espírito; ali, sob o coruscar do lampadário de estrelas, a que se juntava radiosa antemanhã; ali, em ambiente de máxima simplicidade, a Virgem de Nazaré se fizera mãe de Jesus. 

Distantes de Belém, nos domínios do município da cidade, pastores, na calada da noite, apascentavam seus rebanhos. 

Fundo silêncio os envolvia. Eis senão quando, de inopino, algo de insólito ocorre, rompendo a quietude reinante. 

Que seria, quem o faz e por que o faz? 

Lucas, o evangelista, responde por nós, relatando o inusitado acontecimento (2:8-20): “Ora havia naquela mesma comarca pastores que estavam no campo, e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho. E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor. 

E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor. 

E isto vos será por sinal: achareis o menino envolto em panos, e deitado numa manjedoura. E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens.

 E aconteceu que, ausentando-se deles os anjos para o céu, disseram os pastores uns aos outros: Vamos pois até Belém, e vejamos isso que aconteceu, e que o Senhor nos fez saber. 

Foram apressadamente, e acharam Maria, e José, e o menino deitado na manjedoura. 

E vendo-o, divulgaram a palavra que acerca do menino lhes fora dita; e todos os que a ouviam se maravilharam do que os pastores lhes diziam. 

Mas Maria guardava todas estas coisas, conferindo-as em seu coração. E voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes havia dito.” O surpreendente quadro daquela remota manhã, celebrado por maviosos cânticos e harmoniosos harpejos executados por uma milícia de anjos, em louvor ao Senhor pelo advento do Messias, fora além da imaginação, porque, de permeio com tão sonorosas modulações musicais, “fluidos luminosos” nimbavam de cariciosas claridades as relvas circundantes do campo de pastoreio do rebanho naquelas ermas paragens. 

Esse singular cenário, de sublimado enlevo, não sobrepujara, em beleza e emoção, ao daquela antemanhã do Novo Dia do Nascimento do Messias de Deus, que raiara para clarear, por todo o sempre, as horas dos dias de todos os anos, séculos e milênios, na pauta das incontáveis existências terrenas de nós outros Espíritos encarnados, com a alentadora perspectiva de nossa ascensão aos infindáveis domínios do Grande Além. 

Curioso messianato, de cuja abertura se fizera porta-voz o próprio silêncio da Natureza. 

Primeira lição – singelo espaço de uma manjedoura. 

Primeiro recinto – o desconforto de um estábulo. 

Primeiros ouvintes – os pais do nascituro, com a presença dos animais das cercanias. 

Cumpriu-se a profecia: “E tu, Belém de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel.” 

(Mateus, 2:6.) PASSOS LÍRIO Reformador Dez/2000

Nenhum comentário:

Postar um comentário