terça-feira, 25 de junho de 2013

Aborto e rejeição

Em nossos estudos no Grupo Espírita levantou-se o fato que alguns espíritos se mantêm crianças mesmo tempos após o desencarne. 

Por outro lado - como sabemos -, não existem crianças em espírito. Cabia, pois, buscar subsídio na literatura espírita. 

Encontramos a resposta no texto abaixo, por si só auto-explicativo. “Enquanto se encontrava pensativa, os socorristas daquela clínica abortiva tudo faziam para que ela desistisse do crime. Os seus pensamentos estavam embaralhados. De repente, surgia uma criança linda, pedindo-lhe: "deixe-me viver! Não me mate!" Mas, se os socorristas lhe chamavam pelo coração, outros espíritos lhe aguçavam a vaidade. Era a luta entre o bem e o mal. 

Na hora em que Marina deu entrada na sala médica, o olhar dos socorristas foi de desespero. Mais um crime seria ali praticado, num matadouro de homens.

 O médico, Roberto, usando dos mais sofisticados métodos, em alguns minutos destruiu o trabalho de anos da espiritualidade. No momento da sucção, Marina sentiu seu coração doer. Era o filho que se desligava do seu corpo. 

Olhou os pedaços de carne atirados no lixo e pensou: "ainda bem que não tem vida". Ela, porém, não assistiu, do lado espiritual, a uma equipe médica entrar em ação e tentar, desesperadamente, impedir que o feto sofresse demais. 

Contudo, mesmo recebendo boa assistência do departamento encarnatório, o espírito não conseguia livrar-se da dor da rejeição e se contraiu de tal maneira, que o seu perispírito sofreu uma sobrecarga energética e continuou criança. 

Uns conseguem crescer aqui na Colônia, outros se vêem ora criança, ora adulto. 

Não é raro voltarem totalmente alucinados pela forma violenta do aborto. Esses são confiados a excelentes psicanalistas ou psiquiatras, tal o trauma que sofrem.

 Marina jogou o corpo do filho numa lata de lixo, corpo este que ela, com seu parceiro, compuseram num ato de amor. 

Marina deixou, naquela clínica, um pedaço do seu corpo e levou consigo um débito enorme. 

O grupo de socorristas sentia-se desolado; por mais que prestasse auxílio à criança, ela, bastante perturbada, retorcia-se nos braços dos enfermeiros e gritava sem parar.”

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