terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O guia espiritual

Consoladora é a crença doutrinária que prova ao homem com fatos concludentes a existência de um Guia Espiritual que junto dele desempenha missão tutelar conferida pelas leis do Todo Misericordioso e Complacente.

O Guia Espiritual será como um agente do Amor Divino junto das criaturas. Ele conhecerá, com precisão, as leis sobre que o Criador estabeleceu a harmonia moral das sociedades espirituais, e as aplica com sabedoria equivalente ao próprio grau de elevação na escala do aperfeiçoamento.

Se necessita inspiração para os graves problemas a solucionar dentro das atribuições que lhe são conferidas, ele a suplica, ardoroso, ao Grande Foco que nas profundezas do Infinito irradia sabedoria sobre o Universo todo, e o Grande Foco lhe refloresce as energias na mente lúcida, que se amplia, vigorosa, no carreiro a prosseguir. E incompreensível e incompreendido pela maioria das individualidades às quais se dedica.


Sua formosura integral, resplandecente de virtudes imortais, passaria despercebida aos olhos da vulgaridade, se a esta fosse possível defrontá-lo. A fim de contemplá-la e compreendê-la em toda a sua radiosa realidade, tornar-se-á necessário ao tutelado adornar-se de potenciais psíquicos de ordem elevada, os quais se encontram ainda latentes, sufocados pela materialidade, no interior de cada um, à espera das clarinadas- decisivas do progresso. Age sobre o homem freqüentemente, e o homem não o compreende.

Sente, este, suas manifestações em torno da própria vida, mas geralmente ignora que sejam suas.

O Guia Espiritual é a destra do Criador que se espalma sobre o homem,inspirando-o e protegendo-o na espiral difícil, mas gloriosa, do Espírito, rumo da redenção. As doces lendas do passado o denominavam Anjo de Guarda. Seja, porém, qual for o nome que lhe derem, será invariavelmente a dedicação incansável, o amor abnegado até ao sacrifício. Ama seus pupilos com o amor elevado à potência espiritual a que chegou, o que quer dizer que tal sentimento se avoluma e fortalece à proporção que ele próprio ascende na espiral do progresso, rumo da perfeição. O homem desconhece essa modalidade do amor, a qual denominaremos divina, conquanto a Terra já tivesse ocasião de contemplá-la em toda a sua gloriosa expressão.

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