quinta-feira, 26 de março de 2015

A grande pergunta

Em lamentável indiferença, muitas pessoas esperam pela morte do corpo, a fim de ouvirem as sublimes palavras do Cristo.
 Não se compreende, porém, o motivo de semelhante propósito.
 O Mestre permanece vivo em seu Evangelho de Amor e Luz. É desnecessário aguardar ocasiões solenes para que lhe ouçamos os ensinamentos sublimes e claros.
 Muitos aprendizes aproximam-se do trabalho santo, mas desejam revelações diretas. 
Teriam mais fé, asseguram displicentes, se ouvissem o Senhor, de modo pessoal, em suas manifestações divinas. Acreditam-se merecedores de dádivas celestes e acabam considerando que o serviço do Evangelho é grande em demasia para o esforço humano e põem-se à espera de milagres imprevistos, sem perceberem que a preguiça sutilmente se lhes mistura à vaidade, anulando-lhes as forças. Tais companheiros não sabem ouvir o Mestre Divino em seu verbo imortal. Ignoram que o serviço deles é aquele a que foram chamados, por mais humildes lhes pareçam as atividades a que se ajustam
 Na qualidade de político ou de varredor, num palácio ou numa choupana, o homem da Terra pode fazer o que lhe ensinou Jesus. 
 É por isso que a oportuna pergunta do Senhor deveria gravar-se de maneira indelével em todos os templos, para que os discípulos, em lhe pronunciando o nome, nunca se esqueçam de atender, sinceramente, às recomendações do seu verbo sublime. 

 Francisco Cândido Xavier. 
Da obra: Caminho, Verdade e Vida. 
Ditado pelo Espírito Emmanuel.
 17a edição. Lição 47. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

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