quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Bataclan

Os atentados terroristas em Paris são como uma febre no organismo social. Dói, incomoda e leva a procurar um remédio. E a febre é apenas o sintoma de um drama de natureza moral e espiritual que nunca esteve tão elevado em toda a história da humanidade terrena.
 O terrorismo nada mais é que a velha necessidade do homem de anular a diferença para preponderar. No caso, usando a lamentável atitude de violência. 
O nome desse sentimento é poder. Poder é a coroa de ouro das organizações mais sombrias de todos os tempos. É a mais antiga doença do ser espiritual que faz seu aprendizado nessa escola de provas e expiações onde o egoísmo ainda é soberano. 
 Uma espessa camada miasmática se forma na chamada psicosfera, a parte astral do planeta mais próxima da matéria física. Esse cinturão de sombras é o resultado dos dejetos mentais da mente encarnada e desencarnada. Culpa, medo, ódio e poder se aglutinam junto a outras matérias mentais formando essa nuvem cinzenta e com vida própria.
 A Terra não colhe o fruto indigesto proveniente apenas das cabeças terroristas orientadas pela ganância extremista de grupos de poder. Cada vez que alguém tenta anular a diferença, é uma bomba lançada no fortalecimento desse cinturão de trevas em torno do planeta. Anular a diferença significa todo ato no qual não se consegue respeitar e reconhecer que o que pertence ao outro é de responsabilidade dele. Existe uma compulsiva e desastrosa necessidade no coração humano de convencer, controlar, mudar, transformar e moldar o outro aos seus modelos de viver. Isso é poder. Isso é terrorismo nos relacionamentos por meio de micro violências. 
 O terrorismo que explode no Bataclan é o efeito dessa onda miasmática milenar que assola nossa casa planetária. Quando você respeita o outro, quando você reconhece o direito do outro de viver a experiência que lhe convém, quando você percebe que só tem poder real é sobre você mesmo, as relações vão mudar, o mundo começará também a mudar. Tenham esperança. A febre social em Paris leva todos os continentes a procurarem ajuda na erradicação de suas doenças. Em meio às dolorosas convulsões nasce uma nova ordem que não tardará. 
 Quer colaborar com esse novo tempo?
 Comece a desarmar-se. Retire esses explosivos de pretensões e endurecimento na conduta. 
Liberte-se dessa ânsia de preponderar seja onde for. 
Melhor que dominar é ser feliz. 
Contribua com a diminuição do terrorismo no nosso planeta abençoado.
 Deixe de querer ter razão sempre.

 Autor: Maria Modesto Cravo (espirito), amante do Cristo e servidora do bem, lhes abençoo com paz. 14/11/15. Psicografia de Wanderley Oliveira.

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