segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

No cenário da vida


No cenário da vida, todas as criaturas são convocadas a contribuir para o progresso coletivo, cada um participando com o dom ou talento que lhe caracteriza. Assim, é que uns contribuirão com sua voz, outros com sua inteligência, e outros ainda com sua boa vontade, de forma que, a harmonia universal é construída com o contributo de cada um. Infelizmente, os vícios e imperfeições humanas não deixam que o homem perceba qual o seu real papel no cenário da vida. Alguns há que, por orgulho ou timidez, que é uma forma velada de orgulho na qual a criatura omite-se com receio de não brilhar como desejaria, ou de não ser tão eficiente quanto o parâmetro escolhido recusam-se a participar, alegando falta de competência ou habilidade para tal. Outros, ao contrário, devido à omissão de muitos, participam além do desejável, desgastando-se e expondo-se além dos limites recomendados. Aquele que não participa das construções grupais, sejam elas de que natureza forem, desde que sejam para o bem coletivo, em principio, já prejudica a coletividade por manter uma atitude egoística, gerada pelo orgulho ou inércia. 
Mais grave do que essa atitude, no entanto, só a daquele que, por detrás do mutismo e da aparente concordância, mantém o pensamento critico, mordaz ou destrutivo, impregnando o ambiente com as energias da desagregação e do insucesso. Essas criaturas são seres aparentemente pacíficos e calmos que se infiltram nos grupos de boa vontade, mais pelo desejo de conferir suas potencialidades e comparar-se mentalmente com aqueles rotulados de excelentes, do que de servir e ajudar. 
Certamente, que a caridade e a complacência recomendam-nos a tolerância e o acolhimento a todas as criaturas, mas ainda assim, é preciso primeiro zelar pelo bem da maioria e permanecer atento para detectar esse tipo de comportamento em cada um de nós. 
Ao primeiro sinal de amuo, má vontade, inveja e competição nos trabalhos grupais, recolhamo-nos na oração, na reflexão, no pedido de ajuda sincero aos amigos bondosos da espiritualidade superior, para que o desejo de colaborar, participando, nos contagie, contagiando aos outros também.

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