sábado, 21 de março de 2020

Em Espírito

“Mas, se pelo espírito mortificardes as obras da carne, vivereis.”  Paulo. 
(ROMANOS, CAPÍTULO 8, VERSÍCULO 13.) 

Quem vive, segundo as leis sublimes do espírito, respira em esfera diferente do próprio campo material em que ainda pousa os pés. Avançada compreensão assinala-lhe a posição íntima. Vale-se do dia qual aprendiz aplicado que estima na permanência sobre a Terra valioso tempo de aprendizado que não deve menosprezar. Encontra, no trabalho, a dádiva abençoada de elevação e aprimoramento. Na ignorância alheia, descobre preciosas possibilidades de serviço. Nas dificuldades e aflições da estrada, recolhe recursos à própria iluminação e engrandecimento. Vê passar obstáculos, como vê correr nuvens. Ama a responsabilidade, mas não se prende à posse. Dirige com devotamento, contudo, foge ao domínio. Ampara sem inclinações doentias. Serve sem escravizar-se. Permanece atento para com as obrigações da sementeira, todavia, não se inquieta pela colheita, porque sabe que o campo e a planta, o sol e a chuva, a água e o vento pertencem ao Eterno Doador. Usufrutuário dos bens divinos, onde quer que se encontre, carrega consigo mesmo, na consciência e no coração, os próprios tesouros. Bem-aventurado o homem que segue vida a fora em espírito! Para ele, a morte aflitiva não é mais que alvorada de novo dia, sublime transformação e alegre despertar!

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