segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Na subida espiritual

"Mas alguém dirá: tu tens a fé e eu tenho as obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé".

Esmorecer na prática das boas obras será desmerecer-nos diante delas. Acontece o mesmo no trabalho de elevação.

A planta que hoje reclama extremo cuidado ao cultivador não lhe dá frutos imediatos.

O aprendiz, de começo, na escola, não responde às argüições do professor na pauta do entendimento e da cultura com que lhe recolhe os ensinamentos.

Que seria de nós, as criaturas humanas destinas à perfeição Angélica, se o Criador nos exigisse chegar à meta de um dia para outro?

Em todo empreendimento digno, tanto quanto em qualquer construção, entre o início e o acabamento da tarefa jazem, de permeio, o ideal e o serviço, a persistência e a esperança.
E quando a empresa em curso se refere ao nosso anseio de melhorar espiritualmente aqueles que mais amamos, é forçoso reconhecer que ninguém consegue modificar alguém, sem que esse alguém se disponha à transfiguração necessária.

Compreendamos assim que, se não é lógico alterarem-se, por nossa causa, as leis e as experiências que regem as criaturas e as instituições que nos sejam queridas, podemos perfeitamente mudar a nós mesmos pela força de nossa vontade na oração, na decisão, no serviço e na lealdade aos compromissos assumidos para a sustentação das boas obras, seja no plano externo ou no campo íntimo, em nós ou fora de nós, aprendendo a compreender e a sofrer, a edificar e a servir, a suportar e a esperar.

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