quinta-feira, 17 de maio de 2012

Separação resolve?

Os dias atuais têm testemunhado muitas separações conjugais. Nós perguntamos, e gostaríamos que você
respondesse, com toda a sinceridade: a separação resolve?

Embalados pelo suave encantamento do namoro e noivado, os casais entram na barca da paixão e se deixam
levar pelo grande oceano do casamento.

Sentindo ainda as emoções do primeiros tempos, tudo é alegria e contentamento...

A música, o perfume, as flores, os passeios, a comida predileta, tudo é compartilhado com carinho e cada um
faz tudo para agradar o outro.

Na balança das ações, somente o prato das virtudes é utilizado.
Todavia o tempo passa... surgem os ventos, os maremotos, a neblina... E as dificuldades começam...

O casal esquece de estender a ponte do diálogo que, certamente, iria propiciar soluções para os problemas ou
encontrar maneiras de os contornar com sabedoria.

Surgem os conflitos... e na balança das ações começa a pesar mais o prato das imperfeições...

Perguntamo-nos: como poderia aquela alma tão querida de outrora se transformar em uma pessoa cheia de
defeitos? E o outro, seguramente, faz-se os mesmos questionamentos a nosso respeito.

Cada um se isola num canto da barca buscando resolver o próprio problema. O que antes era compartilhado
com carinho e doçura, agora é tratado de forma egoísta e, muitas vezes, injusta.

É bem certo que o suave encantamento do início não é mais o mesmo, todavia ele ainda está lá, basta que o busquemos.

Iremos descobrir que, com o passar do tempo, os sentimentos amadureceram, se transformaram em amizade, em
companheirismo, em afeto verdadeiro...

Vale a pena que repensemos a nossa situação relativamente ao casamento. Vale a pena lembrar que, os que
estamos em família, não estamos juntos por conta do acaso.

Se o esposo ou esposa não é bem o que desejamos, lembremos de que é o melhor que Deus pôde nos oferecer para que cresçamos juntos.

Se a barca do nosso casamento está navegando por mares difíceis e as neblinas densas dos problemas o
ameaçam, pensemos nos frutos dessa união: os filhos, que se somaram a nós.

Busquemos colocar na balança todos os momentos de alegria compartilhada...

As pequenas coisas que nos faziam rir antes...

As tantas vezes que o outro nos acarinhou os cabelos nos momentos amargos...

Os chás feitos com ternura nos dias de enfermidades...

As preces dirigidas a Deus, em nosso favor...

Os cabelos brancos, adquiridos juntos... os quilinhos a mais... os vincos na face... os filhos amados...

Todas essas coisas devem ser pesadas antes de decidir pela separação, causadora, em muitos casos, de maiores dissabores e tormentos.

Pense nisso!

Nesses tempos de dificuldades, quando as pessoas buscam a separação por motivos fúteis, lembre-se de que
talvez os dois juntos superem os obstáculos com mais facilidade, se somarem ao invés de dividir.

E se o fato já estiver consumado, não se desespere, busque amar e compreender, rogando a Deus que o abençoe,
abençoando também os demais familiares, que são também, antes de tudo, filhos de Deus.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

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